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Seis projetos da pauta verde para movimentar o

Congresso em 2024
Propostas de pautas sustentáveis estão em análise parlamentar no
começo de ano
Autor: Frederico Tapia2 de fevereiro de 2024Política
4 minutos de leitura
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Congresso em 2024

Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

O Congresso Nacional volta às atividades na próxima segunda-feira (5). Com a


retomada, o parlamento volta também a discutir projetos de lei, da chamada “pauta
verde”, para levar o país a um futuro mais sustentável.
Entre os temas desses projetos de lei estão energias renováveis, mercado de
carbono, licenciamento ambiental, além de combustíveis de baixa emissão
de gases de efeito estufa.
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) vê essas propostas como cruciais para a
neoindustrialização brasileira, além de estimular a competitividade da
economia do país. Esses projetos entram no que a entidade chamou de
“Descarbonização”, uma das missões da proposta política para retomar o crescimento do
país.
O que a CNI espera é: novos investimentos internacionais, maior oferta de fontes
renováveis de energia com um custo mais baixo, redução do desmatamento ilegal,
implementação da cadeia de valor de fontes alternativas de energia (solar, eólica, biogás,
hidrogênio de baixo carbono).
Já existem alguns projetos da pauta verde tramitando no congresso atualmente.
Marco legal do hidrogênio verde
No final do ano passado, o Senado aprovou o PL 5.816/2023 que cria o PHBC (Programa
de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixo Carbono) para fomentar o incentivo as rotas
de produção do combustível e derivados além de um marco legal para o setor.
Além disso, a Câmara aprovou o PL 2.308/2023 que também institui uma Política Nacional
do Hidrogênio de Baixo Emissão de Carbono.
Com isso, é observável que é um tema que já está no radar tanto da Câmara quanto do
Senado.
Marco legal do aproveitamento energético offshore
Outro projeto da pauta verde que institui um marco legal, neste caso de aproveitamento
energético offshore, é o PL 11.247/2018 que já passou pela Câmara sendo aprovado em
novembro de 2023 e retornou ao Senado.
O texto traz critérios para a exploração para a exploração do potencial energético offshore,
definindo as áreas em que poderão ser usadas e a necessidade ou não de autorização ou
concessão da localidade.

Além disso, será compulsória a contratação de energia de pequenas centrais hidrelétricas


(PCH), usinas eólicas, hidrogênio a partir de etanol, ou termelétricas a gás natural. Os
custos de transporte e construção de gasodutos sendo incluídos no leilão.
De acordo com a CNI, as eólicas offshore podem aumentar a capacidade energética do país
em até 3,6 vezes.
Combustível do futuro
O PL 4.516/2023, ou projeto do Combustível do Futuro, quer incentivar o uso de
combustíveis sustentáveis. Exemplos são o Combustível Sustentável de Aviação (SAF),
etanol e diesel verde.
A proposta cria dois programas, o ProBioQAV (Programa Nacional de Combustível
Sustentável de Aviação) e o PNDV (Programa Nacional de Diesel Verde). O MME
(Ministério de Minas e Energia) espera captar até R$ 200 bilhões em investimentos até
2037.
Regulação do mercado de carbono
Outra proposta aprovada pela Câmara dos Deputados no ano passado. O PL 2.148/2015 está
em análise no Senado, e cria o SBCE (Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de
Gases de Efeito Estufa). Esse sistema estipula teto de emissões, além de prever um mercado
para venda de títulos associados à redução e a emissão desses gases.
Serão reguladas as fontes que emitem mais de 10 mil toneladas de carbono, ou equivalente,
por ano.
Aceleração da transição energética
O Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten) está em trâmite na Câmara dos
Deputados, e busca tornar possível o uso dos créditos tributários dos contribuintes para a
expansão da pesquisa e infraestrutura voltadas ao desenvolvimento sustentável.
Previsto no PL 5.174/2023, o Paten tem como instrumento o Fundo Verde do BNDES, além
da possibilidade de empresas realizarem transações condicionadas ao investimento em
desenvolvimento sustentável.
Licenciamento ambiental
A Lei Geral de Licenciamento Ambiental do PL 2.159/2021 tramita atualmente tanto na
comissão de Agricultura quanto na de Meio Ambiente do Senado. O projeto estabelece
parâmetros e facilita o processo para licenciamento ambiental.

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Frederico Tapia
Estudante de jornalismo pela UNESP do campus de Bauru. Possui experiência
em produção de matérias jornalísticas.

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