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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CST EM INVESTIGAÇÃO E PERÍCIA CRIMINAL

NOME DO ALUNO

PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL:


A PINTA PRETA DOS CITROS

Cidade
2022
NOME DO ALUNO

PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL:


A PINTA PRETA DOS CITROS

Trabalho apresentado à Universidade UNOPAR, como


requisito parcial para a obtenção de média semestral no
Curso de Agronomia.

Tutor à Distância:

Cidade
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 3

2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................. 5

2.1 ETAPA 1................................................................................................................ 5

2.2 ETAPA 2................................................................................................................ 7

2.3 ETAPA 3.............................................................................................................. 10

2.4 ETAPA 4.............................................................................................................. 12

2.5 ETAPA 5.............................................................................................................. 14

CONCLUSÃO............................................................................................................ 16

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 17
3

1 INTRODUÇÃO

A produção textual é um procedimento metodológico de ensino aprendizagem


que tem por objetivos: relacionar teoria e prática, a fim de proporcionar
embasamento para atuação em atividades extracurriculares; desenvolver os estudos
independentes, sistemáticos e o auto aprendizado; favorecer a aprendizagem;
promover a aplicação da teoria e conceitos para a solução de problemas práticos
relativos à profissão.
A situação geradora de aprendizagem proposta pelo (SGA), tem como a
temática pinta preta dos citros, com a finalidade de possibilitar a aprendizagem
interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas desse semestre.
A pinta preta ocorre em todas as variedades de laranjas doces, limões
verdadeiros, tangerinas e seus híbridos. Não há sintomas na lima ácida Tahiti. As
variedades de maturação tardia podem apresentar maiores severidades de
sintomas, bem como queda de fruto mais acentuada.
O Brasil é um dos maiores produtores de citros do mundo. Quando se fala
da produção de citros, bilhões de dólares são movimentados todos os anos, o que
contribui para a geração de milhares de empregos.
A história da atividade rural no Brasil se confunde com a própria história
brasileira, o processo de ocupação e exploração implementado pela corte
portuguesa, no país, iniciou-se com a extração da madeira, particularmente o pau-
brasil, para exportação.
Em seguida, as atividades desenvolvidas passaram a ser a monocultura do
café e da cana; o ciclo da borracha, a pecuária extensiva; o plantio de árvores para a
produção de papel celulose; de carvão vegetal e de outros produtos, a cultura do
algodão para apoiar as atividades industriais incipientes, e mais recentemente, da
soja no cerrado e da fruticultura.
Nos últimos anos, profundas transformações têm sido observadas no cenário
rural brasileiro, no tocante a incorporação de novas tecnologias e processos
produtivos no meio rural pela crescente subordinação do homem do campo à
economia de mercado. Em ambos os casos, este processo de transformação
acabou por determinar uma série de agravos à saúde e à qualidade de vida do
trabalhador rural, além de contribuir para a atual fragmentação do tradicional
4

processo de produção agrícola e das organizações comunitárias dos pequenos


produtores rurais.
A agricultura, que por séculos constituiu-se no meio de vida dos agricultores e
de suas famílias, tem-se convertido numa atividade orientada para a produção
comercial. Atualmente, a mercantilização das atividades agrícolas tem determinado
uma crescente dependência das famílias rurais ao capital associado ao mercado
agrícola. Neste sentido, o processo de produção agrícola tem passado por
importantes mudanças tecnológicas e organizacionais, cujo resultado final tem sido,
entre outros aspectos, o aumento da produtividade.
Sendo assim, este trabalho procurou estabelecer uma relação sólida entre a
teoria e a prática, dividido em 5 tarefas, a fim de absorver o máximo de aprendizado
possível, buscando referencial em livros e artigos acadêmicos do curso.
5

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ETAPA 1

Certamente a pinta preta apresenta-se como um importante causador da


queda de frutos, impactando diretamente a produtividade, além de ser uma doença
que pode afetar grandes áreas devido à forma de contaminação dos frutos.
De acordo com a SGA, a tabela 1, demonstra o índice de quedas dos Citros
durante um intervalo de 5 anos.

Tabela 1. Evolução do índice de queda de frutos:

Índice de queda dos frutos em função da Pinta Preta nas regiões do cinturão cítrico de São Paulo e
Triângulo/Sudoeste Mineiro
Safra 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020 2020/2021
Índice (percentual) 3,75 2,16 2,02 2,12 2,98

Fonte: o autor (2022).

O gráfico abaixo representa a variação do índice de queda dos frutos no


decorrer do tempo.

Gráfico 1. Gráfico da evolução do índice de queda de frutos:

Índice de queda dos frutos em função da Pinta Preta


nas regiões do cinturão cítrico de São Paulo e
Triângulo/Sudoeste Mineiro
4
3.75
3.5
3 2.98
Índice (percentual)

2.5
2.16 2.12
2 2.02
1.5
1
0.5
0
2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020 2020/2021
F
onte: o autor (2022).
6

Ao analisar o gráfico apresentado, observa-se que o mesmo insere-se uma


linha de tendência. Um outro ponto a ser considerado, e a atribuição de uma variável
de 0 a 4 para cada período de safra.
Seguindo nesse contexto, gráfico 2 apresenta as seguintes representações:

Gráfico 2. Linha de tendência de queda de frutos:

Índice de queda dos frutos em função da Pinta Preta


nas regiões do cinturão cítrico de São Paulo e
Triângulo/Sudoeste Mineiro
4
3.75
3.5 f(x) = 0.367142857142857 x² − 2.36085714285714 x + 5.65
R² = 0.95942485618839
3 2.98
Índice (percentual)

2.5
2.16 2.12
2 2.02

1.5
1
0.5
0
0 1 2 3 4

Fonte: o autor (2022).

Levando em consideração o gráfico apresentado deve ser considerado as


seguintes:
 Domínio – os elementos do eixo X, pertencentes aos números naturais, tal
que;
X é igual ou maior que 0 e menor ou igual 4.
 Contradomínio – são os elementos do eixo Y, relacionados com os elementos
do eixo X, pertencentes aos números naturais, tal que; Y é maior ou igual a 2,02 e
menor ou igual a 3,75.
 Atribuindo-se aos elementos X como A e os elementos de Y como B, onde
cada
elemento do conjunto A possui um relacionamento com um único elemento do
conjunto B, é dada a função f(x) = A → B.
 A lei de formação encontrada foi y = 0,3671x2 - 2,3609x + 5,65.
7

Levando em conta o caso da situação geradora de problema, em que foi


solicitado a demonstração do ano ou período em que ocorre o valor da safra, nesse
sentido, caso a tendência de queda de frutos permaneçam as mesmas, será atingido
o valor percentual de 5,22%.
Dessa forma para que seja possível chegar a esta conclusão, será
necessário avançar os períodos, observando em que período o valor será atingido.

Gráfico 3. Projeção da tendência;

Projeção dos índices


4 3.75
3.5
2.98
3

2.5
2.16 2.12
2.02
2

1.5

0.5

0
1 2 3 4 5

Índice Polynomial (Índice


(percentual) (percentual) )

Fonte: o autor (2022).

De acordo com o gráfico, observa-se que o índice de 5,22% será alcançado


entre o 6º e 7º período que corresponde ao intervalo de safras entre 2021/2022 e
2022/2023.
Nesse caso, a variação percentual ao decorrer do tempo foi de 0,77%, o que
indica que existe um incremento dos índices de quedas ao longo do tempo.

2.2 ETAPA 2

O controle da pinta preta na cultura da laranja é realizado com a utilização


de fungicidas, entre eles, temos os compostos orgânicos do grupo das
8

estrobirulinas. Entre os fungicidas que podem ser utilizados para controle químico
desse fungo, temos os produtos à base de azoxistrobina.
A Azoxistrobina é o nome comum para um composto orgânico que é usado
como fungicida. É um ingrediente ativo sistêmico de amplo espectro amplamente
utilizado na agricultura para proteger as plantações de doenças fúngicas. Foi
comercializado pela primeira vez em 1996 com a marca Amistar e em 1999 foi
registrado em 48 países em mais de 50 safras. No ano 2000, foi anunciado que
havia recebido o status de produto Millennium do Reino Unido. Possui fórmula
molecular C22H17N3O5 com estrutura conforme imagem abaixo

Figura 1. Azoxistrobina:

Fonte: Santa Cruz Biotecnologia (2007)

A azoxistrobina é uma ariloxipirimidina com um esqueleto 4,6-


difenoxipirimidina em que um dos anéis fenilo é ciano-substituído em C-2 e o outro
carrega um substituinte 2-metoxi-1-(metoxicarbonil) vinil, também em C-2. Um
inibidor da respiração mitocondrial, bloqueando a transferência de elétrons entre os
citocromos b e c1, é amplamente utilizado como fungicida na agricultura. Tem um
papel como um inibidor do complexo citocromo-bc1 mitocondrial, um xenobiótico, um
contaminante ambiental, um agroquímico antifúngico e um inibidor externo de
quinona. É um nitrilo, uma ariloxipirimidina, um éster enoato, um éter enol, um éster
metílico e um agente antifúngico metoxiacrilato estrobilurina.
9

A azoxistrobina e outras estrobilurinas inibem a respiração mitocondrial


bloqueando o transporte de elétrons. Eles se ligam no sítio de ligação externa do
quinol do complexo citocromo b-c1, onde a ubiquinona (coenzima Q10) normalmente
se ligaria ao transportar elétrons para essa proteína. Assim, a produção de ATP é
impedida.
A identificação de um carbono quiral em um composto orgânico de cadeia
aberta ou fechada é possível pela presença de um ou mais carbonos com quatro
ligantes diferentes. Para identificar um carbono quiral, é fundamental que seja
realizada a construção da fórmula estrutural a partir do nome do composto orgânico
ou que tenhamos essa fórmula previamente. Por meio da fórmula estrutural,
podemos identificar os ligantes de cada um dos átomos.
Além da fórmula estrutural, para identificar um carbono quiral, deve-se
lembrar que esse carbono apresenta obrigatoriamente quatro ligantes diferentes.
Carbonos quirais são carbonos com quatro ligantes diferentes, sejam eles
átomos, radicais ou grupos funcionais. Uma molécula é considerada quiral quando
pelo menos um carbono da molécula é quiral e não se sobrepõe à sua forma de
imagem especular. Conheça melhor essa propriedade de compostos orgânicos
amplamente utilizados na indústria farmacêutica. Os carbonos quirais consistem em
um átomo de carbono sp3, ou seja, um átomo de carbono que forma apenas uma
ligação simples e possui quatro grupos de ligação diferentes. Quiralidade é um
termo em química orgânica usado para designar moléculas que não se sobrepõem
em suas imagens especulares.

Figura 2. Carbono quiral da molécula de Azoxistrobina:


10

Fonte: Adaptado pelo autor (2022)

Observa-se nos detalhes da imagem que as a azoxistrobina, possui dos


carbonos quirais, ambos ligados a 3 moléculas de Hidrogênio e uma de Oxigênio.
Também é chamado de carbono assimétrico porque as moléculas quirais
não possuem a simetria de suas imagens especulares. Para representar carbonos
assimétricos, C* é normalmente usados no meio da cadeia carbônica, representando
átomos que formam 4 ligações com grupos diferentes. Nesse sentido, deve-se
entender que a azoxistrobina possui um carbono quiral.

2.3 ETAPA 3

A patogenicidade deste fungo está relacionada à sua capacidade de


colonização no hospedeiro somada aos mecanismos de disseminação e períodos de
infecção. Uma das formas de controle sintético é o emprego de fungicidas que
tenham como grupo químico as estrobilurinas.
As estrobilurinas são fungicidas modelados a partir de uma substância
antifúngica produzida por um pequeno cogumelo da floresta chamado Strobilurus
tenacellus. Este cogumelo cresce em pinhas e usa uma substância antifúngica para
suprimir outros fungos que podem estar competindo pela mesma fonte de alimento.
As estrobilurinas sintéticas foram feitas para serem mais resistentes à
degradação da luz UV do que o produto químico natural produzido por S. tenacellus.
11

Todas as estrobilurinas têm o mesmo modo de ação, ou seja, inibem a transferência


de elétrons nas mitocôndrias, interrompendo a respiração e fazendo com que o
fungo fique sem energia e morra. As estrobilurinas pertencem ao grupo de QoI
(inibidores externos de quinona) com base no local específico que inibem. Eles
incluem azoxistrobina (Abound), cresoxim-metil (Sovran), piraclostrobina (Cabrio) e
trifloxistrobina (Flint).
Desde o seu primeiro EPAregistro em 1997, as estrobilurinas tornaram-se
ferramentas valiosas para o manejo de doenças em várias culturas, incluindo uvas e
bagas, devido à sua natureza sistêmica e amplo espectro de atividade contra
diferentes grupos de patógenos de plantas. Nas bagas, são especialmente eficazes
contra a podridão dos frutos e fungos foliares. Nas uvas, eles fornecem controle de
amplo espectro contra o oídio, míldio, Phomopsis cana e mancha foliar e podridão
negra. Eles não são muito fortes contra Botrytis, no entanto.
As estrobilurinas se tornam resistentes à chuva rapidamente e têm atividade
translaminar, o que significa que podem se mover de um lado da folha para o outro,
proporcionando controle de doenças em ambas as superfícies foliares. As
estrobilurinas têm uma excelente capacidade de inibir a germinação de esporos,
portanto, devem ser mais úteis no início do desenvolvimento da doença. Eles não
têm muita atividade pós-infecção. Algumas estrobilurinas (por exemplo, Abound e
Flint) são listadas como “risco reduzido” pelaEPA , o que significa que eles têm
toxicidade mamífera relativamente baixa. No entanto, eles são tóxicos para peixes e
outros organismos aquáticos, portanto, os regulamentos devem ser seguidos para
uso em torno de corpos d'água.
Uma vez que as estrobilurinas têm um modo de ação específico do local,
elas são propensas ao desenvolvimento de resistência a fungicidas em fungos alvo
porque uma única mutação em um fungo pode bloquear sua ação. Onde a
resistência à estrobilurina ocorreu, as cepas do patógeno exibiram um alto nível de
resistência que não pode ser superado pelo aumento da taxa de aplicação de
fungicida. O uso contínuo e exclusivo de fungicidas de estrobilurina pode permitir
que cepas resistentes se acumulem ao longo do tempo e pode levar a falhas no
controle e perda do fungicida como ferramenta de gerenciamento de doenças. A
resistência à estrobilurina foi relatada em oídio e míldio da videira em vários estados
do leste dos EUA e também não foi confirmada no oídio da videira em Michigan. A
resistência à estrobilurina foi relatada em Colletotrichum acutatumem morangos na
12

Flórida também.
O objetivo não é gerenciar a resistência uma vez que ela se desenvolveu,
mas sim prevenir ou retardar o desenvolvimento de resistência a fungicidas em
primeiro lugar. Para isso, é importante limitar o número de aplicações de
estrobilurina, por exemplo, alternando-as com fungicidas com um modo de ação
diferente. Uma boa diretriz é que as estrobilurinas não representem mais de 1/3 de
todas as aplicações de fungicidas durante a estação de crescimento. Além disso, o
monitoramento regular de doenças para determinar a real necessidade de
pulverizações de fungicidas e práticas de manejo não-químicos, como saneamento,
manejo do dossel e controle biológico também são importantes. Não use mais de
quatro aplicações totais e duas aplicações sequenciais de qualquer fungicida
estrobilurina por estação.
Para prolongar a vida útil dos fungicidas estrobilurínicos em conjunto, os
rótulos dos fungicidas limitam o número de aplicações (total e sequencial) por
estação. Isso também inclui pré-misturas, como Adament, que possuem um
componente de estrobilurina. É aconselhável alternar as estrobilurinas com
tratamentos em bloco (2 a 3 pulverizações) de fungicidas com modo de ação
diferente, incluindo materiais de contato multissítios com baixo risco de
desenvolvimento de resistência, como Bravo, Captan e Ziram, ou biológicos agentes
de controle, como Serenade. A mistura de estrobilurinas em tanque com outros
fungicidas geralmente não é necessária ou econômica, pois eles já possuem um
amplo espectro de atividade. No entanto, em vinhedos com cepas de oídio
resistentes conhecidas ou suspeitas, a mistura em tanque com enxofre ou Ziram
pode ajudar no controle.

2.4 ETAPA 4

Fotossíntese é um processo realizado por organismos produtores em que se


observa a captura da energia solar e sua transformação em energia química.
A principal diferença entre a fotossíntese C3 C4 e CAM é que a fotossíntese
C3 produz um composto de três carbonos através do ciclo de Calvin, e a
fotossíntese C4 produz um composto intermediário de quatro carbonos, que se
divide em um composto de três carbonos para o ciclo de Calvin, enquanto o CAM a
13

fotossíntese reúne a luz solar durante o dia e fixa o dióxido de carbono à noite. Além
disso, a maioria das plantas realiza fotossíntese C3, enquanto a fotossíntese C4
ocorre em cerca de 3% das plantas vasculares, incluindo capim-colchão, cana-de-
açúcar, milho etc. Enquanto isso, a fotossíntese CAM ocorre em plantas adaptadas
a ambientes secos, incluindo cactos e abacaxis. Nesse sentido, os citros podem ser
classificados como plantas CAM.
A fotossíntese C3, C4 e CAM são três tipos de vias de fotossíntese com
diferentes modos de ciclos de Calvin. Eles têm mecanismos diferentes para
combater a fotorrespiração. As plantas C3 não possuem características especiais
para combater a fotorrespiração, enquanto as plantas C4 minimizam a
fotorrespiração realizando a fixação do dióxido de carbono e o ciclo de Calvin em
células separadas. As plantas CAM, por outro lado, minimizam a fotorrespiração
realizando a fixação do dióxido de carbono e o ciclo de Calvin em momentos
separados.
A fotossíntese é o processo que as plantas usam para transformar luz,
dióxido de carbono e água em açúcares que alimentam o crescimento das plantas,
usando a enzima fotossintética primária Rubisco.

Figura 3. Mapa Mental: Fotossíntese


14

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/fotossintese.htm

A maioria das espécies de plantas na Terra usa a fotossíntese C3, na qual o


primeiro composto de carbono produzido contém três átomos de carbono. Nesse
processo, o dióxido de carbono entra em uma planta através de seus estômatos
(poros microscópicos nas folhas das plantas), onde em meio a uma série de reações
complexas, a enzima Rubisco fixa carbono em açúcar através do ciclo de Calvin-
Benson. No entanto, duas restrições principais retardam a fotossíntese. Rubisco visa
fixar o dióxido de carbono, mas também pode fixar moléculas de oxigênio, o que cria
um composto tóxico de dois carbonos. A Rubisco fixa o oxigênio em cerca de 20%
das vezes, iniciando um processo chamado fotorrespiração que recicla o composto
tóxico. A fotorrespiração custa a energia da planta que ela poderia ter usado para
fotossintetizar.
Quando os estômatos estão abertos para permitir a entrada de dióxido de
carbono, eles também liberam vapor de água, deixando as plantas C3 em
desvantagem em ambientes de seca e alta temperatura.
No entanto, as plantas desenvolveram outra forma de fotossíntese para
ajudar a reduzir essas perdas em ambientes quentes e secos. Na fotossíntese C4,
15

onde um composto de quatro carbonos é produzido, a anatomia foliar única permite


que o dióxido de carbono se concentre em células de 'bainha de feixe' ao redor da
Rubisco. Essa estrutura fornece dióxido de carbono direto para a Rubisco,
removendo efetivamente seu contato com o oxigênio e a necessidade de
fotorrespiração. Além disso, essa adaptação permite que as plantas retenham água
por meio da capacidade de continuar fixando carbono enquanto os estômatos estão
fechados.
Plantas C4 – incluindo milho, cana-de-açúcar e sorgo – evitam a
fotorrespiração usando outra enzima chamada PEP durante a primeira etapa da
fixação de carbono. Essa etapa ocorre nas células do mesofilo que estão localizadas
próximas aos estômatos, onde o dióxido de carbono e o oxigênio entram na planta.
A PEP é mais atraída por moléculas de dióxido de carbono e, portanto, tem muito
menos probabilidade de reagir com moléculas de oxigênio. A PEP fixa o dióxido de
carbono em uma molécula de quatro carbonos, chamada malato, que é transportada
para as células da bainha do feixe mais profundo que contêm Rubisco. O malato é
então decomposto em um composto que é reciclado de volta em PEP e dióxido de
carbono que Rubisco fixa em açúcares – sem ter que lidar com as moléculas de
oxigênio que são abundantes nas células do mesofilo.
As plantas C3 não têm a estrutura anatômica (sem células da bainha do
feixe) nem a abundância de PEP carboxilase para evitar a fotorrespiração como as
plantas C4. Um dos focos do projeto RIPE é criar um caminho mais eficiente para a
fotorrespiração para melhorar a produtividade das culturas C3. O projeto RIPE
também está trabalhando para melhorar a fotossíntese em culturas C3 para garantir
maior segurança alimentar em cenários climáticos futuros. As plantas C3 são
limitadas pelo dióxido de carbono e podem se beneficiar dos níveis crescentes de
dióxido de carbono atmosférico resultantes da crise climática. No entanto, esse
benefício pode ser compensado por um aumento simultâneo da temperatura que
pode causar estresse estomático.
As plantas C3 incluem algumas das mais importantes fontes de calorias em
todo o mundo: feijão-fradinho, mandioca, soja e arroz. As regiões onde essas
culturas são cultivadas geralmente são quentes e secas, o que significa que elas
podem se beneficiar dos mecanismos de economia de energia da fotossíntese C4.
Embora a fotossíntese C3 tenha mais espaço para melhorias, nossos modelos de
computador sugerem que podemos melhorar os dois tipos de fotossíntese para
16

aumentar a produção agrícola.

2.5 ETAPA 5

O fungo em questão faz parte do filo Oomycota. Oomycota , filo de


organismos semelhantes a fungos no reino Chromista. Os oomicetos podem ocorrer
como saprotróficos (vivendo em matéria em decomposição) ou como parasitas que
vivem em plantas superiores e podem ser aquáticos, anfíbios ou terrestres. A
espécie Phytophthora infestans destruiu a colheita de batata da Irlanda com a praga
tardia e causou a Grande Fome de 1845, que resultou em uma migração em massa
de irlandeses para os Estados Unidos. Outros gêneros economicamente destrutivos
incluem os fungos da água (principalmente Saprolegnia), Aphanomyces (a causa da
podridão radicularde ervilhas), Plasmopara (uma causa de míldio) e Albugo
(ferrugem branca).

Figura 4. Fungo Guignardia citricarpa ( Pinta Preta):

Fonte: https://www.fundecitrus.com.br/doencas/pinta-preta.
Ao contrário dos fungos verdadeiros, os membros do filo Oomycota não
possuem quitina em suas paredes celulares e têm um ciclo de vida
predominantemente diplóide (com dois conjuntos de cromossomos). Os organismos
17

se distinguem pela produção de células reprodutivas assexuadas, chamadas


dezoósporos. Os zoósporos se movem através do uso de uma ou duas estruturas de
natação semelhantes a chicotes conhecidas como flagelos, e os indivíduos podem
germinar a partir desses esporos. Organismos maduros também podem se
reproduzir sexualmente, com os ovos fertilizados resultantes sendo convertidos em
esporos imóveis, ouoósporos, que então também germinam em indivíduos maduros.
A mancha preta dos citros (CBS) é uma doença dos citros causada pelo fungo
Phyllosticta citricarpa (anteriormente conhecido como Guignardia citricarpa). Este
fungo afeta plantas cítricas em climas subtropicais, reduzindo tanto a quantidade
quanto a qualidade dos frutos. Todas as cultivares comerciais são suscetíveis, mas
cultivares de maturação tardia e limões são mais vulneráveis.
Tanto os ascósporos (esporos sexuais) quanto os conídios (esporos
assexuados) de Phyllosticta citricarpa podem infectar tecidos suscetíveis. Os
ascósporos são encontrados em estruturas fúngicas microscópicas embebidas na
serapilheira. Eles são a fonte mais importante de inóculo, causando quase todas as
infecções. Ascósporos não foram encontrados em lesões de frutos ou lesões em
folhas anexadas. Os ascósporos são liberados quando a serapilheira é molhada pela
umidade, como orvalho intenso, chuva ou irrigação.
Os sintomas podem ser encontrados em frutos e folhas, mas são mais fáceis
de identificar em frutos maduros. Os frutos são suscetíveis à infecção por seis
meses após a frutificação. As folhas geralmente não apresentam sintomas, mas as
lesões foliares podem ser observadas em variedades altamente suscetíveis, como o
limão, ou em árvores estressadas. No limão, os pedicelos de frutas também podem
apresentar sintomas. Todas as variedades cítricas são suscetíveis à mancha-preta
dos citros, tornando necessária uma regulamentação e manejo rigorosos para evitar
a disseminação dessa doença.
As três principais formas de transmissão são:
Pelo vento: Os esporos do fungo presentes nas folhas de citros em
decomposição podem ser levados pelo vento para outras plantas do mesmo pomar
e de pomares vizinhos.
Mudas: Plantio de mudas de viveiros não certificados contendo o fungo pode
dispersar a doença para áreas nas quais não está presente.
Material Vegetal: Folhas e ramos de pomares contaminados podem ser leva-
dos, principalmente por caminhões e implementos, em época de colheita.
18
19

CONCLUSÃO

Ao término dessa pesquisa pode se dizer que a agronomia atua no


planejamento, organização e acompanhamento do preparo e cultivo do solo, no
combate de pragas e doenças, na colheita, armazenamento e distribuição da safra,
com a finalidade de desenvolver pesquisas e técnicas que melhoram os resultados
da agropecuária. Também contribui no desenvolvimento de novos agrotóxicos,
tecnologia de colheita, secagem e armazenagem de produtos agropecuários.
Quanto aos objetivos da pesquisa, estes foram atendidos, sendo que,
proporcionou ao acadêmico a vivencia na pratica do conteúdo estudado nas
disciplinas em questão. Sendo este de grande valia para a formação e atuação
profissional.
Seguindo nesse contexto, pode se dizer que a pesquisa realizada
proporcionou um contato mais próximo entre teoria e prática, pois, aprofundou os
conhecimentos na área agronômica, que sem dúvidas, será de grande
aprendizagem tanto para a formação acadêmica, como na aplicação da prática na
área de interesse, aprofundando conhecimentos dos estudos, gerando informações
que refletem a realidade do profissional da área.
20

REFERÊNCIAS

AZOXYSTOBIN. Santa Cruz Biotecnologia. 2007. Disponível


em:<https://www.scbt.com/pt/p/azoxystrobin-131860-33-8> Acesso em: 27/04/2022

KERBAUY, G. B. Fisiologia vegetal. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,


2019. (Minha Biblioteca).

MARZZOCO, A. Bioquímica básica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,


2017. (Minha Biblioteca)

RODRIGUES, M.B.C et al. Resistência a benzimidazóis por Guignardia


citricarpa. Pesq. Agrop. Bras. 42, 2007. Disponível em
https://www.scielo.br/j/pab/a/T99vTWzYp3sPmRPFR5HXRkf/?lang=pt. Acesso em:
27/04/2022.

TAIZ, L. et al. Fundamentos de fisiologia vegetal. Porto Alegre: Artmed, 2021.


(Minha Biblioteca)

VOET, D. & VOET, J. Bioquímica. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. (Minha
Biblioteca).

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