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ATOS CAPÍTULO QUATRO
ATOS CAPÍTULO QUATRO
ATOS CAPÍTULO QUATRO
Esboço:
4. Jesus advertiu aos seus discípulos que eles sofreriam perseguições, sendo assim, o que
ocorreu em Atos capítulo 4 é o cumprimento daquilo que Jesus profetizou em Mateus 10: 17-18,
que diz: “Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos
açoitarão nas suas sinagogas. E sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos
reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios”. Pedro e João
provavelmente estavam felizes pelo fato de serem perseguidos, pois era assim que Jesus lhes
ensinara a reagir em Mateus 5: 10-12, que diz: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição
por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando
vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha
causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim
perseguiram os profetas que foram antes de vós”.
2. (Atos 4: 8) O Espírito Santo encheu a Pedro e lhe deu as palavras certas para responder
àqueles homens, assim como Jesus havia prometido em Mateus 10: 19-20. Deus concedeu a
Pedro grande coragem para testemunhar e pregar a Cristo diante do tribunal religioso mais
importante daqueles dias. Não devemos temer a face dos homens ou suas ameaças. Devemos
confiar no Senhor e saber que somos mais do que vencedores sob a liderança do capitão da nossa
salvação, o Senhor Jesus Cristo.
3. (Atos 4: 9-10) Pedro imediatamente responde que a cura do homem coxo foi uma obra
feita no nome e no poder do Senhor Jesus Cristo. Aquele que seus ouvintes haviam crucificado,
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Deus pelo seu poder o ressuscitou dentre os mortos, e agora estava vivo. Pedro corajosamente
proclamou que o Senhor Jesus Cristo era o responsável pelo milagre que eles testemunharam no
dia anterior. Pedro estava colocando sal na ferida. A simples menção do nome de Jesus de
Nazaré deve ter perfurado o coração do concílio. Este mesmo concílio havia falsamente acusado,
e condenado à morte por crucificação, o Senhor Jesus Cristo. Agora Pedro estava dizendo a eles
que Cristo estava vivo e operando milagres. O Sinédrio, que sem dúvida havia visto
anteriormente aquele homem coxo antes da cura, agora podia vê-lo completamente são diante do
concílio.
4. Em Atos 4: 11 Pedro refere-se a Jesus Cristo como a pedra que os edificadores rejeitaram,
a qual foi posta por cabeça de esquina, citando assim o Salmo 118: 22. As autoridades judaicas
religiosas sabiam muito bem a que Pedro estava se referindo. Eles eram considerados como
experts nas Escrituras do Velho Testamento. Moisés, Davi, Isaías, e Daniel haviam profetizado e
feito menção do Messias como a Pedra, ou a Rocha de Deus. Deuteronômio 32: 4, 18, 31,
declara: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são;
Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é. Esqueceste-te da Rocha que te
gerou; e em esquecimento puseste o Deus que te formou. Porque a sua rocha não é como a
nossa Rocha, sendo até os nossos inimigos juízes disto”. Salmo 18: 2 declara: “O SENHOR é
o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em
quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio”. Isaías 28: 16
declara: “Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma
pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que
crer não se apresse”. Daniel 2: 34 declara: “Estavas vendo isto, quando uma pedra foi
cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os
esmiuçou”. Pedro corajosamente estava condenando o tribunal religioso mais poderoso daquela
época como sendo os edificadores que rejeitaram a principal Pedra de esquina apontada por
Deus, o fundamento da salvação.
5. Pedro termina a sua defesa em Atos 4: 12 declarando que Jesus Cristo não somente era a
Pedra, mas também o único Salvador. Que choque esta declaração não deve ter causado nos
membros do Sinédrio! A salvação não pode ser obtida pela lei ou pelas obras, mas somente em
Cristo. Pedro claramente declara para aqueles homens que se eles quisessem ser salvos de seus
pecados, então deveriam submeter-se ao nome de Jesus Cristo e confiar somente nEle para a
salvação. Se alguém confia verdadeiramente neste verso, então fica muito claro que outros meios
e métodos religiosos, que prometem salvação, são totalmente falsos. Deixe-me ser mais claro
neste ponto. Não há outros meios ou métodos de salvação. A salvação que vem de Deus não está
baseada em mérito humano, sinceridade, desempenho religioso, cerimônias, ou ordenanças.
Ninguém pode obter o perdão dos seus pecados, escapar do Lago de Fogo, ou entrar no lar
celestial sem a fé salvadora que somente encontramos em Jesus Cristo. Jesus claramente
declarou: “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”
(João 14: 6). Há somente um nome que tem o poder de libertar os homens da escravidão, da
culpa, da condenação, e do poder do pecado, ou seja, o nome de Jesus Cristo. O profeta Isaías fez
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uma declaração similar ao dizer: “Anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos;
quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde então o anunciou? Porventura não
sou eu, o SENHOR? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além
de mim. Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus,
e não há outro” (Isaías 45: 22). Pedro havia pregado claramente a mensagem da salvação ao
apelar às Escrituras do Velho Testamento, as quais o Sinédrio estava bem familiarizado.
3. Os membros do concílio observaram o fato de aqueles homens terem estado com Jesus e
que, em virtude disso, falavam com convicção e poder. Talvez eles se lembraram da ocasião em
que Jesus esteve na presença deles, não demonstrando nenhum temor, a despeito das ameaças e
falsas acusações feitas por este mesmo concílio. A comunhão e união com Cristo tem um poder
transformador. Se gastássemos mais tempo em comunhão e oração com o nosso Senhor
ressurreto, então os homens poderiam observar os mesmos resultados em nós, assim como o
concílio observou em Pedro e João. Haverá pouco poder, convicção, e coragem se não
dedicarmos tempo ao Senhor e à sua Palavra em oração. Esta é uma das chaves do poder
espiritual, liberdade, e vida frutuosa. II Coríntios 3: 17-18 declara: “Ora, o Senhor é Espírito; e
onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto,
refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória
na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”. Nossas vidas deveriam manifestar a luz e
o testemunho do nosso amado Senhor a todos os homens.
4. (Atos 4: 14) O concílio não estava somente perplexo por causa do testemunho de Pedro e
João, mas também pelo fato daquele homem que nunca havia andado, estar diante deles em
perfeita saúde. Eles não podiam negar o milagre que havia sido feito. Uma extraordinária
demonstração do poder de Deus que deixou aquele povo religioso boquiaberto!
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5. (Atos 4: 15-18) O concílio despediu a Pedro e João a fim de conversarem entre si. Eles
reconheceram que não tinham como negar aquela cura milagrosa. Eles também perceberam que
não poderiam permitir que o nome de Jesus Cristo fosse propagado, pois isso comprometeria a
sobrevivência da falsa religião deles. Então eles decidiram ameaçar os apóstolos, proibindo-os
veementemente de pregar o nome de Jesus! Como estes membros do Sinédrio eram tolos! Eles
pensaram que suas ameaças seriam suficientes para parar o avanço do Evangelho de Jesus Cristo.
Quando o homem é realmente convencido pela verdade de Deus, ele irá obedecer seus
mandamentos, a despeito das ameaças mais ferozes de perseguição feitas pelos inimigos de
Deus.
1. (Atos 4: 23) É interessante observar a conduta de Pedro e João após serem soltos pelo
concílio de Judeus que os havia ameaçado e intimado a não pregar no nome de Jesus. Eles não
saíram e contrataram um advogado para representá-los. Porém, voltaram a se reunir com a igreja
e relataram o que havia ocorrido. Quando perseguições ou aflições surgem em nossas vidas, o
Senhor da igreja deve ser o lugar do nosso refúgio e proteção.
2. (Atos 4: 24) Quando a igreja ouviu o relatório de Pedro e João, eles imediatamente
alçaram suas vozes em fervente oração. Quando tempos de perseguição se levantam, nós
devemos recorrer imediatamente ao trono da graça, como Hebreus 4: 15 declara: “Cheguemos,
pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar
graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”. A oração deles era muito semelhante
ao do rei Ezequias, que respondeu às ameaças de Rabsaqué, o porta-voz dos Assírios, colocando-
as diante do Senhor (II Reis 19: 14-19).
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3. Note o espírito de união em torno da oração que caracterizava a primeira igreja. Eles eram
unânimes em buscar ao Senhor em oração. Eles iniciaram suas orações dirigindo-se ao Senhor
como sendo Supremo Senhor sobre toda a terra. Os membros da primeira igreja não eram teístas
evolucionistas. Eles criam que Deus era o Criador de todas as coisas. É interessante notarmos
que a palavra Grega utilizada aqui (4: 24) é uma que raramente é utilizada no Novo Testamento.
É a palavra “despotes” que significa Soberano absoluto. Os discípulos estavam confiantes na
soberania de Deus, a despeito das circunstâncias em que se encontravam. Oh, que nós possamos
também aprender a depender do nosso Soberano Senhor, que faz todas as coisas muito bem.
4. (Atos 4: 25-28) Os discípulos também oraram de acordo com a verdade já revelada nas
Escrituras. Eles apelaram para a primeira parte do segundo Salmo escrito por Davi. A profecia
que revelava que os reis da terra e seus governantes iriam se juntar contra o ungido de Deus,
estava se cumprindo parcialmente. Os governantes se opuseram e rebelaram contra o Filho de
Deus, o Senhor Jesus Cristo. Tudo isso ocorreu de acordo com o soberano decreto de Deus,
segundo Atos 4: 28. A crucificação e rejeição de Jesus Cristo foram predestinadas por Deus
ainda antes da fundação do mundo. Assim como a primeira igreja acreditava na soberania de
Deus a respeito da morte de Cristo, da mesma forma eles criam que a oposição, hostilidade, e
perseguição que estavam enfrentando, também estavam sob o controle da mesma soberania.
5. O pedido da igreja em Atos 4: 29-30 não foi por proteção ou livramento das ameaças, mas
por encorajamento no cumprimento da tarefa a que haviam sido comissionados. Eles pediram
por coragem para pregarem a Palavra e glorificarem ao Senhor Jesus Cristo através dos milagres
que foram realizados. O principal propósito da oração deveria ser o de primeiramente glorificar a
Deus. A igreja considerava a propagação do Evangelho como um dos aspectos mais importantes
do seu ministério. Cada membro desejava ter poder e coragem para pregar o Evangelho aos
perdidos. Oh, que Deus nos estimule a sermos unidos neste propósito tão nobre! É exatamente
nisto que muitas igrejas Batistas da Graça Soberana estão falhando. Nós deveríamos estar
interessados e preocupados a respeito da salvação das almas perdidas dos homens. Esta paixão
pelas almas e o desejo de obedecer a Deus foi o que estimulou a igreja primitiva a levar
literalmente a sério a ordem de pregar o Evangelho a toda criatura. E
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consciente das suas fraquezas, e que não pensa em fugir da luta, mas ora enquanto a
batalha cresce e fica mais acirrada”. (1)
6. (Atos 4: 31) Deus respondeu de forma extraordinária a unânime oração feita pela primeira
igreja. O lugar onde estavam começou a tremer por causa da presença de Deus. Eles foram
cheios e totalmente controlados pelo Espírito Santo, que os capacitou a pregar a Palavra com
coragem. Note a intrigante relação entre a oração fervente e unânime, a plenitude do Espírito
Santo, e o poder de pregar a Palavra de Deus corajosamente. Eu fico imaginando como o poder e
a presença de Deus naquele lugar encheu de alegria e fé os corações dos discípulos. É algo
glorioso ver Deus agindo em resposta às nossas orações e trabalhando a nosso favor. Isso
fortalece a nossa fé e nos capacita a enxergarmos a mão de Deus atuando em nossas vidas para o
nosso bem. Embora eles estivessem sendo ameaçados e maltratados pelas autoridades religiosas
de Jerusalém, os membros da primeira igreja podiam de regozijar na grandeza do poder de Deus.
Eles ficaram confortados em saber que Deus estava no controle de todas as circunstâncias de
suas vidas. Como seria maravilhoso e estimulante se Deus nos visitasse, em nossas reuniões de
oração, desta mesma forma extraordinária! Que nunca venhamos a subestimar a importância de
orarmos unanimemente como igreja do Senhor.
1. (Atos 4: 32) A multidão de cristão que constituía a primeira igreja Batista em Jerusalém
era unida de coração e alma. Os seus corações e afeições estavam realmente colocados nas coisas
do Senhor. Eles compartilhavam voluntariamente tudo o que possuíam uns com os outros, de
acordo com a necessidade de cada um. Não havia um espírito de cobiça ou materialismo que
obstruísse o trabalho deles. Eles estabeleceram na primeira igreja uma comunidade Cristã de
bens.
2. (Atos 4: 33) Por não haver divisão alguma na igreja, Deus se agradou em conceder poder
aos apóstolos enquanto testemunhavam. Havia uma grande medida da graça e do favor de Deus
derramada sobre todos os discípulos. Graça é mais do que simplesmente um favor imerecido
demonstrado a pecadores indignos. Graça é um princípio ativo que capacita, reveste de poder, e
habilita o Cristão a andar nos caminhos do Senhor em obediência e piedade. Imagine quanto
poder espiritual existiria na igreja em Jerusalém se todos os membros fossem revestidos com
poder para servir a grande e larga medida da graça de Deus! II Pedro 1: 2-4 ilustra o poder da
graça multiplicada quando implantada nas vidas do povo de Deus: “Graça e paz vos sejam
multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor; Visto como o seu
divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele
que nos chamou pela sua glória e virtude; Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e
preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo
escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo”.
“Devemos ter em mente que aquele “comunismo Cristão” era muito diferente do
comunismo político de nossos dias. O que aqueles Cristãos fizeram foi
inteiramente voluntário (5: 4) sendo motivado pelo amor. Sem dúvida muitos dos
novos convertidos eram visitantes em Jerusalém, e como vieram para as festas,
dependiam de seus amigos Cristãos no socorro de suas necessidades ... Quando a
assembleia tinha necessidade, o Espírito direcionava alguém a vender alguma
coisa para suprir o necessário. Embora o espírito da igreja primitiva de amor e
generosidade seja digno de ser copiado por nós, os Cristão de hoje não são
ordenados a imitarem estas práticas. Os princípios da contribuição Cristã podem
ser encontrados nas epístolas, especialmente em II Coríntios 8-9; e em nenhum
lugar nós somos instruídos a trazer nosso dinheiro e depositarmos aos pés do
pastor (4: 35), como se ele fosse um apóstolo. É o espírito de contribuição que é
importante para nós hoje, e não a “letra” do seu sistema”. (2)
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