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Mandado de Segurança - NPJ. (1)
Mandado de Segurança - NPJ. (1)
MANDADO DE SEGURANÇA
I - DOS FATOS
João, homem de muita fé, construiu um templo para que pudesse realizar reuniões de
oração para a religião que professava, sempre observando todas as devidas normas legais.
Devido à confiança que a sociedade passou a ter, as reuniões deixaram de ser apenas
religiosas e aproveitavam intervalos para discutir assuntos do dia a dia, o que acabou se
tornando as chamadas “reuniões de civilidade”. Nestas reuniões o principal assunto era a
qualidade dos serviços públicos, resultando na criação de um boletim, na qual João editava,
descrevendo as situações desses serviços, bem como o atendimento e espera de retorno dos
órgãos públicos.
Com o passar do tempo, as reuniões ficaram maiores e o boletim passou a ter maior
influência, o que gerava maior cobrança às autoridades responsáveis. Contudo, essa situação
gerou grande insatisfação à alguns gestores e também ao Prefeito do município, que instaurou
um processo para fiscalizar as atividades realizadas no templo. Com isso, o alvará concedido
a João foi cassado e ele teve
que paralisar todas as atividades, sob pena de aplicação de multa, com a justificativa que seu
alvará concedia autorização de atividades religiosas, além de que as reuniões e boletins não
foram legalizados junto ao Município, sendo ilícito.
II - DO DIREITO
II. I - DO CABIMENTO
O artigo 5º, inciso LXIX da CRFB rediz que será cabível um mandado de segurança
para proteger projeto líquido e certo, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de
poder for autoridade pública ou agente de pessoa Jurídica no exercício de suas atribuições
Públicas. Neste caso, o direito líquido e certo de João foi violado pela notificação feita pelo
Prefeito Municipal, limitando suas reuniões através da notificação feita. O mandado de
segurança deve ser impetrado dentro do prazo de 120 (cento e vinte) dias, conforme
determina o artigo 23 da Lei 12.016/09, e deve ser juntamente anexado a prova pré
constituída, prevista no artigo 6 da Lei 12.016/09, na qual se encontra anexada a este
processo, sendo ela a notificação recebida por João.
III - DO MÉRITO
IV - DA TUTELA DE URGÊNCIA
a) o deferimento da tutela de urgência, para que João possa continuar exercendo seu
direito de liberdade para realizar as reuniões bem como os boletins de comunicação
sem a aplicação de multa;
b) a procedência do pedido, confirmando a tutelar de urgência;
c) a citação do Prefeitura Municipal, para que preste as informações que entender
serem necessárias;
d) a ciência do feito à Prefeitura Municipal, órgão de representação da pessoa jurídica
interessada;
e) a intimação ao representante do Ministério Público;
f) a condenação do impetrado às custas processuais;
Local..., data...
Advogado...,
OAB nº ...