Você está na página 1de 10

PROFESSORA SIM

tia NÃO
Cartas a quem ousa ensinar

Mestrandas: Elizangela Sarraff


Tanice Massuchetto
→ Do momento em que falamos ao educando à
PROFESSORA SIM necessidade de falar com ele;
tia NÃO
ou
→ Da necessidade de falar ao educando à
necessidade de falar com ele;
ou ainda
Sétima Carta: De falar ao educando a
falar a ele e com ele;
→ É importante vivermos a experiência equilibrada,
de ouvir o educando a ser ouvido por
ele harmoniosa, entre falar ao educando e falar com ele.
PROFESSORA SIM
tia NÃO
Sétima Carta: De falar ao educando a falar a ele e com ele;
de ouvir o educando a ser ouvido por ele

... a educação é um ato político...


“A sua não-neutralidade exige da educadora que se assuma como política e viva
coerentemente sua opção progressista, democrática ou autoritária, reacionária,
passadista ou também espontaneísta, que se defina por ser democrática ou
autoritária.”
→ Espontaneísmo → liberdade? → licenciosidade → posições autoritárias → nega a
formação do democrata

“O espontaneísta é anfíbio, vive na água e na terra – não tem inteireza, não se define
consistentemente pela liberdade nem pela autoridade”
LIBERDADE vs AUTORIDADE

[...] tendemos a confundir o uso certo da autoridade


com autoritarismo e, assim, porque negamos esse,
caímos na licenciosidade ou no espontaneísmo
PROFESSORA SIM pensando que, pelo contrário, estamos respeitando as
tia NÃO liberdades, fazendo, então, democracia. Outras vezes
somos autoritários mesmo, mas nos pensamos e nos
proclamamos progressistas”.
PROFESSORA SIM
tia NÃO
educadora educadora educadora
autoritária espontaneísta democrática
• assume a posição de • assume a posição do • vive o cotidiano
sujeito da fala “deixa como está escolar
para ver como fica” submetendo-se à
• os alunos são analise crítica
incidência do seu • não há comunicação
discurso • fala aos educando e
com eles, alinhando
o diálogo e os
conteúdos à vida
dos estudantes
PROFESSORA SIM
tia NÃO
A ESCOLA DEMOCRÁTICA
“ É preciso e até urgente que a escola se vá tornando um espaço acolhedor e
multiplicador de certos gostos democráticos como o de ouvir os outros, não por
puro favor mas por dever, o de respeitá-los, o da tolerância, o do acatamento à
decisões tomadas pela maioria a que não lhe falte contudo, o direito de quem
diverge de exprimir sua contrariedade. O gosto da pergunta, da crítica, do debate.
O gosto do respeito à coisa pública que entre nós vem sendo tratada como coisa
privada, mas como coisa privada que se despreza”.
Democracia se faz com reflexão e prática!
→ Identidade cultural dos sujeitos: tem sempre um
PROFESSORA SIM “corte de classe”;
tia NÃO

→ Somos a relação dinâmica processual do que


HERDAMOS e do que ADQUIRIMOS;

Oitava Carta: Identidade Cultural e


Educação → Somos PROGRAMADOS, mas não
DETERMINADOS, somos CONDICIONADOS, mas
CONSCIENTES do nosso condicionamento e, por
isso, APTOS a lutar pela liberdade, sem submergir
nas estruturas hereditárias ou que passam de
geração para geração.
PROFESSORA SIM
tia NÃO
Como acontece...

• Somos programados a aprender. Mas esse processo não pode ofuscar a


liberdade.
• Movemo-nos com o mínimo de liberdade. Mas através da educação como
expressão cultural, temos possibilidades de amplia-la.
• Há uma relação contraditória entre o que HERDAMOS e ADQUIRIMOS em
nossas experiências sociais, culturais, de classe, ideológicas.
• As interdições a nossa liberdade tem muito mais a ver com questões sociais,
políticas, culturais, econômicas, históricas, ideológicas, do que com fatores
hereditários.
PROFESSORA SIM
tia NÃO
O que pode ser feito...

• E necessário, diante da consciência do condicionamento a que somos postos, um


olhar crítico-educativo, que nos leve a superar certas heranças culturais que
repetimos de geração em geração. Mesmo que respeitemos essas heranças, não
precisamos segui-las. O esforço de mudança deve existir. A classe dominante,
por sua busca pelo poder, recusa a diferença. Pretende manter as diferenças para
continuar a domina-la (corte de classes).
• O ponto de partida para uma prática compreensiva é reconhecer que a educação
é uma prática POLÍTICA. Então, educadores são POLÍTICOS. É relevante que
conheçam a realidade concreta dos educandos, que norteiam seus gostos,
crenças, medos, desejos, hábitos, não necessariamente iguais aos nossos.
• Respeitar a identidade cultural dos educandos, conhecê-los, deve estar inserido
em na prática educativa. Existe uma tendência de que o que é diferente de nos é
inferior. Isso é intolerância.
A ESCOLA DEMOCRÁTICA

• A escola costuma desvalorizar os aprendizados que os


educandos adquirem na experiência. Como o faz quando
desrespeita a sintaxe, ortografia e semântica das classes
populares.
PROFESSORA SIM
• A escola democrática deve estar aberta permanentemente à
tia NÃO
realidade de seus alunos para melhor compreende-los e
para se colocar também em posição humilde, de
aprendente. Nessa escola, não é apenas o professor quem
ensina.

• Necessidade de superação: O contexto teórico se distingue


do contexto concreto. Há uma dicotomia errônea nesse
ponto. O ensino dos saberes não pode se justapor ao
mundo em que os educandos estão inseridos.

Você também pode gostar