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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

Programa de Pós-Graduação em Organização e Mercados

A EXPERIÊNCIA DO DIREITO BRASILEIRO DE FALÊNCIAS

Aloisio P. Araujo, Rafael V.X. Ferreira and Bruno Funchal

Apresentador:
Domingos Francisco

Disciplina:
Econometria de Políticas Públicas
INTRODUÇÃO

 No início de 2005, o Congresso Brasileiro aprovou uma nova lei de falências. A nova legislação
aumentou a proteção ao credor melhorando a eficiência do sistema de falências.
 Neste artigo, enfocamos os efeitos da reforma das leis de falências que aumentaram a eficiência
e a proteção aos credores nos países em desenvolvimento. Do ponto de vista de um formulador
de políticas, é crucial entender como o projeto de lei é importante para o financiamento da
dívida das empresas e o desenvolvimento do mercado de crédito.
 Objetivo Geral: Este artigo avalia as consequências empíricas de uma reforma da
falência em um mercado de crédito pouco desenvolvido.
 Duas principais contribuições literárias:
 Primeiro, trazemos novos resultados sobre como a proteção dos credores e a eficiência da
falência se relacionam com o desenvolvimento financeiro nos países em desenvolvimento;
 em segundo lugar, uma vez que não precisamos fazer uso de uma medida específica de proteção
ao credor e eficiência na falência, nossos resultados não estão sujeitos a um índice arbitrário que
defina a robustez ou a fragilidade de uma lei.
 Divisão do Trabalho :
 seção dois discute a reforma da lei de falências brasileira
 seção três apresenta o banco de dados
 seção três apresenta o banco de dados
 seção quatro relata os resultados
 e a seção cinco conclui.
 Seção 2 : A nova lei de falências brasileira
 A maior parte da antiga legislação que regulamentava os processos de falência brasileiros foi promulgada em
1945.
 A regra de prioridade de falências era muito punitiva para os credores.
 As principais reclamações da parte dos credores eram:
 Reclamações trabalhistas; Reclamações fiscais; Reivindicações de credores garantidos e
 Reivindicações de credores sem garantia (incluindo dívidas comerciais).

 Em 9 de junho de 2005 entrou em vigor a nova legislação falimentar (Lei 11.101 / 05).
 A nova lei melhorou as regras existentes ao integrar o sistema de insolvência aos sistemas jurídicos e
comerciais mais amplos do país
 Melhorou significativamente a flexibilidade do sistema jurídico de insolvência
 A nova lei impôs uma nova restrição aos pedidos de falência dos devedores
 Seção 3: Conjunto de dados
 No presente trabalho, os autores apresentam uma amostra que contém dados
contábeis de fim de ano fiscal específicos da empresa em 698 empresas de
capital aberto, de 1999 a 2009.
 Em que cerca de metade dessas empresas (338) são Brasileiras e pertence ao
tratamento de grupo; as demais pertencem ao grupo de controle, que se divide
da seguinte forma: 108 firmas são mexicanas, 82 argentinas e as 170 restantes
são chilenas. Os dados foram obtidos na Economatica.
 Dividiu-se as variáveis ​de dívida diferentes em dois grupos:
 Condições contratuais da dívida;
 Termos da dívida extracontratuais
 Seção 4: Resultados
 Esta seção apresenta os resultados de estimativa. Começando com algumas
evidências de dados agregados sobre os mercados de crédito privado brasileiro e
não brasileiro para empresas e apresentando os resultados do modelo de
diferença em diferença padrão e do modelo de diferença em diferença com
tendências diferentes.
 Evidência de dados agregados
 Examinando a evolução do mercado de crédito naquele país e, em seguida, comparamos essa
evolução com números semelhantes para Argentina, Chile e México.
 A variável que mede o tamanho do mercado de crédito das empresas é o montante total de
crédito fornecido pelo setor privado às empresas, como uma porcentagem do produto interno
bruto (PIB).
 Descrição da tabela 1
 Esta tabela apresenta os resultados das regressões realizadas em dados agregados do Brasil, Argentina, Chile
e México. Como se Agregou séries temporais e estimativas de dados em painel
 O objetivo era explicar sobre o que ocorre na presente tabela no período de 2001 a 2010
Diff-in-diff com tendências diferentes

  Uma característica básica dos modelos diff-in-diff é a suposição de que os grupos de tratamento
e controle estão sujeitos à mesma tendência macro que influencia seus resultados.
 No entanto, embora esta seja sem dúvida uma suposição válida se ambos os grupos exibirem um
comportamento semelhante antes da reforma da falência, esta não é uma propriedade facilmente
alcançada, De fato, tendências diferenciadas podem surgir na avaliação do efeito da reforma da falência se
tratada e se os controles operarem em diferentes mercados financeiros, que é exatamente o nosso caso.

 Por causa disso, usamos uma versão modificada do modelo diff-in-diff básico para permitir diferentes
tendências de empresa dentro de nossos grupos de tratamento e controle.

 A especificação do modelo que adotamos é um modelo de dados em painel, com efeitos fixos e uma
tendência específica da empresa. Estimamos para cada uma das variáveis dependentes o seguinte modelo:

 (2)
  
Tabela 4

 Diff-in-diff com estimativas robustas do painel de tendências diferentes.

 O objetivo é de explicar a influência do método Diff-in-diff nos resultados da tabela 4

 Esta tabela apresenta os resultados da estimativa de diff-in-diff robusto em painel com diferentes
tendências. As variáveis de resultado são: dívida total, dívida de curto prazo, dívida de longo prazo e
custo da dívida. As variáveis de controle são as mesmas da Tabela 2. Todas as variáveis explicativas (com
exceção da variável dummy) são winsorizadas a 5%. Apenas estimativas pontuais e valores p (entre
parênteses) são relatados.

 Essa especificação tem a vantagem de permitir uma grande heterogeneidade entre firmas de diferentes
países - e mesmo entre firmas de um mesmo país - tanto pelo parâmetro incidental ηi quanto pelo
termo de tendência linear idiossincrática δi. 

 A estratégia de identificação que seguimos consiste em tirar a primeira diferença da Eq. (2) para eliminar
o parâmetro incidental, chegando à primeira forma diferenciada da equação:

 (3)

 Em seguida, estimamos essa equação diferenciada, como se δi fosse um termo de efeitos fixos regular.
 Tabela 4
 Conclusão
 Depois de pesquisas e análises de dados chegou-se a conclusão que a promulgação em 2005 de
uma nova legislação de falências no Brasil teve como objetivo, entre outras coisas, melhorar a
proteção dos credores e a eficiência do sistema de falências.
 A evidência empírica desses desenvolvimentos foi investigada na pesquisa que conduziu a este
artigo, e os resultados foram apresentados na seção anterior. Começamos examinando as séries
temporais do montante total de crédito fornecido pelo setor privado a empresas no Brasil,
Argentina, México e Chile, empregando séries temporais padrão e técnicas de regressão de dados
em painel. Em seguida, mudamos nossa atenção para os dados em nível de empresa e
começamos a identificar e estimar o efeito da nova lei com base em duas especificações de
modelo: primeiro, empregamos um modelo diff-in-diff usando empresas brasileiras como o grupo
de tratamento, e empresas de Argentina, Chile e México como grupo de controle; então,
buscando tornar o modelo diferença-em-diferença mais flexível, mudamos para um modelo diff-
in-diff com tendências diferentes.
 Ambas as especificações no nível da empresa apontaram para um efeito positivo da nova lei de
falências brasileira sobre o montante total da dívida e a dívida de longo prazo.

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