Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
OCULTISMO E
ANTICRISTIANISMO
Aramis C. DeBarros
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
Em fev/1828, foi criado nos EUA o Partido Anti-Maçônico (o terceiro partido político
dos EUA), fruto da crescente suspeita de que as sociedades secretas estariam por trás
de planos conspiratórios contra a nação americana. John Quincy Adams, o sexto
presidente americano (1825–1829), estava entre os seus fundadores.
A desconfiança fora reforçada pelo sumiço misterioso de William Morgan, um pedreiro
de Nova Iorque que havia deixado a maçonaria e prometido revelar seus segredos. Seu
corpo já em decomposição foi encontrado boiando às margens do Lago Ontario, em
out/1827.
O partido foi o primeiro a promover uma convenção nacional (set/1831) e o pioneiro na
apresentação de uma plataforma política nacional para os EUA. Foi extinto em 1838.
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
BENJAMIN DISRAELI
(1804-1881)
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
AS RAÍZES DO
PENSAMENTO
REVOLUCIONÁRIO
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
O SIGNIFICADO ORIGINAL
E POSTERIOR DE REVOLUÇÃO
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
REVOLUÇÃO
ou REFORMA?
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
A MENTALIDADE REVOLUCIONÁRIA
É um estado de espírito no qual um indivíduo ou grupo se
crê habilitado a recriar o conjunto da sociedade – ou a
própria natureza humana – à sua imagem e semelhança,
por meio da ação política.
O revolucionário acredita que, por ser portador de um
futuro melhor, está além de todo juízo humano, do presente
ou do passado. Considera-se habilitado a julgar e condenar
todas as leis, instituições, crenças, valores e costumes de
todas as épocas, sem ser julgado por nenhum deles. OLAVO DE CARVALHO
(1947 - )
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
A MENTALIDADE REVOLUCIONÁRIA
A mentalidade revolucionária não é idêntica ao
comunismo; é [algo] muito anterior [a ele] e transcende o
movimento comunista de uma maneira extraordinária.
A revolução é uma proposta de reestruturação total da
sociedade por meio da concentração de poder. Se faltar
um desses dois elementos (reestruturação total da
sociedade ou concentração de poder) não é uma
revolução. OLAVO DE CARVALHO
(1947 - )
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
O GNOSTICISMO PRIMITIVO
O gnosticismo foi um fenômeno religioso de origem persa-babilônica, surgido antes
da Era Cristã. Ao atingir a Palestina agregou elementos judaicos e infiltrou a igreja,
levando heresias e causando duras divisões em muitas congregações primitivas.
Os grupos que infiltraram a Igreja buscaram sintetizar a fé cristã com a filosofia
grega e com complexas especulações místicas, religiosas e cosmológicas.
O gnosticismo “cristão” teve seu apogeu por volta de 150AD, embora suas raízes
remontem aos dias do NT (1Tm 1:4; 6:20-21; 2Pe 2; Jd.). A tradição aponta Simão
Mago (At 8:9-24) como o fundador do chamado “Gnosticismo cristão”.
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
O GNOSTICISMO PRIMITIVO
O gnóstico crê em um conhecimento secreto (gr. gnosis), iluminador e libertador da
realidade opressora. Em geral, esse conhecimento seria propriedade de uma elite
iluminada. O gnóstico ostenta uma obsessão por mestres espirituais ou gurus.
Para o gnóstico primitivo, o mundo físico foi criado por uma divindade inferior
(Demiurgo). Por isso, a criação material é essencialmente má, estando o bem
restrito ao mundo espiritual (Pleroma).
A gnosis que diziam possuir permitia-lhes evoluir (ascender) do mundo perdido da
matéria para o mundo espiritual.
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
O GNOSTICISMO PRIMITIVO
Havia inúmeros grupos gnósticos, cada qual com seus próprios líderes e textos
secretos; esses grupos não eram coesos na doutrina e na conduta (que podia variar
desde o rígido ascetismo até a mais vil libertinagem).
A racionalização do sofrimento ocupava um lugar especial na mente gnóstica.
Desde sua expressão primitiva, o gnóstico sustenta a crença de que a realidade é
estrutural e essencialmente má, opressiva e escravizadora. O gnóstico nutre uma
aversão enraizada contra a própria estrutura da realidade, inclusive contra as
estruturas religiosas tradicionais.
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
SIMÃO MAGO
Mago samaritano nascido em Gitta; andou por breve
tempo com os evangelistas na Samária (At 8.9-24).
Repreendido por Pedro, retorna às práticas mágicas e
torna-se famoso até mesmo entre a elite romana, nos
dias do imperador Claudius (41-54 AD).
Divinizando-se a si mesmo, elaborou um tipo sofisticado
de gnosticismo (simonianismo) fundindo doutrinas cristãs,
judaicas, filosofia grega e misticismo pagão. A tradição
registra embates mirabolantes entre ele e Pedro em Roma.
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
CÁTAROS BOGOMILOS
CABALISTAS
ORDEM DOS
ASSASSINOS
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
O GNOSTICISMO MODERNO
Os gnósticos apareceram na história de maneiras distintas. No início da Era Cristã –
assim como em alguns períodos mais avançados da Idade Média – eles se
manifestaram de modo tipicamente religioso.
Porém, nos últimos séculos, houve vertentes “secularizadas” do gnosticismo, que
estão na raiz de movimentos revolucionários ateístas e materialistas.
Para esta estirpe de gnóstico, a malignidade da estrutura da realidade não mais se
explica pela ação de um deus mau (o Demiurgo) que teria criado o mundo material,
como pregavam os gnósticos primitivos.
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
A IMANENTIZAÇÃO DO ESCHATON
Para alguns destes gnósticos modernos, a realidade é maligna por ser fruto de um
sistema econômico opressivo, uma cultura dominadora e escravizante ou de uma
alguma ideologia política desumana.
Não raro, os gnósticos modernos expressam a sua crença sob as mais distintas formas
de doutrina política redentorista e utópica. É a chamada imanentização escatológica,
conforme descreve Eric Voegelin em sua Nova Ciência da Política.
Ou seja, no lugar de uma visão escatológica com foco na transcendência, o gnóstico
moderno contempla um fim (Escathon) dentro dos limites da história e do universo
visível.
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO
A DIMENSÃO RELIGIOSA
DA REVOLUÇÃO
REVOLUÇÃO: OCULTISMO E ANTICRISTIANISMO