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Cuidados na saúde a populações mais

vulneráveis

TAS 2015/2016
UF 24
FORMADOR: JÚLIO VELOSO
FORMANDOS: HUGO RODRIGUES
PAULA ARAÚJO
PATRÍCIA PEREIRA
Introdução
Os grupos populacionais vulneráveis são aqueles que têm maior
probabilidade de desenvolver problemas de saúde do que o resto da
população, apresentando frequentemente maior dificuldade no acesso aos
cuidados de saúde.

Existem numerosos fatores de vulnerabilidade relacionados com processos


culturais, psicológicos, políticos, económicos e biológicos, aumentando a
possibilidade de ocorrência de diferentes doenças. 
Hepatite A

A hepatite A é uma inflamação do fígado (hepática) provocada por um vírus


– o VHA - vírus da hepatite A (hepatite viral).

Em Portugal a prevalência da hepatite A tem vindo a diminuir na população


adulta e, fundamentalmente, junto dos adolescentes.
TRANSMISSÃO

O vírus aloja-se nos excrementos das pessoas infetadas.

A transmissão da hepatite A é quase sempre pela via fecal-oral,


geralmente de pessoa para pessoa ou através de alimentos contaminados.
FATORES DE RISCO

 O contágio no agregado familiar;


 A homossexualidade masculina;
 Uma viagem a países com elevada endemicidade (frequência da doença);
 A toxicodependência de uso endovenoso ;
 O contágio nos infantários.
SINTOMAS
A hepatite A é uma doença que se caracteriza por um início
súbito.
Os sintomas são:

 Mal-estar;
 Fadiga;
 Náusea;
 Vómitos;
 Desconforto abdominal sob as costelas direitas
(hipocôndrio direito).
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da hepatite A é feito durante a fase ativa da doença com base nos
sintomas e no exame médico do doente.

A confirmação do diagnóstico é feita através de:

 um teste serológico (IgM anti-VHA) que confirma a presença do vírus, e;


 uma análise de sangue na qual são determinados os parâmetros associados às
enzimas do fígado e à "função hepática“

Podem também ser usados outros parâmetros de análise como: a velocidade de


sedimentação e as imunoglobulinas séricas.
TRATAMENTO

Não tendo um tratamento específico, é apenas necessário evitar


medicamentos tóxicos para o fígado como, por exemplo, o paracetamol e o
ácido acetilsalicílico.

No entanto, é aconselhável acompanhar a evolução da doença para que


esta não se torne muito agressiva, ou fulminante, e para comprovar a sua
cura e verificar que não se tornou crónica.
PREVENÇÃO
A prevenção específica contra o vírus da hepatite A pode ser feita através da
administração de gamaglobulina ou da vacina.

A administração da gamaglobulina é feita nos indivíduos mais jovens: familiares


diretos da pessoa infetada; alunos da mesma turma ; e para as pessoas que vivem
em instituições fechadas.

A vacina da hepatite A administra-se em duas doses: uma dose no momento inicial


e um reforço passados 6 a 12meses.
HEPATITE B

Provocada pelo Vírus da Hepatite B (VHB), descoberto em 1965, é a mais perigosa das
hepatites e uma das doenças mais frequentes do mundo, estimando-se que existam 350
milhões de portadores crónicos do vírus.

Estes portadores podem desenvolver doenças hepáticas graves, como a cirrose e o cancro
no fígado, patologias responsáveis pela morte de um milhão de pessoas por ano em todo o
planeta.

Em Portugal, calcula-se que existam 150 mil portadores crónicos do VHB .


TRANSMISSÃO

O vírus transmite-se através do contacto com o sangue e fluidos corporais


de uma pessoa infetada.

Existe também a possibilidade de transmissão de mãe para filho, no


momento do nascimento, uma forma de contágio especialmente grave,
dada a grande tendência de evolução para a cronicidade.
FATORES DE RISCO

Existem diversos fatores de risco que elevam as probabilidades de contração do vírus


da Hepatite B:

 Estar infetado com o vírus da SIDA;


 Ter múltiplos parceiros sexuais;
 Ter relações sexuais não protegidas;
 Estar a fazer hemodiálise;
 Ser toxicodependente;
 Ter progenitores portadores do VHB.
SINTOMAS
Pode sentir-se doente durante alguns dias ou mesmo semanas, num quadro semelhante
ao da gripe.
• Dor abdominal
• Urina escura
• Febre
• Dor nas articulações
• Perda de apetite
• Náusea e vômitos
• Fraqueza e fadiga
• Amarelamento da pele (icterícia).
É importante relembrar que o período de incubação vai desde as 6 semanas até a 6
meses, sendo por isso normal que os primeiros sintomas apenas apareçam passado
algum tempo após a contração do vírus.
DIAGNÓSTICO
Os marcadores que permitem diagnosticar a hepatite B surgem no sangue
em tempos diferentes. Normalmente, o primeiro a detetar-se é o antigénio
HBs, que persiste um a três meses e que demonstra a presença do vírus, no
organismo.
Um pouco mais tarde surge o antigénio HBe, sinónimo de que o agente
infecioso está a multiplicar-se. É nesta fase que é mais elevado o perigo de
contágio.
Só depois surgem os anticorpos.
A presença do antigénio HBe, além das oito semanas, indica que a
hepatite está a passar a uma fase crónica.
TRATAMENTO/PREVENÇÃO

Não há medicação para combater diretamente o agente da doença. Tratam-se


os sintomas e as complicações.

A vacina para a Hepatite B é o meio mais seguro e eficaz de prevenção.


É composta por três doses e tem uma taxa de eficácia de 95%.
HEPATITE C
Hepatite C é uma doença viral que leva à
inflamação do fígado, provocada por um vírus,
que quando crónica, pode conduzir à cirrose,
insuficiência hepática e cancro.

Durante vários anos foi conhecida sob a


designação de hepatite não-A e não-B, até ser
identificado, em 1989, o agente infecioso que a
provoca.
TRANSMISSÃO
A sua transmissão ocorre por meio do contato com sangue contaminado.

Em Portugal, a hepatite C crónica é já uma das principais causas de cirrose e de


carcinoma hepatocelular estimando-se que existam 150 mil infetados embora a
grande maioria não esteja diagnosticada. De acordo com um estudo do
Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, Portugal é um dos países
europeus a apresentar as mais elevadas taxas de contaminação deste vírus, que
atinge 60 a 80 por cento dos toxicodependentes.
SINTOMAS
A hepatite C pode permanecer assintomática até fases avançadas.
A destruição do fígado ocorre lentamente, e, às vezes, os sintomas só surgem 20 anos
depois da contaminação.
• Dor abdominal;
• Inchaço abdominal;
• Sangramento no esôfago ou no estômago;
• Urina escura;
• Fadiga;
• Febre;
• Coceira;
• Icterícia;
• Perda de apetite;
• Náusea e vômitos.
DIAGNÓSTICO
Os primeiros exames a fazer são análises sanguíneas para verificar a
existência de anticorpos.
Como a severidade da doença não pode ser determinada com precisão por
métodos menos agressivos, a biópsia continua sendo necessária para avaliar o
grau de inflamação e fibrose (formação de cicatrizes).
O consenso mundial é de que a biópsia é necessária em todos os pacientes
antes do início do tratamento.
TRATAMENTO
Atualmente, o tratamento considerado standard pela comunidade científica
internacional consiste na combinação de uma injeção semanal combinado com
a ingestão diária de comprimidos de Ribavirina.
Este tratamento tem uma taxa de sucesso de cerca de 60%.

Em último recurso, recorre-se ao transplante de fígado.


.
TUBERCULOSE

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma


bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode
ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges.
A tuberculose no geral é causada por uma infeção conhecida por
Bacilo de Koch (BK).
TRANSMISSÃO

A tuberculose transmite-se por contato direto, por via aérea.

Cada vez que um destes doentes tosse, fala, ri, canta ou espirra, liberta
pequenas gotículas que transportam o bacilo de Koch.
FATORES DE RISCO
Qualquer pessoa pode ser infetada pela bactéria causadora da tuberculose, mas algumas
pessoas estão sob um maior risco de desenvolver a doença. Idosos, bebês e indivíduos
imunossuprimidos.

Diversas razões podem levar uma pessoa a ser menos resistente à ação de bactérias:
• Diabetes;
• Insuficiência renal crônica;
• Quimioterapia;
• Medicamentos usados para evitar a rejeição do organismo a um órgão transplantado;
• Medicamentos prescritos para tratar artrite reumatoide, doença de Crohn e psoríase;
• Desnutrição.
SINTOMAS
Alguns pacientes não exibem nenhum indício da tuberculose, outros apresentam sintomas
que são ignorados durante alguns anos (ou meses). Os sinais e sintomas mais
frequentemente descritos são:

• tosse seca ( depois aparecimento de secreções, pus ou sangue);


• cansaço excessivo;
• febre baixa;
• sudorese noturna;
• falta de apetite;
• palidez;
• emagrecimento acentuado;
• rouquidão;
• fraqueza;
• prostração.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de tuberculose é bacteriológico. Quando há suspeita de
doença é efetuada colheita do líquido biológico (expetoração, urina, liquido
pleural, liquido pericárdio) ou tecido suspeito que é analisado ao microscópio
com coloração de Ziehl-Nielsen – exame direto.

De seguida procede-se ao exame cultural que vai permitir a identificação da


patologia e analisar a sensibilidade aos antibióticos utilizados no tratamento da
tuberculose. Este exame demora em média 2 a 6 semanas.
TRATAMENTO

O tratamento da tuberculose à base de antibióticos é 100% eficaz, no


entanto, não pode haver abandono.
A cura da tuberculose leva seis meses.
Para evitar o abandono do tratamento da tuberculose é importante que o
paciente seja acompanhado.
PREVENÇÃO

Para prevenir a tuberculose é necessário imunizar as crianças com


a vacina BCG.
A prevenção da tuberculose inclui evitar aglomerações,
especialmente em ambientes fechados, e não utilizar objetos de
pessoas contaminadas.
O que é
É uma síndrome clínica, que ocorre quando a gonorreia e a infeção por clamídia não são tratadas,
atingindo os órgãos sexuais internos da mulher, como útero, trompas e ovários, e causando
inflamações.
 
Formas de contágio
Essa infeção pode ocorrer por meio de contato com as bactérias após a relação sexual desprotegida.
 A maioria dos casos ocorre em mulheres que tem outra DST, principalmente gonorreia e infeção por
clamídia não tratadas.
Entretanto também pode ocorrer após algum procedimento médico local (inserção de Dispositivo
Intra-Uterino (DIU), biópsia na parte interna do útero, curetagem).
O uso da preservativo masculino ou feminina é a melhor forma de prevenção.
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP)

Sinais e sintomas
 Dor na parte baixa do abdómen (zona púbica ou baixo ventre) e durante a relação sexual.
 Dor abdominal e nas costas.
 Febre, fadiga e vómitos.
 
Diagnóstico e tratamento
 Na presença de qualquer sinal ou sintoma de DIP, recomenda-se procurar imediatamente um
profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.
 Em casos mais graves, é necessária internação hospitalar para uso de antibiótico por via venosa.
EPIDIDIMITE
 As condições inflamatórias, sobretudo aquelas de natureza infeciosa, são as entidades
nosológicas que mais frequentemente envolvem o epidídimo.
EPIDIMITE AGUDA
 A caracteriza-se por dor escrotal e aumento de volume do epidídimo, habitualmente unilateral, com
menos de 6 semanas de evolução.
 O pico de incidência da epididimite aguda situa-se na terceira década, e 70% dos casos ocorrem entre os
20 e os 39 anos.
 O lado direito é afetado com igual frequência ao lado esquerdo.
 O envolvimento bilateral é mais raro (9%).
 Não parece haver predominância racial
ETIOLOGIA
Infeciosa:
 A etiologia mais frequente da epididimite aguda é a infeção bacteriana.
 Nos indivíduos com idade inferior ou igual a 35 anos esta infeção é habitualmente transmitida por via
sexual.
 Como tal, os agentes habitualmente implicados são aqueles que provocam uretrite, sendo o mais
frequentemente isolado (até 85% dos casos analisados por técnicas de amplificação de DNA).
ETIOLOGIA
Não-infecciosa:
 O que pode causar uma epididimite através de um mecanismo fisiopatológico não totalmente
esclarecido: além da efeito tóxico directo do fármaco, cuja concentração no epidídimo pode ser até 300
vezes superior à sua concentração sérica, a identificação de anticorpos anti-amiodarona em doentes com
toxicidade clínica coloca a hipótese da existência de fenómenos auto-imunes.
 Esta forma de epididimite responde rapidamente à interrupção da terapêutica com amiodarona.
 As são uma causa rara de epididimite.
 Já foram descritos casos em doentes com poliartrite
 A epididimite pode ocorrer na sequência de lesão iatrogénica do epidídimo durante uma intervenção
cirúrgica no escroto.
SINAIS E SINTOMAS
 A epididimite aguda pode ser totalmente assintomática,
 Surge associada a uma combinação dos seguintes sintomas:
 – dor escrotal e/ou pélvica de instalação gradual
 – febre
 – edema e/ou eritema do escroto
 – nódulo palpável
 – ardor ou dificuldade uretral e/ou polaquiúria
 – corrimento uretral ou pús no ejaculado
SINAIS E SINTOMAS
 A dor caracteriza-se pela sua instalação gradual, velocidade de progressão variável (horas a dias),
intensidade crescente, muitas vezes acompanhada por febre.
 O escroto apresenta-se eritematoso e com aumento de volume
 A epididimite adquirida por contacto sexual pode ser acompanhada de uretrite, com queixas de
dificuldade miccional e corrimento uretral mucoso ou mucopurulento
 A palpação do escroto revela tumefacção dolorosa que habitualmente tem início na cauda do epidídimo,
podendo estender-se aos restantes elementos (corpo e cabeça) e ao testículo.
 O cordão espermático apresenta-se em regra tumefacto e doloroso à palpação.
 De acordo com uma revisão de 121 casos, 75% dos doentes têm febre (>37.5ºC), 62% apresentam
eritema da pele do escroto e 58% têm orquite clínica.
 Cerca de um terço dos doentes referem dificuldade miccional, geralmente associada à uretrite.
 A epididimite aguda pode ainda manifestar-se sob formas raras, tais como fístula cutânea do escroto,
hematospermia ou septicémia.
 Finalmente, é importante lembrar que 40% dos doentes com epididimite a são totalmente assintomáticos.
TRATAMENTO
 O tratamento da epididimite aguda inclui medidas gerais e antibioterapia.
 Consistem em repouso no leito, elevação do escroto, gelo local, analgésicos e anti-inflamatórios não esteróides.
 O tratamento empírico deve basear-se na idade, na história sexual, nos antecedentes de instrumentação do tracto
urinário e no conhecimento das sensibilidades antibióticas locais dos principais agentes patogénicos sexuais e
urinários.
 1 – Indivíduos com idade < 35 anos, com epididimite aguda adquirida presumivelmente por via sexual: –
doxiciclina 100 mg 12/12 horas durante 10 a 14 dias; – se houver suspeita de infecção gonocócica, adicionar dose
única de ciprofloxacina 500 mg via oral ou de ceftriaxone 250 mg intra-muscular.
 2 – Indivíduos com idade > 35 anos e com epididimite aguda associada a bacteriúria: – ciprofloxacina 500 mg
12/12 horas durante 10 dias ou, em alternativa, – ofloxacina 200 mg de 12/12 horas durante 14 dias.
 Note-se que a ofloxacina possui também actividade anti-clamídia, pelo que está indicada nos jovens que
apresentem intolerância às tetraciclinas e nos casos de etiologia indeterminada.
 As situações mais graves podem requerer terapêutica endovenosa nos primeiros dias. Todos os doentes devem ser
reavaliados após 72 horas de tratamento.
URETRITE NÃO GONOCÓCICA E CERVICITE POR CLAMÍDIA

  Uretrite não gonocócica e a cervicite por clamídia são doenças de transmissão sexual causadas
por Chlamydia trachomatis ou (nos homens) Ureaplasma urealyticum, embora por vezes sejam
provocadas pela Trichomonas vaginalisou pelo vírus do herpes simples.
 Estas infecções recebem o nome de «não gonocócica» para indicar que não são causadas por Neisseria
gonorrhoeae, a bactéria que produz gonorreia. 
 A Chlamydia trachomatis produz cerca de 50 % das infecções uretrais masculinas não gonorreicas e a
maioria das infecções com formação de pus que afectam a mulher e não são causadas pela gonorreia.
 Os casos restantes de uretrites são geralmente causados por Ureaplasma urealyticum, uma bactéria
semelhante ao micoplasma.
 Chlamydia é o nome dado a pequenas bactérias que só se reproduzem dentro das células.
 Os ureaplasmas são diminutas bactérias a que falta uma parede celular rígida, mas que se podem
reproduzir fora das células.
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

 Em geral, entre 4 e 28 dias depois do contacto sexual com uma pessoa infectada, um homem infectado
sente uma leve sensação de ardor na uretra enquanto urina.
 Geralmente, o pénis produz uma secreção.
 Esta pode ser clara ou turva, mas habitualmente menos espessa do que a desencadeada pela gonorreia.
 Por vezes a doença começa de forma mais brusca.
 O homem sente dor ao urinar, necessita de o fazer com frequência e tem secreções purulentas provenientes
da uretra. 
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

 Apesar de, em geral, as mulheres infectadas com Chlamydia não terem sintomas, algumas experimentam
uma frequente necessidade de urinar, dor ao fazê-lo, dor na parte inferior do abdómen durante o coito e
secreções vaginais de muco amarelado e pus.
 O sexo anal ou oral com uma pessoa infectada pode causar uma infecção do recto ou da garganta.
 Estas infecções costumam causar dor e uma descarga amarelada de pus e muco.
 Na maioria dos casos, é possível diagnosticar uma infecção com Chlamidia trachomatis ao examinar uma
secreção uretral ou do colo uterino num laboratório.
 As infecções por Ureaplasma urealyticum não se diagnosticam especificamente nas inspecções médicas
de rotinas (check-up). 
COMPLICAÇÕES
 Se uma infecção causada por Chlamydia trachomatis não receber tratamento, os sintomas desaparecem
às 4 semanas em cerca de 60 % a 70 % das pessoas.
 Contudo, uma infecção por clamídia pode causar várias complicações.
 Se não for tratada, uma infecção por clamídia ascende habitualmente até às trompas de Falópio, onde a
inflamação causa dor e a cicatrização pode levar à infertilidade ou a uma gravidez ectópica. 
  Estas últimas complicações têm ocasionalmente lugar na ausência de sintomas prévios e causam um
considerável sofrimento e custo médico.
 Nos homens, a Chlamydia pode causar epididimite, provocando uma dolorosa inflamação do escroto
num ou em ambos os lados. 
TRATAMENTO
 As infecções por Chlamydia e Ureaplasma costumam ser tratadas com tetraciclina ou doxiciclina
administradas por via oral durante pelo menos 7 dias, ou então com uma dose única de azitromicina.
 As mulheres grávidas não devem tomar tetraciclina.
 Em cerca de 20 % das pessoas, a infecção reaparece depois do tratamento.
 As pessoas infectadas que têm relações sexuais antes de completar o tratamento podem infectar os seus
parceiros.
 Como consequência e na medida do possível, os referidos parceiros devem ser tratados
simultaneamente.
GONORREIA
  Gonorreia é uma doença de transmissão sexual
causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que
infecta o revestimento mucoso da uretra, do colo
uterino, do recto e da garganta ou da membrana
branca (conjuntiva) dos olhos.
 A bactéria pode propagar-se através da corrente
sanguínea para outras partes do corpo, especialmente
a pele e as extremidades.
 Nas mulheres, pode subir pelo tracto genital para
infectar as membranas que se encontram dentro da
bacia, causando dor pélvica e problemas
reprodutivos.
SINTOMAS

 Nos homens, os primeiros sintomas costumam aparecer de 2 a 7 dias depois da infecção.


 Começam com queixas ligeiras na uretra, poucas horas depois, de uma dor fraca ou intensa ao urinar e
uma secreção de pus proveniente do pénis.
 O homem tem uma necessidade urgente e frequente de urinar, que piora à medida que a doença se estende
à parte superior da uretra.
 Nas mulheres, os primeiros sintomas costumam surgir entre 7 e 21 dias após a infecção.
 As mulheres infectadas não apresentam habitualmente sintomas durante semanas ou meses e a doença só
se descobre depois de se ter diagnosticado a mesma afecção no seu parceiro masculino e ela ser examinada
por ter estado em contacto com ele.
SINTOMAS

 Se aparecerem sintomas, costumam ser ligeiros.


 Contudo, algumas mulheres têm sintomas graves, como uma necessidade frequente de urinar, dor ao
urinar, secreção vaginal e febre.
 O colo uterino, o útero, as trompas de Falópio, os ovários, a uretra e o recto podem ser infectados e
provocar uma grande dor pélvica ou queixas durante o coito.
 O pus, que aparentemente provém da vagina, pode provir da cérvix, da uretra ou das glândulas próximas
do orifício vaginal.
 As mulheres e os homens homossexuais que mantêm relações sexuais por via anal podem contrair
gonorreia rectal.
 A doença pode causar mal-estar à volta do ânus e secreções provenientes do recto.
 A zona que rodeia o ânus torna-se vermelha e fica em carne viva, enquanto as fezes se cobrem de muco e
pus.
 O sexo oral com uma pessoa infectada pode causar gonorreia na garganta (faringite gonocócica).
 Em geral, a infecção não provoca sintomas,.
DIAGNÓSTICO
 O diagnóstico é feito de imediato ao identificar-se a bactéria (gonococo) ao microscópio.
 Em mais de 90 % dos homens infectados, diagnostica-se através de uma amostra da secreção uretral.
 Contudo, este diagnóstico só se consegue fazer em 60 % das mulheres infectadas utilizando uma amostra da
secreção cervical.
 Se o médico suspeitar de que existe uma infecção da garganta ou do recto, colhem-se amostras dessas zonas
para efectuar uma cultura.
 Apesar de não existir uma análise de sangue para detectar a gonorreia, é possível colher uma amostra de
sangue para diagnosticar se a pessoa também tem sífilis ou uma infecção causada pelo vírus da
imunodeficiência humana (VIH).
 Algumas pessoas têm mais de uma doença de transmissão sexual.
TRATAMENTO
 A gonorreia trata-se habitualmente com uma única dose de ceftriaxona intramuscular ou então com uma
semana de antibióticos orais (em geral doxiciclina).
 Se a gonorreia se tiver disseminado através da corrente sanguínea, o doente recebe habitualmente
tratamento num hospital, em regra com antibióticos endovenosos.
 Dado que a infecção com Chlamydia é frequente tanto nos homens como nas mulheres com gonorreia e é
difícil de diagnosticar, os doentes recebem um tratamento de uma semana com doxiciclina ou tetraciclina
ou então uma dose única de azitromicina, outro antibiótico de acção prolongada.
 Se os sintomas recorrem ou persistem no final do tratamento, podem colher-se amostras para cultura no
laboratório, com o fim de se certificar de que o doente está curado.
 Nos homens, os sintomas de uretrite podem reaparecer, causando uma doença chamada uretrite pós-
gonocócica.
LINFOGRANULOMA VENÉREO
O que é
  Caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital de curta duração (de três a cinco dias), que se
apresenta como uma ferida ou como uma elevação da pele.
 Essa lesão é passageira e não é facilmente identificada pelos pacientes.
Agentes causadores (patógeno e vetores):
  O agente causador dessa DST é a Chlamydia trachomatis.
 A transmissão do linfogranuloma venéreo dá-se por via sexual e seu período de incubação pode ser de 7 a
30 dias.
 O período de transmissibilidade pode variar de algumas semanas a vários anos, pois perdura enquanto
houver lesões ativas.
SINTOMAS
Principais Sintomas: 
 O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital de curta duração (de três
a cinco dias), que se apresenta como uma ferida ou como uma elevação da pele.
 Essa lesão é passageira e não é facilmente identificada pelos pacientes.
 Após a cura da lesão primária, que acontece geralmente entre duas a seis semanas, surge um inchaço
doloroso dos gânglios de uma das virilhas .
 Se esse inchaço não for tratado adequadamente, evolui para o rompimento espontâneo e formação de
feridas que drenam pus.
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Tratamento:
Consiste no tratamento das feridas.
 São utilizados medicamentos à base de antibióticos que, entretanto, não revertem sequelas, tais como o
estreitamento do reto e a elefantíase dos órgãos sexuais.
 Quando necessário, também é feita a aspiração dos gânglios inguinais.
 O parceiro também deve ser tratado.
Prevenção:
 A prevenção ocorre através do uso do preservativo em todas relações sexuais e higienização dos órgãos
genitais após o ato sexual.
CANCRO MOLE
O que é
  Doença de transmissão exclusivamente sexual (vaginal, anal ou oral), relação sexual desprotegida com
pessoa contaminada, também conhecida como DST (Doenças Sexualmente Transmissível)
 É mais frequente nas regiões tropicais.
 Agentes causadores (patógeno e vetores):
  Haemophilus ducrey, bacilo do tipo gram-negativo intracelular
Transmissão:
 O risco de infecção numa relação sexual é de 80%.
 A fase de incubação ocorre entre 3 a 5 dias, podendo atingir até 14 dias.
 Já o período de transmissibilidade pode ser de semanas ou meses enquanto não houver tratamento e
durarem as lesões.
SINTOMAS
 Principais sintomas: 
 Os primeiros sintomas aparecem dois a cinco dias após relação sexual desprotegida , período que pode se
estender até duas semanas.
 No início, surgem uma ou mais feridas pequenas com pus.
 Após algum tempo, forma-se uma ferida húmida e bastante dolorosa, que se espalha e aumenta de
tamanho e profundidade
 A seguir, surgem outras feridas em volta das primeiras.
 Após duas semanas do início da doença, pode aparecer um caroço doloroso e avermelhado na virilha,
que chega a prender os movimentos da perna, impedindo a pessoa de andar.
 Esse caroço pode abrir e expelir um pus espesso, esverdeado, misturado com sangue.
 Nos homens, as feridas, em geral, localizam-se na ponta do pênis.
 Na mulher, ficam, principalmente, na parte externa do órgão sexual e no ânus e mais raramente na vagina
(a ferida pode não ser visível, mas provoca dor na relação sexual e ao evacuar).
 A manifestação desta doença pode vir acompanhada de dor de cabeça, febre e fraqueza.
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Tratamento:
 O cancro mole é tratado com medicamentos à base de antibióticos, sabonetes e loções.
 Além do tratamento, deve-se realizar intensa higiene local.
 Deve ser indicada a abstinência sexual até a conclusão do tratamento.
 É recomendado o tratamento dos parceiros sexuais, em qualquer circunstância, pela possibilidade de
existirem portadores que não manifestem sintomas.
Prevenção:
 Como o contágio é feito pela prática sexual, a melhor forma de prevenir-se contra o cancro mole é fazer
uso do preservativo em todas as relações sexuais.
 Cuidar bem da saúde e da higiene também são formas de prevenção.
HERPES GENITAL
Dois vírus distintos podem causar herpes genital:
 Vírus do herpes simples Tipo 1 (HSV1)
 Vírus do herpes simples Tipo 2 (HSV-2).
 A transmissão de herpes genital por ambos os vírus acontece principalmente via contato sexual desprotegido.
 O HSV-1 pode se espalhar da boca aos genitais durante o sexo oral.
 Já o HSV-2 é mais comum na vagina.
 O herpes genital é mais comumente transmitido pelo contato com a pele de uma pessoa infectada que tem lesões
visíveis, bolhas ou erupções (uma crise ativa),
 Mas também pode-se contrair a partir do contacto com a pele de uma pessoa infectada mesmo quando NÃO há lesões
visíveis (e a pessoa pode nem saber que está infectada) ou pelo contato com a saliva ou com fluidos vaginaisde uma
pessoa infectada.
 Como o vírus pode ser transmitido mesmo quando não há sintomas ou lesões presentes, um parceiro sexual que tenha
sido infectado com herpes no passado, mas que não tem lesões activas da doença, pode transmitir a infecção a outras
pessoas.
FATORES DE RISCO
 A herpes genital é mais comum na vagina, principalmente quando o vírus causador é o HSV2.
 Aproximadamente uma em cada quatro mulheres está infetada.
 Já no caso de homens, aproximadamente um em cada oito homens possui a doença.
 Ter mais de um parceiro sexual pode aumentar os riscos de contrair herpes genital.
 Manter relações sexuais sem preservativo é a principal causa do herpes genital e o principal
comportamento de risco.
SINTOMAS
 Muitas vezes, as pessoas não sabem que foram infectadas com os vírus do herpes genital, porque é
comum que a doença não manifeste sinais ou sintomas.
 Dores e irritação que surgem de dois a dez dias após o contágio.
 Manchas vermelhas e pequenas bolhas esbranquiçadas que costumam surgir dias após a infeção.
 Úlceras na região dos genitais, que podem até mesmo sangrar e causar dor ao urinar.
 Cascas que se formam quando as úlceras cicatrizam.
 Nos primeiros dias após o contágio, a pessoa infetada pode apresentar sintomas muito parecidos com os
da gripe:
 Apetite reduzido
 Febre
 Mal-estar geral
 Dores musculares na parte inferior das costas, nádegas, coxas ou joelhos.
Outros sintomas que podem surgir:
 Gânglios aumentados e sensíveis na virilha durante uma crise
 Dor ao urinar
 As mulheres podem ter corrimento vaginal ou, ocasionalmente, não podem esvaziar a bexiga e precisam de um
cateter urinário.
 Uma segunda crise pode aparecer semanas ou meses depois da primeira. Esta crise é quase sempre menos grave e de
menor duração que a primeira. Com o tempo, o número de crises pode diminuir.
 Uma vez que uma pessoa é infectada, no entanto, o vírus se esconde nas células nervosas e permanece no corpo.
 O vírus pode permanecer adormecido por um longo período (chamado de latência).
 A infecção pode se reativar ou piorar a qualquer momento.
As situações que podem ativar infecções latentes e iniciar uma crise incluem:
 Fadiga
 Irritação genital
 Menstruação
 Stress físico ou emocional
 Trauma.
DIAGNÓSTICO
 Um exame físico muitas vezes basta para o diagnóstico.
 Mas o médico pode optar também por realizar alguns exames para certificar-se de que acertará no diagnóstico,
como:
 Cultura de vírus: neste procedimento, o especialista coletará uma amostra da ferida causada por herpes e levará
para análise de laboratório.
 Exame de reação de polimerase em cadeia: conhecido como PCR, por causa da sigla em inglês, este exame faz
um esboço do DNA do paciente por meio da análise de uma pequena amostra da ferida presente na genitália. A
partir deste DNA, o médico poderá dizer se há presença de vírus causador do herpes ou não.
 Exame de sangue: os resultados deste exame mostrarão se há presença ou não de anticorpos contra os vírus do
herpes genital, indicando se houve infecção no passado.
 Se o diagnóstico para herpes genital for positivo, deve-se informar imediatamente o parceiro ou parceiros, para
que ele ou ela possa realizar os exames também.
 Quanto antes começar o tratamento, melhor.
TRATAMENTO
 Os medicamentos mais usados para o tratamento de herpes genital são:
 Aciclovir
 Ezopen (creme)
 Penvir
PREVENÇÃO
 A melhor forma de se prevenir herpes genital e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) é usar
preservativos durante os atos sexuais.
 A única forma 100% garantida de não se contrair nenhum tipo de DST é não manter relações sexuais,
então quanto mais cuidado tiver durante o ato, melhor.
 Herpes genital: uso do preservativo é fundamental
 Se seu parceiro ou parceira estiver infetado com herpes, é melhor evitar qualquer tipo de contato sexual
até que a doença esteja sob controle.
 Na gravidez, se a mãe for diagnosticada com herpes genital, o médico recomendará o uso de
medicamentos antivirais para evitar que o bebê contraia a doença durante o parto.
 Em último caso, a cesariana pode ser considerada também como uma opção.
SÍFILIS
  Sifilis é uma doença de transmissão sexual causada pela bactéria Treponema pallidum.
 Esta bactéria penetra no organismo através das membranas mucosas, como as da vagina ou da boca, ou
então através da pele.
 Horas depois chega aos gânglios linfáticos e em seguida propaga-se por todo o organismo através do
sangue.
 Também pode infectar um feto durante a gravidez, causando defeitos congénitos ou outros problemas.
 O número de afectados com sífilis atingiu o seu ponto máximo durante a Segunda Guerra Mundial, para
depois cair de forma espectacular até à década de 60, quando os índices começaram a subir novamente.
SÍFILIS
 Durante este período, um grande número de casos de sífilis surgiu entre homens homossexuais.
 Estas estatísticas permaneceram relativamente estáveis até meados da década de 80, porque, devido à
epidemia de SIDA e à prática de sexo seguro, a incidência entre eles decresceu.
 Como consequência, o número geral de pessoas com sífilis também diminuiu.
 No entanto, esta redução foi seguida por um rápido incremento de casos entre consumidores de cocaína,
principalmente entre as mulheres ou os seus filhos recém-nascidos.
 Uma pessoa que tenha sido curada de sífilis não fica imune e pode voltar a infetar-se.
SINTOMAS
 Os sintomas costumam começar de 1 a 13 semanas depois do contágio; a média é de 3 a 4 semanas.
 A infecção comTreponema pallidum passa por vários estádios: o primário, o secundário, o latente e o
terciário.
 A infecção pode durar muitos anos e raramente provoca lesões cardíacas, cerebrais ou a morte.
SINTOMAS
 Estádio primário
 Aparece uma ferida ou úlcera indolor (sifiloma, também designado por cancro) no local da infecção,
geralmente sobre o pénis, a vulva ou a vagina.
 O cancro também pode aparecer no ânus, no recto, nos lábios, na língua, na garganta, no colo uterino,
nos dedos ou, raramente, noutras partes do corpo.
 Em regra, manifesta-se uma única ferida, mas por vezes podem ser várias.
 O sifiloma começa como uma pequena zona vermelha saliente que em breve se converte numa ferida
aberta (úlcera), porém continua a ser indolor.
 A ferida não sangra, mas ao tocar-lhe liberta-se um líquido claro altamente infeccioso.
 Os gânglios linfáticos próximos costumam aumentar de volume, embora permaneçam indolores.
 Como a lesão causa tão poucos sintomas, é habitualmente ignorada.
 Cerca de metade das mulheres infectadas e um terço dos homens infectados não sabem que a têm.
 Costuma sarar em 3 a 12 semanas, depois do que o indivíduo afectado parece encontrar-se perfeitamente
bem.
SINTOMAS
 Estádio secundário
 O estádio secundário inicia-se com uma erupção cutânea, que costuma aparecer de 6 a 12 semanas após a infecção.
 Cerca de 25 % dos infectados ainda têm uma ferida que está a sarar durante esta fase.
 Aquela erupção pode durar pouco tempo ou então prolongar-se durante meses. Mesmo que a pessoa não receba
tratamento, habitualmente desaparece.
 No entanto, pode aparecer de novo semanas ou meses mais tarde.
 São frequentes as úlceras na boca que afectam mais de 80 % dos doentes.
 Cerca de 50 % apresentam gânglios linfáticos inflamados em todo o corpo e aproximadamente 10 % têm
inflamação nos olhos.
 Esta inflamação habitualmente não causa sintomas, embora, por vezes, o nervo óptico se inflame e então a visão
torna-se turva.
 Aproximadamente 10 % apresenta inflamação nos ossos e articulações, que causa muitas dores.
 A inflamação renal pode fazer com que se encontrem proteínas na urina e a do fígado pode provocar icterícia.
 Um número reduzido de pessoas sofre uma inflamação da membrana que reveste o cérebro (meningite sifilítica
aguda), que se traduz em dor de cabeça, rigidez da nuca e, por vezes, surdez.
SINTOMAS
 Estádio latente
 Uma vez que a pessoa recuperou do estádio secundário, a doença entra num estádio latente em que não se
verificam sintomas.
 Esta etapa pode durar anos ou décadas ou durante o resto da vida.
 Durante a primeira parte do estádio latente, por vezes as úlceras recidivam.
 Estádio terciário
 Durante a terceira etapa (estádio terciário), a sífilis não é contagiosa.
 Os sintomas oscilam entre ligeiros e devastadores.
 Podem aparecer três tipos principais de sintomas: sífilis terciária benigna, sífilis cardiovascular e neurossífilis.
 A sífilis cardiovascular costuma aparecer de 10 a 25 anos depois da infecção inicial.
 O doente pode desenvolver um aneurisma (enfraquecimento e dilatação) da aorta (a principal artéria que sai
do coração) ou uma insuficiência da válvula aórtica. Estas perturbações podem causar dor no peito,
insuficiência cardíaca ou morte.
 A neurossífilis (sífilis do sistema nervoso) afecta cerca de 5 % de todos os sifilíticos não tratados.
DIAGNÓSTICO
 Utilizam-se dois tipos de análises de sangue.
 O primeiro é uma análise de controlo, como a chamada VDRL (iniciais de «laboratório de investigação de
doenças venéreas») ou RPR (de «reargina rápida do plasma»).
 Em certos casos dão resultados falsos positivos, mas têm a vantagem de se tornarem negativas quando se
repetem depois de um tratamento correcto.
 É possível que o médico precise de repetir este tipo de exames, porque os resultados podem ser negativos
nas primeiras semanas de sífilis primária.
 Nos estádios primário e secundário, é possível diagnosticar a doença colhendo uma amostra de líquido de
uma úlcera da pele ou da boca e identificando as bactérias ao microscópio.
 Também se pode utilizar a análise de pesquisa de anticorpos efectuada sobre uma amostra de sangue.
 Para a neurossífilis, efectua-se uma punção lombar para realizar uma pesquisa de anticorpos.
 No estádio latente, a sífilis só se diagnostica através de provas de anticorpos efectuadas com amostras de
sangue ou líquido espinhal . 
 No estádio terciário, diagnostica-se a partir dos sintomas e do resultado de uma pesquisa de anticorpos.
TRATAMENTO
 Dado que as pessoas com sífilis nos estádios primário e secundário transmitem a infecção, devem evitar o contacto sexual até que elas e os seus
parceiros sexuais tenham completado o tratamento.
 No caso da sífilis no estádio primário, todas as pessoas com quem tenham mantido relações sexuais nos três meses anteriores correm perigo.
 Com a sífilis no estádio secundário, todos os parceiros sexuais do último ano podem ter-se contagiado.
 Estas pessoas precisam de ser controladas com uma análise de pesquisa de anticorpose, se o resultado for positivo, devem receber tratamento.
 A penicilina, que em geral é o melhor antibiótico para todos os estádios da sífilis, é habitualmente administrada por via intramuscular durante o estádio
primário, aplicando-se na nádega de uma só vez.
 Nos casos de sífilis no estádio secundário, aplicam-se duas injecções adicionais com intervalos de uma semana.
 A penicilina também se utiliza em casos de sífilis latente e no estádio terciário, apesar de poder ser necessário um tratamento endovenoso mais intenso.
 As pessoas alérgicas à penicilina podem receber doxicilina ou tetraciclina oral durante 2 a 4 semanas.
 Mais de metade das pessoas com sífilis nos seus primeiros estádios, especialmente no estádio secundário, desenvolve uma reacção (chamada reacção de
Jarisch-Herxheimer) de 2 a 12 horas depois do primeiro tratamento.
 Julga-se que esta é o resultado da morte súbita de milhões de bactérias.
 Os sintomas compreendem: sensação de mal-estar, febre, dor de cabeça, sudação, arrepios com tremores e um agravamento temporário das úlceras
sifilíticas.
 Em ocasiões raras, as pessoas com neurossífilis podem ter convulsões ou sofrer de paralisia.
 Depois do tratamento, o prognóstico para os estádios primário, secundário e latente da sífilis é excelente.
 Porém o prognóstico é mau nos casos da sífilis terciária que afecte o cérebro ou o coração, já que as lesões existentes são, em geral, irreversíveis.
Conclusão
 Ao reconhecer-se os aspetos que levam à maior vulnerabilidade do indivíduo,
grupo ou comunidade criam-se oportunidades de intervenções facilitadoras de
mudança e uma cobertura mais justa, equitativa e solidária, constituindo estes
alguns dos princípios éticos e deontológicos que regem a atividade profissional.

 A avaliação das intervenções com as populações vulneráveis começa com os


objetivos que se querem alcançar e centra-se em verificar até que ponto os
resultados de saúde foram atingidos, quer seja a nível individual, de grupo ou
comunidade.
WEBGRAFIA
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/tuberculose
http://www.roche.pt/hepatites/hepatiteb/
http://www.roche.pt/hepatites/hepatiteb/diagnostico.cfm
http://www.especialista24.com/hepatite-b/
http://www.instituto-camoes.pt/glossario/Textos/Medicina/HTM/endemicidade.html
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/tuberculose-pulmonar
http://www.aids.gov.br/pagina/doenca-inflamatoria-pelvica-dip
http://www.apurologia.pt/acta/1-2007/epididimite.pdf
http://www.manuaismsd.pt/?id=215&cn=1838
http://www.manuaismsd.pt/?id=215&cn=1830
http://www.infectologia.org.br/cancro-mole/
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/herpes-genital

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