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CONCEITOS BÁSICOS

LIDE
Conflito Qualificado pela
pretensão resistida.
LIDE
É o conflito de interesses qualificado por uma pretensão
resistida. Se uma pessoa pretende o bem da vida
(material ou imaterial) e encontra resistência relevante
em outra pessoa, somente o Poder Judiciário, como
regra quase absoluta, pode, pela atuação do processo,
solucionar a questão.
Só quando a solução amistosa se mostra inviável, surge
a necessidade de intervenção estatal. Até mesmo dentro
do processo, nas causas disponíveis e transigíveis é
interessante galgar uma solução amigável.
PROCESSO JUDICIAL
Segundo Fredie Diddier
O” processo é, como
visto, método de
exercício de poder. Para
que o aluno possa
compreender
adequadamente o direito
processual, é preciso,
portanto, que a ele
tenham sido
apresentadas as noções
básicas da Ciência
Política.”
PROCESSO
É o instrumento colocado à disposição dos cidadãos
para a solução de seus conflitos de interesses e pelo
qual o Estado exerce a Jurisdição. Tal solução e
exercício são desenvolvidos com base em regras legais
previamente fixadas e buscam, mediante a aplicação
do direito material ao caso concreto, a entrega do bem
da vida, a pacificação social e a realização da justiça.
O processo possui uma parte visível (procedimento) e
uma parte subjetiva (relação jurídica processual-
desenvolvida entre o juiz e as partes).
PROCESSO
 A relação jurídica processual é o objeto que congrega
os conceitos e institutos fundamentais da ciência do
processo. Estudá-la é investigar a forma e a estrutura
dos processos judiciais, tão importante quanto é
importante o estudo dos sistemas locomotor e
respiratório para a biologia.
PROCESSO
O fenômeno processual, como de resto qualquer fenômeno
jurídico, é relacional, com a particularidade de ser essa
relação complexa, dinâmica e de direito público, porquanto
dela participe, sempre, um órgão investido na função
pública de prestar jurisdição. Como método de exercício
de poder, o processo é sempre um objeto importante para as
análises doutrinárias, notadamente quando se percebe, em
razão das transformações da sociedade contemporânea, que
as noções fundamentais do direito processual vêm sendo
revistas, dogmas estão sendo superados, os institutos,
repensados.
PROCEDIMENTO E
FORMALISMO
PROCESSUAL
O conceito de formalismo
processual é um conceito
jurídico fundamental. Ele foi
desenvolvido no
Brasil por CARLOS ALBERTO
ALVARO DE OLIVEIRA, que o
reputa a “totalidade formal do
processo”,
“compreendendo não só a
forma, ou as formalidades, mas
especialmente a delimitação
dos poderes,
faculdades e deveres dos
sujeitos processuais,
coordenação da sua atividade,
ordenação do
procedimento e organização
do processo, com vistas a que
sejam atingidas as suas
finalidades
primordiais”. (OLIVEIRA,
Carlos Alberto Alvaro. Do
formalismo no processo civil.
4ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2010, p. 28.)
PROCEDIMENTO
É a forma como o processo se exterioriza e se materializa
no mundo jurídico. É através do procedimento que o
processo age. Consiste, pois, numa sequência de atos
que deve culminar com a declaração do Judiciário sobre
quem tem o direito material (bem da vida) na lide
submetida à sua apreciação. Esta sequência deve
observar a dialética processual, consistente em
facultar às partes a efetiva participação durante o seu
desenvolvimento.
Tese do autor x Antítese do Réu = Síntese do
julgador
PROCEDIMENTO
O ordenamento pátrio prevê uma fórmula geral de
solução de conflitos, nominada procedimento comum,
a ser adotado sempre que o direito material em litígio
não demandar regras específicas para a sua solução.
Ante a diversidade das relações jurídicas substanciais
surgidas entre as partes e na busca pela melhor
efetividade do processo temos uma atual tendência de
especializar os procedimentos (procedimentos
especiais).
PROCEDIMENTO
EXEMPLO: PROCEDIMENTOS CÍVEIS
Até 40 salários mínimos = procedimento
sumaríssimo/Lei 9099/95;
O procedimento comum (do art. 318 e ss. Do NCPC) e
os procedimentos especiais (art. 539 e ss.).
PROCEDIMENTO
Qual é sequência lógica prevista pela lei processual de
2015 para o procedimento comum?
Resposta: 1º petição inicial
2º Audiência de Conciliação ou Mediação
3º Contestação (com preliminares e mérito)
4º Réplica
5º Saneamento
6º AIJ – Audiência de Instrução e Julgamento
7º Sentença
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em
PRETENSÃO
Os interesses das partes
traduzem-se na chamada
pretensão. Dentro da Petição
Inicial que possui sua
estrutura no art. 319 do CPC a
pretensão deve ser
organizada dentro do tópico
“DOS PEDIDOS”
PRETENSÃO
É a exigência, pedido ou postulação que a parte deduz
perante o juiz. É obrigação do titular do direito violado
provocar o exercício da jurisdição estatal. Através do
processo poderá ele buscar uma sentença que reconheça
o direito alegado e sujeite o réu ao seu cumprimento.
O réu também pode aduzir pretensões:
NCPC “Art. 343.  Na contestação, é lícito ao réu propor
reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa
com a ação principal ou com o fundamento da defesa”
PROCESSO JUDICIAL
ELETRÔNICO
Regulamentado
primeiramente pela LEI Nº
11.419, DE 19 DE DEZEMBRO
DE 2006.
O PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
O processo eletrônico disciplinado pela Lei nº
11.419/2006 vem sendo implementado em larga escala
no território nacional, com o propósito de conferir
maior celeridade e proporcionar economia processual.
 Os Tribunais vêm normatizando internamente
algumas questões peculiares no que tange a essa
sistemática virtual da prestação jurisdicional,
conforme vão surgindo controvérsias procedimentais.
Entretanto, alguns pontos são claros e precisos no
texto legal, bem como no NCPC.
O PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
De acordo com a Lei 11.419/2006. Da informatização
do Processo Judicial:
Art. 3º Consideram-se realizados os atos processuais
por meio eletrônico no dia e hora do seu envio ao
sistema do Poder Judiciário, do que deverá ser
fornecido protocolo eletrônico.
Parágrafo único. Quando a petição eletrônica for enviada
para atender prazo processual, serão consideradas
tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro)
horas do seu último dia.
O PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
Art.11. Os documentos produzidos eletronicamente e
juntados aos processos eletrônicos com garantia da
origem e de seu signatário, na forma estabelecida nesta
Lei, serão considerados originais para todos os efeitos
legais.

§2o A arguição de falsidade do documento original


será processada eletronicamente na forma da lei
processual em vigor.
O PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
Art.12
§2º Os autos de processos eletrônicos que tiverem de
ser remetidos a outro juízo ou instância superior que
não disponham de sistema compatível deverão ser
impressos em papel, autuados na forma dos arts. 166 a
168 da Lei no5.869, de 11 de janeiro de 1973 -Código de
Processo Civil, ainda que de natureza criminal ou
trabalhista, ou pertinentes a juizado especial.
O PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
Lei do Processo eletrônico
...
Art. 4º
§ 2º A publicação eletrônica na forma deste artigo substitui qualquer
outro meio de publicação oficial, para quaisquer efeitos legais, à exceção
dos casos que, por lei, exigem intimação ou vista pessoal.

§ 3o Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte


ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.

§ 4o Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir


ao considerado como data da publicação.
O PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
Art. 5º

§ 5o Nos casos urgentes em que a intimação feita na


forma deste artigo possa causar prejuízo a quaisquer
das partes ou nos casos em que for evidenciada
qualquer tentativa de burla ao sistema, o ato
processual deverá ser realizado por outro meio que
atinja a sua finalidade, conforme determinado pelo
juiz.

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