Você está na página 1de 17

aula 01 gelson@sinergia.edu.

br

APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON


Dinâmica do movimento circular:
- Curvas horizontais;
- Curvas sobrelevadas;
- Curvas verticais.

1
aula 01 DINÂMICA DO MOVIMENTO CIRCULAR
Quando um corpo realiza um movimento circular, uma força está atuando
sobre ele para que ele se mantenha nesse movimento.

No movimento circular sempre haverá a presença de uma aceleração


centrípeta que tem sentido voltado para o centro do círculo. Essa
aceleração gera sobre um corpo uma força chamada centrípeta, que
sempre terá direção radial (direção do raio) e sentido para o centro do
círculo.
𝐹
  𝑐𝑝=𝑚 . 𝑎 𝑐𝑝
𝑣²
𝑎  𝑐𝑝=
𝑅   =𝒎 .𝒗 ²
𝑭 𝒄𝒑
𝑹
𝑎  𝑐𝑝= 𝜔2 . 𝑅 𝑭 𝟐
  𝒄𝒑=𝒎 . 𝝎 . 𝑹
2
aula 01 DINÂMICA DO MOVIMENTO CIRCULAR
Caso a corda que segura o corpo, arrebente, por inércia, o corpo seguirá
um movimento tangente à circunferência que era descrita por ele, no
sentido da sua velocidade no instante em que a corda arrebentou. A partir
desse instante, a força centrípeta deixa de existir, pois o corpo não
descreverá mais um movimento circular.

acp = aceleração centrípeta [m/s²]


v = velocidade tangencial [m/s]
R = raio do movimento circular [m]
ω = velocidade angular [rad/s]
Fcp = força centrípeta [N]
m = massa do corpo [kg]
3
aula 01 DINÂMICA DO MOVIMENTO CIRCULAR

Relação das forças resultantes em cada tipo de movimento

4
aula 01 EXERCÍCIOS

Um carro de massa 800 kg efetua uma curva de raio igual a 100 m


com velocidade de 20 m/s. A força centrípeta sobre o carro vale:

RESOLUÇÃO
  =𝑚.𝑣 ²
𝐹 𝐹 2
m = 800 Kg 𝑐𝑝
𝑅   𝑐𝑝=𝑚. 𝜔 . 𝑅
R = 100 m
  = 800.20²
𝐹
v = 20 m/s 𝑐𝑝
100
Fcp = ?
𝐹
  𝑐𝑝=8 . 400
𝑭
  𝒄𝒑=𝟑 . 𝟐𝟎𝟎 𝑵
5
aula 01 CURVA PLANA HORIZONTAL
Quando um corpo realiza um movimento circular na direção horizontal,
uma força que atua sobre ele deve estar no sentido do centro da curva
para que ele possa ficar “preso” no movimento circular.

Por exemplo, quando um carro entra em uma curva plana e horizontal, por
inércia, a tendência dele é escorregar para
fora da curva, porém a força de atrito
entre os seus pneus e o asfalto permite
ao carro realizar a curva em segurança.

Lembrando que no plano horizontal a


força peso e a força normal se anulam.
6
aula 01 CURVA PLANA HORIZONTAL

𝐹
  𝑐𝑝=𝐹 𝑎𝑡 𝑁
  =𝑃 𝑃=𝑚.
  𝑔
𝑚. 𝑁
  =𝑚 . 𝑔 𝐹
  𝑎𝑡 =𝜇 . 𝑁
  𝑣 ² =𝜇 . 𝑁
𝑅   =𝑚.𝑣 ²
𝐹 𝑐𝑝
𝑚. 𝑅
  𝑣 ² =𝜇 . 𝑚 . 𝑔
𝑅
𝑣  ²
=𝜇 . 𝑔
𝑅
𝑣  ²=𝑅 . 𝜇 . 𝑔
Fórmula da velocidade para
𝒗  =√ 𝑹 . 𝝁 . 𝒈 uma curva plana horizontal

7
aula 01 EXERCÍCIOS
Um carro de massa 800 kg realiza uma curva de raio 200 m numa pista plana
horizontal. Adotando g = 10 m/s², o coeficiente mínimo de atrito entre os
pneus e a pista para uma velocidade de 72 km/h é:

RESOLUÇÃO
𝐹
  𝑐𝑝=𝐹 𝑎𝑡  400 =𝜇 .10
m = 800 Kg 200
R = 200 m 𝑚.
  𝑣 ² =𝜇 . 𝑚 . 𝑔
v = 72 km/h = 20 m/s 𝑅 2=𝜇
  .10
3,6 𝑣  ²   2
𝜇=
µ=? =𝜇 . 𝑔 10
𝑅

 20² =𝜇 .10
𝝁=𝟎
  ,𝟐
200
8
aula 01 EXERCÍCIOS
Um veículo, para fazer uma curva plana, depende da força de atrito estático
que atua entre pneus e pavimento, a qual evita que ocorra um deslizamento
lateral do veículo, a chamada derrapagem. Considere um veículo trafegando
por uma estrada horizontal e que entra em uma curva plana com raio de 100
m. Supondo o coeficiente de atrito estático µ = 0,9 e g = 10 m/s², pode-se
afirmar que a velocidade máxima desse veículo nessa curva, sem que ocorra
derrapagem, é de:

RESOLUÇÃO
R = 100 m 𝑣  =√ 𝑅 . 𝜇 . 𝑔
µ = 0,9
𝑣=
  √ 100 .0,9 . 10 𝒗  =𝟑𝟎 𝒎 / 𝒔
g = 10 m/s²
v=? 𝑣  =√ 900
9
aula 01 CURVA INCLINADA
Uma maneira que possibilita o carro realizar uma curva com maior
velocidade, é inclinar a curva, pois assim fica mais difícil o carro sair da
pista.

Essa inclinação faz com que o carro dependa menos da força de atrito
entre o asfalto e os seus pneus.

𝒗  =√ 𝑹 . 𝒈 .𝒕𝒈 𝜽

Qualquer velocidade maior do que essa


que o carro for realizar a curva, ele
sofrerá um acidente escapando dela. 10
aula 01 EXERCÍCIOS
Um carro percorre uma pista curva superelevada (tgθ = 0,20) de 200 m de raio.
Desprezando o atrito, qual a velocidade máxima em km/h sem risco de
derrapagem? Adote g = 10 m/s².

RESOLUÇÃO

R = 200 m 𝑣  =√ 𝑅 . 𝑔 .𝑡𝑔 𝜃 𝑣  =20 𝑥 3,6


tgθ = 0,2 𝒗  =𝟕𝟐 𝒌𝒎 / 𝒉
𝑣  =√ 200 .10.0,2
g = 10 m/s²
v=? 𝑣  =√ 400
𝑣  =20 𝑚 / 𝑠

11
aula 01 CURVAS VERTICAIS
Vamos iniciar com o pêndulo simples, No ponto mais baixo da trajetória
no qual um corpo de massa m, preso circular de raio R = L, no qual o corpo
por um fio de comprimento L, descreve passa com velocidade v, as forças peso
uma curva oscilando verticalmente sob e tração não se equilibram, pois, como
a ação da aceleração da gravidade. a trajetória é curva, deve existir uma
força resultante orientada para o centro
da curva (força centrípeta).

12
aula 01 CURVAS VERTICAIS
Quando um carro passa por uma elevação ou por uma depressão (valetas ou lombadas), as
pessoas que estão em seu interior sentem diferentes sensações de peso. Isso pode ser
notado principalmente nas pessoas que andam nos carrinhos de montanha-russa, pois eles
possuem uma velocidade muito maior do que a velocidade de um carro. Essas diferentes
sensações de peso se devem às forças que atuam sobre as pessoas nessas duas situações.
Praticamente, atuam sobre as pessoas apenas a força peso e a força normal, responsável
pelas diferentes sensações de peso, já que a força peso da pessoa será constante nessa
situação.

13
aula 01 CURVAS VERTICAIS
Nas ruas e nas estradas, as valetas e as lombadas
funcionam como redutores de velocidade. Na figura
abaixo, temos a ilustração de um carro passando por
uma valeta (ponto B) e por uma lombada (ponto C).
Ambas são arcos de circunferência de raio R.

Nas lombadas, dependendo do módulo da velocidade,


existe a possibilidade de o veículo perder o contato com
o piso. Se isso acontecer, a força normal é zero e a
velocidade é dada por:
14
aula 01 CURVAS VERTICAIS
O globo da morte é um espetáculo circense em que a moto executa um movimento circular
no plano vertical. Em todos os pontos, a moto e o motociclista estarão sujeitos à força
normal e à força peso.

Durante uma apresentação, é necessário saber a velocidade mínima que a moto deve ter,
para que ela consiga realizar o looping dentro do globo da morte sem cair.

Essa velocidade mínima é calculada quando a moto passa pelo ponto mais alto do globo da
morte sem pressionar o globo, ou seja, a moto está praticamente caindo.

15
aula 01 EXERCÍCIOS
A massa de um piloto e sua moto é igual a 120 kg. Eles giram em um círculo vertical,
dentro de uma gaiola esférica de raio 5 m, e passam pelo ponto mais alto com
velocidade de 36 km/h. Considere g = 10 m/s².
a) Calcule a intensidade da força com que a moto pressiona a parede da gaiola, no
ponto mais alto da trajetória.
b) Qual é a velocidade mínima com que a moto pode passar pelo ponto mais alto da
trajetória sem cair?

RESOLUÇÃO 𝐹
  𝑐𝑝= 𝑁 + 𝑃 𝑣  𝑚𝑖𝑛 = √ 𝑅 . 𝑔
 𝑚 . 𝑣 ² = 𝑁 +𝑚 . 𝑔 𝑣  𝑚𝑖𝑛 = √ 5. 10
m = 120 kg 𝑅
R=5m 𝑣  𝑚𝑖𝑛 = √ 50=7,1 𝑚 / 𝑠
120.10²
 
v = 36 km/h = 10 m/s =𝑁 +120.10 𝑣  𝑚𝑖𝑛 = 7,1 𝑥 3,6
5
g = 10 m/s² 𝒗  𝒎𝒊𝒏 = 𝟐𝟓 ,𝟓𝟔 𝒌𝒎 / 𝒉
24.100=𝑁
  +1200
N=?
vmin = ? 𝑁
  =2400 −1200=𝟏 .𝟐𝟎𝟎 𝑵 16
aula 01

Exercícios
Resolver os exercícios 1, 2 e 3 da página 117

Você também pode gostar