Conversações com

Humberto Maturana e textos de Francisco Varela

“ Sobre Linguagem

Escrita

Sabedoria

Conhecimento"
Profª Karla Demoly
 Nós seres humanos do ocidente, não
distinguimos entre ilusão e percepção

Os orientais pensam que

- Tudo o que vivemos é ilusão porque é
transitório
 A carteira e a pessoa do professor
 Meu filho, pega a carteira que está em cima da cama. A criança volta e diz:
- Mamãe, a carteira não está lá! Está ou não? Inicia-se uma discussão por
equívocos de entendimento.

 O professor entra na sala, se abaixa e fica atrás da mesa. Entra uma 1a

pessoa na sala e começa a conversar com o professor que, logo a seguir, se
abaixa novamente. Após certo tempo, entra uma 2a pessoa enquanto o
professor mantém-se abaixado conectando cabos nos computadores. O
professor se levanta. Susto e risos!! Para estas duas pessoas (alunas), a
realidade se mostra da mesma forma? Estava ou não o professor ali?
 Sobre Nosso Presente...

- Vivemos em um presente cultural

centrado no desenvolvimento
tecnológico e na busca de êxito
individual, profissional e social, em
um âmbito de competência,
desconfiança e controle.

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 Cosmos...

- Onde Habitamos?
- Para quem fazemos tudo o que
fazemos?

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Como nos tornamos humanos e construímos conhecimentos?
 Linguagem, linguajar...

...coordenações de coordenações de
fazeres no fluir espontâneo do conviver.
 Emoções,…

... domínio de condutas

relacionais
 ...conversar...

...fluir em coordenações de
coordenações de fazeres (linguajar)
entrelaçados com os desejos que os
sustentam.
 Rede de conversações
 "Tudo o que nós, os seres humanos, fazemos como tal, o
fazemos nas conversações. E aquilo que não fazemos nas
conversações, de fato, não o fazemos como seres humanos"
(Maturana, 1999, p. 47).

 (...) o humano surge, na história evolutiva dos primatas

bípedes a que pertencemos, com a linguagem. Quando isso
ocorre, o viver na linguagem faz parte do fenótipo ontogênico
que define nossa linhagem como linhagem cultural e em cuja
conservação se dão todas as variações estruturais que levam ao
ser biológico Homo sapiens sapiens. (Maturana, 1994, p. 142)
 Sabedoria Conhecimento
 A sabedoria é aqui entendida como o modo conforme agimos no
cotidiano, e o conhecimento está relacionado às explicações que
fazem emergir um fenômeno na experiência a partir das
distinções dos observadores (MONTE GRANDE, 2004).

 Como seres linguajantes, somos capazes de realizar a

observação do próprio fazer/sentir, o que Maturana (2001)
nomeia como "a pergunta pelo observador". Ou seja, não existe
conhecimento a não ser a partir da emergência dessa função de
observador, que está sempre imbricado, encarnado nos modos
de conhecer. É essencial destacar que processos cognitivos e
subjetivos estão em jogo desde um conjunto de operações
inscritas em um corpo que enatua (VARELA; THOMPSON;
ROSCH, 2001).
 Ciência Sabedoria Conhecimento
 Pelo linguajar, constituímo-nos como observadores dos fenômen
os que distinguimos e tecemos explicações sobre os mesmos. Ob
jetos e fenômenos emergem das explicações que se estabilizam
quando aceitas por uma comunidade de observadores que partilh
am de semelhantes critérios de validação. Mas as explicações
não são independentes das redes nas quais estamos inseridos.
Por isso, os modos de conceber também contemplam tanto a biol
ogia do observador - porque, se a biologia muda, muda o obser
var, e é desde o observar que um ou mais observadores validam
a explicação - quanto as relações que são estabelecidas entre
sujeitos e objetos, haja vista que o observar também se const
itui em relação aos não humanos.
 Se os fenômenos são formulados na linguagem, considerando a b
iologia, o coletivo, as sociedades, as tecnologias, podemos buscar o
entendimento sobre o mundo que conservamos com nossos fazeres
linguajantes.
 Como Vivemos? Como
Conhecemos?
• As relações entre os seres humanos, os
fenômenos, as explicações e a própria
vida.
• Ciência e Modos Perceptivos
• Nosso Acoplamento com a Realidade.
 Referências Bibliográficas

Maturana, H. PÖRKSEN, B. (2001). Del ser al hacer:

los orígenes de la biología del conocer. Santiago:
JCSAEZ Editor, 2004.
Maturana, H. La objetividad: um argumento para obl
igar. Santiago: JCSAEZ Editor, 2004.
MONTE GRANDE. Francisco Varela: What Is Life? by F
ranz Reichle. Documentary. 2004. Disponível em: <h
ttps://www.youtube.com/watch?v=tQlHVYu9eRY>. Acess
o em: 29 ago. 2019. [ Links ]
VARELA, F.; THOMPSON, E.; ROSCH, E. A mente corpór
ea: ciência cognitiva e experiência humana. Instit
uto Piaget. 2001. [ Links ]