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A COLUNA DANÇANTE

TEXTO DE JOSEPH RYKWERT.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO – PPGAU
DISCIPLINA: PARADIGMAS DO PENSAMENTO ARQUITETÔNICO

ANÁLISE DO TEXTO :
A COLUNA DANÇANTE : SOBRE A
ORDEM NA ARQUITETURA.
RYKWERT. J. 1996.

Adam Manfredi
Júlia Moraes
ORIENTADOR: Prof. Dra. Celma Chaves Pont Vidal.

Belém, 26 de Abril de 2022.


UMA BREVE BIOGRAFIA DO AUTOR : JOSEPH RYKWERT.

• RYKWERT NASCEU EM 1926, NA CIDADE DE VARSÓVIA,


POLÔNIA MAS TEM CIDADANIA INGLESA.

• ATUALMENTE, NO AUGE DE SEUS 96 ANOS, LECIONA


HISTÓRIA DA ARTE NA UNIVERSIDADE DA
PENSILVÂNIA.

• É HISTORIADOR, ARQUITETO, CRÍTICO, TEÓRICO E


PROFESSOR.

• CONSIDERADO O MAIOR HISTORIADOR E CRÍTICO DE


SUA GERAÇÃO.

• FORMADO PELA BARLETT SCHOOL OF ARCHITECTURE


E NA ARCHITECTURAL ASSOCIATION EM LONDRES. 
A COLUNA DANÇANTE : SOBRE A ORDEM NA ARQUITETURA.
I: A ORIGEM DAS ORDENS

• O século xx foi antagonista das ideias positivistas. Os termos “acadêmico” e


“clássico” foram associados á submissão e a regras – que na arquitetura
foram associadas ás cinco ordens de colunas. ( As Gregas : Dórica, Jônica e
Coríntia. As Romanas: Toscana e a Compósita – que é a única que não se
refere a um lugar.)

• Em contrapartida ao modernismo, que se caracterizou pela exploração de


métodos mecanizados, surge o chamado “classicismo presunçoso” onde se
populariza a ideia de que o clássico é o tesouro do passado e também
modelo refinado e respeitável a se seguir, sendo sempre associado as
construções romanas e greco-latinas.
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CATÁLOGOS E RECEITAS.

• O arquiteto Romano Vitrúvio (I a.C) foi o responsável por


catalogar, descrever e nomear as quatro primeiras ordens no
decorrer de suas obras, que posteriormente seriam citadas por todos
aqueles que escreviam sobre arquitetura de forma sistemática e
também seriam copiadas por pedreiros e carpinteiros como modelo.

• O responsável por nomear a ultima ou quinta ordem, a Compósita,


foi o arquiteto bolonhês Sebastiano Serlio. Porém, quem formula a
noção de ordem é Leon Battista Alberti em 1450.

• Muito se apelava para o Cânone, pela ordem e padrões a serem


seguidos e pela sistematização da arquitetura, para que se exista um
parâmetro construtivo do que seria aceitável e assim resultou em
uma espécime de receita construtiva, livros sobre a ordem eram Fonte: Ordens Clássicas - Fundamentos

publicados a cada dois anos e qualquer indivíduo ligado a


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CÉTICOS, CRÍTICOS E ROMÂNTICOS.

• Charles Chipiez : Discípulo de Viollet – le – Duc escreveu em 1876 a ultima tentativa de relato crítico sobre a
formação das ordens. Ele se dedicou ao trabalho de reconstrução de uma série de monumentos do passado remoto
( Como o templo de Jerusalém)a partir de grandes desenhos. “Chipiez mostrou-se ciente do contexto atual no qual a
arquitetura antiga (ou pelo menos a grega) florescera e, particularmente, de suas relações com os edifícios do Oriente
próximo e egípcios.” ( RYKWERT,1996, P. 9)

• A história, as pesquisas e o livro sobre as ordens de Chipiez abordada por antropólogos está sendo ignorada pelos
arquitetos. Rykwert(1996) cita como a pedagogia aplicada em relação as ordens eram raramente questionadas durante
o século XVII e parte do século XIX. As ordens eram um modelo canônico a se seguir sem questionamentos, o que
explica a falta de atenção dada ao trabalho de Chipiez.

• Charles Blanc desenvolveu a popular Grammaire des arts du dessin. Que mesmo abordando as artes visuais também
discutia e dava atenção as ordens : “oferecia uma reflexão acerca do paralelo entre a horizontalidade a arquitetura
clássica e as linhas de um rosto humano sereno” ( RYWKERT, 1996, P. 11) Blanc tinha um interesse na obra de Pierre
Humbert de Superville, o qual queria desenvolver um “sistema de signos absolutos, parecido com o conceito das
Ordens na arquitetura.
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CÉTICOS, CRÍTICOS E ROMÂNTICOS.

• G.W.F. HEGEL ressaltava a estética das ordens e dizia categoricamente que as ordens gregas eram as mais famosas. Para ele a beleza
das ordens tinha um papel em seu sistema estético: a arquitetura pertencia ao estágio de desenvolvimento mais primitivo das artes.
Hegel acreditava que na arquitetura, nada melhor que a estética e funcionalidade das ordens tenha jamais sido encontrado, nem antes e
nem depois.

• Schopenhauer, que além de ser o adiversário fugaz de Hegel, faz uma analogia da arquitetura com a genética: Os quatro estágios do
desenvolvimento mineral, vegetal, animal e humano e faz a sua analogia em relação aos arquétipos em termos das edificações.

• Para Schelling, as três artes artes “fundamentais” eram : a música, a pintura e as artes plásticas ( sendo a arquitetura parte da ultima).
Sendo a música, idealmente tripartida : lírica, épica e dramática e a arquitetura uma espécie de música solidificada, podendo seguir o
mesmo modo das ordens. O ritmo seria representado pela dórica, a harmonia pela jônica e a melodia pela coríntia.

• Burckhardt testemunhava a autoridade universal das ordens e faz uma comparação ao corpo humano. Ele descreve as colunas “em
termos completamente corpóreos e empáticos” ( RYWKERT, 1996,P 12.)

• Ruskin defendia a existência de duas ordens – a dórica e a coríntia, a convexa e a côncava e depreciava qualquer outro arquétipo que
não fossem estes dois, ele defendia que a convexidade e a convexidade eram os princípios dialéticos da ordem e nenhum outro era
necessário.
REFERÊNCIAS.

• RYKWERT, J. A COLUNA DANÇANTE : SOBRE A ORDEM NA ARQUITETURA. TRADUÇÃO ANDREA BUCHIDID


LOEWEN, MARIA CRISTINA GUIMARÃES, CÁSSIA NASSER. I. ed. São Paulo.2015.

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