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MATERIAIS METÁLICOS AERONÁUTICOS

CIÊNCIA DOS AÇOS


PROPRIEDADES MECÂNICAS
CIÊNCIA DOS AÇOS – PROPRIEDADES MECÂNICAS

Perlite

A cementite é muito mais dura,


porém muito mais frágil, que a ferrite.
Assim, o aumento da fração de Fe3C,
resultará em um material mais duro
e mais resistente.

(Gráfico para perlite fina)


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Perlite

No entanto, como a cementite


é mais frágil, o aumento em seu teor
resultará em uma diminuição da
ductilidade e tenacidade
(ou energia de impacto).

(Gráfico para perlite fina)


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Perlite

▪ A espessura da camada de
cada fase, ferrite e cementite,
também influencia o comporta-
mento mecânico do material.

▪ A perlite fina é mais dura e


mais resistente que
a perlite grossa
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Esferoidite
▪ A fase cementite tem formas e arranjos bastante diferentes nas microestruturas da
perlite e da esferoidite.
▪ As ligas com microestruturas perlíticas têm maior resistência e dureza que aquelas
com esferoidite.
▪ Esse comportamento é explicado em termos do reforço e da restrição ao
movimento das discordâncias através dos limites entre a ferrite e a cementite.
▪ Existe uma menor área de limite de fase por unidade de volume na esferoidite e,
assim, a deformação plástica não é tão restringida, o que dá origem a um material
relativamente dúctil e menos resistente.
▪ De fato, entre todos os aços, os que são mais dúcteis e menos resistentes possuem
uma microestrutura de esferoidite
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Bainite

▪ Os aços bainíticos apresentam


uma estrutura mais fina
(partículas menores de α e de Fe3C).

▪ São, em geral, mais resistentes


e mais duros que os aços perlíticos;
ainda assim, exibem uma combinação
desejável de resistência e ductilidade.

▪ Dureza Brinell e
resistência à tração (a)
e Ductilidade (b) para aço
eutetóide sob transformação
isotérmica ( ver TTT slide 38)
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Martensite

▪ Das várias microestruturas que


podem ser produzidas
a martensite é a mais dura e
mais resistente e também
a mais frágil;
na realidade, ela tem ductilidade
desprezível.
▪ Atenção:
Temos apenas a ss do C na
estrutura TCC, não há mistura de
fases, maior dureza explicada pela
dificuldade do movimento de
discordâncias
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Martensite
▪ Durante a têmpera, ou seja, durante a reação martensítica, ocorre uma expansão volumétrica que
fragiliza sensivelmente o aço, o que pode torna-lo inútil para aplicações práticas, principalmente para
concentrações > 0,5 p% C.
▪ A ductilidade e a tenacidade da martensite podem ser aprimoradas, e essas tensões internas podem
ser aliviadas por meio de um tratamento térmico, conhecido como revenido.
▪ O revenido é feito mediante o aquecimento de um aço martensítico até uma temperatura abaixo da
temperatura eutetóide, por um período de tempo específico. Normalmente, o revenido é conduzido
em temperaturas entre 250°C e 650°C.
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Martensite revenida

Variáveis são TR e tempo (594ºC – 1h)


(9300x) (Aço 4340)
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Martensite revenida

(aços ligados)
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Exercício: Usando os gráficos do slide 6 determine a resistência à tração e a ductilidade


(%RA)
para uma liga eutetóide submetida ao tratamento: arrefecimento rápido até 650°C,
manutenção durante 20 segundos, arrefecimento rápido até 400°C, manutenção durante 103
segundos e têmpera até a temperatura ambiente (tratamento C do exercício anterior)
CIÊNCIA DOS AÇOS – TRATAMENTOS

Aços com baixo teor de C:


▪ De todos os diferentes tipos de aços, aqueles produzidos em maior quantidade se enquadram na
classificação de baixo teor de carbono. Esses aços contêm geralmente menos de 0,25 %p C e não
respondem a tratamentos térmicos para formar martensite; um aumento na resistência mecânica é
conseguido por trabalho a frio.
▪ As microestruturas consistem nos constituintes ferrite e perlite. Consequentemente, essas ligas
apresentam relativamente baixa dureza e baixa resistência, mas ductilidade e tenacidade
excepcionais; adicionalmente, elas são maquináveis, soldáveis e, entre todos os aços, sua produção é
mais barata.
▪ Aplicações típicas incluem componentes das carcaças de automóveis, formas estruturais (por
exemplo, vigas I, canaletas e cantoneiras) e chapas que são usadas em tubulações, edificações, pontes
e latas estanhadas
▪ Em geral, eles têm um limite de escoamento de 275 MPa, limites de resistência à tração entre 415
MPa e 550 MPa e uma ductilidade de 25% AL.
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Aços com médio teor de C:

▪ Os aços com médio teor de carbono apresentam concentrações de carbono entre


aproximadamente 0,25 e 0,60 %p.
▪ Para melhorar as propriedades mecânicas, essas ligas podem ser tratadas termicamente por
meio de etapas que compreendem a austenitização, têmpera e revenido. Elas são utilizadas
com maior frequência na condição revenida, com microestruturas de martensite revenida.
▪ Adições de cromo, níquel e molibdênio melhoram a capacidade dessas ligas de serem
tratadas termicamente, dando origem a diversas combinações de resistência mecânica e
ductilidade.
▪ Essas ligas, quando tratadas termicamente, são mecanicamente mais resistentes do que os
aços com baixo teor de carbono, porém com o sacrifício da ductilidade e da tenacidade. Suas
aplicações incluem rodas de trens e trilhos de ferrovias, engrenagens, virabrequins e outras
peças de máquinas e componentes estruturais de alta resistência que exigem uma
combinação de alta resistência mecânica, resistência à abrasão, e tenacidade.
CIÊNCIA DOS AÇOS – TRATAMENTOS

Aços com alto teor de C:

▪ Os aços com alto teor de carbono normalmente apresentam teores de carbono entre
0,60 e 1,4 %p.
▪ São os mais duros e mais resistentes, porém menos dúcteis entre os aços-carbono.
Eles são quase sempre empregados na condição temperada e revenida e, como tal, são
especialmente resistentes ao desgaste, e capazes de manter a aresta de corte afiada.
▪ Os aços-ferramenta e para matrizes são ligas com alto teor de carbono, contendo
geralmente cromo, vanádio, tungsténio e molibdénio. Esses elementos de liga
combinam-se com o carbono para formar carbetos, muito duros e resistentes ao
desgaste (por exemplo, Cr23C6, V4C3 e WC)
▪ Esses aços são usados como ferramentas de corte e como matrizes para deformar e
conformar materiais, assim como para a fabricação de facas, lâminas de corte, lâminas
de serras, molas e arames de alta resistência.
CIÊNCIA DOS AÇOS

Aços Inoxidáveis
▪ Os aços inoxidáveis são altamente resistentes à corrosão (ferrugem) em diversos
ambientes, especialmente na atmosfera ambiente.

▪ Seu elemento de liga predominante é o cromo; uma concentração de pelo menos


11 %p Cr é necessária (podendo ir até os 25%, e/ ou com muito pouco C – 0,1%)

▪ A resistência à corrosão também pode ser melhorada pela


adição de níquel e molibdênio.

▪ Com base na fase constituinte predominante em sua microestrutura, os aços


inoxidáveis são divididos em três classes — martensíticos, ferríticos ou austeníticos.
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