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E OS DESDOBRAMENTOS DA
OPERAÇÃO LAVA JATO
Prof. Fábio Galvão, M.Sc.
Galvão Advocacia Empresarial
fabiogalvao@pgassociados.com
CORRUPÇÃO NO MUNDO
Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio das respectivas
Advocacias Públicas ou órgãos de representação judicial, ou equivalentes,
e o Ministério Público, poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das
seguintes sanções às pessoas jurídicas infratoras:
I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem
ou proveito direta ou indiretamente obtidos da infração, ressalvado o
direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
II - suspensão ou interdição parcial de suas atividades;
III - dissolução compulsória da pessoa jurídica;
(continua)
CONSEQUÊNCIAS DE UM COMPLIANCE NÃO EFETIVO
PROCESSO JUDICIAL
Relativamente à esfera judicial, prevê o art. 19 que a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, por meio das respectivas Advocacias
Públicas ou órgãos de representação judicial, ou equivalentes, bem como
o Ministério Público, poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das
seguintes sanções às empresas infratoras:
a) perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem
ou proveito direta ou indiretamente obtidos da infração, ressalvado o
direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
b) suspensão ou interdição parcial de suas atividades;
c) dissolução compulsória da pessoa jurídica;
d) proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou
empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições
financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo prazo
mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos.
CONSEQUÊNCIAS DE UM COMPLIANCE NÃO EFETIVO
MEDINA OSÓRIO, Fabio. Direito Administrativo Sancionador. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. p. 48
SOLUÇÕES CONSENSUAIS
ACORDOS JUDICIAIS EM IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E
EMPRESARIAL
ACORDOS DE LENIÊNCIA NA LEI ANTICORRUPÇÃO
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar
acordo de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos
previstos nesta Lei que colaborem efetivamente com as investigações e o processo
administrativo, sendo que dessa colaboração resulte: (...)
§ 2o A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções
previstas no inciso II do art. 6o e no inciso IV do art. 19 e reduzirá em até 2/3
(dois terços) o valor da multa aplicável. (...)
§ 10. A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão competente para celebrar
os acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo federal, bem como no caso
de atos lesivos praticados contra a administração pública estrangeira.(...)
Art. 17. A administração pública poderá também celebrar acordo de leniência
com a pessoa jurídica responsável pela prática de ilícitos previstos na Lei no
8.666, de 21 de junho de 1993, com vistas à isenção ou atenuação das sanções
administrativas estabelecidas em seus arts. 86 a 88.
SOLUÇÕES CONSENSUAIS
ACORDOS JUDICIAIS EM IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E
EMPRESARIAL
ACORDOS EM AÇÕES DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
O artigo 17, § 1º, da Lei nº. 8.429/1992, que regula a matéria, vede expressamente
a transação, acordo ou conciliação em ações de improbidade administrativa.
Contudo, com os recentes desdobramentos da Operação Lava Jato, em especial a
celebração de acordos de leniência e de colaboração premiada, passou-se a
questionar a extensão e efetiva aplicabilidade desse dispositivo legal.
• VEDAÇÃO DE ACORDOS E A LEI 8.429/92. POSIÇÃO LITERAL E RESTRITIVA DA
NORMA
• POSIÇÃO MODERADA, TEMPERADA, CONTEMPORÂNEA. INFLUÊNCIA POSITIVA
DA LEI ANTICORRUPÇÃO (PROBIDADE EMPRESARIAL)
• Entendimento pela interpretação restritiva do art. 17 da LIA – cabimento de acordo durante o
Inquérito civil público.
• POSIÇÃO REFRATÁRIA À LEI, FINALÍSTICA, CONTEMPORÂNEA. INFLUÊNCIA
POSITIVA DA LEI ANTICORRUPÇÃO (PROBIDADE EMPRESARIAL)
• Resolução CNMP Nº 179 de 26 de julho de 2017
“Art. 3º O compromisso de ajustamento de conduta será tomado em qualquer fase da investigação,
nos autos de inquérito civil ou procedimento correlato, ou no curso da ação judicial (...)”.
SOLUÇÕES CONSENSUAIS
ACORDOS JUDICIAIS EM IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E
EMPRESARIAL
COLABORAÇÕES E DELAÇÕES PREMIADAS
Para incentivar os criminosos a colaborar com a Justiça, várias leis trouxeram a
possibilidade de se conceder benefícios àqueles acusados que cooperam com a
investigação. Esses benefícios podem ser a diminuição da pena, a alteração do
regime de seu cumprimento ou mesmo, em casos excepcionais, isenção penal.
Há duas formas de colaboração premiada. Na primeira, o criminoso revela
informações na expectativa de, no futuro, tal cooperação ser tomada em
consideração pelo juiz quando da aplicação da pena. Na segunda, o criminoso
entra em acordo com o Ministério Público, celebrando, após negociação, um
contrato escrito. No contrato são estipulados os benefícios que serão concedidos e
as condições para que a cooperação seja premiada.
• A colaboração deve ser efetiva;
• Não é um meio de prova propriamente dito. A colaboração premiada não prova
nada (ela não é uma prova). A colaboração premiada é um meio, uma técnica,
um instrumento para se obter as provas;