O carteiro entregou uma caixa para o Monstro Monstruoso que continha uma Princesa amarrada. Embora devesse devorá-la, o Monstro não gosta de carne de princesa e decide libertá-la. Para não ter problemas com a Associação de Monstros, eles fingem que a Princesa é prisioneira na caverna.
O carteiro entregou uma caixa para o Monstro Monstruoso que continha uma Princesa amarrada. Embora devesse devorá-la, o Monstro não gosta de carne de princesa e decide libertá-la. Para não ter problemas com a Associação de Monstros, eles fingem que a Princesa é prisioneira na caverna.
O carteiro entregou uma caixa para o Monstro Monstruoso que continha uma Princesa amarrada. Embora devesse devorá-la, o Monstro não gosta de carne de princesa e decide libertá-la. Para não ter problemas com a Associação de Monstros, eles fingem que a Princesa é prisioneira na caverna.
carteiro? O que o Monstro Monstruoso fez com ele e o que ele fez com o Monstro? Cortou o barbante, rasgou o papel Assim que se viu livre do embrulho, a Princesa botou a boca no e teve a maior surpresa da sua vida: mundo: sentada dentro de uma caixa com - SOCOOOOOOOOOOOOOOORRO!!! Tem um monstro monstruoso grades, bem amarradinha, estava uma querendo me devoraaaaaaaaaar!!! princesa de verdade! O Monstro bem que tentou tapar os ouvidos, mas, como tinha seis orelhas e apenas quatro braços, dois ficaram de fora. - Quer parar de gritar? Eu não vou devorar você! - Não acredito! Teimou a Princesa. – Eu li muito bem o que está escrito nesta carta. SOCOOOOOOOOOORRO!!! Só então ele notou que havia um papel preso à caixa pelo lado de dentro: uma carta. E, enquanto a Princesa continuava berrando, o Monstro pegou a carta e leu o que estava escrito. Prezado senhor Monstro, Ficamos sabendo que o senhor não conseguiu cumprir o regulamento da Associação por falta de princesas no mercado; por isso, estamos lhe enviando uma, de nossos estoques. Bom apetite! Atenciosamente, Associação Associada dos Monstros Monstruosos
- Ora bolas, bolas, bolas! – gemeu ele, desanimado. – Desta vez
eles querem mesmo me obrigar a devorar uma princesa! A Princesa, que já estava cansada de berrar, resolveu fazer uma pausa na berração e conversar um pouco. - Quer dizer que você não vai me devorar? - É claro que não! Eu só gosto de sorvete. A única vez que experimentei carne de princesa foi na casa da Vovó Monstrona. E achei ruim demais... Num primeiro momento, a moça sentiu-se ofendida e com vontade de discutir com ele, para defender o gosto bom da sua carne. Mas logo percebeu o que aquilo significava e achou melhor não tocar mais no assunto. - Então – ela se remexeu, toda impaciente –, você bem que podia me desamarrar, não é? Depois de desamarrada, desamassada e descansada daquela terrível experiência – ter sido capturada e presa no Estoque de Princesas Devoráveis da Associação dos Monstros –, ela teve uma longa conversa com o Monstro em uma das salas da Caverna, enquanto ambos tomavam sorvete de morango. - Deixe-me ver se entendi direito: você é um monstro que não gosta de almoçar princesas. Eu sou uma princesa que não gosta de ser almoçada. Logo, não há problema: eu vou embora, e não se fala mais nisso! - Como não há problema?! – discordou ele. – Se a Associação ficar sabendo que eu soltei você, minha carreira de monstro estará acabada! Não posso fazer isso. O que a minha mãe iria dizer? A Princesa pensou um pouco. - Só tem um jeito, então. Eu fico morando aqui, e nós fazemos de conta que sou sua prisioneira. Se alguém perguntar alguma coisa, você diz que está esperando eu ficar bem gordinha para ser devorada. - Você quer mesmo ficar morando aqui?! Ele sabia que a sua caverna não era lá muito apropriada para uma princesa viver. Mas ela até batei palmas, de tão animada. - Vai ser divertido! Você não imagina como é chata a vida num castelo. A gente passa o tempo todo só bordando, fazendo doces e jogando lencinhos para o príncipes nos torneios. Os olhos do Mostro arregalaram-se. - Fazendo doces? - É – confirmou ela, com uma careta –, dizem que faz parte da educação tradicional das princesas: bordar em ponto paris e aprender a preparar bolos, pavês, arrozes-doces, bem-casados... Por acaso você aprendeu a fazer... Sorvetes? - Naturalmente. Por quê? Em vez de explicar, o Monstro levou-a para conhecer a cozinha. Eles não sabiam, mas ali começaria uma vida nova para os dois... Morar na Caverna Cavernosa era muito divertido para a Princesa – e mais ainda para o Monstro. Acabaram se tornando grandes amigos e passavam os dias naquela mesma cozinha, inventando novas receitas de sorvete; ou então sentavam-se nas pedras lá de fora e ficavam longas horas contando um para o outro histórias de castelos e cavernas. Falando em histórias, esta poderia acabar por aqui, com um “e viveram felizes para sempre”. Mas não acabou. Sim, a existência dos dois ali era bem agradável. Mas aquela vida boa não ia durar por muito tempo...
Pode ter sido o Carteiro que espalhou a notícia. Ou talvez os
pássaros que voavam da Montanha à cidade. Fosse quem fosse o fofoqueiro, logo todo mundo nas redondezas ficou sabendo que, na Caverna Cavernosa, o Monstro Monstruoso mantinha prisioneira uma pobre princesa. Seria lenda? Seria verdade? Por via das dúvidas, a Associação dos Heróis Heroicos resolveu tomar providências e mandou alguém investigar. E foi assim que, no começo do inverno, um rapaz apareceu na estrada que subia a Montanha Montanhosa. Quem será que está chegando à Caverna Cavernosa? O que acontecerá com a Princesa e o Monstro Monstruoso? E com o visitante indesejado? Continua...