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TRANSFORMADA DE

LAPLACE

Docente: Geanilson Brito da Silva.


Discentes: Ana Flávia, Andresa Ferreira, Beatriz Ribeiro, Francisco Eduardo, Joyce
Costa, e Lucas Carvalho.
Turma: Engenharia de Alimentos 2020
1. INTRODUÇÃO
A transformada de Laplace ganhou esse nome em homenagem ao matemático e astrônomo Pierre-Simon
Laplace, que utilizou uma transformada semelhante em um estudo sobre a teoria da Probabilidade. No final do
século XIX e início do século XX, a teoria de geração de funções começou a ser mais desenvolvida pelo
matemáticos Mathias Lerch, Oliver Heaviside e Thomas Bromwich; no entanto, somente após a segunda
guerra mundial que a transformada de Laplace foi difundida (principalmente na engenharia), substituindo o
cálculo operacional de Heaviside.
Antes dos estudos de Laplace, alguns métodos de transformadas integrais foram apresentadas, mas
pouco desenvolvidos. A partir de 1744, Leonhard Euler investigou a existência de integrais com a intenção de
resolver equações diferenciais, mas não perseguiu o conceito. Admirador de Euler, Joseph Lagrange, procurou
compreender também, em seus estudos sobre a função densidade. Foram com as mesmas intenções de Euler
de resolver equações diferenciais que em 1782 Laplace começou seu estudo sobre esse tipo de integrais.
Entretanto, em 1785, Laplace deu um passo crucial ao desenvolvimento da teoria de transformadas integrais.
Ao invés de focar somente em encontrar soluções de equações a partir do uso da integral, ele passou a aplicar
a transformada de modo que fosse encontrada a solução da transformada em si e não da equação inicial.
A transformada de Laplace é amplamente conhecida e utilizada, principalmente nas ciências exatas e
engenharias. Ela pode ser utilizada para análise de sistemas lineares invariantes no tempo, tais como circuitos
elétricos, osciladores harmônicos, dispositivos ópticos e sistema mecânicos. A vantagem mais interessante
desta transformação é que as integrações e derivações tornam-se multiplicações e divisões. Ela permite fazer a
resolução de equações diferenciais em forma de equações polinomiais, que são muito mais simples de
resolver.
■ Definição Básica:
Se estiver definida para , então a integral imprópria

É definida por um limite


=

Se esse limite existe, dizemos que a integral existe ou é convergente; se o limite não existe, dizemos que a integral
não existe ou é divergente. O limite em questão existirá somente para certos valores da variável A escolha =
fornece uma transformada integral especialmente importante.
Seja uma função definida por , então a integral
L
É chamada de transformada de Laplace* de , desde que a integral convirja.
Quando a integral imprópria (2) converge, o resultado é uma função de Na discussão geral, utilizaremos letras
minúsculas para denotar a função a ser transformada e a letra maiúscula correspondente servem para denotar a sua
transformada de Laplace; por exemplo:
L =L =G L =Y
Exemplo:
Calcule L .
Solução
L (1)
=

Desde que . Em outras palavras, quando , o expoente é negativo e quando Quando , a integral é divergente.
O uso da notação de limite torna-se um pouco enfadonho, por isso adota-se a notação como abreviação de ( ) .
Por exemplo:
L =
Ficando subtendido que no limite superior quando para .
2. DESENVOLVIMENTO
■ Condições Suficientes para Existência:
Seja uma função contínua por partes no intervalo e de ordem exponencial para então, sua transformada de Laplace
existe para todos
L

A integral existe porque pode ser escrita como uma soma de integrais em intervalos nos quais é contínua. Agora,

para

Isso implica que a integral converge para todo Logo, a transformada existe para todo
■ Transformada Inversa:
Na transformada inversa, uma função é transformada em outra função por meio de uma integral. Simbolicamente,
é denotada por L .
Então, diz-se que é a transformada de Laplace inversa de e é escrita da seguinte maneira:

A seguir, estão dispostas algumas transformadas inversas:


Exemplo:
Calcule
Solução

Pela linearidade da transformada inversa e pelos exemplos (e) e (d), temos

■ Teoremas de Translação e Derivada de uma Transformada:


Se é um numero real,
L

Em que
Exemplo:
Solução

■ Transformada de Derivadas, Integrais e Funções Periódicas:


A transformada de Laplace é útil para resolver algumas equações diferenciais. Para isso é necessário calcular
quantidades como e Por exemplo, se for contínua para t ≥ 0, então a integração por partes proporciona

f´(t)dt
= + sf(t)dt
=
= sF(s) - f(0)
Ou aqui, estamos supondo que

= -f´(0) + s = s
=

Exemplo:
Observe que a soma é a derivada de . Então,
 Convolução

Se as funções f e g forem contínuas por partes em , então a convolução de f e g, denotada por f*g, é dado pela
integral

f*g=

Exemplo:
A convolução de f(t)=

É possível calcular a transformada de Laplace da convolação de duas funções, sem precisar resolver a integral.
O resultado que segue é conhecido como teorema da convolução.
 Forma inversa do teorema da convolação

O teorema da convolução é algumas vezes útil no cálculo da transformada de Laplace inversa de um produto de duas transformadas.

Exemplo:

Calcule

Solução: Pode-se utilizar frações parciais, mas verifica-se que


e G (s)=

= ==-
 Transformada de uma função periódica

Se uma função f periódica tem período T, T > 0, então sua transformada de Laplace pode ser obtida por uma integração
sobre o intervalo

Exemplo: No intervalo 0a função pode ser definida por


Solução

(t) =

Fora do intervalo por ) = . Como T = 2, usamos (8) e integração por partes para obter

=
■ Função Delta de Dirac:
Por meio desta, pode-se representar matematicamente ações de forças externas (ou força eletromotriz em
casos de circuitos elétricos) de grande amplitude que agem por um curto período de tempo. Exemplificativamente,
uma massa de uma mola na qual sofre uma ação de uma martelada, um relâmpago que pode ser rapidamente visto
durante uma tempestade, uma bola de tênis quando atingida pela raquete e entre outros.
A expressão é chamada de função delta de Dirac.
É possível obter a transformada de Laplace da função delta de Dirac supondo formalmente

Exemplo:

Resolva Sujeito (a) e


Solução
(a) A transformada de Laplace da equação diferencial é

Ou utilizando a forma inversa do segundo teorema de translação, encontramos

Como , a solução pode ser escrita como


(b) Nesse caso, a transformada da equação é simplesmente

E assim
3. APLICAÇÕES
■ Aplicações na Resolução de Equações Diferenciais Ordinárias:
• Soluções de Equações Diferenciais Lineares de Primeira Ordem Homogêneas;
• Soluções de Equações Diferenciais Lineares de Primeira Ordem Não Homogêneas;
• Soluções de Equações Diferenciais Lineares de Segunda Ordem Homogêneas;
• Soluções de Equações Diferenciais Lineares de Segunda Ordem Não Homogêneas;
• Soluções de Equações Diferenciais Lineares de Ordem Superior;
 Aplicação na Resolução de Problemas em Engenharia:
• Resistência de materiais;
• Deflexão de vigas;
• Circuitos Elétricos;
• Mecânica dos Fluídos
4. CONCLUSÃO
O presente trabalho teve como principal objetivo abordar de maneira introdutória sobre a temática da
Transformada de Laplace, seus subtópicos e algumas aplicações, mediante o uso de exemplos. A partir dessa
pesquisa, pode-se concluir que a transformada de Laplace mostra-se de demasiada importância para resoluções de
Equações Diferenciais Ordinárias e de problemas presentes nas ciências exatas como a Engenharia, Matemática e
Física, validando o seu valor para os estudantes dessas áreas.
4. REFERÊNCIAS
■ ARAÚJO, Antônio Emílio; TONIDANDEL, Danny Augusto. Transformada de Laplace: uma obra de
engenharia. Minas Gerais: Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 34, n. 2, 2601 (2012).
■ LUSTOSA, José Ivelton Siqueira. A transformada de Laplace e algumas aplicações. Paraíba: Universidade
Federal da Paraíba, 2017.
■ ZILL, Dennis; CULLEN, Michael. Equações Diferenciais. São Paulo: Pearson Makron Books. vol. 1. ed. 3,
2001.

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