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LAPLACE
Se esse limite existe, dizemos que a integral existe ou é convergente; se o limite não existe, dizemos que a integral
não existe ou é divergente. O limite em questão existirá somente para certos valores da variável A escolha =
fornece uma transformada integral especialmente importante.
Seja uma função definida por , então a integral
L
É chamada de transformada de Laplace* de , desde que a integral convirja.
Quando a integral imprópria (2) converge, o resultado é uma função de Na discussão geral, utilizaremos letras
minúsculas para denotar a função a ser transformada e a letra maiúscula correspondente servem para denotar a sua
transformada de Laplace; por exemplo:
L =L =G L =Y
Exemplo:
Calcule L .
Solução
L (1)
=
Desde que . Em outras palavras, quando , o expoente é negativo e quando Quando , a integral é divergente.
O uso da notação de limite torna-se um pouco enfadonho, por isso adota-se a notação como abreviação de ( ) .
Por exemplo:
L =
Ficando subtendido que no limite superior quando para .
2. DESENVOLVIMENTO
■ Condições Suficientes para Existência:
Seja uma função contínua por partes no intervalo e de ordem exponencial para então, sua transformada de Laplace
existe para todos
L
A integral existe porque pode ser escrita como uma soma de integrais em intervalos nos quais é contínua. Agora,
para
Isso implica que a integral converge para todo Logo, a transformada existe para todo
■ Transformada Inversa:
Na transformada inversa, uma função é transformada em outra função por meio de uma integral. Simbolicamente,
é denotada por L .
Então, diz-se que é a transformada de Laplace inversa de e é escrita da seguinte maneira:
Em que
Exemplo:
Solução
f´(t)dt
= + sf(t)dt
=
= sF(s) - f(0)
Ou aqui, estamos supondo que
ℓ
= -f´(0) + s = s
=
Exemplo:
Observe que a soma é a derivada de . Então,
Convolução
Se as funções f e g forem contínuas por partes em , então a convolução de f e g, denotada por f*g, é dado pela
integral
f*g=
Exemplo:
A convolução de f(t)=
É possível calcular a transformada de Laplace da convolação de duas funções, sem precisar resolver a integral.
O resultado que segue é conhecido como teorema da convolução.
Forma inversa do teorema da convolação
O teorema da convolução é algumas vezes útil no cálculo da transformada de Laplace inversa de um produto de duas transformadas.
Exemplo:
Calcule
ℓ
= ==-
Transformada de uma função periódica
Se uma função f periódica tem período T, T > 0, então sua transformada de Laplace pode ser obtida por uma integração
sobre o intervalo
(t) =
Fora do intervalo por ) = . Como T = 2, usamos (8) e integração por partes para obter
=
■ Função Delta de Dirac:
Por meio desta, pode-se representar matematicamente ações de forças externas (ou força eletromotriz em
casos de circuitos elétricos) de grande amplitude que agem por um curto período de tempo. Exemplificativamente,
uma massa de uma mola na qual sofre uma ação de uma martelada, um relâmpago que pode ser rapidamente visto
durante uma tempestade, uma bola de tênis quando atingida pela raquete e entre outros.
A expressão é chamada de função delta de Dirac.
É possível obter a transformada de Laplace da função delta de Dirac supondo formalmente
Exemplo:
E assim
3. APLICAÇÕES
■ Aplicações na Resolução de Equações Diferenciais Ordinárias:
• Soluções de Equações Diferenciais Lineares de Primeira Ordem Homogêneas;
• Soluções de Equações Diferenciais Lineares de Primeira Ordem Não Homogêneas;
• Soluções de Equações Diferenciais Lineares de Segunda Ordem Homogêneas;
• Soluções de Equações Diferenciais Lineares de Segunda Ordem Não Homogêneas;
• Soluções de Equações Diferenciais Lineares de Ordem Superior;
Aplicação na Resolução de Problemas em Engenharia:
• Resistência de materiais;
• Deflexão de vigas;
• Circuitos Elétricos;
• Mecânica dos Fluídos
4. CONCLUSÃO
O presente trabalho teve como principal objetivo abordar de maneira introdutória sobre a temática da
Transformada de Laplace, seus subtópicos e algumas aplicações, mediante o uso de exemplos. A partir dessa
pesquisa, pode-se concluir que a transformada de Laplace mostra-se de demasiada importância para resoluções de
Equações Diferenciais Ordinárias e de problemas presentes nas ciências exatas como a Engenharia, Matemática e
Física, validando o seu valor para os estudantes dessas áreas.
4. REFERÊNCIAS
■ ARAÚJO, Antônio Emílio; TONIDANDEL, Danny Augusto. Transformada de Laplace: uma obra de
engenharia. Minas Gerais: Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 34, n. 2, 2601 (2012).
■ LUSTOSA, José Ivelton Siqueira. A transformada de Laplace e algumas aplicações. Paraíba: Universidade
Federal da Paraíba, 2017.
■ ZILL, Dennis; CULLEN, Michael. Equações Diferenciais. São Paulo: Pearson Makron Books. vol. 1. ed. 3,
2001.