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IV Congresso Brasileiro

das Empresas Estatais

Brasília - DF
Novembro de 2016
ESTATAIS FEDERAIS: Grandes números
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7 GRUPOS VALORES
ESTATAIS NÃO
ESTATAIS 1. Banco do Brasil
VINCULADAS ESTATAIS AT 2015: R$ 4,7 trilhões
2. Caixa
3. BNDES A GRUPOS DEPENDENTES PL 2015: R$ 500 bilhões
4. Petrobras (não dependentes) DO TESOURO OI 2015: R$ 80 bilhões
5. Eletrobras
TOTAL NACIONAL
6. Correios
OI 2016: R$ 97 bilhões
7. Telebras
PDG 2016: 1,5 trilhão
154 EMPRESAS
113 EMPRESAS 23 EMPRESAS 18 EMPRESAS

9 Estatais listadas em Bolsa: Quantidade de


- BB e Petrobras (com ADR no exterior) empregados
- Eletrobras contratados:
- Basa - BNDESpar
- BB Seguridade - Eletropar 551.234
- BNB - Telebras
Sumário Executivo

A) Boas Práticas de Governança

B) Participação Estratégica do Estado na Economia

C) Reestruturação Produtiva e Societária


Boas Práticas:
Seleção e Avaliação de
Administradores e Conselheiros
Seleção e avaliação dos Administradores e Conselheiros

INOVAÇÃO: CONSEQUÊNCIA:
requisitos técnicos e
profissionalização e
vedações rígidas
isenção.
(partidária, sindical etc.).

INOVAÇÃO:
avaliação do CONSEQUÊNCIA:
cumprimento de metas cultura empresarial de
com a respectiva resultados efetivos e
publicidade das mensuráveis.
conclusões.
Seleção e avaliação dos Administradores e Conselheiros

• Os critérios de seleção e o Comitê de Conformidade das


Indicações serão internalizados em cada Estatuto Social.

• A SEST está orientando ministérios e empresas sobre o


cumprimento imediato dos novos critérios →
disponibilização de formulário padronizado e orientação
na aplicação da Lei.

Portaria nº 3, de 30 de setembro de 2016


Boas Práticas:
Normas da CVM sobre
escrituração e elaboração
de demonstrações financeiras
Normas da CVM sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras

Art. 7o , Lei 13.303/2016: 


Aplicam-se a todas as empresas públicas, as sociedades de
economia mista de capital fechado e as suas subsidiárias as
disposições da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e as normas
da Comissão de Valores Mobiliários sobre escrituração e elaboração
de demonstrações financeiras, inclusive a obrigatoriedade de
auditoria independente por auditor registrado nesse órgão. 

A auditoria e divulgação de contas trimestrais permitem


apurar o desempenho intermediário, o que favorece
o acompanhamento e a avaliação.
Boas Práticas:
Mecanismos de
Acompanhamento,
Governança e Transparência
Mecanismos de acompanhamento, governança e transparência

Art. 8o , Lei 13.303/2016: 


As empresas públicas e as sociedades de economia mista deverão observar, no mínimo,
os seguintes requisitos de transparência: 

I - elaboração de carta anual, subscrita pelos membros do Conselho de Administração,


com a explicitação dos compromissos de consecução de objetivos de políticas públicas
pela empresa pública, pela sociedade de economia mista e por suas subsidiárias, em
atendimento ao interesse coletivo ou ao imperativo de segurança nacional que
justificou a autorização para suas respectivas criações, com definição clara dos recursos
a serem empregados para esse fim, bem como dos impactos econômico-financeiros da
consecução desses objetivos, mensuráveis por meio de indicadores objetivos; 

O inciso I do art. 8º, de certa forma, já estabelece o limite da


atuação do Estado na economia enquanto empresário.
Mecanismos de acompanhamento, governança e transparência

• Critérios para divulgação tempestiva e atualizada de informações relevantes


(art. 8º, III).

• Elaboração e divulgação de política de divulgação de informações (art. 8º, IV).

• Política de dividendos à luz do interesse público que ensejou a criação da


empresa estatal (art. 8º, V).

• Política de transações com partes relacionadas (art. 8º, VII).

• Estabelecimento de área de compliance, Comitê de Auditoria Estatutário e


canal de denúncia (art. 9º).
Implementação da
Lei nº 13.303, de 2016
Implementação da Lei nº 13.303, de 2017

• Em 2 (dois) anos todos os dispositivos da Lei nº 13.303, de 2016, deverão


estar em vigência.

• Vários dispositivos já são de aplicação imediata (por exemplo, indicação de


conselheiros de administração e fiscal, bem como diretores de empresas).

• Há heterogeneidade entre as estatais → aplicabilidade diferenciada, sem a


perda de governança, conforme o porte da empresa estatal (art. 1, §§1º, 2º,
3º e 4º).

• A aplicação da Lei nº 13.303, de 2016, deve buscar a eficiência e a


economicidade nos processos.

• A SEST/MP, conjuntamente com outros órgãos do Governo Federal, estão


preparando a regulamentação da Lei de Responsabilidade das Estatais.
Participação Estratégica
do Estado na Economia
Atuação da SEST/MP
A SEST vincula-se ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão - MP, que possui atuação abrangente em todas as estatais federais.

• reordenar a participação do Estado na economia.


• aperfeiçoar a atuação como acionista → potencializar os
investimentos da União em benefício da sociedade.
• construir incentivos para as estatais atuarem em consonância com
a Lei 13.303, de 2016.
• atuar no alinhamento das estatais, bem como nas políticas públicas
ao art. 27 da Lei 13.303, de 2016.
Participação Estratégica do Estado na Economia
Merece destaque a leitura do art. 27 da Lei 13.303, de 2016:

Art. 27.  A empresa pública e a sociedade de economia mista terão a


função social de realização do interesse coletivo ou de atendimento a
imperativo da segurança nacional expressa no instrumento de
autorização legal para a sua criação. 

§ 1o  A realização do interesse coletivo de que trata este artigo deverá


ser orientada para o alcance do bem-estar econômico e para a
alocação socialmente eficiente dos recursos geridos pela empresa
pública e pela sociedade de economia mista (...). 
Participação Estratégica do Estado na Economia
Também é importante conjugar o art. 27 da Lei 13.303, de
2016, com o art. 173 da Constituição Federal:

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração


direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.

Define-se, claramente, os limites de intervenção empresarial do Estado


na economia e, dessa forma, o espaço de atuação da SEST/MP.
Participação Estratégica do Estado na Economia
Observando um pouco mais da Lei nº 13.303, de 2016, temos, em seu art. 8º:

Art. 8º As empresas públicas e as sociedades de economia mista


deverão observar, no mínimo, os seguintes requisitos de transparência:

(...)

§ 1º O interesse público da empresa pública e da sociedade de


economia mista, respeitadas as razões que motivaram a autorização
legislativa, manifesta-se por meio do alinhamento entre seus objetivos
e aqueles de políticas públicas, na forma explicitada na carta anual a
que se refere o inciso I do caput.
tas
Participação Estratégica do Estado na Economia

• A atuação do Estado enquanto empresário na economia deve atender aos


princípios de segurança nacional ou relevante interesse da coletividade.

• O princípio da segurança nacional transcende aos aspectos econômicos,


ensejando a questão de “interesses estratégicos”.

• O princípio do relevante interesse da coletividade demanda avaliação


econômica e associa-se à existência de falhas de mercado → por isso a
necessidade de intervenção do Estado no domínio econômico.

• Salienta-se que as falhas de mercado, muitas das vezes, são temporárias →


intervenção do Estado no domínio econômico também poderá ser
temporária.
tas
Participação Estratégica do Estado na Economia

• Verifica-se que o espaço para a atuação estatal como explorador de


atividade econômica é estreito → vide inciso II, do art. 170 da CF.

• Naqueles segmentos em que se justifica a intervenção estatal, a


atuação do Estado (e da SEST) se dará pela busca na maximização do
valor e do resultado.

A atuação estatal, por se tratar de representante direto da sociedade,


deve apresentar maiores responsabilidades com a geração de
resultados.
Reestruturação
Produtiva e Societária
Participação Estratégica do Estado na Economia

• A participação estatal na economia enquanto empresário deve observar os


preceitos de segurança nacional ou a relevante interesse da coletividade.

• A segurança nacional atende a “interesses estratégicos” e não econômicos.

• O interesse da coletividade é argumento econômico e associa-se à existência de


falhas de mercado onde torna-se necessária a intervenção estatal no domínio
econômico.

• Há de se observar que as falhas de mercado não são atemporais, são dinâmicas


→ cabe observar ao longo do tempo a necessidade de intervenção estatal no
domínio econômico.

E s t e d o c u m e n t o c o n t é m i n f o r m a ç õ e s c o n f i d e n c i a i s , d e a c e s s o r e s t r i t o .
tas
Reestruturação Produtiva e Societária
Áreas de atuação das estatais (% do número de empresas por setor)

ABASTECIMENTO; 3%
SETOR FINANCEIRO; 13% ADMINISTRAÇÃO AEROPORTUÁRIA; 1%
COMÉRCIO E SERVIÇOS; 11%
TRANSPORTE; 3%
SAÚDE E ASSISTÊNCIA COMUNICAÇÕES; 2%
SOCIAL; 3% DESENVOLVIMENTO
REGIONAL; 1%
PORTUÁRIOS; 5%

ENERGIA ELÉTRICA; 23%

PETRÓLEO E DERIVADOS;
INDÚSTRIA DE TRANS-
27%
FORMAÇÃO; 3%

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO; 3%
MINAS E METALURGIA ; 2%
Reestruturação Produtiva e Societária
Cabe salientar a importância da transformação do DEST em SEST:

o 8 .11
8/16
• participar
SEST
e c ret da modelagem e
D desenvolvimento de desestatização,
reestruturação, fusão, incorporação, cisão
e liquidação de estatais;
• avaliação de empresas;
• solicitar e acompanhar planos de ação para
• governança corporativa; melhoria de gestão e eficiência;
• orientação de conselheiros e • acompanhar patrocínio dos planos de
apoio à CGPAR; benefícios previdenciários;
• política de pessoal; • manifestar-se sobre custeio de benefício de
• previdência complementar; e assistência à saúde;
• orçamento. • indicação, remuneração e orientação de
liquidantes; e
DEST • requerer correções na execução do
orçamento e da meta de resultado primário.
tas
Reestruturação Produtiva e Societária

Necessária reorganização da participação da União nas estatais


federais brasileiras:

• geração de receitas e resultados;

• redução de custos e aumento da produtividade;

• privilegiar a participação estratégica do Estado na


economia → falhas e lacunas de mercado; e

• geração de bem-estar social.


tas
Reestruturação Produtiva e Societária

Ações de aperfeiçoamento e de desempenho adotam as seguintes


premissas:

• visão de longo prazo (e não tão somente a geração de


receitas extraordinárias);

• contribuição para a melhoria do resultado fiscal;

• aperfeiçoamento de marcos regulatórios setoriais;

• análise da política pública que gerou a empresa estatal;

• análise do mercado e do setor (indústria) da empresa


estatal.
tas
Reestruturação Produtiva e Societária
Feitas todas as análises necessárias, chega-se a diversas
alternativas de mercado para as empresas estatais:

• concessões e autorizações de serviços públicos


(conjugadas com alienações);

• abertura de capital;

• parcerias estratégicas;

• incorporação, fusão e cisão;

• liquidação; e

• privatização.
Reestruturação Produtiva e Societária

Não são meras desestatizações, mas operações


estruturadas que buscam agregar valor às empresas
estatais e à sociedade.
OBRIGADO!
Fernando Antônio Ribeiro Soares

Secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais


(fernando.soares@planejamento.gov.br e sest@planejamento.gov.br)

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