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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

MANUELLA FERREIRA MARINHO

MANUAL PRÁTICO PARA PROJETO E MANUTENÇÃO DE


INSTALAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO EM ESCOLAS
NO RIO GRANDE DO NORTE

NATAL-RN
2021
Manuella Ferreira Marinho

Manual prático para projeto e manutenção de instalações de combate a incêndio em escolas


no Rio Grande do Norte

Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade Monografia, submetido ao


Departamento de Engenharia Civil da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
como parte dos requisitos necessários para
obtenção do Título de Bacharel em Engenharia
Civil.

Orientador(a): Profa. Dra. Micheline Damião Dias Moreira


Coorientador: Major BM Daniel Gleidson do
Nascimento

Natal-RN
2021
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede

Marinho, Manuella Ferreira.


Manual prático para projeto e manutenção de instalações de
combate a incêndio em escolas no Rio Grande do Norte / Manuella
Ferreira Marinho. - 2021.
200f.: il.

Monografia (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do


Norte, Centro de Tecnologia, Graduação em Engenharia Civil,
Natal, 2021.
Orientadora: Dra. Micheline Damião Dias Moreira.
Coorientador: Major BM Daniel Gleidson do Nascimento.

1. Manual - Monografia. 2. Instalações -


Monografia. 3. Escola
- Monografia. 4. Combate a incêndio - Monografia. I.
Moreira,
Micheline Damião Dias. II. Nascimento, Daniel Gleidson do.
III. Título.

RN/UF/BCZM CDU 624

Elaborado por RAIMUNDO MUNIZ DE OLIVEIRA - CRB-15/429


Manuella Ferreira Marinho

Manual prático para projeto e manutenção de instalações de combate a incêndio em escolas


no Rio Grande do Norte

Trabalho de conclusão de curso na modalidade Monografia, submetido ao


Departamento de Engenharia Civil da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
como parte dos requisitos necessários para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Civil.

Aprovada em 23/04/2021

BANCA EXAMINADORA

Profa. Dra. Micheline Damião Dias Moreira


Orientadora
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO NORTE

Major BM Daniel Gleidson do Nascimento


Coorientador
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO
RIO GRANDE DO NORTE

Prof. Dr. Marcos Lacerda Almeida


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Profa. Me(a). Isabelly Bezerra Braga Gomes de Medeiros


INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Natal-RN
2021
DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho à minha família, sem eles


nada disso seria possível.
AGRADECIMENTOS

Nesse encerramento de um ciclo grandioso da minha vida, sou pura gratidão a todos
que de alguma forma edificaram minha caminhada e contribuíram para que esse dia fosse
possível. Em primeiro lugar, agradeço a Deus, o grande responsável por todas as minhas
pequenas vitórias.
Agradeço a minha família. Em especial à minha mãe, por me ensinar sobre garra e
força.
Ao meu pai, por me ensinar sobre integridade e fé. Meu exemplo na profissão. Ao meu
irmão Fernando, por me ensinar sobre determinação e sempre acreditar no meu potencial. Ao
meu namorado e grande apoiador Rodrigo, que esteve do meu lado ao longo de todos os anos
da faculdade, crescendo comigo.
Agradeço também aos meus grandes alicerces durante a época de escola, essenciais
para que eu conquistasse a aprovação, meus eternos amigos do Marista: Aline, Aninha,
Gabriel, Ivna, Júlia, Juliana, Maria Duda, Nathalia, Rachel, Renata, Trigueiro e Uchoa.
E claro, minha eterna gratidão àqueles que dividiram o peso do curso comigo, e
fizeram
dessa caminhada mais leve: Allan, Bomfim, Dinei, Éberth, Gabi, João Clayton, Mari,
Musi, PV, Romário e Victor.
Agradeço a minha professora, orientadora e amiga Micheline Damião e ao meu
coorientador Major Gleidson, sempre atenciosos comigo.
Meu muito obrigada a todos vocês!
RESUMO

O presente documento objetiva desenvolver um manual prático voltado para as instalações de


combate a incêndio em escolas do Estado do Rio Grande do Norte. O manual irá abordar o
procedimento de dimensionamento das instalações, as diretrizes para sua manutenção, bem
como as orientações para correta utilização dessas instalações pelos ocupantes da edificação.
Para isso, foram analisadas as instruções técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Rio
Grande do Norte (CBMRN), bem como as normas técnicas pertinentes ao assunto, englobando
em documento único todas as informações cruciais para o desenvolvimento de projeto
específico de uma escola do Estado. O documento também trará a parte prática do assunto,
estabelecendo um modelo de Plano de Evacuação voltado para escolas, além de
recomendações gerais para a direção e usuários da edificação, diretrizes para manutenção das
instalações, bem como a parte burocrática de regularização do imóvel. O produto final desse
estudo consiste em um manual simples, prático e didático com todas as informações
necessárias para projeto, manutenção e utilização das instalações em questão.

Palavras-chave: Manual. Instalações. Escola. Combate a incêndio.


ABSTRACT

This document aims to develop a practical manual about firefighting installations in schools in
the state of Rio Grande do Norte. The manual ranges the dimensioning of the installations, the
guidelines for maintenance and right usage of the installations by the building’s occupants. For
that purpose, the technical instructions of the Military Fire Brigade of Rio Grande do Norte
(CBMRN) were analyzed, as well as the technical norms that are pertinent to the subject,
covering in a single document all the crucial information for the development of a specific
project of a school in the State. The document will also contain the practical part regarding the
topic, establishing a model of Evacuation Plan for schools, in addition to general
recommendations for the administrators and users of the building, guidelines for the
maintenance of the installations, as well as the bureaucratic part of regularizing the property.
The final product of this study consists of a simple, practical and didactic manual with all the
necessary information for the design, maintenance and usage of the installations in question.

Keywords: Manual. Firefighting installations. Schools.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Esquema de dimensões de portão de entrada........................................................... 23


Figura 2 - Representação Gráfica de distância entre edificações ............................................. 26
Figura 3 - Modelos de compartimentação ................................................................................
30
Figura 4 - Largura mínima de corredores e passagens .............................................................
34
Figura 5 - Altura e largura dos degraus ....................................................................................
39
Figura 6 - Procedimento de emergência contra incêndio .........................................................
43 Figura 7 – Exemplo 1 de disposição de iluminação de emergência em
planta ........................ 46 Figura 8 - Exemplo 2 de disposição de iluminação de emergência em
planta ......................... 46 Figura 9 - Exemplo de iluminação de emergência em escada -
corte ...................................... 47 Figura 10 - Sinalização
M1 ...................................................................................................... 58
Figura 12 - Esquema de Ventilação de Gás.............................................................................. 73
Figura 13 - Etapas de desenvolvimento de metodologia.......................................................... 84
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Classificação das Edificações Grupo E conforme a IT 01/2018 ............................ 19


Quadro 2 - Classificação das Edificações quanto à altura conforme a IT 01/2018.................. 20
Quadro 3 - Carga de incêndio Grupo E conforme IT 12/2018 .................................................
20
Quadro 4 - Classificação das edificações conforme IT 01/2018 .............................................. 21
Quadro 5 - Exigências para edificações com área ....................................................................
21 Quadro 6 - Edificações do Grupo E com área superior a 750m² e altura superior a 12m........
22 Quadro 7 - Determinação da fachada
para o dimensionamento .............................................. 24
Quadro 8 - Severidade da carga de incêndio para o isolamento de risco .................................
24 Quadro 9 – Determinação do coeficiente α ..............................................................................
25
Quadro 10 - Máxima distância de separação............................................................................ 26
Quadro 11 - Mínima distância de separação entre a cobertura da edificação .......................... 27
Quadro 12 - Classificação dos Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo ........................... 28
Quadro 13 - Classe dos materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão ............... 33
Quadro 14 - Dados para o dimensionamento das saídas de emergência .................................. 34
Quadro 15 - Distâncias máximas a serem percorridas em metros............................................ 36
Quadro 16 - Tipos de escadas de emergência devido á classificação da edificação. ............... 38
Quadro 17 - Composição mínima da brigada de incêndio por pavimento ou compartimento.
44 Quadro 18 - Formas Geométricas e dimensões da Sinalizações
.............................................. 49
Quadro 19 - Simbologia sinalização de Proibição.................................................................... 50
Quadro 20 - Simbologia da sinalização de alerta .....................................................................
51
Quadro 21 - Simbologia da sinalização de alerta ..................................................................... 52
Quadro 22 - Simbologia da sinalização de equipamentos........................................................ 54
Quadro 23 - Simbologia de sinalização complementar - rotas de saída .........57 Quadro 24
- Simbologia da sinalização complementar ............................................................ 58
Quadro 25 - Simbologia de sinalização complementar - obstáculo ......................................... 59
Quadro 26 - Classificação do Fogo ..........................................................................................
60
Quadro 27 - Agente extintor, classe e capacidade extintora..................................................... 61
Quadro 28 - Tipos de sistemas de proteção por hidrante ou mangotinhos............................... 65
Quadro 29 - volume de reserva de incêndio mínima (m³) em edificações do grupo E ............ 65
Quadro 30 - Fator "C" de Hazen-Williams .............................................................................. 66
Quadro 31 - Afastamentos mínimos entre tubulações.............................................................. 70
Quadro 32 - Extintores central GLP .........................................................................................
71
Quadro 33 – Afastamento de segurança para central de GLP ..................................................
71
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 14
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 14
1.2 JUSTIFICATIVA.................................................................................................................... 14
1.3 OBJETIVOS.......................................................................................................................... 15
Objetivo geral
.....................................................................................................15
Objetivos específicos
..........................................................................................15
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 16
2.1 PROPAGAÇÃO DO FOGO ...................................................................................................... 16
2.2 SISTEMA DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO ...................................................................... 16
2.3 INCÊNDIOS EM ESCOLAS ..................................................................................................... 16
3. INSTALAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO .................................................. 18
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO ........................................................................................ 18
Classificação das edificações e áreas de rico quanto à ocupação......................18
Classificação das edificações quanto à altura
....................................................19 Classificação das edificações quanto à
carga de incêndio .................................20
3.2 DISPOSITIVOS DE COMBATE A INCÊNDIO ............................................................................ 21
3.3 ACESSO DE VIATURA NA EDIFICAÇÃO ................................................................................. 22
3.4 ISOLAMENTO DE RISCO ...................................................................................................... 23
3.5 SEGURANÇA ESTRUTURAL CONTRA INCÊNDIO .................................................................... 27
3.6 COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL........................................................................................ 29
3.7 CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO E REVESTIMENTO (CMAR) ........................... 32 3.8 S
AÍDAS DE EMERGÊNCIA..................................................................................................... 33
Larguras das saídas de emergência
....................................................................34
Acessos e portas de saída de emergência..........................................................35
Rampas
...............................................................................................................37
Escadas
...............................................................................................................37
3.9 PLANO DE EMERGÊNCIA ..................................................................................................... 40
3.10BRIGADA DE INCÊNDIO
....................................................................................................... 43
3.11ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA............................................................................................ 45
3.12SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO
................................................................ 47
3.13SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA........................................................................................... 48
Sinalização de Proibição
.....................................................................................49
Sinalização de
Alerta...........................................................................................50
Orientação e salvamento
...................................................................................52
Equipamentos.....................................................................................................54
Sinalização complementar .................................................................................56
3.14EXTINTORES DE INCÊNDIO
.................................................................................................. 59
Classificação e capacidade
extintora..................................................................59
Manutenção, certificação e validade
.................................................................62
3.15SISTEMAS DE HIDRANTES E MANGOTINHOS
........................................................................ 62
Abrigos e mangueiras
.........................................................................................62
Dispositivo de recalque
......................................................................................63
Outros componentes de instalação
...................................................................64
Tipos de hidrantes e Reserva técnica de incêndio
.............................................64
Dimensionamento das bombas e
tubulação......................................................65
3.16CHUVEIROS AUTOMÁTICOS E CONTROLE DE FUMAÇA
........................................................ 68

3.17CENTRAL DE GÁS................................................................................................................ 69
Rede de distribuição interna
..............................................................................69
Gás Liquefeito de petróleo (GLP)
.......................................................................70
Gás natural e ventilação .....................................................................................72
3.18CRITÉRIOS DE ACESSIBILIDADE
.......................................................................................... 73
4. REGULARIZAÇÃO DO IMÓVEL..................................................................... 75
4.1 PROJETO TÉCNICO SIMPLIFICADO........................................................................................ 75
4.2 PROJETO TÉCNICO............................................................................................................... 75
5. PLANO DE EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA ................................................. 77
5.1 ESTRUTURA DE PLANO DE EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA ..............................
77
Dispositivos do plano de
evacuação...................................................................77
Designação de funções
.......................................................................................78
Procedimentos de abandono
.............................................................................79
6. RECOMENDAÇÕES GERAIS AOS OCUPANTES
............................................ 80
6.1 ORIENTAÇÕES À DIREÇÃO DA ESCOLA ................................................................................ 80
6.2 PROGRAMA DE MANUTENÇÕES
........................................................................................... 81
Extintores............................................................................................................81
Alarme ................................................................................................................82
Iluminação de emergência
.................................................................................82
Hidrantes ............................................................................................................83
Sinalização de emergência
.................................................................................83
7. METODOLOGIA.............................................................................................. 84
8. RESULTADOS.................................................................................................. 85

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 86


REFERÊNCIAS .................................................................................................... 87
14

1. INTRODUÇÃO

1. Considerações iniciais

O bom funcionamento de uma edificação está diretamente relacionado com a


concepção e execução de seus respectivos projetos com responsabilidade e segurança. Entre
eles, o projeto de instalações de combate a incêndio é de suma importância para proteger os
ocupantes em caso de sinistro, de modo a reduzir ao máximo possíveis danos – seja físico ou
material – causados por situações de risco.
Sob essa ótica, é válido analisar a problemática das escolas brasileiras, as quais muitas
vezes não estão preparadas para casos de sinistro. Além de muitas edificações serem antigas e
não possuírem infraestrutura adequada – sem conformidade com as normas vigentes – para o
combate a incêndio propriamente dito, também existem falhas no que diz respeito à
manutenção das instalações e falta de preparo dos ocupantes para lidar com o risco.
Nesse sentido, Dias (2018, p.12) constata que a maioria da população desconhece as
instalações necessárias, rotas de fuga, uso de equipamentos de segurança e os riscos
envolvidos. Tal fato é ainda mais preocupante em escolas, uma vez que se abriga uma elevada
quantidade de crianças e adolescentes de faixa etária variada.

2. Justificativa

Tendo em vista a necessidade de viabilizar ambientes escolares mais seguros e que


prezem pela vida dos alunos e funcionários, o presente documento foi idealizado para ser fonte
de pesquisa para os profissionais projetistas, ao revisar e sintetizar as informações presentes
nas Instruções Técnicas (ITs) do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte
(CBMRN), em conformidade com as normas brasileiras (NBRs), de maneira mais direcionada
para projetos de combate a incêndio nas escolas do RN.
Além disso, o estudo contempla diretrizes voltadas para os ocupantes do edifício em
questão, em prol de garantir a aplicabilidade correta das medidas de segurança
projetadas. Dessa forma, além de beneficiar os projetistas, o presente documento também será
de interesse do corpo de bombeiros e de toda a sociedade civil – em especial aqueles que
frequentam prédios escolares – uma vez que irá auxiliar o bom funcionamento das instalações
da escola e orientar seus ocupantes durante situações de risco.
15

3. Objetivos

Objetivo geral

Esse trabalho objetiva elaborar um manual prático que consiga abranger desde o passo-
a-passo da concepção de projeto de instalações de combate a incêndio específico para escolas
no Rio Grande do Norte, até as diretrizes para a utilização adequada de todas as instalações
projetadas.

Objetivos específicos

 Revisar e sintetizar em documento único as Instruções Técnicas (ITs) do Corpo de


Bombeiros referentes ao estudo, bem como as respectivas Normas Brasileiras (NBRs)
como guia de projeto;
 Revisar literaturas de outros estados, em prol de agregar conteúdo específico de
instalações de incêndio em escolas às normas locais;
 Elaborar figuras inéditas e didáticas para compor o manual;
 Elaborar modelo de plano de evacuação para escolas;
 Utilizar exemplos de projeto para descrever as medidas de segurança necessárias nas
escolas.
16

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. Propagação do fogo

A NBR 13860 (1997) define fogo como sendo o processo de combustão caracterizado
pela emissão de calor e luz, a mesma norma configura incêndio como sendo o fogo fora de
controle. Muitos podem ser os motivos para surgimento e difusão do fogo, gerando incêndios
de grandes proporções.
É válido salientar que as escolas costumam possuir muito material combustível,
definido
pela NBR 13860 (1997) como sendo todo material capaz de queimar. É comum nessas
instituições haver estoque de papel, grande quantidade de móveis de madeira e cozinha com
armazenamento de gás para refeitórios, como ressalta Dias (2018, p. 14), de modo que o fogo
tende a conseguir se alastrar com facilidade.

2. Sistema de prevenção contra incêndio

A Instrução Técnica 02 do CBMRN (2018) define a prevenção de incêndio como sendo


as atividades que visam evitar o surgimento do sinistro, possibilitar sua extinção e reduzir seus
efeitos antes da chegada do Corpo de Bombeiros. Tais medidas são de extrema importância
para que, caso não se consiga extinguir o fogo, o incêndio se propague com mais dificuldade e
os bombeiros consigam melhor acesso para as devidas operações.
As medidas são divididas em ativas e passivas. As primeiras estão diretamente ligadas
à detecção, alarme e extinção – automática ou manual – do fogo, como define a IT 02
(2018). Já as medidas passivas funcionam de forma indireta, de modo que são incorporadas a
edificação desde sua concepção projeto, dificultando a propagação do fogo, como é o caso do
controle dos materiais, meios de escape, compartimentação e proteção da estrutura do edifício.

3. Incêndios em escolas

Em artigo para o centro de produções técnicas (CPT), Oliveira (s.d) faz uma análise a
respeito das principais causas de princípios de incêndios em escolas, dividindo suas instalações
em três grandes ambientes:
Áreas comuns – pátios, corredores e estacionamentos – de acesso de professores,
alunos, funcionários e fornecedores. Nesses ambientes, podem haver acúmulo de poeiras
17

resíduos variados, além de descuido em consertos e manutenções que se usam materiais como
soldas, maçaricos e tintas, podendo gerar uma combustão. Além disso, também se costuma
acumular materiais de grande carga de combustão – papel, plástico e madeira – em decorações
de eventos, festas e gincanas.
Salas de aula e ambientes didáticos como laboratórios e bibliotecas: abuso ou
negligência com aparelhos elétricos ou eletrônicos, uso de materiais de alta combustão, em
aulas ou exercícios, como papel, madeira e plásticos. Laboratórios de química tem a agravante
de abrigar produtos químicos inflamáveis. Já as bibliotecas costumam possuir muitas estantes
de madeira e livros em papel que também contribuem para que o incêndio se alastre com
facilidade por ser material combustível.
Áreas de serviço – escritórios, cozinha, almoxarifado e depósitos – de uso dos
funcionários. Falhas e acidentes elétricos como curto-circuito e sobrecarga em equipamentos
como motores, aquecedores, transformadores etc. Além disso, também pode ocorrer de se
agrupar muitos produtos inflamáveis em locais sem segurança.
Com o objetivo de ratificar o cenário de descaso para com as instalações de combate a
incêndio em escolas ao longo de todo território nacional, é válido mencionar alguns casos de
incêndio em instituições de ensino no Brasil.
Em notícia do portal G1 (2020), um incêndio na madrugada do dia 14 de agosto atingiu
e destruiu escola no bairro de Itu, São Paulo. Segundo a fonte, o fogo se iniciou em
uma sala que guardava trinta tablets usados para gravações de aulas online pelos professores e
se alastrou por quase todo o prédio, restando somente uma sala. Além dos danos financeiros,
o desastre poderá adiar o retorno de aulas presenciais de quase 100 alunos.
Outro caso noticiado pelo portal G1 (2019), um incêndio na escola estadual Padre
Mateus Nunes de Siqueira destruiu três salas de aula às 5:30 da manhã do dia dez de outubro,
em Atibaia (SP). O incêndio se iniciou em uma das salas de aula e se alastrou para mais duas
pelo teto. Apesar de não ter deixado feridos, o ocorrido prejudicou o andamento das aulas até
que os devidos reparos fossem realizados.
Por fim, um caso amplamente noticiado na mídia na época do ocorrido foi o incêndio
criminoso em uma creche de Janaúba, em 05 de outubro de 2017, no qual 13 pessoas
vieram à óbito. O prédio não contava com extintores, sinalização, saídas de emergência nem
alvará do corpo de bombeiros. Um ano após a tragédia, uma reportagem do portal R7
constatou que o número de vítimas teria sido reduzido caso a instituição possuísse instalações
adequadas, além disso também foi denunciado que as escolas da cidade continuavam sem
estrutura adequada para instalações de incêndio e situações de pânico.
18

3. INSTALAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO

Nessa seção, serão apresentadas as normatizações pertinentes para elaboração de


projeto de instalações de prevenção e combate a incêndio no Rio Grande do Norte, com foco
em escolas. Como já citado, serão revisadas as instruções técnicas do Corpo de Bombeiros do
RN, bem como normas brasileiras pertinentes ao assunto.

1. Classificação da edificação

Para iniciar o dimensionamento das instalações de incêndio, é necessário conhecer as


características pertinentes da edificação, como o tipo de ocupação, sua altura, e carga de
incêndio. Esses parâmetros irão definir as exigências normativas para que certa edificação
possua todos os dispositivos considerados necessários para sua prevenção e combate ao
incêndio.
Outro fator importante para definir as medidas a serem utilizadas é a área construída da
edificação, uma vez que a determinação dos dispositivos é dividida em duas tabelas: para
edificações com áreas superiores e inferiores a 750m² e 12 metros de altura.

Classificação das edificações e áreas de rico quanto à ocupação

Na primeira categoria, as edificações são agrupadas de acordo com seu uso, ou seja, o
tipo de seus ocupantes. Essa classificação, segundo a IT 01/2018, varia do grupo A
(residencial) ao grupo M (Especial).
Para tanto, o presente documento irá destrinchar as particularidades do projeto de
combate a incêndio de escolas em geral, inseridas no grupo E (Educacional e Cultura física),
divisão E-1.
19

Quadro 1 - Classificação das Edificações Grupo E conforme a IT 01/2018

GRUPO E
Ocupação/uso Educacional e Cultura física

Divisão E-1 E-2 E-3 E-4 E-5 E-6


Escola para
Centro de portadores
Descrição Escola em Escola Espaço para Pré-escola
Treinamento de
Geral Especial cultura
profissional deficiências
física
Locais de ensino
e/ou práticas de
artes marciais,
Escolas de natação, ginástica
artes e (artística, dança,
Escolas de artesanato,
primeiro, musculação e Escolas para
de línguas, outros) esportes Creches,
segundo e de cultura excepcionais,
terceiro graus, coletivos (tênis, Escolas escolas
geral, de deficientes
Exemplos cursos futebol e outros profissionais maternais,
cultura visuais e
supletivos e pré- estrangeira, que não estejam em geral jardins de auditivos e
universitário e incluídos em F-3), infância assemelhados
escolas sauna, casas de
assemelhados religiosas e fisioterapia e
assemelhado assemelhados.
Sem
arquibancadas.

Fonte: Adaptado da IT 01/2018 (2021)

Classificação das edificações quanto à altura

Como define a IT 01 do CBMRN (2018) nos itens 4.1 e 8.1, ao se tratar de exigências
das medidas de segurança contra incêndio, a altura da edificação é dada pela “medida em
metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último pavimento”.
Já para as saídas de emergência, considera-se a altura da edificação como “a medida em
metros entre o ponto que caracteriza a saída do nível de descarga ao piso do último
pavimento, podendo ser ascendente ou descendente”.
Além disso, orienta-se que sejam desconsiderados nesse cálculo:
Os subsolos utilizados unicamente para estacionamento de veículos, instalações
sanitárias, vestiários e áreas técnicas sem atividade ou permanência humana.
Pavimentos superiores exclusivos para casas de máquinas, áticos, barriletes,
reservatórios de água e semelhantes.
 Mezaninos de área inferior a um terço da área de seu pavimento;
20

Quadro 2 - Classificação das Edificações quanto à altura conforme a IT 01/2018

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ALTURA


Tipo Denominação Altura (H)
I Edificação térrea Um pavimento
II Edificação Baixa H ≤ 6,00m
III Edificação de Baixa-Média Altura 6,00m < H ≤ 12,00m
IV Edificação de Média Altura 12,00m < H ≤ 23,00 m
V Edificação medianamente alta 23,00 m < H ≤ 30,00 m
VI Edificação Alta Acima de 30,00 m
Fonte: Adaptado IT 01/2018 (2021)

Classificação das edificações quanto à carga de incêndio

De acordo com a IT 14 do CBMRN (2018), a combustão completa de todos os


materiais combustíveis – incluindo revestimento de pisos, tetos, divisórias etc. – em um
determinado espaço ocasiona um acumulo de energia calorífica, cuja soma resulta na carga de
incêndio da edificação. Dessa forma, a carga de incêndio específica é a carga de incêndio por
unidade de área, expressa em mega joule por metro quadrado.
Logo, essa carga pode ser encontrada a partir do método de cálculo probabilístico –
baseado em resultados estatísticos do tipo de uso da edificação – ou pelo método
determinístico, o qual se baseia no conhecimento prévio da qualidade e quantidade de
materiais existentes na edificação de estudo.
A IT 14 (2018) fornece, de acordo com o método probabilístico, a carga de incêndio
específica para diversos grupos de edificações, entre eles o das escolas.

Quadro 3 - Carga de incêndio Grupo E conforme IT 12/2018

GRUPO E
Ocupação/uso Educacional e cultura Física
Divisão E-1/E-2/E-4/E-6 E-3 E-5
Academias de
Descrição Escolas em geral ginástica e Pré-escola, creches e similares
similares
Carga de
Incêndio (qfi) 300 300 300
em MJ/m²
Fonte: Adaptado IT 14/2018 (2021)
21

A partir da determinação da carga de incêndio específica, é possível classificar a


edificação segundo a IT 01 (2018):

Quadro 4 - Classificação das edificações conforme IT 01/2018

RISCO CARGA DE INCÊNDIO MJ/m²


Baixo até 300 MJ/m²
Médio Entre 300 e 1.200 MJ/m²
Alto Acima de 1.200MJ/m²
Fonte: Adaptado IT 01/2018 (2021)

Portanto, de forma geral, as escolas do Rio Grande do Norte se caracterizam como


edificações de risco baixo ao se tratar de carga de incêndio.

3.2 Dispositivos de Combate a incêndio

Depois de classificar a edificação, é possível determinar quais são as medidas de


segurança necessárias para serem implementadas em projeto. A IT 01 (2018) do Corpo de
Bombeiros do Rio Grande do Norte fornece as tabelas indicando os dispositivos necessários
para cada grupo de edificações, inclusive os das escolas, foco do presente estudo.

Quadro 5 - Exigências para edificações com área


menor ou igual a 750 m² e altura a inferior igual a 12,00m

GRUPO E
Medidas de segurança contra incêndio

Controle de Materiais de Acabamento -

Saídas de emergência X
Iluminação de Emergência X¹
Sinalização de Emergência X
Extintores X
Brigada de Incêndio -
NOTAS ESPECÍFICAS:
1- Somente para edificações com mais de dois pavimentos;
NOTAS GERAIS:
a - As instalações elétricas e o SPDA devem estar em conformidade com as normas
técnicas oficiais;
b - No cômputo de pavimentos, desconsiderar os pavimentos de subsolo quando
destinados a estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitárias, áreas
técnicas sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência humana;
Fonte: Adaptado IT 01/2018 (2021)
22

Quadro 6 - Edificações do Grupo E com área superior a 750m² e altura superior a 12m

Grupo de ocupação e GRUPO E - EDUCACIONAL E CULTURAL


uso
Divisão E-1, E-2, E-3, E-4, E-5 e E-6
Classificação quanto à altura (em metros)
Medidas de segurança
contra incêndio Terra H≤ 6 < H ≤ 12 12 < H ≤ 23 23 < H ≤ 30 Acima de 30
6
Acesso de Viatura na X X X X X X
edificação
Segurança Estrutural X X X X X X
contra incêndio
Compartimentação - - - X¹ X¹ X²
Vertical
Controle de Materiais X X X X X X
de Acabamento
Saídas de emergência X X X X X X³
Plano de emergência - - - - X X
Brigada de Incêndio X X X X X X
Iluminação de X X X X X X
Emergência
Detecção de incêndio - - - - X X
Alarme de incêndio X X X X X X
Sinalização de X X X X X X
Emergência
Extintores X X X X X X
Hidrantes e X X X X X X
Mangotinhos
Chuveiros - - - - - X
automáticos
Controle de fumaça - - - - - X⁴
NOTAS ESPECÍFICAS:
1 – A compartimentação vertical será considerada para as fachadas e selagens dos shafts e dutos de
instalações;
2 – Pode ser substituída por sistema de controle de fumaça, detecção de incêndio e chuveiros
automáticos, até 60 metros de altura, exceto para as compartimentações das fachadas e selagens dos
shafts e dutos de instalações, sendo que para altura superior deve-se, adicionalmente, adotar as
soluções contidas na IT-09;
3 – Deve haver Elevador de Emergência para altura maior que 60 m;
4 – Acima de 60 metros de altura.
NOTAS GERAIS:
a - As instalações elétricas e o SPDA devem estar em conformidade com as normas técnicas oficiais;
b – Para subsolos ocupados até 50 m², sem exigências adicionais
c – Os locais destinados a laboratórios devem ter proteção em função dos produtos utilizados;
d – Observar ainda as exigências para os riscos específicos das respectivas Instruções Técnicas.
Fonte: Adaptado IT 01/2018 (2021)

3.3 Acesso de viatura na edificação

A IT 06 do CBMRN (2018) estabelece alguns critérios para o acesso às viaturas do


Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte. Segundo ela, as vias de
acesso,
23

as quais possibilitam a aproximação e operação dos veículos deveriam possuir seis metros de
largura mínima, suportar viaturas de 25 toneladas distribuídas em dois eixos e possuir altura
livre mínima de 4,5 metros. Porém, para o grupo das escolas esses critérios tem caráter apenas
de recomendação. Na presença de arruamento interno, o portão de acesso deve possuir, no
mínimo, 4,0 metros de largura e 4,5m de altura.

Figura 1 - Esquema de dimensões de portão de entrada

Fonte: Autor (2021)

3.4 Isolamento de Risco

Em caso de mais de um bloco edificado na mesma propriedade, é possível analisar se


o incêndio originado em uma edificação irá se propagar para os blocos adjacentes. Nesse
sentido, a IT 07 do CBMRN (2018) estabelece os critérios básicos para o isolamento de risco,
em prol de possibilitar uma distância entre os blocos que o tornem independentes com relação
às medidas de segurança contra incêndio exigidas em cada um. Dessa forma, caso não seja
atendida às exigências de isolamento, os blocos são considerados como uma edificação única
no tocante ao dimensionamento das medidas protetivas, somando-se as áreas construídas e
adotando-se a maior das alturas entre as edificações.
Para iniciar o dimensionamento, a tabela abaixo indica qual parte da fachada deverá ser
levada em consideração.
24

Quadro 7 - Determinação da fachada para o dimensionamento

Medidas de Pavimentos
compartimentação

Vertical Horizontal Térrea 2 ou mais pavimentos

Não Não Toda a fachada Toda a fachada

Não Sim Fachada da área do Fachada da área do maior


maior compartimento compartimento
Sim Não Não se aplica Toda a fachada do
pavimento
Sim Sim Não se aplica Toda fachada da área do
maior compartimento
Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021)

De modo geral, a fórmula utilizada para descobrir a distância mínima de separação é:


𝐷 = "α"x (largura ou altura) + "𝛽" (1)
Sendo,
D = distância de separação (m);
"α" = coeficiente tabelado em função da relação entre largura e altura, da porcentagem
de aberturas e da severidade;
"β" = Coeficiente de segurança em função da presença do Corpo de Bombeiros no
município, podendo ser 1,5 m (β1) caso exista, ou 3,0m (β2) caso não;
Para encontrar o coeficiente "α", é preciso de alguns parâmetros preliminares. Primeiro,
se estabelece a severidade da carga de incêndio para o isolamento de risco, padronizado no
quadro 8. Depois, é necessário determinar a relação entre largura e altura da fachada em
estudo, sempre dividindo-se o maior valor pelo menor. Caso o valor em questão não for
mencionado no quadro 9, adotar o imediatamente superior. Por fim, é determinada a
porcentagem de aberturas “y” no setor considerado, também devendo adotar-se o valor
imediatamente superior na tabela em caso de valores intermediários.
Quadro 8 - Severidade da carga de incêndio para o isolamento de risco

Carga de incêndio
Severidade (MJ/m²)
I 0 -680

II 681 - 1460

III Acima de 1460


Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021)
25

Em caso de a edificação possuir sistema de chuveiros automáticos, seu grau de


severidade pode ser reduzido ao nível anterior e, caso seja grau 1, o coeficiente α pode ser
adotado como metade do valor tabelado.
Em posse desses parâmetros, a tabela abaixo é consultada para se obter o coeficiente α,
o qual será multiplicado pelo menor valor entre largura e altura do setor considerado na
fachada e acrescido do coeficiente de segurança β.

Quadro 9 – Determinação do coeficiente α

SEVERIDADE RELAÇÃO LARGURA/ ALTURA (OU INVERSA) - "X"


I II III 1,0 1,3 1,6 2,0 2,5 3,2 4,0 5,0 6,0 8,0 10,0 13,0 16,0 20,0 25,0 32,0 40,0

% ABERTURAS COEFICIENTE 

20 10 5 0,4 0,4 0,44 0,46 0,48 0,49 0,5 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51
30 15 7,5 0,6 0,66 0,73 0,79 0,84 0,88 0,9 0,92 0,93 0,94 0,94 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
40 20 10 0,8 0,8 0,94 1,02 1,1 1,17 1,23 1,27 1,3 1,32 1,33 1,33 1,34 1,34 1,34 1,34 1,34
50 25 12,5 0,9 1 1,11 1,22 1,33 1,42 1,51 1,58 1,63 1,66 1,69 1,7 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71
60 30 15 1 1,14 1,26 1,39 1,52 1,64 1,76 1,85 1,93 1,99 2,03 2,05 2,07 2,08 2,08 2,08 2,08
80 40 20 1,2 1,37 1,52 1,68 1,85 2,02 2,18 2,34 2,48 2,59 2,67 2,73 2,77 2,79 2,8 2,81 2,81
100 50 25 1,4 1,56 1,74 1,93 2,13 2,34 2,55 2,76 2,95 3,12 3,26 3,36 3,43 3,48 3,51 3,52 3,53
''' 60 30 1,6 1,73 1,94 2,15 2,38 2,63 2,88 3,13 3,37 3,6 3,79 3,95 4,07 4,15 4,2 4,22 4,24
''' 80 40 1,8 2,04 2,28 2,54 2,82 3,12 3,44 3,77 4,11 4,43 4,74 5,01 5,24 5,41 5,52 5,6 5,64
''' 100 50 2,1 2,3 2,57 2,87 3,2 3,55 3,93 4,33 4,74 5,16 5,56 5,95 6,29 6,56 6,77 6,92 7,01
''' ''' 60 2,3 2,54 2,84 3,17 3,54 3,93 4,36 4,83 5,3 5,8 6,3 6,78 7,23 7,63 7,94 8,18 8,34
''' ''' 80 2,6 2,95 3,31 3,7 4,13 4,61 5,12 5,68 6,28 6,91 7,57 8,24 8,89 9,51 10 10,5 10,8
''' ''' 100 3 3,32 3,72 4,16 4,65 5,19 5,78 6,43 7,13 7,88 8,67 9,5 10,3 11,1 11,9 12,5 13,1
Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021)

Para edificações de área inferior a 750m² e altura menor que 12m, a tabela abaixo pode
definir a distância máxima de separação “D” de maneira alternativa. Para isso, deve ser
considerado a maior porcentagem de abertura entre as edificações exposta e expositora,
aplicando-se as distâncias encontradas na menor projeção horizontal entre aberturas das duas
edificações.
26

Quadro 10 - Máxima distância de separação


para edificações com até 12 m de altura e 750 m²

Máxima distância de separação (m)

Porcentagem de PAVIMENTOS
abertura "y"
1 (térreo) 2 3 ou mais

Até 10 4 6 8

De 11 a 20 5 7 9

De 21 a 30 6 8 10

De 31 a 40 7 9 11
De 41 a 50 8 10 12
De 51 a 70 9 11 13
Acima de 70 10 12 14
Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021)

Figura 2 - Representação Gráfica de distância entre edificações

Fonte: Autor (2021)

Já edificações com alturas diferentes, caso a cobertura da edificação mais baixa não
atenda ao Tempo Requerido de Resistência ao fogo (TRRF) solicitado em IT específica, devem
ser adotadas as distâncias abaixo, como forma de evitar que o calor e a fumaça escapem pela
cobertura para as aberturas do edifício mais alto. Caso o TRRF seja atendido, utilizar
dimensionamento anteriormente apresentado.
27

Quadro 11 - Mínima distância de separação entre a cobertura da edificação


menor em relação à outra edificação de maior altura

Número de pisos que


contribuem para a Distância de separação
propagação pela horizontal em metros
cobertura
1 4
2 6
3 ou mais 8
Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021)

3.5 Segurança estrutural contra incêndio

A IT 03 do CBMRN (2018) define o tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF)


como sendo o “tempo de duração da resistência ao fogo dos elementos construtivos de uma
edificação estabelecida em normas”. Ou seja, os elementos estruturais e de compartimentação
que fazem parte da edificação devem suportar um tempo suficiente em prol de evitar o colapso
estrutural prematuro, antes da saída segura dos ocupantes e acesso do Corpo de Bombeiros.
Para o grupo das escolas, essa medida é necessária em todas as edificações acima de 750 m²,
independente da altura.
Nesse sentido, é estabelecido pela IT 08 do CBMRN (2018) os critérios de TRRF de
acordo com o uso da edificação. Logo, as estruturas são dimensionadas por suas
normas e verificadas se estão atendendo ao tempo de resistência ao fogo requerido. Para
comprovar a utilização desses critérios, são as aceitas algumas metodologias, tais como:
ensaios específicos de resistência ao fogo em laboratório, atender a tabelas resultantes de
ensaios de resistência ao fogo, modelos analíticos normatizados ou reconhecidos
internacionalmente. A última metodologia é aceita apenas para elementos estruturais,
restringindo os de compartimentação às duas primeiras.
28

Quadro 12 - Classificação dos Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo


(TRRF) para o grupo E

GRUPO E
Ocupação/ Uso: Educacional e Cultura física
Divisão: E-1 a E-6 TRRF (min)
Profundidade Classe S2 hs > 10m 90
do subsolo Classe S1 hs ≤ 10m 60
hs
Classe P1 h ≤ 6m 30
Classe P2 6m < h ≤ 12m 30
Classe P3 12m < h ≤ 23m 60
Altura da Classe P4 23m < h ≤ 30m 90
edificação h Classe P5 30m < h ≤ 80m 120
Classe P6 80m < h ≤ 120m 120
Classe P7 120m < h ≤ 150m 150
Classe P8 150m < h ≤ 250m
Fonte: Adaptado IT 08/2018 (2021)
180

Entretanto, algumas ressalvas se aplicam no que diz respeito ao TRRF de elementos de


compartimentação e paredes divisórias de unidades autônomas, como as salas de aula, de
acordo com o item 5.7 da IT 08 (2018).
Escadas, elevadores de segurança, elementos de compartimentação constituídos pelo
sistema estrutural das compartimentações e vedações das caixas, dutos e antecâmaras, devem
atender pelo menos ao TRRF estabelecido pela categoria da edificação (Quadro 12), porém
não podendo ser inferior a 120 minutos.
Elementos de compartimentação – seja externa e internamente à edificação, inclusive
lajes, fachadas, paredes externas e fechamento de shafts e dutos de instalações – bem como os
elementos estruturais primordiais para estabilidade desta compartimentação, devem possuir
TRRF no mínimo igual da estrutura principal da edificação, não podendo ser menor que 60
minutos.
Vedações usadas como isolamento de risco, bem como suas estruturas essenciais devem
ter TRRF mínimo de 120 minutos.
Para alguns grupos de ocupações, inclusive o grupo E, paredes divisórias entre
unidades autônomas – como salas de aula – e entre as unidades e áreas comuns, devem possuir
no mínimo TRRF de 60 minutos, independente de possíveis isenções e do tempo requerido da
edificação. Apenas isenta-se desta exigência edificações com chuveiros automáticos.
Também existem edificações isentas de TRRF, porém, para tais isenções serem
admitidas, a mesma precisa ser projetada em prol de atender aos objetivos do Regulamento de
29

Segurança contra Incêndio das edificações e áreas de risco no Estado do RN. São exemplos de
isenções:
 As edificações P1 e P2 com área inferior a 750m².
As edificações de classes P1 e P2 com área inferior a 1500m² e carga de incêndio de no
máximo 500 MJ/m², excluindo-se a divisão E6.
As coberturas das edificações sem função de piso ou rota de fuga e cujo colapso
estrutural não comprometa a estabilidade das paredes externas e da estrutura principal da
edificação.
Escadas não enclausuradas, caso não possuam materiais combustíveis em seu
revestimento, acabamento ou estrutura.
Qualquer edificação térrea provida de chuveiro automático com bicos do tipo resposta
rápida e/ou com carga de incêndio específica menor ou igual a 500MJ/m². Exceto quando a
cobertura tiver função de piso ou rota de fuga, ou quando os elementos estruturais
considerados, sejam essenciais à estabilidade de elemento de compartimentação ou de
isolamento de risco.
Por fim, além dos casos de isenção, algumas edificações térreas também podem ter o
TRRF constante reduzido em 30 minutos caso:
Possua chuveiros automáticos ou área total máxima de 5.000m², com pelo menos duas
fachadas para acesso e estacionamento operacional de viaturas cobrindo pelo menos metade
do perímetro da edificação.
Sejam consideradas lateralmente abertas – ou seja, com ventilação permanente em pelo
menos duas fachadas externas em cada pavimento, cujas aberturas somadas resultem em pelo
menos 5% da área do piso no pavimento e possíveis obstruções internas possuam pelo menos
20% de suas áreas abertas. As aberturas devem ser distribuídas de forma uniforme e
contemplar, pelo menos, 40% do perímetro da edificação e 20% da área total de fachada
externa ou, corresponder a pelo menos um terço da superfície total das fachadas externas e,
pelo menos 50% destas áreas estejam situadas em fachadas opostas.

3.6 Compartimentação vertical

Como forma de impedir que o incêndio se propague em pavimentos consecutivos, são


utilizadas medidas de compartimentação vertical. Para o grupo das escolas, essa exigência é
necessária apenas para edificações com altura acima de 12 metros, de modo que, para
30

construções com até os 30 metros de altura, a compartimentação vertical é considerada apenas


para as fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações (IT 01 CBMRN, 2018).
A instrução técnica que rege esse requisito é a IT 09 do CBMRN (2018). Segundo ela,
deve existir elemento corta-fogo na fachada com TRRF que atenda ao grupo da edificação, em
prol de separar aberturas de pavimentos consecutivos, podendo ser vigas e/ou parapeito ou
prolongamento dos entrepisos, além do alinhamento da fachada. Esses elementos, bem como
as fachadas cegas, devem ser consolidados de maneira adequada aos entrepisos, em prol de
não comprometer a resistência ao fogo desses elementos.
Em caso de compartimentação através de vigas e/ou parapeitos, as aberturas de
pavimentos consecutivos devem distar uma altura de 1,2m. Já as abas de prolongamentos de
entrepisos, caso utilizadas, devem se projetar a 0,9m do plano externo da fachada.
Para edificações com carga de incêndio específica de até 300MJ/m² – em geral, o caso
das escolas – é permitido pela IT 09 (2018) somar as dimensões da aba horizontal e a
distância da verga até o piso da laje superior, de modo que totalize pelo menos 1,20 metros.

Figura 3 - Modelos de compartimentação

Fonte: Autor (2021)


31

A IT 09 (2018), faz ainda, algumas recomendações com relação ao tema:


Os elementos de fixação de fachadas pré-moldadas devem ser devidamente protegidos
contra a ação do incêndio e frestas com vigas e lajes devem ser seladas, em prol de garantir a
resistência ao fogo do conjunto.
Caixilhos e componentes transparentes ou translúcidos das janelas devem ser de
materiais incombustíveis. Para vidros laminados, sua incombustibilidade deve ser determinada
como orienta a ISO 1182/2010.
Para “fachadas-cortina” ou totalmente envidraçadas, caso a própria fachada não seja de
vidro corta-fogo, devem ser previstos elementos corta-fogo de separação, como parapeitos,
vigas ou prolongamentos de entrepiso. Em caso de fresta ou abertura entre a fachada e o
elemento de separação, deverá ser feita vedação com selos corta-fogo no perímetro, fixados ao
elemento, de modo a ficar estruturalmente independente dos caixilhos da fachada.
Além das fachadas, também deve ser voltada a atenção para os shafts e dutos de
instalações, seja elétrica, hidrossanitária, telefônica ou qualquer outra que possibilite
uma ligação direta entre os pavimentos. Essas prumadas devem ser seladas, de modo a
promover a vedação total corta-fogo. Orienta-se ainda, que:
Sejam ensaiadas para caracterizar sua resistência ao fogo de acordo com a NBR
6479/92.
Tubos de plástico com diâmetro interno maior que 40mm devem ser selados para
fechar buracos em caso de o tubo ser consumido pelo fogo abaixo do entrepiso.
 A selagem não deve ser destruída caso a instalação do lado seja afetada.
 Paredes de compartimentação cegas entre piso e teto podem substituir os selos.
Em caso de dutos de ventilação, ar-condicionado ou exaustão cruzarem entrepisos,
deve ser feita a selagem ao redor da abertura, bem como ancoragem de registros corta-
fogo aos
entrepisos. Caso os registros não possam ser posicionados, os dutos em questão devem
possuir proteção em toda a extensão, com resistência mínima de 120 minutos e nunca inferior
ao TRRF. Nesse caso, as possíveis derivações ao longo dos pavimentos devem ser protegidas
por registros corta-fogo.
Para as prumadas como as de esgoto e águas pluviais que estejam totalmente
enclausuradas, não é necessária a selagem, desde que as paredes sejam de compartimentação e
as possíveis derivações das instalações que as transpassam sejam seladas da forma adequada.
32

Por fim, dutos de ventilação/exaustão permanentes como de banheiros e churrasqueiras


devem ser de materiais incombustíveis, cuja prumada faça parte exclusivamente de uma única
área de compartimentação horizontal, se houver.
As selagens de prumadas e os registros nas aberturas já citados devem, no mínimo,
possuir TRRF da edificação, mas nunca menor que 60 minutos.

3.7 Controle de materiais de acabamento e revestimento (CMAR)

Também é função dos materiais de acabamento, revestimento e termo acústicos


fornecer condições propícias para restringir a propagação do fogo e desenvolvimento da
fumaça, como indica a décima instrução técnica do CBMRN (2018). Para o grupo das escolas,
essa medida é exigida para qualquer edificação com área superior a 750m² e altura maior ou
igual a 12 metros. Além do tipo de ocupação da edificação, esse controle também é exigido
em função das posições dos matérias – seja de acabamento, revestimento e termo acústico –
visando: piso, paredes/divisórias, teto/forro e cobertura.
No próprio projeto técnico, em plantas baixas, cortes e notas específicas, deve estar
assinalado as classes dos materiais de piso, parede, teto e forro. É valido salientar que, na
solicitação da vistoria técnica deve constar a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do
emprego de materiais de acabamento e de revestimento, não sendo necessário ART quando o
material empregado for incombustível (IT 10 do CBMRN, 2018).
Para os ensaios de controle de materiais, o procedimento é de acordo com a sua
aplicação na edificação. Em caso de aplicação sobre substrato combustível, o mesmo
também deve ser ensaiado, porém, para substratos incombustíveis, o ensaio pode ser realizado
sobre placa de fibrocimento com 6 milímetros de espessura.
Nesse sentido, o método base de classificação dos materiais é a NBR 9442/86 –
materiais de construção – determinação do índice de propagação superficial de chama
pelo método do painel radiante. Em casos em que o método não for apropriado, consultar
tabela A.3 da IT 10 do CBMRN (2018).
33

Quadro 13 - Classe dos materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão


da ocupação/uso em função da finalidade do material

Finalidade do Material
Piso Parede e divisória Teto e forro

(Acabamento¹/ (Acabamento²/ (Acabamento/


Revestimento
Revestimento) Revestimento)

GRUPO E Classe I, II-A, III-A ou Classe I, II-A ou III-A³ Classe I ou II-A


IV-A

Notas Específicas
1 - Incluem-se aqui cordões, rodapés e arremates
2 - Excluem-se aqui portas, janelas, cordões e outros acabamentos decorativos com área inferior a 20%
da parede onde estão aplicados;
3 - Exceto para revestimentos que serão Classe I ou II-A
Notas Genéricas
a – Os materiais de acabamento e revestimento das fachadas das edificações devem enquadrar-se entre as
Classes I a II-B;
b – Os materiais de acabamento e revestimento das coberturas de edificações devem enquadrar-se entre
as Classes I a III-B; Fonte: Adaptado IT 10/2018 (2021)

3.8 Saídas de emergência

Para todas as edificações do grupo das escolas, independente de área é altura, é exigido
pela IT 11 do CBMRN (2018) que sejam obedecidos requisitos mínimos no dimensionamento
das saídas de emergência, em prol de possibilitar uma evacuação segura da população em caso
de incêndio ou pânico, além de fornecer condições para que as guarnições de bombeiros
adentrem a edificação para combate ao fogo e retirada de pessoas.
Nesse sentido, entende-se por saída de emergência os acessos ou corredores, escadas
ou
rampas, elevador de emergência, descarga, rotas de saídas horizontais – caso exista – e
portas ou espaço livre exterior no pavimento de descarga.
Para dimensionamento das saídas de emergência, é necessário calcular a população da
edificação em função de coeficientes, dados a partir do tipo de ocupação. Para esse cálculo
específico, devem ser incluídas nas áreas do pavimento as áreas de terraço, sacada, beirais e
platibandas e excluídas as áreas de elevadores.
34

Quadro 14 - Dados para o dimensionamento das saídas de emergência

Capacidade da Unidade de Passagem


(UP)
Grupo Divisão População
Acesso/ Escadas/ Portas
Descargas
Rampas
E-1 a E- Uma pessoa por 1,50 m² de 100 75 100
4 área de sala de aula (F)
E
(N)
E-5, E-6 Uma pessoa por 1,50 m² de 30 22 30
área de sala de aula (F)
(N)
F F-5 uma pessoa por m² de área (E)(N) 100 75 100
Notas:
(F) auditórios e assemelhados, em escolas são considerados nos grupos de ocupação F-5.

(N) para o cálculo da população, será admitido o leiaute dos assentos fixos (permanente)
apresentado em planta;
(E) por “Área” entende-se a “Área do pavimento” que abriga a população em foco, conforme
Fonte: Adaptado IT 11/2018 (2021)
terminologia da IT 03; quando discriminado o tipo de área (por ex.: área do alojamento), é a área
útil interna da dependência em questão;

Larguras das saídas de emergência

A largura das saídas é calculada em virtude da quantidade de pessoas passando por elas
em caso de sinistro, não podendo ser adotado valor inferior a 1,2 metros (medidos da parte
mais estreita em caso de obstáculos maiores do que apresentados na figura 4).

Figura 4 - Largura mínima de corredores e passagens

Fonte: Autor (2021)


35

Para acessos, o cálculo é em função do seu respectivo pavimento. Já escadas, rampas e


descargas são dimensionadas para o pavimento de maior população, que irá definir as larguras
mínimas dos lanços dos pavimentos seguintes, de acordo com o sentido de saída.
A fórmula utilizada para a largura das saídas é:

𝑃
𝑁= (2)
𝐶

Onde,
N = Número de unidades de passagem, arredondando para número inteiro
imediatamente superior.
P = População, de acordo com o coeficiente da edificação.
C = Capacidade da unidade de passagem conforme
Logo, fixada a unidade de passagem como sendo 0,55 metro, é possível encontrar a
largura mínima total das saídas multiplicando-se o resultado “N” pelo fator 0,55. Ou
seja, em caso de mais de uma saída no pavimento, a somatória das larguras que deve atender à
metragem total calculada, devendo-se adotar larguras múltiplas de 0,55m.
Portas que abrem em 180° para dentro de saídas não podem comprometer a largura
efetiva em valor menor que a metade e nunca desrespeitar a largura mínima livre de
1,2. Portas que abrem para em 90° devem estar em paredes recuadas de forma a não
comprometer a largura efetiva em valor maior a 0,1m.

Acessos e portas de saída de emergência

Algumas recomendações são feitas pela IT 11 do CBMRN (2018) para funcionamento


ideal dos acessos, os quais devem ser dimensionados em prol de possibilitar o fácil escoamento
de toda a população da edificação, de modo a se manterem sempre desobstruídos, com largura
adequada e pé-direito mínimo de 2,5 m, exceto em lugar de obstáculos como vigas, vergas de
porta e assemelhados, cuja altura livre deve ser pelo menos de 2,10 m.
São limitadas, ainda, distâncias máximas a serem percorridas pela população para se
alcançar local de relativa segurança – área livre externa, área de refúgio, área
compartimentada com saída para exterior, escada protegida ou externa, entre outras. Essa
distância deve levar em consideração acréscimo de risco quando o sentido de fuga for único,
ou redução de risco em
36

caso de utilização de chuveiros automáticos, detectores ou controle de fumaça e em edificações


térreas, pela facilidade de saída.
As distâncias máximas devem sempre ser medidas da porta de acesso da unidade
autônoma mais distante até à saída da edificação ou acesso/porta das escadas no pavimento,
desde que não ultrapasse a 10 metros. Já para áreas técnicas, a distância máxima a ser
percorrida é 140 metros.

Quadro 15 - Distâncias máximas a serem percorridas em metros

Sem chuveiros automáticos Com chuveiros automáticos


Saída única Mais de uma Saída única Mais de uma
Grupo/Divisão andar saída saída
de ocupação
Presença de detecção automática de fumaça
Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com

De saída da
edificação 40 45 50 60 55 65 75 90
E (piso de
descarga)
Demais 30 35 40 45 45 55 65 75
andares
Notas
a - para que ocorram as distâncias previstas nesta Tabela e Notas, é necessária a apresentação do leiaute
definido em planta baixa (salão aberto, sala de eventos, escritórios, galpões e outros). Caso não seja
apresentado o layout definido em planta baixa,
Fonte: as distâncias
Adaptado definidas
IT 11/2018 (2021) devem ser reduzidas em 30%;
b - para edificações com sistema de controle de fumaça, admite-se acrescentar 50% nos valores acima;
c - Para admitir os valores da coluna “mais de uma saída” deve haver uma distância mínima de 10 m
entre ela.
Ainda segundo a instrução técnica 11 (2018), orienta-se que as portas de rotas de saída,
portas que dividem corredores de rotas e portas de salas em comunicação com acessos e
descargas – com capacidade acima de 100 pessoas – devem abrir obedecendo o fluxo da saída,
em prol de facilitar o escoamento.
As dimensões mínimas de portas inseridas nas rotas de fuga, seja ela comum ou corta-
fogo, são: 80 cm para uma unidade de passagem, 1,0 m para duas unidades, 1,5m em
duas folhas para três unidades e 2 metros em duas folhas por 4 unidades de passagem. É
exigido uso de duas folhas para vão acima de 1,20 metros e coluna central para vão acima de
2,2 m.
A IT 11 (2018) proíbe utilização de peças plásticas em fechaduras, dobradiças,
maçanetas e assemelhados em rotas de saída, entrada em unidades autônomas e salas
com ocupação maior que 100 pessoas.
37

No caso da presença de auditórios nas escolas – os quais se assemelham a edificações


do grupo F – com capacidade acima de 100 pessoas é necessária instalação de barra antipânico
nas portas de saídas de emergência.
É permitida utilização de portas de correr automáticas nas rotas de fuga e saídas de
emergência, em posse de dispositivo que as mantenham abertas em caso de falta de
energia ou problema técnico, exceto para auditórios com capacidade acima de 100 pessoas –
uma vez que se assemelham ao grupo F.
Fechaduras em portas de acesso e descargas são permitidas apenas caso seja possível
sua abertura do lado interno sem necessitar chave. A barra antipânico é dispensada em
caso de não haver travamento, tranca ou fechadura na porta de saída de emergência.

Rampas

O item 5.8 da instrução técnica 11 do CBMRN (2018) faz algumas orientações quanto
a obrigatoriedade das rampas e condições de atendimento. Segundo o documento, seu uso é
obrigatório na descarga e acesso de elevadores de emergência, quando a altura a ser vencida
não possibilitar dimensionamento adequado dos degraus de escadas, ou ainda para unir – em
caso de desnível – o nível externo ao saguão térreo.
Ademais, a instrução estabelece que o dimensionamento das rampas deve atender às
larguras de saídas de emergência previamente calculadas, sendo obrigatório terminar em
patamar plano de comprimento mínimo de 1,20m na direção de trânsito. Esses patamares
quais devem aparecer em todas as mudanças de direção ou quando a altura vencida por
superior a 3,7m. Além disso, no sentido descendente de saída, as rampas podem estar depois
de um lanço de escada – mas não antes – e devem ser dotadas de piso antiderrapante com
coeficiente de atrito dinâmico mínimo de 0,5, além de ser obrigatório portar guarda-corpo e
corrimão. Por fim, sua declividade deve atender sempre ao exigido pela NBR 9050 (2020).

Escadas

Edificações com mais de um pavimento ou com pavimento sem saída para o exterior
em nível devem ser dotadas de escadas, cujas particularidades devem atender às exigências de
segurança da IT 11 do CBMRN (2018). Segundo a instrução, as escadas devem ser de material
estrutural e possuir compartimentação incombustível, além de oferecer resistência ao fogo nos
38

elementos estruturais. Além disso, é obrigatório uso de corrimão em ambos os lados da escada
e guarda corpo em lados abertos.
O tipo de escada exigido pela IT 11 (2018) irá variar em função da ocupação da
edificação e sua altura. Escadas e rampas provenientes do subsolo devem ser
compartimentadas com PCF-90.

Quadro 16 - Tipos de escadas de emergência devido á classificação da edificação.

Tipo de escada para cada altura


Grupo/ Divisão
H≤6 6 < H ≤ 12 12 < H ≤ 30 Acima de 30

E (E-1 a E-6) Não enclausurada Não enclausurada Enclausurada À prova de


protegida fumaça
Fonte: Adaptado IT 11/2019 (2021)

As escadas de segurança devem possuir iluminação de emergência e indicações de


balizamento da rota de fuga e descarga, pisos antiderrapantes e não podem ter degraus em
leque ou espiral – exceto mezanino e áreas privativas. Ademais, é necessário atender à largura
mínima calculada para saídas de emergência, medida do ponto mais estreito da escada ou
patamar, excluindo corrimãos projetados 10 cm de cada lado. Lanços paralelos também
devem distar no mínimo 10 cm.
Com relação às dimensões dos degraus e patamares, a instrução técnica n° 11
limita que: A largura do degrau “b” deve atender a fórmula de Blondel:

63 𝑐𝑚 ≤ ( 2ℎ + 𝑏) ≤ 64𝑐𝑚
(3)
Sendo “h” a altura do degrau, cuja dimensão deve estar entre 16 e 18 cm, com
tolerância de 0,5cm.
Em um mesmo lanço, as dimensões citadas não podem variar, sendo essa diferença em
lanços sucessivos aceitável em até 5mm.
39

Figura 5 - Altura e largura dos degraus

Fonte: Autor (2021)

Já para os patamares, o comprimento deve ser dado pela seguinte fórmula:

𝑝= ( 2ℎ + 𝑏). 2 + 𝑏 (4)

Esse comprimento não pode ser inferior a largura da escada. Quando tiver porta, deve
haver patamar nos dois lados de vão da porta com largura mínima da folha da porta.
Já para as caixas de escada, é exigido que suas paredes tenham acabamento liso, sendo
proibida sua utilização como depósitos ou guarda lixeiras. Também é vedada a existência de
aberturas para tubulação de lixo, passagem para rede elétrica, centros de distribuição elétrica,
armários de medidores e afins.
Em escadas enclausuradas, suas paredes devem ter TRRF mínimo de 120 minutos,
porta tipo corta-fogo com 90 minutos de resistência e possuir janelas para o exterior em todos
os pavimentos – sendo facultativo apenas no de descarga – de forma a garantir ventilação
permanente, área mínima de ventilação de 0,80 m², largura mínima de 0,80m e estar situada a
no máximo 20 cm do teto. É importante que a composição dessas janelas seja de perfis
metálicos reforçados.
Não sendo possível a utilização de janelas na caixa de escada enclausurada, as mesmas
devem se situar nos corredores de acesso distando no máximo 5 metros da porta da escada e
atendendo as dimensões já citadas, torna-se obrigatória uma janela ou alçapão para saída da
fumaça no topo da caixa de escada ou instalação de antecâmaras ventiladas.
40

Por fim, muitas são as exigências de dimensionamento de escadas enclausuradas à


prova de fumaça - dotadas de antecâmara – porém, tal exigência no estado se enquadra apenas
para edificações escolares com altura superior a 30 metros, inexistentes no estado. Logo, o
presente documento dispensa apresentação desse dispositivo. Caso necessário, consultar IT 11
do CBMRN (2018).

3.9 Plano de Emergência

Segundo definição da IT 03 do CBMRN (2018), plano de emergência trata-se de um


documento – exigido de acordo com o risco da edificação – o qual elenca uma série de ações e
procedimentos a serem tomados como forma de proteção a vida, do meio ambiente e do
patrimônio, além de minimizar consequências de sinistros.
Para elaboração desse plano, os riscos de incêndio devem ser analisados, relacionados
e representados em uma planta de risco de incêndio por profissional habilitado e
comtemplar, pelo menos, detalhamento da edificação e seus procedimentos básicos de
emergência. A IT 16 do CBMRN (2018), responsável por estabelecer as diretrizes desse plano,
recomenda utilização de métodos reconhecidos como o “check list”, “what if”, HAZOP,
Árvore de Falhas, Diagrama Lógico de Falhas.
Ainda segundo a IT 16 (2018), deve ser contemplado no plano de emergência as
seguintes informações: localização – tipo, vizinhança, distancia para outras construções
e riscos, distância para o Corpo de Bombeiros, existência de plano de auxílio mútuo (PAM)
entre outras – método construtivo, ocupação, população (total, por setor, área e andar), dias e
horários de funcionamento, pessoas portadores de necessidades especiais, riscos inerentes à
atividade exercida, brigada de incêndio, brigada profissional e recursos materiais existentes.
Já com relação aos procedimentos básicos, devem ser abordado alguns aspectos
importantes, tais quais:
Alerta: pode ser realizado por qualquer ocupante ou até mesmo de forma automática,
para alertar ocupantes, brigadistas, bombeiros profissionais e apoio externo em uma situação
de emergência.
Análise de situação: o segundo passo é analisar a situação para definir os
procedimentos necessários de acordo com recursos materiais e humanos disponíveis (brigada
de incêndio, grupo de apoio, etc.).
41

Apoio externo: a solicitação imediata do Corpo de Bombeiros deve ser feita idealmente
por brigadista, o qual deve informar nome do solicitante, telefone, endereço completo, pontos
de referência e/ou acessos, bem como caracterizar a emergência, local ou pavimento e suas
possíveis vítimas.
Primeiros socorros: prontamente socorrer possíveis vítimas para manter ou estabelecer
suas funções vitais até chegada de atendimento profissional.
Eliminar os riscos: cortar fontes de energia da área de emergência ou geral, fechar
válvulas de tubulações de gases ou produtos perigosos, quando possível.
Abandono de área: pode ser parcial ou total de acordo com a necessidade, conduzindo
a população para ponto de encontro, onde irão ficar até definição final da emergência. Deve ser
levado em consideração no plano, formas de abandono de portadores de deficiência, idosos,
gestantes, ou qualquer pessoa que necessite de auxílio.
Isolamento de área: em prol de evitar pessoas não autorizadas que atrapalhem os
trabalhos de emergência ou se coloquem em risco.
 Confinamento do incêndio: evitar seu alastramento e minimizar suas consequências.
 Combate ao incêndio: proceder o combate ao fogo até sua extinção.
 Investigação: estudar possíveis causas do sinistro em prol de evitar sua repetição.
A IT 16 (2018), orienta ainda que seja feita ampla divulgação do plano de emergência
contra incêndio para os ocupantes da edificação, disseminando o conhecimento dos
procedimentos em caso de risco. Além disso, deve-se inserir o plano como parte dos
treinamentos e de reuniões ordinárias de membros da brigada, dos brigadistas profissionais,
entre outros. Para os visitantes, é sugerido acesso à informação por meio de panfletos, por
exemplo.
Outra recomendação é a realização de exercícios simulados, no máximo anuais
(podendo ser mais frequentes), para prática de abandono parciais e completos de áreas
da edificação, com todos os seus ocupantes e seguidos de reunião extraordinária para
melhorias e correções de falhas. Na reunião, deve ser elaborada uma ata com: data e horário
ocorrido, tempo para abandono, tempo para retorno, atuação dos profissionais envolvidos,
comportamento dos ocupantes, participação do Corpo de Bombeiros e tempo para sua
chegada, ajuda externa, falhas de equipamentos ou operacionais, entre outros problemas.
Em virtude de constantes mudanças nas edificações, é necessário que o plano de
emergência possua certa manutenção, sendo necessárias reuniões periódicas com registro em
ata para esse fim, na presença do coordenador geral da brigada, chefes e líderes de brigada,
42

representante dos brigadistas profissionais – se houver – e representante do grupo de apoio.


Nessas reuniões, discute-se o calendário das simulações, as funções de cada um dentro do
plano, condições de uso dos equipamentos de combate a incêndio, possíveis problemas na
prevenção de incêndio e suas soluções, atualizações estratégicas de combate a incêndio, entre
outros.
Em caso de sinistro, identificação de perigo iminente, alteração importante de layout ou
área, ou ainda previsão de serviços de risco, deve ser agendada reunião extraordinária. Além
disso, o plano deve passar por uma auditoria anual para avaliação do seu correto cumprimento
por profissional habilitado, e posteriormente deve ser revisado. A revisão pode ser anual ou
quando puder se realizar uma melhoria no mesmo, bem como em caso de alteração
significativa nos processos de serviço, de área ou layout. No último caso, o documento
também deve ser avaliado por profissional habilitado.
Um documento importante anexado ao plano de emergência é a planilha de
informações
operacionais, a qual resume os dados da edificação, sua ocupação e detalhes
importantes para o atendimento do Corpo de Bombeiros. Tal planilha deve ser apresentada em
caso de pedido de vistoria e uma cópia deve ser encaminhada para o Centro de Operações e
para o Posto de Bombeiros atendente na região.
Por fim, a planta de risco de incêndio é necessária para facilitar o rápido
reconhecimento do local pela equipe de emergência e dos ocupantes da edificação. Nela, deve
ser apresentado: principais riscos de explosão e incêndio, paredes e portas corta-fogo,
hidrantes externos, número de pavimentos, registro de recalque, reserva de incêndio, local de
manuseio e/ou armazenagem de produtos perigosos, vias de acesso da viatura, hidrantes
urbanos nas proximidades, saídas de emergência. Essa planta deve estar na entrada da
edificação, nos pavimentos de descarga e em área comum dos demais pavimentos para
visualização dos ocupantes e da equipe de combate a incêndio.
43

Figura 6 - Procedimento de emergência contra incêndio

Fonte: Autor (2021)

3.10 Brigada de incêndio

Para qualquer edificação do grupo das escolas com área superior a 750 m² ou altura
maior que 12 metros é necessário possuir brigada de incêndio como forma de prevenção e
combate de princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros até chegada dos
profissionais. De acordo com a IT 17 do CBMRN (2018), a composição da equipe irá variar
em função da população fixa, grau de risco e os grupos/divisões de ocupação da planta.
44

Quadro 17 - Composição mínima da brigada de incêndio por pavimento ou compartimento

População fixa por pavimento ou


Grau compartimento
Grupo Divisão Descrição de Nível de
risco Até Até Até Até Até treinamento
Acima de 10
2 4 6 8 10

E-1 Escola em Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5) Intermediário


geral (nota 13)
E-2 Escola Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Intermediário
especial (nota 13)
E - Educacional e cultura física

Espaço
para Intermediário
E-3 cultura Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5)
(nota 13)
física
Centro de
E-4 Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5) Intermediário
treinamento
(nota 13)
profissional
80% da
E-5 Pré-escola Baixo 2 4 6 8 8 população fixa Intermediário
(nota 15) (nota 13)
Escola de
portadores 80% da
E-6 Baixo 2 4 6 6 8 população fixa Intermediário
de (nota 13)
deficiência (nota 15)

NOTAS:
5 - Quando a população fixa de um pavimento, compartimento ou setor for maior que 10 pessoas, será
acrescido mais um brigadista para cada grupo de até 20 pessoas para risco baixo.
13 - As plantas com altura inferior ou igual a 12 m podem optar pelo nível de treinamento básico de
combate a incêndio, mantendo -se o nível intermediário para primeiros socorros no grupo de ocupação F
15 - Nas divisões onde a população fixa for acima de 10 e a tabela determinar o cálculo para 80% da
população fixa, o número total de brigadistas será calculado conforme exemplo F.
Exemplo F: Creche risco baixo (pré-escola – divisão E-5) com população fixa de 30 pessoas.
- População fixa até 10 pessoas = 8 brigadistas (tabela A.1).
- População fixa acima de 10 = 30 (população fixa total) – 10 = 20 pessoas.
- Número de brigadistas= 80% de 20 pessoas = 16 pessoas.
- Número de brigadistas = 8 brigadistas (população fixa até 10) + 16 brigadistas (população fixa acima de
10).
- Número de brigadistas da creche = 24Fonte: Adaptado IT 16/2018 (2021)
brigadistas.

Os brigadistas escolhidos devem atender ao maior número possível de critérios básicos


estabelecidos pela instrução técnica citada, são eles: permanecer na edificação em seu turno de
trabalho, ter experiência como brigadista, ter preparo físico e boa saúde, conhecer as
instalações
– dando preferência a funcionários de utilidades, instalações e manutenções em geral –
além de ter responsabilidade legal e ser alfabetizado.
A IT 17 (2018), também define como a equipe deve ser hierarquizada para seu
funcionamento, organizando-se em:
Brigadista: responsáveis por entrar em ação na emergência ao identificar a situação,
alarmar e acionar o Corpo de Bombeiros, promover o abandono da área, cortar a energia,
iniciar
45

os primeiros socorros, combater o princípio de incêndio e receber/orientar os especialistas.


Cabe aos brigadistas, também, atuar em ações de prevenção ao analisar riscos durante suas
reuniões, notificar irregularidades na edificação, orientar a população fixa e flutuante,
participar de exercícios simulados e conhecer o plano de emergência da edificação, caso
exista.
Líder: coordena e executa as ações de emergência no seu
setor/pavimento/compartimento. Escolhido entre os brigadistas.
Chefe da edificação ou turno: coordena e executa as ações de emergência de certa
edificação da planta. Também escolhido entre os brigadistas.
Coordenador geral: coordena e executa as ações de emergência de todas as edificações
de uma planta. Escolhido entre os brigadistas, deve ter capacidade de liderança e, em sua
ausência, deve haver um substituto previamente capacitado.
Além dos procedimentos básicos de emergência, já detalhados no plano de emergência,
também são necessários alguns procedimentos complementares, tais quais: identificação da
brigada em locais visíveis e do próprio brigadista para que seja reconhecido como membro da
equipe, sistema de comunicação entre os brigadistas – em caso de mais de um pavimento, setor
ou bloco – e, se necessário, sistema de comunicação externa, estabelecer a ordem de abandono
pelo maior responsável pela brigada, definição do ponto de encontro dos brigadistas e
formação de grupo de apoio, o qual pode contar com a Segurança Patrimonial, eletricistas,
encanadores e outros técnicos.
Os brigadistas devem participar de cursos abrangendo teoria e prática com atestado, o
qual será exigido no pedido de vistoria. Durante a vistoria, um brigadista é escolhido para ser
avaliado pelo vistoriador respondendo perguntas.

3.11 Iluminação de emergência

Um dos dispositivos essenciais para o possibilitar uma evacuação segura e ordenada é


o sistema de iluminação de emergência. A IT 18 do CBMRN (2018), em conformidade com a
NBR 10898 (2013) são responsáveis por regulamentar as condições necessárias de projeto e
instalação desse dispositivo.
É permitida utilização de três sistemas para iluminação de emergência: grupo
motogerador (GMG), sistema centralizado com baterias – de vida útil mínima de 4
anos – ou conjunto de blocos autônomos, com baterias de chumbo-ácido selada ou níquel-
cádmio, isenta
46

de manutenção. As luminárias autônomas são o sistema mais comumente usados em virtude


de sua eficiência e praticidade.
É exigido pela IT 18 (2018) um distanciamento máximo entre os pontos de iluminação
de 15 metros e de 7,5 metros entre o ponto e a parede, de modo que para adoção de outros
distanciamentos, deve atender ao estabelecido pela NBR 10898 (2013) e detalhado abaixo:

Figura 7 – Exemplo 1 de disposição de iluminação de emergência em planta

Fonte: Adaptado NBR 10898/1999 (2021)

Figura 8 - Exemplo 2 de disposição de iluminação de emergência em planta

Fonte: Adaptado NBR 10898/1999 (2021)


47

Figura 9 - Exemplo de iluminação de emergência em escada - corte

Fonte: Adaptado NBR 10898/1999 (2021)

Os pontos de iluminação devem ser dispostos em áreas de risco, acessos, escadas,


antecâmaras, locais de circulação e de reunião de pessoas.
Ainda segundo a norma, deve ser garantido um iluminamento mínimo de 3 lux para
locais planos, passando para 5 lux em caso de locais em desnível como escadas ou
passagens com obstáculos. Com relação à tensão mínima das luminárias de aclaramento e
balizamento em locais com carga de incêndio, deve atender ao valor máximo de 30 volts.
Por fim, a autonomia do sistema de iluminação não deve ser inferior a uma hora, com
uma perda maior que 10% de sua luminosidade inicial, de acordo com a NBR 10898
(2013). Apesar disso, a maioria das luminárias autônomas comumente usadas contam com
autonomia superior a duas horas.

3.12 Sistema de detecção e alarme de incêndio

Um dos fatores cruciais para a eficiência no combate a incêndio é a agilidade em que o


sinistro é detectado e avisado para os demais ocupantes, possibilitando o início das medidas
cabíveis de evacuação e extinção do fogo. Sob esse aspecto, a IT 19 do CBMRN (2018) é a
responsável por estabelecer os requisitos mínimos necessários para dimensionamento desse
sistema.
Para o grupo das escolas, apenas edificações de altura superior a 23 metros necessitam
de sistema de detecção de incêndio, de modo que as escolas do Rio Grande do Norte
comumente irão necessitar apenas de acionamento manual dos alarmes.
Segundo a IT 19 (2018), todo sistema deverá ser provido de duas fontes de
alimentação, sendo a principal a própria rede do sistema elétrico da construção, e a auxiliar
pode ser por
48

baterias, nobreak ou gerador e deve possuir autonomia mínima de 24 horas em regime de


supervisão e 15 minutos no regime de alarme.
As centrais de alarme e detecção devem possuir dispositivo de teste dos indicadores
luminosos e acústicos, em local de fácil visualização. Também há possibilidade de preceder o
alarme geral por um pré-alarme na sala de segurança, como forma de evitar tumulto, caso haja
brigada de incêndio na edificação. Para isso, deve existir temporizador de no máximo dois
minutos para acionar o alarme geral, em caso de não serem tomadas as medidas necessárias
para verificar o pré-alarme.
A IT 19 (2018) limita 30 metros como sendo a distância máxima a ser percorrida por
qualquer ocupante da edificação até o acionador manual de alarme mais próximo, o qual deve
estar presente em todos os pavimentos da edificação e estar preferencialmente junto aos
hidrantes. Além disso, os acionadores manuais devem conter indicação de funcionamento – cor
verde – e alarme – cor vermelha, quando a central for do tipo convencional. A central deve
ainda indicar a localização do acionamento.

3.13 Sinalização de emergência

Um dispositivo de combate a incêndio indispensável para qualquer escola,


independentemente de seu porte, é o uso adequado das sinalizações de emergência, uma vez
que tem finalidade de alertar quanto aos riscos existentes na edificação, além de guiar as ações
adequadas a serem tomadas em situações de risco. Ou seja, as sinalizações de emergência
atuam como um agente facilitador para encontrar equipamentos de combate, rotas de saídas e
guiar procedimentos, como explica a IT 20 do CBMRN (2018).
Sob esse aspecto, a instrução técnica 20 estabelece os critérios de símbolos, mensagens,
cores e posição de cada tipo de sinalização, dividindo-as dois grupos: sinalização básica e
complementar. O primeiro grupo trata-se do conjunto mínimo que deve existir em qualquer
edificação e pode ser subdividido em: proibição, alerta, orientação e salvamento e
equipamentos.
49

Quadro 18 - Formas Geométricas e dimensões da Sinalizações

Forma Geométrica e dimensões


Forma cota Distância máxima de visibilidade
Sinal
geométrica (mm) 4 6 8 10 12 14 16 18 20 24 28 30

Proibição D 101 151 202 252 303 353 404 454 505 606 706 757

Alerta L 136 204 272 340 408 476 544 612 680 816 951 1019

L 89 134 179 224 268 313 358 402 447 537 626 671

Orientação e
salvamento

H 63 95 126 158 190 221 253 285 316 379 443 474
(L=2,0H)

Equipamentos L 89 134 179 224 268 313 358 402 447 537 626 671

Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)

Sinalização de Proibição

Responsável por vetar ações que possam iniciar ou agravar um incêndio. A sinalização
de proibição deve ser instalada a 1,80 m do piso acabado até a base da sinalização, deve estar
visível em toda a área de risco e distantes no máximo 15 metros uma da outra.
50

Quadro 19 - Simbologia sinalização de Proibição

Simbologia

Código Símbolo Significado Descrição Aplicação

Sempre que fumar


P1 Proibido fumar aumentar as chances
de incêndio

Sempre que a
Proibido
utilização de chama
P2 aumentar as chances
produzir
de incêndio no
chamar
local

símbolo
circular de Sempre que o uso de
Proibido utilizar fundo branco e água for inadequado
P3 água para pictogramas para extinguir o fogo,
apagar fogo pretos, com podendo inclusive
faixa circular e piorar a situação
barra diagonal
vermelha

Proibido utilizar
elevador em Em acessos de
P4 caso de elevadores comuns e
incêndio monta-cargas

Locais cuja obstrução


pode atrapalhar
Proibido acessos de saídas de
P5 obstruir este emergência, rotas de
local fuga, equipamentos de
combate a incêndio e
assemelhados

Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)

Sinalização de Alerta

Chama atenção para áreas e materiais de alto risco de incêndio, explosão, choques e
contaminações. A sinalização de alerta deve ser instalada a 1,80m do piso acabado até a base
da sinalização, próxima do risco isolado ou ao longo da área de risco generalizado, distando no
máximo 15 metros uma da outra.
51

Quadro 20 - Simbologia da sinalização de alerta

Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Quando necessitar
de um alerta sem
símbolo específico.
A1 Alerta geral
Deve ser
acompanhado de
mensagem escrita

Em locais com
A2 Cuidado, risco de materiais muito
incêndio inflamáveis

Locais com
Cuidado, risco de materiais ou gases
A3 com possíveis riscos
corrosão
de explosão

Símbolo
triangular de
fundo amarelo,
com
A4 Cuidado, risco de Locais com
pictograma e
choque elétrico faixa triangular materiais corrosivos
preta

Locais com
Cuidado, risco de instalações elétricas
A5 com algum risco
radiação
de choque

A6 Cuidado, risco de Locais com


radiação materiais radioativos

Cuidado, risco de
A7 Locais com produtos
exposição a
tóxicos
produtos tóxicos

Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)


52

Orientação e salvamento

Indica rotas de saída e as ações necessárias para sua utilização, devendo assinalar
mudanças de direção, saída, escadas e assemelhados. Para portas de saídas de emergência, deve
ser posicionada logo acima da porta a no máximo 10 cm da verga, ou na própria folha da
porta a 1,80 m de altura. Para as de orientação das rotas, as placas devem estar no máximo a
15 m da rota de saída, mantendo sempre visível a sinalização seguinte, que não podem distar
mais de 30m uma da outra, obedecendo à altura de 1,80 m. Na caixa de escada, a sinalização
de indicação do pavimento também deve estar a 1,80 m do piso, locado nos patamares de
acesso do pavimento para visualização nos dois sentidos da escada, além de precisar contar
com sinalização de saída com seta indicando direção do fluxo.

Quadro 21 - Simbologia da sinalização de alerta

Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Indica o sentido da
saída de
S1 emergência, fixado
em especial em
colunas. Dimensões
mínimas L = 1,5H
Indica o sentido da
saída de
emergência, fixado
S2 em especial em
colunas. Dimensões
mínimas L = 2,0H
Indicação de um
S3 Símbolo retangular de acesso de saída
Saída de fundo verde, com fixada em cima da
emergência pictograma porta
fotoluminescente
S4
Indicação do
sentido do acesso a
S5 uma saída não
aparente, saída por
rampas ou
indicação do
S6 sentido de saída
vertical (subindo ou
descendo)

S7
53

Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação

S8

S9 Indica sentido de
Símbolo retangular
fuga dentro das
Escadas de com fundo verde e
escadas, direita ou
pictograma
esquerda, descendo
emergência fotoluminescente
S10 ou subindo.

S11

Símbolo retangular de
S12 fundo verde,
mensagem "SAÍDA”,
podendo ser
acompanhada de Indicação de saída
Saída de pictograma e/ou seta com ou sem
S13 complemento de
emergência direcional
fotoluminescente, se pictograma e seta
for o caso. Altura de
lera sempre maior que
S14 50 mm

Símbolo retangular de
fundo verde, mensagem
S15 "SAÍDA" podendo ser
acompanhada de Indicação de saída
Saída de pictograma e/ou seta de emergência com
emergência direcional rampas para
fotoluminescente, se for deficientes
S16 o caso. Altura de lera
sempre maior que 50 mm

Símbolo retangular ou
quadrado de fundo
Indicação do
verde e algarismos
pavimento no
Número do fotoluminescente
S17 interior da escada,
indicando número do
patamar e porta
pavimento pavimento. Podem ser
corta-fogo
associadas duas
placas.
Fixada acima da
S18 Instrução porta corta-
para abrir Símbolo quadrado ou fogo,
porta corta- retangular de fundo indica a forma de
fogo por verde e pictograma acionamento da
barra fotoluminescente barra antipânico
S19 antipânico instalada. Pode
acompanhar
mensagem escrita
"aperte e empurre"
54

Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Fixada acima da
porta corta-fogo,
Instrução indica a forma de
para abrir acionamento da
porta corta- barra antipânico
S20 fogo por instalada. Se
barra preciso, pode
antipânico Símbolo quadrado ou acompanhar
retangular de fundo mensagem escrita
verde e pictograma "aperte e empurre"
fotoluminescente
Acesso a um Indica uma
dispositivo providência em prol
para de obter acesso a
S21 abertura de uma chave ou
uma porta um modo de
de saída abertura
da saída de
Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)
emergência
Equipamentos

Indica localização e disponibilidade de alarmes e equipamentos de combate a


incêndios, também devendo estar a 1,80m do piso acabado até a base da sinalização, logo
acima do equipamento em questão. A sinalização deve ser um conjunto com símbolo do
equipamento e uma seta indicativa, não podendo distar mais que 7,5 m do equipamento. Para
extintores e hidrantes, utiliza-se ainda sinalização no piso para evitar obstrução.

Quadro 22 - Simbologia da sinalização de equipamentos

Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação

Indicação de local
E1 Alarme sonoro para acionamento de
alarme de incêndio

Símbolo
Ponto de
quadrado de
E2 acionamento de
fundo vermelho
alarme ou bomba de
e pictograma
Comando manual de fotoluminescent incêndio, o qual
alarme ou bomba deve ser
e
de
incêndio acompanhado de
mensagem escrita
E3 informando qual é o
equipamento
55

Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Posição do interfone
Telefone/Interfone para comunicar
E4 emergências a uma
de emergência Símbolo
quadrado de central
fundo vermelho
e pictograma
fotoluminescent Indicação de
E5 Extintor de incêndio e extintores
de incêndio

Indicação de
E6 Mangotinho localização de
mangotinho

Indicação de abrigo
Abrigo de
da mangueira de
E7 mangueira de
incêndio com ou
hidrante
sem hidrante

Símbolo Indicação de local


E8 Hidrante de incêndio quadrado de de hidrante fora do
fundo vermelho abrigo
e pictograma
fotoluminescent
e
Indicação de local
Coleção de com conjunto de
E9 equipamentos de equipamentos como
combate a incêndio hidrante, alarme e
extintores

Válvula de controle Indicação da válvula


do sistema de de controle dos
E10 chuveiros chuveiros
automáticos automáticos

Indicado para
facilitar localizar
E11 Extinto de incêndio extintor tipo carreta
tipo carreta em caso de incêndio
Símbolo de grandes
quadrado de
fundo vermelho proporções
e pictograma
fotoluminescent
e
Indicado para
E12 Manta antichama abafamento de
chamas em pessoas
56

Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Seta à esquerda
indicando
localização de
E13 alarme ou
equipamentos de
combate a incêndio
Seta à direita
indicando
localização de Indica localização
E14 de alarme ou
alarme ou Símbolo equipamento de
equipamentos de quadrado de combate a incêndio,
combate a incêndio fundo vermelho devendo ser
Seta diagonal à e pictograma acompanhado do
esquerda indicando fotoluminescent símbolo do
localização de e equipamento oculto
E15 alarme ou
equipamentos de
combate a incêndio
Seta diagonal à
direita indicando
localização de
E16 alarme ou
equipamentos de
combate a incêndio
Símbolo
quadrado com
1,0m de lado,
Sinalização de piso com fundo Indicar localização
E17 para hidrantes e vermelho de de equipamentos e
extintores 0,70m de lado e evitar sua obstrução
borda amarela de
0,15m de
largura
Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)

Sinalização complementar

Já a sinalização complementar são faixas de cores, símbolos ou mensagens que


complementam a sinalização básica em situações como: indicação continuada de rotas de
saída, indicação de obstáculos e riscos no uso dessas rotas, demarcação de áreas no piso,
mensagens complementares específicas, identificação de sistemas hidráulicos fixos de
combate a incêndio por meio de pinturas diferenciadas.
Rotas de saída: sinalização facultativa de acordo com as particularidades de cada
edificação. São aplicadas sobre o piso acabado, paredes de corredores e escada, indicando a
57

direção do fluxo. Recomenda-se espaçamento máximo de três metros horizontalmente e


sempre que mudar de direção.

Quadro 23 - Simbologia de sinalização complementar - rotas de saída

Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Símbolo retangular Em paredes,
C1 de fundo verde e próximo ao piso
pictograma e/ou em pisos de
fotoluminescente rotas de saída

C2

C3

Direção da
C4 rota de saída Complementa as
Símbolo quadrado de
sinalizações
fundo verde e
básicas de
pictograma
orientação e
fotoluminescente
salvamento
C5

C6

C7

Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)

Mensagens específicas: situar-se adjacente à sinalização básica que complementa, em


língua portuguesa. As mensagens que indicam alguma condição específica da edificação
devem se encontrar em seu acesso principal, contendo informações sobre os sistemas de
proteção contra incêndio instalados, características da edificação e número da emergência. Em
caso de auditórios, por serem considerados recintos de reunião de público, deve conter
mensagem na sua entrada com lotação máxima permitida.
58

Quadro 24 - Simbologia da sinalização complementar

Simbologia

Código Símbolo Significado Descrição Aplicação

Símbolo
Indicação dos quadrado ou
retangular de Na entrada
M1 Ver figura abaixo dispositivos
fundo verde com principal da
existentes na
mensagem escrita edificação
edificação
em letras brancas

Indica lotação
Nas entradas
máxima
principais dos
M2 admitida no
recintos de
recinto de
reunião de
reunião de
público
público
Símbolo Nas portas de
Aperte e retangular de saídas de
empurre o fundo verde com emergência
M3 com
dispositivo de mensagem escrita
abertura da porta em letras brancas dispositivos
antipânico
Em portas
Manter porta corta-fogo ao
M4 corta fogo longo das
fechada saídas de
emergência
Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)

Figura 10 - Sinalização M1

Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)


59

Indicação de obstáculos: sempre que houver desnível de piso ou rebaixo de teto ou em


qualquer obstáculo que reduza a largura efetiva das rotas, além de elementos transparentes
como esquadrias de vidro.

Quadro 25 - Simbologia de sinalização complementar - obstáculo

Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Paredes, pilares, vigas,
Símbolo cancelas, muretas e
retangular de outros elementos que
fundo amarelo e caracterizem
O1 Obstáculo listras pretas obstáculos. Usada
inclinadas a 45 caso o ambiente
graus possua iluminação de
emergência
Paredes, pilares, vigas,
cancelas, muretas e
Símbolo outros elementos que
retangular de caracterizem
fundo obstáculos. Usada
fotoluminescente caso o ambiente
O2 Obstáculo e listras possua iluminação
vermelhas artificial
inclinadas a 45 normalmente, mas não
graus possua iluminação de
emergência

Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)

3.14 Extintores de incêndio

Um dos dispositivos primordiais para combater princípios de incêndio e evitar seu


alastramento são os extintores de incêndios alocados ao longo da edificação, essenciais para
qualquer edificação escolar independente de seu porte. Nesse sentido, a IT 21 do CBMRN
(2018) estabelece as diretrizes para dimensionar esses dispositivos, bem como orienta os
procedimentos para sua utilização correta.

Classificação e capacidade extintora

A depender do material combustível, a origem e natureza do fogo pode ser diferente,


sendo possível dividi-las em classes. Esse agrupamento irá definir qual é o método mais
adequado para a extinção do fogo. De acordo com a NBR 12693 (2013), o fogo é divido em:
60

Quadro 26 - Classificação do Fogo

CLASSE DESCRIÇÃO SIMBOLOGIA


Fogo originado de
materiais combustíveis
sólidos como madeiras,
A tecidos, papéis,
borrachas, papelão.
Queima em superfície e
profundidade e
formam resíduos

Fogo proveniente de
líquidos, gases
inflamáveis ou
B combustíveis, plásticos
que derretem com o
calor. Queima em
superfície.

Fogo por falhas em


equipamentos
C energizados e
instalações elétricas.

Fogo em metais
inflamáveis, por
D exemplo: potássio,
titânio, magnésio, sódio,
lítio etc.

Fonte: Autor (2021)

A partir da classificação do fogo, é possível definir qual é o agente extintor adequado,


o qual pode ser feito por: água pressurizada, pó químico seco a base de bicarbonato de sódio
(para classes B e C) ou a base de amônia e derivados (para classes A, B e C), espumas
mecânicas, gás carbônico – indicado para uso em equipamentos de alto valor por não danificar
equipamentos – e halogenados.
Entende-se por capacidade extintora como sendo a medida do poder de apagar o fogo
de um extintor (NBR 12693/2013). Logo, é necessário que extintores possuam uma
capacidade mínima para se configurarem uma unidade extintora. A tabela a seguir relaciona os
agentes
61

extintores com as respectivas classes que podem ser utilizados e sua capacidade extintora
mínima.
Quadro 27 - Agente extintor, classe e capacidade extintora

CAPACIDADE EXINTORA
NOME CLASSE PRINCÍPIO DE MÍNIMA
EXTINÇÃO PORTATIL SOBRE RODAS

Água pressurizada A Resfriamento 2A 10A


(AP)

Espuma mecânica AB abafamento/ 2A /10B 6A / 40B


resfriamento
Dióxido de Carbono BC abafamento/ 5BC 10BC
(CO2)
resfriamento
Pó químico seco BC reação química 20BC 80BC
(PQS - BC)

Pó químico seco ABC reação química / 2A / 20BC 6A / 80BC


(PQS - ABC) abafamento
Fonte: Autor
reação (2021)
química/
Halogenado D 5BC -
abafamento

Os extintores portáveis devem estar locados na edificação de forma que não sejam
percorridas longas distâncias até que o operador alcance o dispositivo mais próximo. Para isso,
a IT 21 (2018) limita a distância máxima de caminhamento a partir do risco da edificação, de
modo que para risco baixo essa distância não pode ser superior a 25m, reduzindo-se para 20m
em edificações de risco médio e 15 m para risco alto.
Para extintores sobre rodas, deve ser acrescido metade do seu respectivo valor em cada
distância estabelecida para os portáteis, não podendo ser feita a proteção da edificação
exclusivamente por esse tipo de extintor. Logo, é aceitável sua utilização para proteção de até
metade da área de risco, em locais de livre acesso.
Com relação à instalação e sinalização, a IT 21 (2018) estabelece que: extintores
instalados na parede devem distar no máximo 1,6m do chão, enquanto os suportes de
piso devem possuir altura entre 0,10m e 0,20m do piso acabado, não podendo essa instalação
ser feita em escada. Cada pavimento deve possuir uma unidade classe A e outra classe BC,
podendo ser substituída por unidade única de classe ABC, porém devendo sempre atentar à
classe de incêndio predominante na área de risco a ser protegida. Ademais, deve haver pelo
menos um
62

extintor distando não mais que 5 metros da entrada principal e das escadas nos demais
pavimentos da edificação.
Em locais de risco específico como casas de bomba, máquinas, força elétrica, gases ou
líquidos combustíveis devem ser instalados extintores de incêndio com princípio de extinção
adequado ao risco.

Manutenção, certificação e validade

Todos os extintores devem se manter lacrados e com selo de órgão credenciado pelo
Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro). Os dispositivos devem sempre atender a validade
do fabricante, devendo ser reabastecidos por empresa de manutenção certificada sempre que
necessário. As diretrizes de inspeção, manutenção e recarga são estabelecidas pela NBR 12962
(2016).

3.15 Sistemas de hidrantes e mangotinhos

O sistema de hidrantes e/ou mangotinhos são um conjunto de dispositivos que


possibilitam levar água da fonte de suprimento até o local do fogo através da operação manual
por qualquer ocupante da edificação. O sistema é composto basicamente por uma reserva de
incêndio, bombas (se necessário), rede de canalizações fixas, abrigos de incêndio com uma ou
duas tomadas de água, válvulas, mangueiras de incêndio, esguicho entre outros (BRETANO,
2018).
A IT 22 do CBMRN (2018) é a responsável por fixar as diretrizes de
dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação e manuseio do sistema de hidrantes e/ou
mangotinhos. Pela popularidade no uso dos hidrantes no estado do Rio Grande do Norte, esse
dispositivo apresentará mais relevância a seguir.

Abrigos e mangueiras

Para o caso dos hidrantes, as mangueiras utilizadas devem ser flexíveis, feitas de fibra
de nylon e com revestimento interno emborrachado, com lances de quinze ou trinta metros de
comprimento, engatados por acoplamento tipo “engate rápido” e capazes de suportar pressão
63

mínima de teste de 20Kgf/cm². Hidrantes externos podem distar da parede limite da edificação,
no máximo, o equivalente a seu pé direito.
Dentro do abrigo, as mangueiras devem ser guardadas no formato “aduchadas”, de
modo que nenhuma das extremidades fique presa na espiral. As mangueiras de incêndio devem
ser suficientes para vencer todos os desvios e obstáculos, sendo prático utilizar dois lances de
15 m para melhor manuseio, ao invés de lance único de 30 metros.
Caso o registro de manobra do hidrante não possa estar dentro do abrigo das
mangueiras, os mesmos não podem distar mais que cinco metros. Ademais, os abrigos não
podem ficar trancados, a exceção de abrigos de vidro com aviso “quebre o vidro em caso de
incêndio”. Já o esguicho deverá ser obrigatoriamente do tipo regulável em caso de risco de
incêndio de classe B.
Os pontos de tomada de água devem estar posicionados de forma a não comprometer a
evacuação dos ocupantes, sempre próximos das portas externas, escadas (mas não
dentro delas) e/ou do principal acessos distando no máximo 5 m desses. Além disso, devem
estar o mais centralizado possível nas áreas protegidas a uma distância do piso entre 1,0 m e
1,5 m. A distribuição dos hidrantes deve se dar de forma que qualquer ponto seja alcançado
por um esguicho, considerando o alcance mínimo do jato de água de 10m.

Dispositivo de recalque

Elemento imprescindível para qualquer sistema adotado, o dispositivo de recalque


consiste em um prolongamento de mesmo diâmetro da tubulação principal com engates
compatíveis com os utilizados pelo Corpo de Bombeiros, preferencialmente do tipo coluna,
mas podendo estar instalado no passeio público caso necessário, como orienta a IT 22 do
CBMRN (2018). Para vazões maiores que 1000 l/min, é exigido uso de duas entradas de
recalque. O dispositivo deve ser inserido no muro de divisa, em prol de possibilitar livre
acesso dos bombeiros, com saídas voltadas pra rua em um ângulo de 45° e altura entre 0,60 m
e 1,50 m, em abrigo embutido.
Em caso de ser necessário embutir o abrigo no passeio público, a IT 22 (2018) exige
que seja utilizada tampa articulada em ferro fundido com identificação escrita “HIDRANTE” e
possuir dimensões de 0,40m x 0,60m, distando 0,50m da guia do passeio, com entrada a 45°
voltada pra cima a no máximo 0,15m do piso acabado. O volante de manobra não pode estar a
uma profundida superior a 0,50m do piso acabado.
64

Outros componentes de instalação

A IT 22 (2018) define e estabelece exigências para cada um dos componentes que,


juntos, formam um sistema de hidrantes. Para tanto, a instrução define esguicho como sendo o
dispositivo de lançamento de água acoplado à mangueira, no qual os reguláveis possibilitam a
emissão do jato compacto ou neblina, cujo alcance não pode ser inferior a 10m.
Segundo a IT 22 (2018), as válvulas dos hidrantes devem ser globo-angulares de
diâmetro DN65 (2 ½”), acompanhadas de junta de união de engate rápido, as quais
devem atender ao disposto na NBR 14349 (1999). As válvulas de bloqueio devem ser
posicionadas de forma adequada, em prol de possibilitar manutenção em algum trecho sem
desativar completamente o sistema.
Por fim, nenhuma tubulação deve possuir diâmetro nominal inferior a DN 65 (2½”) e
devem ser pintadas na cor vermelha quando aparentes, além de ser proibida sua passagem em
poços de elevadores e dutos de ventilação. Além disso, orienta-se utilização de suporte
metálicos para fixação das tubulações em elementos estruturais.

Tipos de hidrantes e Reserva técnica de incêndio

Inicialmente, deve ser determinado o tipo de sistema de hidrantes ou mangotinhos a ser


utilizado e a Reserva Técnica de Incêndio (RTI), a qual será a fonte fornecedora de água no
combate a incêndio. É usual adicionar o volume de água previamente calculado para esse fim
no reservatório superior da edificação, porém também é permitida utilização de reservatório
inferior. De toda forma, a tubulação de distribuição de água consumida no edifício deve ser
posicionada em altura adequada de modo que não utilize da RTI para outros fins, sendo ela
exclusiva para a tomada de incêndio.
O dimensionamento do sistemas de hidrantes (tipo 2, 3 e 4) - e/ou mangotinhos (tipo 1)
se dá a partir do tipo de ocupação e sua área construída. Para o caso das escolas com sistema
de hidrantes utiliza-se o tipo 2, independente de seu porte.
65

Quadro 28 - Tipos de sistemas de proteção por hidrante ou mangotinhos

MANGUEIRAS DE Vazão mínima Pressão


ESGUICHO INCÊNDIO na válvula do mínima no
TIPO Número de
REGULÁVEL hidrante mais hidrante mais
(DN) DN Comprimento desfavorável desfavorável
(mm) (m) expedições
(l/min) (mca)

1 25 25 30
Fonte: Adaptado IT simples
22/2018 (2021)
100 80
2 40 40 30 simples 150 30

Quadro 29 - volume de reserva de incêndio mínima (m³) em edificações do grupo E

GRUPO E
Área das edificações e áreas de
risco
RTI TIPO 1 RTI TIPO 2

Até 2.500m² 5m³ 8m³


Acima de 2.500m² até 5.000m² 8m³ 12m³
Acima de 5.000m² até 10.000m² 12m³ 18³
Acima de 10.000m² até 20.0000m² 18m³ 25m³
Acima de 20.0000m² atéAdaptado
Fonte: 50.000m²IT 22/2018
25m³
(2021) 35m³
Acima de 50.000m² 35m³ 48m³

Dimensionamento das bombas e tubulação

Para iniciar o dimensionamento, é necessário definir o caminhamento das tubulações,


dos diâmetros de acessórios e dos suportes componentes do sistema. Para sistemas que
possuam mais de um hidrante simples, deve ser considerado uso simultâneo dos dois jatos de
água mais desfavoráveis, ou seja, as saídas com menor pressão dinâmica.
O dimensionamento deve ser feito para que a pressão máxima nos esguichos não
ultrapasse 100 mca.
A perda de carga nas tubulações deve ser realizada por método adequado,
devendo
atender à equação de Darcy-Weisach ou Hazen-Williams, a qual é mais comumente
utilizada e será representada abaixo.
66

ℎ𝑓= 𝐽. 𝐿
𝑡 (5)
𝐽= 605 𝑥 1.85𝑥 𝑐−1,85𝑥 𝐷 −4,87 𝑋 10 4
𝑄 (6)
Onde,
hf = perda de carga em mca;
Lt = comprimento total, somado os comprimentos da tubulação com os comprimentos
equivalentes de conexões;
J = perda de carga por atrito em m/m;
Q = vazão em l/min;
C = fator de Hazen-Williams;
D = diâmetro interno do tubo em mm;

Quadro 30 - Fator "C" de Hazen-Williams

Fator de
Tipo de tubo Hazen-
Williams (C)

Ferro dúctil ou fundido


sem revestimento 100
interno

Ferro dúctil ou fundido


com revestimento 140
interno de cimento
Aço preto (sistema tubo 100
seco)
Aço preto (sistema tubo 120
molhado)
Galvanizado 120
Plástico 150
Cobre 150
Fonte: Adaptado IT 22/2018 (2021)

Apesar da IT 22 (2018) não exigir que sejam consideradas as perdas de carga na


mangueira e no esguicho, esse procedimento pode ser feito em prol de tornar o
dimensionamento ainda mais próximo da situação real. O cálculo para a mangueira procede da
mesma forma, sendo Lt o comprimento da mangueira e Q a vazão no hidrante mais
desfavorável, não sendo necessário dobrar esse valor já que a mangueira atende apenas um
hidrante.
Já a perda de carga do esguicho é calculada pela fórmula a seguir:
67

4 .𝑄
𝑉𝑒𝑠𝑔
𝑐
𝑢

𝑖𝑜= (7)
𝜋. 𝐷2

1
𝑉𝑒𝑠𝑔𝑢
𝑐𝑖ℎ𝑜2 (8)
∆𝐻 𝑒𝑠𝑔
𝑐
𝑢

𝑖𝑜 = ( 2
− 1) . ( )
𝐶𝑣
Sendo,
2 .𝑔
Cv = coeficiente de velocidade de valor 0,95;
g = aceleração da gravidade;
V esguicho = velocidade do jato d’água no
esguicho;
D = diâmetro do esguicho (m);
Q = vazão (m³/s) no hidrante mais
desfavorável;
A IT 22 (2018), restringe ainda as velocidades
da água nos tubos, nos trechos de sucção
e recalque. Para a sucção, essa velocidade não pode ser maior que 2m/s em caso de
sucção negativa e 3m/s para positiva, enquanto para tubulação de recalque o trecho não pode
ultrapassar 5m/s. Essa verificação deve ser 𝑄
𝑉 feita
= através da equação: (9)
𝐴
Sendo,
V = velocidade da água em m/s
Q = Vazão da água em m³/s
A = área interna da tubulação
em m²
A partir dos valores de perda
de carga calculados, da pressão
mínima necessária e da
altura geométrica entre a bomba e o hidrante considerado é possível calcular a altura
manométrica total do sistema (AMT). Em posse disso e dos valores de vazão, é possível
selecionar o conjunto motor𝐴𝑀𝑇=
bomba ∆que
𝐻 𝑠𝑢𝑐çã𝑜+ ∆aos
atenda 𝐻𝑟𝑒𝑐
𝑞
𝑎𝑢
𝑙𝑒+requisitos
∆𝐻 𝑚𝑎𝑛𝑔𝑢𝑒𝑟𝑎𝑖em
+ tabelas dos fornecedores.
Logo, ∆𝐻𝑒𝑠𝑔𝑢𝑐𝑖ℎ𝑜+ Pr mín - Hg (10)

Para cálculo da potência da bomba, utiliza-se a seguinte expressão:

1000 . 𝑄. 𝐴𝑀𝑇
𝑁 ℎ𝑑
𝑎
𝑟𝑒
𝑛
𝑠
𝑖𝑡 (𝐶𝑉) = (11)
75 . 
68

Sendo a vazão “Q” em m³/s e a altura manométrica em metros. O rendimento global da


bomba é representado por “” e gira em torno de valores próximos a 0,75 a depender da
bomba estudada.
Outra verificação importante na escolha da bomba é evitar que ocorra o fenômeno de
cavitação na sucção. Para isso o NPSH – traduzido como altura de sucção absoluta –
seve ser analisado. O NPSH disponível (energia disponível que o líquido possui na entrada de
sucção da bomba) deve ser sempre superior ao NPSH requerido (energia do líquido que a
bomba necessita para funcionar satisfatoriamente). Logo, calcula-se o valor disponível e
compara-se com o requerido, extraído de catálogos de fabricantes de bomba, na hora de
selecionar a bomba.
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑝
𝑠𝑜
𝑑
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 = 𝑃𝑎 − (ℎ𝑠 + 𝑃𝑣 + ∆ℎ𝑠) (12)

Sendo,
𝑃𝑎= 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑜
ã𝑎
𝑚
𝑡𝑜𝑐
𝑠𝑓𝑎
𝑟𝑖é= 10,33 𝑚𝑐𝑎ℎ𝑠=𝑎
𝑐𝑢
𝑟𝑖𝑡𝑡𝑛
𝑒
𝑠𝑙𝑎á 𝑠𝑢𝑐çã𝑜
𝑃𝑣= 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑜
ã𝑑𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑎20°𝐶 = 0,239𝑚
∆ℎ𝑠= 𝑝𝑒𝑑
𝑟𝑎𝑑𝑒𝑙𝑐
𝑎𝑔
𝑟𝑛
𝑡𝑎
𝑜𝑡𝑠𝑢𝑐çã𝑜

𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑
𝑝
𝑠𝑜
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑
𝑜
𝑒
𝑞
𝑟𝑢
𝑖𝑒

A bomba escolhida deve ser do tipo centrífuga acionada por motor elétrico ou
combustão e utilizadas unicamente para esse fim, afirma a IT 22 (2018). A bomba principal ou
de reforço deve ser automatizada de forma que, após disparo do motor, ela só possa ser
desligada manualmente no seu painel de comando. Também deve ser previsto ponto de
acionamento manual de fácil acesso, em caso de falha na automação. Ademais, qualquer ponto
de hidrante que seja aberto na edificação deve disparar o acionamento automático da bomba.
Caso o reservatório não seja elevado, pode ser necessária utilização de bomba de pressurização
(jockey), com vazão máxima de 20L/min e pressão máxima igual da bomba principal.

3.16 Chuveiros Automáticos e controle de fumaça

Os dois últimos dispositivos apresentados para o grupo das escolas não são comumente
exigidos nas escolas do Estado do Rio Grande do Norte, uma vez que só são necessários
em
69

edificações muito altas, até o momento inexistentes no Estado. Por esse motivo, caso seja
necessário dimensionar um sistema de chuveiros automáticos ou de controle de fumaça, o
projetista deve consultar diretamente suas respectivas instruções técnicas – IT’s nº 23 e 15,
respectivamente.
Basicamente, o sistema de chuveiros automáticos deve ser dimensionamento por
cálculo hidráulico em conformidade com a NBR 10897 (2020). Em casos que o dispositivo
for adotado em edificações nas quais o sistema não se faz obrigatório, o mesmo pode ser
distribuído de forma parcial na edificação, desde que atenda aos requisitos normatizados.

3.17 Central de gás

É comum muitas edificações escolares possuírem cozinha própria para fornecer


refeições aos alunos e funcionários, apesar da tendência de terceirizar cada vez mais esse
fornecimento. Ainda assim, caso haja manuseio de gás – seja gás liquefeito de petróleo (GLP)
ou gás natural (GN) – é necessário que os projetos desses sistemas estejam em conformidade
com as medidas de segurança contra incêndio estabelecidas por suas respectivas instruções
técnicas, a depender do tipo de gás utilizado na edificação. Ambas as instruções estão em
conformidade com a NBR 15526 (2016) - Redes de distribuição interna para gases
combustíveis em instalações residenciais – projeto e execução.

Rede de distribuição interna

Independentemente do tipo de gás utilizado na edificação, a NBR 15526 (2016) aborda


alguns critérios de segurança no que diz respeito à instalação da tubulação interna de
distribuição de gás, as quais devem ser estanques, desobstruídas e com válvulas de fechamento
manual estrategicamente localizadas.
Segundo a norma, a tubulação deve livrar os elementos estruturais, dutos de lixo, dutos
de ar condicionado e dutos de águas pluviais e de exaustão, reservatórios, poços de
elevadores ou de ventilação, compartimentos de rede elétrica ou qualquer lugar que favoreça o
acúmulo de gás vazado. Dessa forma, é ideal que a tubulação suba em prumada separada,
encostado em pilares e isolado por argamassa e siga seu caminho no pavimento inserida no
piso e devidamente envelopada. Para tubulações enterradas, é recomendado espaçamento de
0,30m do piso ao início do tubo em zonas sem tráfego de veículos e 0,50m para essas zonas,
ou utilizar de mecanismos de proteção como lajes e tubo luva.
70

Quadro 31 - Afastamentos mínimos entre tubulações

Tipo Redes em Cruzamento de redes


paralelo (mm)b (mm)b
Sistemas elétricos de baixa
tensão isolados em eletrodutos 30 10 (com tubulação de gás
não metálicos a envolta em material isolante)

Sistemas elétricos de baixa


tensão isolados em eletrodutos 50 c
metálicos ou sem eletroduto a
Tubulação de água quente e 30 10
fria
Tubulação de Vapor 50 10
Chaminés, inclusive duto 50 50
Tubulação de gás 10 10
Outras tubulações (esgoto, 50 10
águas etc.)
a - cabos telefônicos, de tv e de telecontrole não se incluem
b - considerar afastamento que permita manutenção
c - A instalação deve ser protegida por eletroduto numa distância de 50mm para
cada lado e atender à recomendação de sistemas elétricos de potência em
eletrodutos em cruzamento
Fonte: Adaptado NBR 15526 (2016)

Gás Liquefeito de petróleo (GLP)

A IT 28 do CBMRN (2018) é a responsável por estabelecer as medidas de segurança


contra incêndio com relação à utilização de GLP. Para as escolas, o cilindro de 45 kg (P45) é o
mais comumente utilizado.
Para fins de segurança, é exigido pela IT 28 (2018) que todos os recipientes
estacionários de GLP de volume superior a 0,25m³ possuam válvulas de excesso de fluxo. É
importante que a central de GLP esteja no exterior das edificações, em local ventilado e,
especialmente nas escolas, fora do alcance de crianças, dotada de avisos como “inflamável”,
“perigo” e “não fume”, além de dever ser protegida por extintores de acordo com a quantidade
de GLP, como mostra o quadro abaixo.
71

Quadro 32 - Extintores central GLP

Quantidade de GLP (kg) Capacidade extintora

Até 270 1 unid. 20-B:C


271 a 1800 2 unid. 20-B:C
Acima de 1800 2 unid. 20-B:C e 1 unid. 80-B:C
Fonte: Adaptado IT 28/2018 (2021)

O quadro abaixo especifica os afastamentos mínimos das centrais de GLP, tanto para
recipientes transportáveis trocáveis ou abastecidos no local – inferiores a 0,5m³ - quanto para
recipientes estacionários – capacidade superior a 0,5m³.

Quadro 33 – Afastamento de segurança para central de GLP

Distância para divisa de Distância para Distância para fontes Produtos


propriedades edificáveis aberturas abaixo da de ignição e outras tóxicos,
Capacidade ou edificações (d) válvula de segurança aberturas Materiais perigosos,
individual Entre combustív
recipientes inflamáveis
do recipiente eis e chamas
Superfície Enterrados/ Abastecidos Trocáveis Abastecidos Trocávei
Aterrados no local no local s aberta

Até 0,5 m³ 0 3 0 1 1 3 1,5 3 6


Maior que 1,5 3 0 1,5 - 3 - 3 6
0,5 até 2m³
Maior que
2,0m³ até 3 3 1 1,5 - 3 - 3 6
5,5m³
Maior que
5,5 m³ 7,5 3 1 1,5 - 3 - 3 6
até 8,0m³
Maior que 15 15 1,5 1,5 - 3 - 3 6
8m³ a 120m³
1/24 da
Acima de soma dos Adaptado IT 28/2018 (2021)
Fonte:
22,5 15 diâmetros 1,5 - 3 - 3 6
120m³
adjacentes

Entretanto, a instrução técnica abre um parêntese com relação à distância da central de


gás para edificações e divisas de propriedades. Nesse caso, para as instalações de capacidade
total acima de 2m³ que usam recipientes de até 0,5m³, a distância mínima passará de zero para:
- No mínimo 1,5 m para capacidades acima de 2m³ até 3,5m³
- No mínimo 3,0 m para capacidades acima de 3,5m³ até 5,5m³
- No mínimo 7,5 m para capacidades acima de 5,5m³ até 8,0m³
- No mínimo 15m para capacidades acima de 8m³
72

A IT 28 (2018) estabelece ainda que a central seja protegida por um hidrante – caso
exista na edificação – admitindo-se mangueira de 60m sem precisar de novo cálculo
hidráulico. Para instalações comerciais como escolas, a capacidade de volume total permitida é
de 4m³ na central.
Por fim, é recomendado que em caso de abastecimento a granel de GLP, os recipientes
de capacidade volumétrica menor que 0,25m³ sejam dotados de um sistema para evitar que os
recipientes sejam abastecidos além da sua capacidade segura. O veículo abastecedor deve
conseguir se posicionar de forma estratégica, sinalizada e isolada.

Gás natural e ventilação

A IT 29 do CBMRN (2018) é responsável por estabelecer algumas especificidades


quanto ao uso de gás natural nas edificações. Alguns itens como a proteção por extintores
seguem os mesmos parâmetros estabelecidos para GLP.
Um dos pontos que a difere do GLP é a ventilação dos abrigos das prumadas internas,
em virtude de os gases possuírem densidades diferentes. Enquanto o GLP tende a se acumular
nas partes baixas do abrigo em caso de vazamento, o gás natural sobe e se acumula na parte
superior. Isso implica em tubulações de ventilação posicionadas de forma diferente. Em ambos
os casos, o tubo de ventilação deve ser metálico ou de PVC, com saída no pavimento de
descarga e na cobertura. O tubo de ligação entre o shaft e tubo vertical deve ser posicionado a
um ângulo de 45°, com bocal situado na parte inferior do shaft para GLP, ou na parte superior
para GN.
É comum em edificações se aplicar as duas saídas de ventilação nos abrigos internos,
despejando no mesmo tubo vertical provido de exaustão superior e inferior, para caso de
mudança no tipo de gás utilizado.
73

Figura 11 - Esquema de Ventilação de Gás

Fonte: Autor (2021)

3.18 Critérios de acessibilidade

Uma das premissas fundamentais nas instalações de combate a incêndio é criar um


ambiente que favoreça uma evacuação eficiente e segura para todos em caso de sinistro. Sob
esse aspecto e tendo em vista o tipo de ocupantes da edificação em estudo – desde professores,
funcionários, adolescentes e até mesmo crianças em desenvolvimento físico e intelectual, além
dos ocupantes com possíveis deficiências – é necessário que as instalações sejam pensadas de
forma acessível a todos.
Em seu artigo, Nascimento e Souza (2019) retificam a necessidade da existência de
pessoas bem instruídas e capacitadas para liderar os demais, sinalizando caminhos e indicando
as proteções e ações prudentes a serem tomadas no momento. Essas pessoas são ainda mais
importantes na presença de crianças ou pessoas com deficiência/dificuldade de mobilidade,
que venham a necessitar do auxílio de terceiros para uma evacuação mais rápida e eficiente.
74

Entretanto, é importante que as instalações de combate incêndio – em especial os


dispositivos que propiciam a evacuação – sejam pensados e combinados de modo a tornar a
fuga o mais autônoma possível. Como enfatizado por Nascimento e Souza (2019), o alarme de
incêndio não pode ser ouvido por deficiente auditivo, enquanto o deficiente visual não enxerga
as sinalizações de evacuação e um cadeirante não pode fugir pelas escadas
A NBR 9050 (2020) é a responsável por estabelecer os critérios de acessibilidade em
edificações. Seu item 5.12 recomenda que os corrimãos de rampas e escadas possuam
anéis com textura contrastante 1,0 m antes das extremidades e sinalização em braile indicando
os pavimentos do início e final da escada. Já o item 5.14 informa que os pisos táteis podem ser
do tipo alerta ou direcional, a depender da necessidade, no início ou término de escadas,
rampas, desníveis ou outros obstáculos. Tais medidas são cruciais para direcionar
corretamente os deficientes visuais nas saídas de emergência.
Já o item 5.15 da NBR 9050 (2020) aborda o tema de sinalização de emergência de
uma forma geral. Segundo essa norma, deve existir sinalização tátil e visual dentro das
escadas, junto às portas indicando seu pavimento, apesar da mesma informação ser grafada
nos corrimões. Além disso, as rotas de fuga e as saídas de emergência devem possuir
sinalização visuais e sonora. Sob esse aspecto, Costa (2018) levanta a alternativa do alarme
audiovisual, de forma a associar simultaneamente o alarme sonoro a luzes que piscam em
sinal de emergência em uma frequência adequada.
Por não ser exigido utilização de elevador de emergência para os portes das escolas do
Estado, as pessoas com deficiência ou dificuldade de mobilidade podem ser prejudicadas na
evacuação por escadas de emergência em escolas de mais de um pavimento. Uma alternativa
abordada por Costa (2018) é o uso das cadeiras de evacuação, as quais possibilitam – com a
ajuda de um ou dois operadores – o transporte de pessoas como cadeirantes pelas escadas.
75

4. REGULARIZAÇÃO DO IMÓVEL

Um dos requisitos básicos para obtenção do documento que autoriza pleno


funcionamento e utilização de uma edificação – habite-se – é a posse da certificação de
segurança do Corpo de Bombeiros. Para isso, o documento técnico necessário pode ser o Auto
de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) ou Certificado de licença do Corpo de Bombeiros
(CLCB), a depender do porte da edificação.

1. Projeto técnico simplificado

Para as escolas com área até 750m², menos de três pavimentos (subsolo mais dois),
sem subsolo de uso destinto de estacionamento e sem auditório de capacidade superior a 100
pessoas, o procedimento é regido pela IT 42 (2018), uma vez que a edificação será enquadrada
como processo Técnico simplificado. Para elas, o documento final é o CLCB, o qual terá
mesma validade que o AVCB. Para dar entrada no processo, é necessário preencher um
formulário de avaliação de risco do responsável técnico, apresentar anotação ou registro de
responsabilidade técnica (ART/RRT) das instalações e/ou manutenção dos sistemas de
segurança contra incêndio, bem como do responsável técnico sobre riscos referentes à
edificação. Assim, o CLCB é emitido em formato digital mediante pagamento de taxa.
Esse procedimento se torna ainda mais simples no caso de a escola possuir área de até
200m², sendo necessário apenas o preenchimento de questionário e declaração do
proprietário ou responsável pelo uso. Em ambos os casos, a vistoria ocorre posterior à emissão
do CLCB, por amostragem.

2. Projeto técnico

Já as escolas que possuem área a partir de 750m², o processo de regularização no


CBMRN é mais complexo e demorado, isso porque as medidas de segurança devem ser
apresentadas por meio de projeto técnico, regido pela IT 01/2018 – procedimentos
administrativos – Parte II – orientações para licenciamento. Segundo ela, os documentos que
compõem o projeto técnico são:
Pasta do projeto técnico: pasta semirrígida padronizada que abriga todos os
documentos;
76

Memorial descritivo: Detalhamento dos sistemas de proteção contra incêndio presentes


na escola em questão, resumindo o projeto técnico em si;
Procuração do proprietário: para caso de terceiros assinarem documentos do projeto
técnico pelo proprietário;
Anotação de responsabilidade técnica (ART): apresentada pelo responsável técnico que
elabora o projeto, especificando o serviço no qual se responsabiliza;
Documentos complementares: caso necessário, solicitados pelo Serviço de Atividades
Técnicas do CBMRN, com o memorial de cálculo, documento comprobatório, memorial
básico de construção, memorial de isolamento de risco etc;
 Implantação: em caso de mais de uma edificação e áreas de risco representadas.
Planta das medidas de segurança contra incêndio: representação gráfica normatizada de
todos os dispositivos.
O projeto técnico deve ser apresentado ao CBMRN e deverá ser plenamente executado,
mediante aprovação. Após isso, é solicitada vistoria por equipe técnica do Corpo de
Bombeiros, os quais irão ao local constatar aplicação do projeto. Alguns documentos
complementares são necessários para a vistoria, a exemplo de laudos do sistema de proteção
contra descargas atmosféricas, laudo de estanqueidade das tubulações de gás encanado, laudo
de aceitação do sistema de hidrantes, bem como as ART´s pertinentes. Após a vistoria ser
aprovada pela equipe técnica, o AVCB da edificação pode ser emitido.
77

5. PLANO DE EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Um dos fatores cruciais para um bom projeto das instalações de combate a incêndio é
proporcionar uma evacuação segura dos ocupantes do edifício. Para isso, é necessário que os
ocupantes também estejam devidamente preparados para reagir à emergência, em prol de
viabilizar o abandono do edifício de forma rápida e ordenada.
A instrução técnica 02 (2018) ratifica que “É necessário [...] a elaboração de planos
para
enfrentar a situação de emergência que estabeleçam, em função dos fatores
determinantes de risco de incêndio, as ações a serem adotadas e os recursos materiais e
humanos necessários.”
Sob esse aspecto, o plano de evacuação surge como sendo um conjunto de medidas e
procedimentos que vão desde a prevenção e planejamento até a atuação em caso de
emergência. O plano visa o estabelecimento de rotinas e procedimentos que poderão ser
testados através de exercícios reguladores de simulação, afirma Santos (2017).
O projeto de lei 5283/13, do deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), obriga as instituições
de ensino do país a contarem com plano de evacuação em situações de risco. Em reportagem
para Agência Câmara de Notícias, Miranda (2013) aponta que deverá ser previsto no plano a
indicação do funcionário responsável, as funções de cada ocupante ao soar o alarme, a planta
do local, com extintores e portas de emergência, além dos procedimentos específicos para
evacuar crianças e pessoas com necessidades especiais e treinamentos semestrais.

1. ESTRUTURA DE PLANO DE EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

É importante que no plano de evacuação seja abordados alguns tópicos cruciais. Para
tanto, baseado no Plano de Abandono escolar elaborado pela defesa civil do paraná (2013)
serão dispostos a seguir os itens básicos para constar no documento.

Dispositivos do plano de evacuação

Ponto de encontro: deverá ser previamente definido um local externo, seguro e amplo
o suficiente para reunir os ocupantes da escola, entre alunos, professores e funcionários. Nesse
local haverá uma Equipe do Ponto de Encontro, designada pelo diretor, a qual irá receber as
turmas na sua chegada, em fila indiana, enfileirando as turmas lado-a-lado. O professor será
78

responsável por conferir a turma por chamada e comunicar ao responsável pelo ponto de
encontro em caso de faltar algum aluno. A informação deverá ser repassada para a brigada.
Rotas de fuga: deve ser analisado entre os percursos possíveis até a descarga, qual é o
mais adequado, levando em consideração larguras de acessos, presença de obstáculos,
distância a ser percorrida até a saída, entre outros.
Saídas de emergência: na saída para o ambiente externo, deve estar posicionada equipe
do edifício que direcionam até o ponto de encontro.
Planta de emergência: representação gráfica para orientar os ocupantes na rota de fuga
a ser seguida até o ponto de encontro. Trata-se de um croqui simples em folha A4, sinalizando
o percurso a ser adotado com cor amarela e setas indicando o fluxo. O local em que cada
planta for afixada deve ser destacado em vermelho com inscrição “VOCÊ ESTÁ AQUI”.
Planta de risco: mapeamento das principais vulnerabilidades em termos de risco de
incêndio e pânico, bem como da distribuição dos dispositivos de combate a incêndio ao longo
da edificação. Servirá principalmente para guiar as ações profissionais na emergência.
Alarme: o sinal de alarme deverá ser convencionado para indicar necessidade de
evacuação. Poderá ser utilizado o dispositivo sonoro utilizado para trocas de aula, contanto
que o toque de emergência possua som completamente diferente do usual.

Designação de funções

A equipe de plano de evacuação escolar é composta por três subequipes, coordenadas


pelo diretor da instituição. Nesse aspecto, o diretor tem por função possibilitar a elaboração do
plano de evacuação, designar os responsáveis por cada função, marcar e realizar simulações,
entre outras responsabilidades de gestão da situação. As três subdivisões são:
Equipe do edifício escolar: funcionários e alunos que auxiliam na evacuação escolar,
orientando os sentidos de saída e organizando o fluxo. Dentro dessa equipe, os professores que
estiverem em horário de aula devem liderar suas respectivas turmas ao ponto de encontro, após
acionamento de alarme. O professor deve ser o último a sair da sala, fazendo um risco
diagonal na porta para indicar que o ambiente já foi evacuado. Deverá ser designado um
servidor para cada aluno com deficiência física ou sensorial (caso exista), auxiliando-o
separadamente até o ponto de encontro. Em cada sala, é designado um monitor de turma que
irá liderar a fila indiana, se deslocando de forma rápida e sem correr. Deverá ser designado um
ou mais responsáveis pelo corredor, bloco ou andar – a depender do porte da escola – o qual
dará a ordem de saída
79

das turmas da sala de aula, uma a uma, controlando o fluxo das filas. Já o responsável pela
escadaria irá coordenar o acesso e saída das turmas nas escadas, possibilitando fluxo contínuo.
O diretor irá nomear ainda o responsável pelo setor administrativo, o qual irá guiar os
integrantes desse setor até o ponto de encontro. Também será designado um servidor
responsável por contatar os órgãos necessários, como Corpo de Bombeiros. Por fim, o porteiro
deverá se posicionar em local para controlar a saída e entrada de pessoas na escola,
estabelecendo uma comunicação direta com a telefonista para ouvir as orientações repassadas
durante o contato com a equipe de emergência, facilitando sua entrada.
Equipe do ponto de encontro: como mencionados, irão organizar e controlar o local do
ponto de encontro, além de procurar identificar possíveis faltas de pessoas que ainda estejam
no interior da edificação.
Brigada de incêndio escolar: grupo de servidores plenamente capacitados por curso
para fornecer atendimento básico de emergência. Devem receber a equipe de emergência e
repassar o máximo de detalhes possível, apresentando a planta de risco da escola. Em caso de
um brigadista for um professor que está dando aula, o mesmo deve proceder com a evacuação
de sua turma e só após isso poderá desempenhar sua outra função.

Procedimentos de abandono

 Acionar o alarme;
 Os componentes da Equipe do Edifício deverão se posicionar;
Professor organiza a fila indiana no interior da sala, posicionado o monitor na liderança
da fila e aguarda sinal do responsável pelo corredor;
Os responsáveis pelos corredores vão liberando a saída das turmas de forma ordenada;
Os alunos, então, se deslocam em fila indiana de forma ordenada, previamente
instruídos durante simulações. Devem ser guiados também pela equipe do edifício ao longo
dos corredores e acessos. Na ausência deles, o professor e o monitor devem seguir as
sinalizações e orientar o resto da turma;
O professor deve levar consigo a lista de chamada para conferência dos alunos no
ponto de encontro, fechar a sala e fazer um risco diagonal na porta;
A equipe do Ponto de encontro inicia a acomodação das turmas, enquanto o professor
confere presença dos alunos através da lista de chamada;
 Na falta de alguém, a equipe de emergência deve ser imediatamente comunicada;
80

6. RECOMENDAÇÕES GERAIS AOS OCUPANTES

A IT 17 do CBMRN (2018), também é responsável por estabelecer recomendações


gerais para os ocupantes, em caso de sinistro. São elas:
Permanecer calmo, evitando gritos e caminhando em ordem, sem atropelos, corridas e
empurrões;
 Não ficar na frente de pessoas em pânico e, se necessário, chamar um brigadista;
 Empregados devem seguir os comandos dos brigadistas;
 Nunca retroceder para pegar objetos;
 Encostar as portas e janelas quando sair de um ambiente;
 Não se afastar do grupo nem parar em andares intermediários;
 Orientar os visitantes que estiverem no seu local de trabalho;
 Retirar sapatos altos;
 Não acender/apagar as luzes, em especial se houver cheiro de gás;
 Manter acessos dos bombeiros livres;
 Encaminhar-se para local seguro de acordo com a orientação da brigada;
 Não usar elevador, utilizar o lado direito da escada;
 Sempre andar na direção do fluxo de descarga;
 Para situações extremas, são feitas ainda as seguintes recomendações:
 Não tirar as roupas e tentar molhá-las;
Caso seja extremamente necessário atravessar barreira de fogo, enxarcar o corpo,
roupas e cabelo, proteger a respiração com lenço molhado e manter-se o mais próximo do
chão;
 Se necessário abrir uma porta, fazê-lo devagar e verificando sua temperatura;
Em caso de ficar preso em algum local, tentar inundar o local com água e se manter
molhado;
 Não saltar;

6.1 Orientações à direção da escola

Além de equipar as escolas do estado com dispositivos de prevenção e combate a


incêndio, é necessário que seus ocupantes saibam utilizá-los da forma correta para garantir sua
máxima eficácia. Sob esse aspecto, foi publicada a lei nº 10802 (2020), dispondo sobre o
81

Programa Estadual de prevenção de acidentes e o combate ao fogo nas escolas estaduais e


particulares de ensino no Estado do Rio Grande do Norte.
A nova lei estabelece que sejam ministrados periodicamente – para os funcionários,
professores e alunos – treinamentos simulados de evacuação em caso de incêndio, bem como
outras atividades complementares e campanhas de caráter preventivo. Isso porque, as
atividades permitem identificar possíveis áreas de risco e estabelecer medidas de segurança
para minimizar ao máximo o perigo, bem como permite a conscientização da comunidade
escolar no que diz respeito aos riscos encontrados.
Cabe ao corpo administrativo da escola, professores e técnicos de segurança, em
consonância com o Corpo de Bombeiros executarem tais atividades, sendo inclusive
autorizado pela lei n° 10802 (2020) que as escolas solicitem palestrantes membros do Corpo
de Bombeiros do RN sem custos, mediante disponibilidade.
Ademais, é responsabilidade da direção/administração da escola garantir renovação do
AVCB ou CLCB, mantendo organizados e atualizados todos os documentos necessários, bem
como promover a manutenção dos dispositivos de combate a incêndio, se preciso, com
empresa especializada.
Por fim, a administração escolar também deve possibilitar a formação e capacitação da
brigada de incêndio, tornando a equipe conhecida por aqueles que frequentam a edificação.
Portanto, a disseminação do conhecimento quanto aos cuidados e procedimentos de segurança
em caso de incêndio ou simulado deve ser estimulado, em diversas vertentes, pela equipe
responsável por dirigir a escola.

6.2 Programa de manutenções

Outro fator fundamental para o bom funcionamento das instalações de incêndio é


garantir a manutenção adequada para cada tipo de equipamento por profissional habilitado.
Além das revisões periódicas, é importante que sejam feitas inspeções visuais recorrentes
como forma de identificar possíveis falhas nesses sistemas.

Extintores

No que diz respeito aos extintores, é necessário uma série de cuidados periódicos,
estabelecidos pela NBR 12962 (2016) – Extintores de incêndio – Inspeção e manutenção.
82

Deverá ser realizada uma inspeção no equipamento por profissional a cada doze meses, em
prol de examinar se o extintor permanece em condições normais de operação, com exceção de
extintores de gás carbônico e cilindros para gás expelente, os quais devem ser inspecionados a
cada seis meses.
A manutenção de primeiro nível costuma ser efetuada no ato da inspeção, no próprio
local, e consiste em atividades como limpeza superficial, reaperto de roscas, fixação de
quadros de instruções, conferência de carga de cilindros carregados com gás carbônico, entre
outros.
Já a manutenção de segundo nível deve ser realizada a cada doze meses em local e por
profissional adequado, podendo variar desde a desmontagem completa do extintor,
limpeza de seus componentes internos, verificação da carga, regulagem de válvulas,
substituição de peças, entre outros.
A manutenção de terceiro nível, realizada a cada cinco anos, além dos procedimentos
de desmontagem do nível 2, também realiza o teste hidrostático do cilindro. É
importante ressaltar que deve ser contrata empresa especializada e registrada pelo INMETRO
para realizar todas essas atividades.

Alarme

No que diz respeito ao sistema de alarme, a norma regulamentadora é a NBR 17240


(2010) – Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento e
manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos. Segundo ela, a
manutenção pode ser de caráter corretivo ou preventivo e deve ser realizada sempre por
profissional habilitado.
A cada três meses devem ser feitas verificações preventivas, como o ensaio funcional
dos acionadores manuais, avisadores, comandos e painéis repetidores do sistema.
Outros tipos de verificação preventiva também devem ser feitos quando necessário, não
podendo ultrapassar os três meses, como: verificação visual dos componentes, verificação do
estado e carga das baterias, entre outros. Sempre que identificado falhas, a manutenção
corretiva deve ser realizada imediatamente, registrando-se a ocorrência em relatório.

Iluminação de emergência
83

A norma que rege esse dispositivo e sua manutenção é a NBR 10898 (2013) – Sistemas
de iluminação de emergência. Para os blocos autônomos, sistema comumente adotado, é
recomendado dois tipos de acompanhamento. Mensalmente, deve ser verificado o
funcionamento das luminárias pelo botão teste ou cortando a fonte de energia na qual a
luminária está ligada. Já a cada seis meses deve ser testada o estado de carga de bateria, de
forma a mantê-las ligadas por pelo menos uma hora ou metade da sua autonomia.

Hidrantes

O sistema de hidrantes deve ser vistoriado a cada três meses, como rege a NBR 13714
(2000) – Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. A inspeção deve ser
feita de forma visual pela brigada da edificação ou pessoal capacitado, por meio checagem de
todos os acessórios, reserva de incêndio, teste de funcionamento das bombas, válvulas e
botoeiras, de forma a garantir que o sistema esteja em perfeito funcionamento para uma
necessidade. Além disso, deve ser feito um plano de manutenção para o sistema, com os
procedimentos de verificações mais detalhadas que devem ser executadas no máximo,
anualmente.

Sinalização de emergência

A manutenção das sinalizações se dá quando necessário, a partir de inspeção visual,


substituindo-se aquelas que estejam com a visibilidade comprometida.
84

7. METODOLOGIA

Figura 12 - Etapas de desenvolvimento de metodologia

Fonte: Autor (2021)

O presente documento foi divido em cinco etapas de realização, conforme Figura 13 e


detalhadas abaixo.
Primeira etapa: consiste na revisão das instruções técnicas e normas levantadas em prol
de sintetizar de forma clara e precisa todas as informações necessárias para realizar um projeto
de instalações de prevenção e combate a incêndio de escola inserida no Rio Grande do Norte,
bem como garantir sua manutenção.
Segunda etapa: foram levantados documentos de outros estados para se estabelecer um
modelo de plano de evacuação voltado de maneira específica para as escolas, bem como
estabelecer diretrizes para orientar a administração da escola com suas responsabilidades no
tocante à prevenção e combate a incêndio.
Terceira etapa: elaborar figuras autorais para exemplificar o manual de forma didática e
prática.
Quarta etapa: fazer aplicação prática do dimensionamento ao exemplificar o processo,
por meio de projeto de combate a incêndio de escola do Estado, previamente cedido pelo
projetista.
 Quinta etapa: alimentar o manual com todas as informações de forma sintetizada.
85

8. RESULTADOS

O denso levamento teórico realizado possibilitou a execução de um manual completo


no tocante ao dimensionamento, manutenção e correta utilização das instalações de combate a
incêndio nas escolas do Rio Grande do Norte. Nesse sentido, o manual em anexo aborda desde
a visão do projetista, passando pelas orientações para o corpo administrativo das escolas, até
chegar os próprios alunos, ao democratizar as informações no tocante às funções das
instalações de combate a incêndio e rotas de fuga.
O manual final conta com figuras próprias e didáticas em prol de facilitar o
entendimento, principalmente nas sessões destinadas aos usuários da ocupação. Já na
sessão destinada ao projetista, a informação é repassada em caráter mais técnico,
exemplificada por projeto de incêndio totalmente padronizado de acordo com suas normas.
A intenção da criação desse documento é que o mesmo seja disseminado para as
escolas do Estado e arquivado para consulta pelas mesmas.
86

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista que muitas escolas do Estado não tem a cultura de prezar por suas
instalações de incêndio, enquanto outras nem mesmo as possuem, conclui-se que o presente
manual será de grande serventia para que essa conscientização seja construída em diversas
vertentes.
Durante a construção teórica desse manual, pode-se perceber que as instruções técnicas
do Estado foram construídas de forma densa e completa, sendo necessárias poucas
consultas além de seus documentos próprios no que diz respeito ao dimensionamento das
instalações. O presente documento tentou abordá-las de forma prática e resumida, trazendo
todas as informações julgadas como essenciais para o grupo das escolas em geral.
Portanto, infere-se que o presente manual atingiu seus objetivos iniciais de facilitar o
processo de dimensionamento das instalações do grupo escolar, uma vez que o contato do
projetista é direto com as informações necessárias para aquele tipo de edificação, facilitando
sua consulta. Ademais, também foi atingido o objetivo do manual de abranger todas as
vertentes interessadas por essas instalações, ao contar com seção específica para orientação de
seus ocupantes, promovendo correta utilização dessas instalações.
87

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050 - Acessibilidade a


edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2020.
. NBR 10897 – Sistema de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos -
Requisitos. Rio de Janeiro, 2020.
. NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência. Rio de Janeiro, 2013.
. NBR 12693 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro,
2013.
. NBR 12962 – Extintores de incêndio – Inspeção e manutenção. Rio de Janeiro,
2016.
. NBR 13860 – Glossário de termos relacionados com a segurança contra
incêndio. Rio de Janeiro, 1997.
. NBR 13714 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio.
Rio de Janeiro, 1999.
. NBR 14349 – União para mangueira de incêndio - Requisitos e métodos de
ensaio. Rio de Janeiro, 2000.
. NBR 15526 – Redes de distribuição interna para gases combustíveis em
instalações residenciais e comerciais – Projeto e execução. Rio de Janeiro, 2012.
. NBR 17240 – Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação,
comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio -
Requisitos.
Rio de Janeiro, 2010.
BRASIL. Projeto de Lei nº 5283, 02 abr 2013. Torna obrigatório o plano de evacuação em
situações de risco em todos os estabelecimentos de ensino. Brasília, 2013.

BRENTANO, Telmo. Instalações hidráulicas de combate a incêndio nas edificações. 4. ed.


Porto Alegre: Telmo Brentano, 2011.

CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. Instrução


Técnica
01 – Procedimentos Administrativos – Parte I – Procedimentos Gerais e Classificação das
Edificações. Natal, 2018.

. Instrução Técnica 01 – Procedimentos administrativos – Parte II –


Orientações para licenciamento. Natal, 2018.

. Instrução Técnica 02 – Conceitos Básicos de Segurança contra Incêndio. Natal,


2018
. Instrução Técnica 03 – Terminologia de Segurança contra Incêndio. Natal,
2018.
88

. Instrução Técnica 06 – Acesso de Viaturas na Edificação e Áreas de Risco.


Natal, 2018.
. Instrução Técnica 07 – Separação entre Edificações (Isolamento de Risco).
Natal, 2018.
. Instrução Técnica 08 – Resistência ao fogo dos elementos de construção. Natal,
2018.
. Instrução Técnica 09 – Compartimentação horizontal e vertical. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 10 – Controle de Materiais de Acabamento e de
Revestimento. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 11 – Saídas de Emergência. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 16 – Plano de Emergência contra Incêndio. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 17 – Brigada de incêndio. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 18 – Iluminação de emergência. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 19 – Sistema de detecção e alarme de incêndio. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 20 – Sinalização de Emergência. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 21 – Sistema de proteção por extintores de incêndio. Natal,
2018.
. Instrução Técnica 22 – Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a
incêndio. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 28 – Manipulação, armazenamento, comercialização e
utilização de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Natal, 2018.
. Instrução Técnica 29 – Comercialização, distribuição e utilização de gás
natural (GN). Natal, 2018.
. Instrução Técnica 42 – Processo Técnico Simplificado (PTS). Natal, 2018.
COSTA, Rafaella Fonseca da. Medidas para elaboração de plano de emergência contra
incêndio para pessoas com deficiência. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
2018.
DIAS, Thais Possenti pinto. Prevenção contra incêndio em instituição de ensino básico:
estudo de caso. Florianópolis: Universidade do Sul de Santa Catarina, 2018.

G1. Globo. Vale do Paraíba, 10 out 2019. Disponível em <https://g1.globo.com/sp/vale-do-


paraiba-regiao/noticia/2019/10/10/incendio-atinge-escola-estadual-e-destroi-salas-de-aula-
em-atibaia-sp.ghtml > Acesso em 20 nov. 2020.

G1. Globo. Sorocaba e Jundiaí, 10 ago 2020. Disponível em


<https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2020/08/14/incendio-atinge-escola-em-
bairro-de-itu.ghtml> Acesso em 20 nov. 2020.
89

MIRANDA, Tiago. Projeto obriga escolas a terem plano de evacuação em situações de


risco. Agência Câmara de Notícias, Brasília, 24 dez 2013. Disponível em
< https://www.camara.leg.br/noticias/424336-projeto-obriga-escolas-a-terem-plano-de-
evacuacao-em-situacoes-de-risco/.> Acesso em 01 dez 2020.

LINO, Antônio; BAUMEL, Luiz. Plano de abandono escolar. Paraná, 2013. Disponível em <
https://normas-abnt.espm.br/index.php?title=Artigo > Acesso em 01 mar. 2021.

NASCIMENTO, Kissia; SOUZA, João. Acessibilidade e segurança na evacuação em caso


de incêndio envolvendo pessoas com deficiência. Revista FLAMMAE, Pernambuco, v.5,
n.12, p. 123, jan./jun. 2019.

OLIVEIRA, Andréa. Segurança em escolas: como evitar incêndios. Centro de Produções


Técnicas, Viçosa, [s.d.]. Disponível em < https://www.cpt.com.br/cursos-educacao-
infantil/artigos/seguranca-em-escolas-como-evitar-incendios> Acesso em 25 nov. 2020.

RIO GRANDE DO NORTE. Lei N° 10802, de 18 de novembro de 2020. Dispõe sobre o


Programa Estadual de prevenção de acidentes e o combate ao fogo nas escolas estaduais
e particulares de ensino no Estado do Rio Grande do Norte. Disponível em <
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=404704 > Acesso em 10 fev. 2021

R7. Record. Minas Gerais, 05 out 2018. Disponível em <https://noticias.r7.com/minas-


gerais/tragedia-em-creche-de-janauba-um-ano-sem-obras-em-escolas-05102018> Acesso em
20 nov. 2020.

SANTOS, Martha. O que é o Plano de Evacuação de emergência? Colégio Montessoriano,


Salvador, 14 jul 2017. Disponível em < http://www.montessoriano.com.br/colegio/o-que-e-o-
plano-de-evacuacao-de-emergencia/.> Acesso em 05 dez 2020
90

APÊNDICE A - MANUAL PRÁTICO PARA PROJETO E


MANUTENÇÃO DE INSTALAÇÕES DE COMBATE A
INCÊNDIO EM ESCOLAS NO RIO GRANDE DO NORTE
MANUAL PRÁTICO
Projeto e manutenção de instalações
de combate a incêndio em escolas
no Rio Grande do Norte

AUTORES

MANUELLA FERREIRA MARINHO


MICHELINE DAMIÃO DIAS MOREIRA
DANIEL GLEIDSON DO
NASCIMENTO

1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Reitor
José Daniel Diniz
Vice-reitor
Henio Ferreira de
Miranda

Corpo de
Bombeiros
Militar do Rio
Grande do Norte

Comandante
Geral
Cel QOCBM Luiz Monteiro da Silva Junior
Sub Comandante Geral
Cel QOCBM Josenildo Acioli Bento

Autores
Manuella Ferreira Marinho
Micheline Damião Dias Moreira
Daniel Gleidson do Nascimento

Capa, projeto gráfico e diagramação


Manuella Ferreira Marinho

Projeto técnico de instalações de combate a Incêndio


Emerson Cruz Vieira

Ilustrações
Lorena Kelen Agra Fernandes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA

Manual prático para projeto e manutenção de


instalações de combate a incêndio em escolas
no Rio Grande do Norte

Natal, 2021
Sumári
o
Capítulo 01 – Introdução ..............................................
06
Capítulo 02 – Dimensionamento .................................. 07
2.1 - Classificação da edificação .................................... 08
2.2 – Dispositivos de combate à incêndio ....................... 12
2.3 – Acesso de viatura na edificação .............................
14 2.4 – Isolamento de
risco ................................................. 16
2.5 – Segurança estrutural contra incêndio .................. 19
2.6 – Compartimentação vertical ...................................
22
2.7 – Controle de Materiais de Acabamento e
Revestimento (CMAR) ................................................... 24
2.8 – Saídas de emergência .............................................
26 2.9 – Plano de
emergência .............................................. 36 2.10 –
Brigada de incêndio ............................................. 40 2.11 –
Iluminação de emergência ................................... 44
2.12 – Sistema de detecção e alarme de incêndio ......... 47
Sumári
o
2.13 – Sinalização de emergência ................................ 49
2.14 – Extintores de incêndio ........................................ 65
15. – Sistema de Hidrantes e mangotinhos ................ 69
16. – Chuveiros automáticos e controle de fumaça ... 86
2.17 – Central de gás ...................................................... 87
2.18 – Critérios de acessibilidade .................................. 91
Capítulo 03 – Regularização do imóvel ......................
92
Capítulo 04 – Plano de evacuação escolar ..................
94
Capítulo 05 – Recomendações gerais ..........................
97 Capítulo 06 – Orientações à direção da
escola ........... 98 Capítulo 07 – Programa de
manutenções ................... 99
1. Introdução

O bom funcionamento de uma edificação está diretamente relacionado com a


concepção e execução de seus respectivos projetos com responsabilidade e segurança. Entre
eles, o projeto de instalações de combate a incêndio é de suma importância para proteger os
ocupantes em caso de sinistro, de modo a reduzir ao máximo possíveis danos – seja físico
ou material – causados por situações de risco.

Sob essa ótica, é válido analisar a problemática das escolas brasileiras, as quais
muitas vezes não estão preparadas para casos de sinistro. Além de muitas edificações serem
antigas e não possuírem infraestrutura adequada – sem conformidade com as normas
vigentes – para o combate a incêndio propriamente dito, também existem falhas no que diz
respeito à manutenção das instalações e falta de preparo dos ocupantes para lidar com o
risco.

O presente manual visa abranger o passo a passo da concepção de projeto de


instalações de combate a incêndio das escolas no Rio Grande do Norte, bem como guiar a
elaboração do plano de evacuação escolar, além de estabelecer as diretrizes para sua
utilização adequada por seus ocupantes. Para isso, foi separado um capítulo exclusivo com
orientações básicas à direção escolar, além de um plano de manutenções dos dispositivos de
combate a incêndio.

6
SESSÃO DESTINADA
AO PROJETISTA

2. imensionament
o
Nessa seção, serão apresentadas as normatizações pertinentes para elaboração de
projeto de instalações de prevenção e combate a incêndio em escolas do Rio Grande do
Norte (RN). Serão revisadas as instruções técnicas (IT´s) do Corpo de Bombeiros Militar do
RN (CBMRN), bem como normas brasileiras pertinentes ao assunto.

O procedimento de cálculo será acompanhado de figuras e esquemas ilustrativos e –


em alguns itens – de exemplificação por meio de projeto real de uma escola do Rio Grande
do Norte, previamente fornecido por seu projetista. O projeto modelo se encontra anexado
na íntegra no final desse manual.

7
2.1 Classificação da
Edificação
Para iniciar o dimensionamento das instalações de incêndio, é necessário conhecer
as características pertinentes da edificação, como o tipo de ocupação, sua altura, área e
carga de incêndio. Esses parâmetros irão definir as exigências normativas para que certa
edificação possua todos os dispositivos considerados necessários para sua prevenção e
combate ao incêndio.

Quanto à Ocupação
Na primeira categoria, as edificações são agrupadas de acordo com seu uso, ou seja,
o tipo de seus ocupantes. Essa classificação, segundo a IT 01 do CBMRN (2018), varia do
grupo A (residencial) ao grupo M (Especial).
Para tanto, o presente documento irá detalhar as particularidades do projeto de
combate a incêndio de escolas em geral, inseridas no grupo E (Educacional e Cultura
física), divisão E-1.

Quadro 1 - Classificação das Edificações Grupo E conforme a IT 01/2018


Ocupação/ Educacional e Cultura Física
uso
Divisão E-1 E-2 E-3 E-4 E-5 E-6

Centro de Escola para


Escola em Escola Espaço para portadores
Descrição Treinamento Pré-escola
Geral Especial cultura de
profissional
física deficiências
Locais de ensino
e/ou práticas de
artes marciais,
Escolas de natação, ginástica
Escolas de artes e (artística, dança,
primeiro, artesanato, de musculação e Escolas para
línguas, de Creches,
segundo e outros) esportes excepcionais,
Escolas escolas
terceiro grau, cultura geral, coletivos (tênis, deficientes
Exemplos profissionais maternais,
cursos supletivos de cultura futebol e outros que visuais e
estrangeira, em geral jardins de
e pré- não estejam auditivos e
escolas infância
universitário e incluídos em F-3), assemelhados
assemelhados religiosas e sauna, casas de
assemelhado fisioterapia e
assemelhados. Sem
arquibancadas.

Fonte: Adaptado da IT 01/2018 (2021)

8
2.1 Classificação da
Edificação
Quanto à Altura
Como define a IT 01 (2018) nos itens 4.1 e 8.1, ao se tratar de exigências das
medidas de segurança contra incêndio, a altura da edificação é dada pela “medida em
metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último pavimento”.
Já para as saídas de emergência, considera-se a altura da edificação como “a medida
em metros entre o ponto que caracteriza a saída do nível de descarga ao piso do
último pavimento, podendo ser ascendente ou descendente”.
Além disso, orienta-se que sejam desconsiderados nesse cálculo:
 Os subsolos utilizados unicamente para estacionamento de veículos, instalações
sanitárias, vestiários e áreas técnicas sem atividade ou permanência humana.
 Pavimentos superiores exclusivos para casas de máquinas, áticos, barriletes,
reservatórios de água e semelhantes.
 Mezaninos de área inferior a um terço da área de seu pavimento;

Quadro 2 - Classificação das Edificações quanto à altura conforme a IT 01/2018


CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ALTURA
Tipo Denominação Altura (H)
I Edificação térrea Um pavimento
II Edificação Baixa H ≤ 6,00m
III Edificação de Baixa-Média Altura 6,00m < H ≤ 12,00m
IV Edificação de Média Altura 12,00m < H ≤ 23,00 m
V Edificação medianamente alta 23,00 m < H ≤ 30,00 m
VI Edificação Alta Acima de 30,00 m
Fonte: Adaptado IT 01/2018 (2021)

PARA DEFINIR OS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA PARA DIMENSIONAR SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

9
2.1 Classificação da
Edificação
Quanto à Carga de Incêndio
De acordo com a IT 14 do CBMRN (2018), a combustão completa de todos os
materiais combustíveis – incluindo revestimento de pisos, tetos, divisórias etc. – em um
determinado espaço ocasiona um acumulo de energia calorífica, cuja soma resulta na carga
de incêndio da edificação. Dessa forma, a carga de incêndio específica é a carga de incêndio
por unidade de área, expressa em mega joule por metro quadrado.
Logo, essa carga pode ser encontrada a partir do método de cálculo probabilístico –
baseado em resultados estatísticos do tipo de uso da edificação – ou pelo método
determinístico, o qual se baseia no conhecimento prévio da qualidade e quantidade de
materiais existentes na edificação de estudo.
A IT 14 (2018) fornece, de acordo com o método probabilístico, a carga de incêndio
específica para diversos grupos de edificações, entre eles o das escolas

Quadro 3 - Carga de incêndio Grupo E conforme IT 12/2018


Carga de Incêndio (qfi) em MJ/m²
Ocupação/uso Educacional e cultura Física
Divisão E-1/E-2/E-4/E-6 E-3 E-5

Academias de
Descrição Escolas em geral Pré-escola, creches e similares
ginástica e similares

Carga de
Incêndio (qfi) 300 300 300
em MJ/m²
Fonte: Adaptado IT 14/2018 (2021)

A partir da determinação da carga de incêndio específica, é possível classificar a


edificação segundo a IT 01/2018

Quadro 4 - Classificação das edificações conforme IT 01/2018


RISCO CARGA DE INCÊNDIO MJ/m²
Baixo até 300 MJ/m²
Médio Entre 300 e 1.200 MJ/m²
Alto Acima de 1.200MJ/m²
Fonte: Adaptado IT 01/2018 (2021)

Portanto, de forma geral, as escolas do Rio Grande do Norte se caracterizam


como edificações de risco baixo ao se tratar de carga de incêndio.

10
Aplicaçã
o
Ao final de cada tópico, será apresentada a aplicação do mesmo – se aplicável – em uma
escola padrão projetada no Rio Grande do Norte. O projeto completo se encontra em anexo nesse
manual.
Trata-se de uma escola com 2076,49m² de área construída, vinte e duas salas de aula, sala
para brinquedoteca, biblioteca, laboratório e informática, sala dos professores, coordenação, apoio
acadêmico, sala de material didático, guarita, depósito, área externa, secretaria, cantina, banheiros e
auditório com camarim, refeitório e direção.

Classificação da Edificação
A edificação possui três níveis de pavimentos, divididos em : pavimento térreo nível 01 –
abaixo do nível do terreno – pavimento térreo nível 02 – nivelado com o terreno e segundo
pavimento – no qual se encontra apenas direção com depósito.
• Divisão E-1 (Escolas em geral)

• Edificação Baixa (até 6,0m de altura) – nesse caso, o desnível entre a direção e BWC não é
considerado, uma vez que apenas esse BWC se encontra acima do nível do pavimento, podendo
ser considerado um mezanino de área inferior a um terço da área de seu pavimento.
• Carga de incêndio de 300 MJ/m² (risco baixo)

11
2.2 Dispositivos de Combate a incêndio

Depois de classificar a edificação, é possível determinar quais são as medidas de


segurança necessárias para serem implementadas em projeto. A IT 01 do CBMRN (2018) do
Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte fornece as tabelas indicando os dispositivos
necessários para cada grupo de edificações, inclusive os das escolas, foco do presente
estudo.

Quadro 5 - Exigências para edificações com área


menor ou igual a 750 m² e altura a inferior igual a 12,00m
Medidas de segurança contra incêndio
Controle de Materiais
-
de Acabamento

Saídas de emergência X
Iluminação de Emergência X¹
Sinalização de Emergência X
Extintores X
Brigada de Incêndio -
NOTAS ESPECÍFICAS:
1- Somente para edificações com mais de dois pavimentos;
NOTAS GERAIS:
a - As instalações elétricas e o SPDA devem estar em
conformidade com as normas técnicas oficiais;
b - No cômputo de pavimentos, desconsiderar os pavimentos
de subsolo quando destinados a estacionamento de veículos,
vestiários e instalações sanitárias, áreas técnicas sem
aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência
humana;

Fonte: Adaptado IT 01/2018 (2021)

12
2.2 Dispositivos de Combate a
incêndio Quadro 6 - Edificações do Grupo E com área superior a 750m² e altura superior a 12m

Grupo de ocupação e uso GRUPO E - EDUCACIONAL E CULTURAL


Divisão E-1, E-2, E-3, E-4, E-5 e E-6
Medidas de segurança contra Classificação quanto à altura (em metros)
incêndio Terra H ≤ 6 6 < H ≤ 12 12 < H ≤ 23 23 < H ≤ 30 Acima de 30
Acesso de Viatura na X X X X X X
edificação
Segurança Estrutural contra X X X X X X
incêndio
Compartimentação Vertical - - - X¹ X¹ X²
Controle de Materiais de X X X X X X
Acabamento
Saídas de emergência X X X X X X³

Plano de emergência - - - - X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X

Detecção de incêndio - - - - X X

Alarme de incêndio X X X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes e Mangotinhos X X X X X X

Chuveiros automáticos - - - - - X

Controle de fumaça - - - - - X⁴
NOTAS ESPECÍFICAS:
1 – A compartimentação vertical será considerada para as fachadas e selagens dos shafts e dutos de
instalações;
2– Pode ser substituída por sistema de controle de fumaça, detecção de incêndio e chuveiros automáticos,
até 60 metros de altura, exceto para as compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de
instalações, sendo que para altura superior deve-se, adicionalmente, adotar as soluções contidas na IT-09;
3 – Deve haver Elevador de Emergência para altura maior que 60 m;
4 – Acima de 60 metros de altura.
NOTAS GERAIS:
a - As instalações elétricas e o SPDA devem estar em conformidade com as normas técnicas oficiais;
b – Para subsolos ocupados até 50 m², sem exigências adicionais
c – Os locais destinados a laboratórios devem ter proteção em função dos produtos utilizados;
d – Observar ainda as exigências para os riscos específicos das respectivas Instruções Técnicas.

Fonte: Adaptado IT 01/2018 (2021)

13
2.3 Acesso de viatura na edificação

A IT 06 do CBMRN (2018) estabelece alguns critérios para o acesso às viaturas do


Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte. Segundo ela, as vias de
acesso, as quais possibilitam a aproximação e operação dos veículos deveriam possuir seis
metros de largura mínima, suportar viaturas de 25 toneladas distribuídas em dois eixos e
possuir altura livre mínima de 4,5 metros. Porém, para o grupo das escolas esses critérios
tem caráter apenas de recomendação. Na presença de arruamento interno, o portão de acesso
deve possuir, no mínimo, 4,0 metros de largura e 4,5m de altura.

14
Aplicaçã
ona edificação
Acesso de viatura
A escola utilizada no exemplo não possui arruamento interno, de modo que seu
estacionamento se localiza externamente ao muro de fachada. Por esse motivo, a entrada é
apenas de ocupantes, não sendo necessário portão padronizado para acesso de viatura.

15
2.4 Isolamento de
risco
Em caso de mais de um bloco edificado na De modo geral, a fórmula utilizada para
mesma propriedade, é possível analisar se o incêndio descobrir a distância mínima de separação é:
originado em uma edificação irá se propagar para os
𝑫 = "α"x (largura ou altura) + "𝜷"
blocos adjacentes. Nesse sentido, a IT 07 do CBMRN
(2018) estabelece os critérios básicos para o Sendo,
isolamento de risco, em prol de possibilitar uma D = distância de separação (m);
distância entre os blocos que o tornem independentes "α" = coeficiente tabelado em função da
com relação às medidas de segurança contra incêndio relação entre largura e altura, da porcentagem de
exigidas em cada um. Dessa forma, caso não seja aberturas e da severidade;
atendida às exigências de isolamento, os blocos são "β" = Coeficiente de segurança em função da
considerados como uma edificação única no tocante presença do Corpo de Bombeiros no município,
ao dimensionamento das medidas protetivas, podendo ser 1,5 m (β1) caso exista, ou 3,0m (β2) caso
somando-se as áreas construídas e adotando-se a não;
maior das alturas entre as edificações. Para encontrar o coeficiente "α", é
preciso de
Para iniciar o dimensionamento, a tabela alguns parâmetros preliminares. Primeiro, se
abaixo indica qual parte da fachada deverá ser levada estabelece a severidade da carga de incêndio para o
em consideração. isolamento de risco, padronizado por tabela. Depois, é
necessário determinar a relação entre largura e altura
Quadro 7 - Determinação da fachada para o dimensionamento da fachada em estudo, sempre dividindo-se o maior
Medidas de valor pelo menor. Caso o valor em questão não for
Pavimentos
compartimentação
mencionado no quadro 9, adotar o imediatamente
2 ou mais
Vertical Horizontal Térrea superior. Por fim, é determinada a porcentagem de
pavimentos
aberturas “y” no setor considerado, também devendo
Não Não Toda a fachada Toda a fachada
adotar-se o valor imediatamente superior na tabela em
Fachada da área Fachada da área
Não Sim do maior do maior caso de valores intermediários.
compartimento compartimento
Quadro 8 - Severidade da carga de incêndio para
Toda a fachada o isolamento de risco
Sim Não Não se aplica
do pavimento
Toda fachada da Classificação da Carga de incêndio
SIm Sim Não se aplica área do maior severidade (MJ/m²)
compartimento I 0 -680
Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021) II 681 - 1460

III Acima de 1460

Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021)

16
2.4 Isolamento de
risco
Em caso de a edificação possuir sistema de chuveiros automáticos, seu grau de severidade
pode ser reduzido ao nível anterior e, caso seja grau 1, o coeficiente α pode ser adotado como
metade do valor tabelado.
Em posse desses parâmetros, a tabela abaixo é consultada para se obter o coeficiente α, o
qual será multiplicado pelo menor valor entre largura e altura do setor considerado na fachada e
acrescido do coeficiente de segurança β.
Quadro 9 – Determinação do coeficiente α
SEVERIDADE RELAÇÃO LARGURA/ ALTURA (OU INVERSA) - "X"
I II III 1,0 1,3 1,6 2,0 2,5 3,2 4,0 5,0 6,0 8,0 10,0 13,0 16,0 20,0 25,0 32,0 40,0
%
ABERTURAS COEFICIENTE a
20 10 5 0,4 0,4 0,44 0,46 0,48 0,49 0,5 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51
30 15 7,5 0,6 0,66 0,73 0,79 0,84 0,88 0,9 0,92 0,93 0,94 0,94 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
40 20 10 0,8 0,8 0,94 1,02 1,1 1,17 1,23 1,27 1,3 1,32 1,33 1,33 1,34 1,34 1,34 1,34 1,34
50 25 12,5 0,9 1 1,11 1,22 1,33 1,42 1,51 1,58 1,63 1,66 1,69 1,7 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71
60 30 15 1 1,14 1,26 1,39 1,52 1,64 1,76 1,85 1,93 1,99 2,03 2,05 2,07 2,08 2,08 2,08 2,08
80 40 20 1,2 1,37 1,52 1,68 1,85 2,02 2,18 2,34 2,48 2,59 2,67 2,73 2,77 2,79 2,8 2,81 2,81
100 50 25 1,4 1,56 1,74 1,93 2,13 2,34 2,55 2,76 2,95 3,12 3,26 3,36 3,43 3,48 3,51 3,52 3,53
''' 60 30 1,6 1,73 1,94 2,15 2,38 2,63 2,88 3,13 3,37 3,6 3,79 3,95 4,07 4,15 4,2 4,22 4,24
''' 80 40 1,8 2,04 2,28 2,54 2,82 3,12 3,44 3,77 4,11 4,43 4,74 5,01 5,24 5,41 5,52 5,6 5,64
''' 100 50 2,1 2,3 2,57 2,87 3,2 3,55 3,93 4,33 4,74 5,16 5,56 5,95 6,29 6,56 6,77 6,92 7,01
''' ''' 60 2,3 2,54 2,84 3,17 3,54 3,93 4,36 4,83 5,3 5,8 6,3 6,78 7,23 7,63 7,94 8,18 8,34
''' ''' 80 2,6 2,95 3,31 3,7 4,13 4,61 5,12 5,68 6,28 6,91 7,57 8,24 8,89 9,51 10 10,5 10,8
''' ''' 100 3 3,32 3,72 4,16 4,65 5,19 5,78 6,43 7,13 7,88 8,67 9,5 10,3 11,1 11,9 12,5 13,1
Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021)

Para edificações de área inferior a 750m² e altura menor que 12m, a tabela abaixo pode
definir a distância máxima de separação “D” de maneira alternativa. Para isso, deve ser considerado
a maior porcentagem de abertura entre as edificações exposta e expositora, aplicando-se as
distâncias encontradas na menor projeção horizontal entre aberturas das duas edificações.
Quadro 10 - Máxima distância de separação para edificações com até 12 m de altura e 750 m²
Máxima distância de separação (m)
Porcentagem de PAVIMENTOS
abertura "y" 1 (térreo) 2 3 ou mais
Até 10 4 6 8
De 11 a 20 5 7 9
De 21 a 30 6 8 10
De 31 a 40 7 9 11
De 41 a 50 8 10 12
De 51 a 70 9 11 13
Acima de 70 10 12 14
Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021)

17
2.4 Isolamento de
risco

Já edificações com alturas diferentes, caso a cobertura da edificação mais baixa não
atenda ao Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF) solicitado em IT específica,
devem ser adotadas as distâncias abaixo (Quadro 11), como forma de evitar que o calor e a
fumaça escapem pela cobertura para as aberturas do edifício mais alto. Caso o TRRF seja
atendido, utilizar dimensionamento anteriormente apresentado.

Quadro 11 - Mínima distância de separação entre a cobertura da edificação


menor em relação à outra edificação de maior altura

Número de pisos que


Distância de separação
contribuem para a
horizontal em metros
propagação pela cobertura

1 4

2 6

3 ou mais 8

Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021)

18
2.5 Segurança estrutural contra incêndio

A IT 03 do CBMRN (2018) define o tempo Quadro 12 - Classificação dos Tempos Requeridos de


Resistência ao Fogo (TRRF) para o grupo E
requerido de resistência ao fogo (TRRF) como sendo
GRUPO E
o “tempo de duração da resistência ao fogo dos Ocupação/ Uso: Educacional e Cultura física
TRRF
elementos construtivos de uma edificação Divisão: E-1 a E-6
(min)
estabelecida em normas”. Ou seja, os elementos Classe S2 hs > 10m 90
Profundidade
estruturais e de compartimentação que fazem parte da do subsolo Classe S1 hs ≤ 10m 60
hs
edificação devem suportar um tempo suficiente em
Classe P1 h ≤ 6m 30
prol de evitar o colapso estrutural prematuro, antes da Classe P2 6m < h ≤ 12m 30
saída segura dos ocupantes e acesso do Corpo de Classe P3 12m < h ≤ 23m 60
Altura da Classe P4 23m < h ≤ 30m 90
Bombeiros. Para o grupo das escolas, essa medida é edificação h Classe P5 30m < h ≤ 80m 120
necessária em todas as edificações acima de 750 m², Classe P6 80m < h ≤ 120m 120
Classe P7 120m < h ≤ 150m 150
independente da altura. Classe P8 150m < h ≤ 250m 180
Fonte: Adaptado IT 08/2018 (2021)
Nesse sentido, é estabelecido pela IT 08 do
CBMRN (2018) os critérios de TRRF de acordo com Entretanto, algumas ressalvas se aplicam no
o uso da edificação. Logo, as estruturas são que diz respeito ao TRRF de elementos de
dimensionadas por suas normas e verificadas se estão compartimentação e paredes divisórias de unidades
atendendo ao tempo de resistência ao fogo requerido. autônomas, como as salas de aula, de acordo com o
Para comprovar a utilização desses critérios, são as item 5.7 da IT 08 (2018).
aceitas algumas metodologias, tais como: ensaios • Escadas, elevadores de segurança,
específicos de resistência ao fogo em laboratório, elementos de compartimentação constituídos pelo
atender a tabelas resultantes de ensaios de resistência sistema estrutural das compartimentações e vedações
ao fogo, modelos analíticos normatizados ou das caixas, dutos e antecâmaras, devem atender pelo
reconhecidos internacionalmente. A última menos ao TRRF estabelecido pela categoria da
metodologia é aceita apenas para edificação (Quadro 12), porém não podendo ser
elementos
estruturais, restringindo os de compartimentação às inferior a 120 minutos.
duas primeiras. •Elementos de compartimentação – seja
externa e internamente à edificação, inclusive lajes,
fachadas, paredes externas e fechamento de shafts e
dutos de instalações – bem como os elementos
estruturais primordiais para estabilidade desta
compartimentação, devem possuir TRRF no mínimo
igual da estrutura principal da edificação, não
podendo ser menor que 60 minutos.

19
2.5 Segurança estrutural contra incêndio

•Vedações usadas como isolamento de risco, Por fim, além dos casos de isenção, algumas
bem como suas estruturas essenciais devem ter TRRF edificações térreas também podem ter o TRRF
mínimo de 120 minutos. constante reduzido em 30 minutos caso:
•Para alguns grupos de ocupações, inclusive
•Possua chuveiros automáticos ou área total
o grupo E, paredes divisórias entre unidades
máxima de 5.000m², com pelo menos duas fachadas
autônomas – como salas de aula – e entre as unidades
e áreas comuns, devem possuir no mínimo TRRF de para acesso e estacionamento operacional de viaturas
60 minutos, independente de possíveis isenções e do cobrindo pelo menos metade do perímetro da
tempo requerido da edificação. Apenas isenta-se desta edificação.
exigência edificações com chuveiros automáticos. •Sejam consideradas lateralmente abertas –
Também existem edificações isentas de
ou seja, com ventilação permanente em pelo menos
TRRF, porém, para tais isenções serem admitidas, a
duas fachadas externas em cada pavimento, cujas
mesma precisa ser projetadas em prol de atender aos
aberturas somadas resultem em pelo menos 5% da
objetivos do Regulamento de Segurança contra
Incêndio das edificações e áreas de risco no Estado do área do piso no pavimento e possíveis obstruções
RN. São exemplos de isenções: internas possuam pelo menos 20% de suas áreas
•As edificações P1 e P2 com área inferior a abertas. As aberturas devem ser distribuídas de forma
750m². uniforme e contemplar, pelo menos, 40% do
•As edificações de classes P1 e P2 com área
perímetro da edificação e 20% da área total de
inferior a 1500m² e carga de incêndio de no máximo
fachada externa ou, corresponder a pelo menos um
500 MJ/m², excluindo-se a divisão E6.
• As coberturas das edificações sem terço da superfície total das fachadas externas e, pelo

função de piso ou rota de fuga e cujo colapso menos 50% destas áreas estejam situadas em fachadas
estrutural não comprometa a estabilidade das paredes opostas.
externas e da estrutura principal da edificação.
•Escadas não enclausuradas, caso não
possuam materiais combustíveis em seu revestimento,
acabamento ou estrutura.
•Qualquer edificação térrea provida de
chuveiro automático com bicos do tipo resposta
rápida e/ou com carga de incêndio específica menor
ou igual a 500MJ/m². Exceto quando a cobertura tiver
função de piso ou rota de fuga, ou quando os
elementos estruturais considerados, sejam essenciais à
estabilidade de elemento de compartimentação ou de
isolamento de risco.

20
Aplicaçã
incêndio
o
Segurança estrutural contra
De acordo com o quadro 12, o tempo requerido de resistência ao fogo dos elementos
estruturais e de compartimentação da escola em estudo é de 30 minutos. Apesar do projeto
técnico não detalhar o assunto, no memorial descritivo padrão do corpo de bombeiros, deve
constar os tipos de materiais utilizados para esses elementos. É válido mencionar que o
sistema construtivo tradicionalmente aplicado no Estado, com divisórias de alvenaria de
tijolo cerâmico e estrutura em concreto armado, costuma atender a TRRFS mais altos sem
muita dificuldade.
Para essa escola, seu memorial descritivo aponta as seguintes características:
• Estrutura de concreto armado e estrutura metálica
• Divisões internas de alvenaria de tijolo cerâmico
• Cobertura com laje de concreto armado impermeabilizada

21
2.6 Compartimentação
vertical
Como forma de impedir que o incêndio se
propague em pavimentos consecutivos, são utilizadas
medidas de compartimentação vertical. Para o grupo
das escolas, essa exigência é necessária apenas para
edificações com altura acima de 12 metros, de modo
que, para construções com até os 30 metros de altura,
a compartimentação vertical é considerada apenas
para as fachadas e selagens dos shafts e dutos de
instalações (IT 01 CBMRN, 2018).
A instrução técnica que rege esse requisito é a
IT 09 do CBMRN (2018). Segundo ela, deve existir
elemento corta-fogo na fachada com TRRF que
atenda ao grupo da edificação, em prol de separar
aberturas de pavimentos consecutivos, podendo ser
vigas e/ou parapeito ou prolongamento dos
entrepisos, além do alinhamento da fachada. Esses
elementos, bem como as fachadas cegas, devem ser
consolidados de maneira adequada aos entrepisos, em
prol de não comprometer a resistência ao fogo desses
elementos.
Em caso de compartimentação através de
vigas e/ou parapeitos, as aberturas de pavimentos
consecutivos devem distar uma altura de 1,2m. Já as
abas de prolongamentos de entrepisos, caso
utilizadas, devem se projetar a 0,9m do plano externo
da fachada.
Para edificações com carga de incêndio
específica de até 300MJ/m² – em geral, o caso
das escolas – é permitido pela IT 09 (2018) somar as
dimensões da aba horizontal e a distância da verga até
o piso da laje superior, de modo que totalize pelo
menos 1,20 metros.

22
2.6 Compartimentação
vertical
A IT 09 (2018), faz ainda, algumas •Tubos de plástico com diâmetro interno
recomendações com relação ao tema: maior que 40mm devem ser selados para fechar
•Os elementos de fixação de fachadas pré- buracos em caso de o tubo ser consumido pelo fogo
moldadas devem ser devidamente protegidos contra a abaixo do entrepiso.
ação do incêndio e frestas com vigas e lajes devem •A selagem não deve ser destruída caso a
ser seladas, em prol de garantir a resistência ao fogo instalação do lado seja afetada.
do conjunto. •Paredes de compartimentação cegas entre
• Caixilhos e componentes transparentes piso e teto podem substituir os selos.
ou translúcidos das janelas devem ser de materiais Em caso de dutos de ventilação, ar-
incombustíveis. Para vidros laminados, sua condicionado ou exaustão cruzarem entrepisos, deve
incombustibilidade deve ser determinada como ser feita a selagem ao redor da abertura, bem como
orienta a ISO 1182/2010. ancoragem de registros corta-fogo aos entrepisos.
•Para “fachadas-cortina” ou totalmente Caso os registros não possam ser posicionados, os
envidraçadas, caso a própria fachada não seja de vidro dutos em questão devem possuir proteção em toda a
corta-fogo, devem ser previstos elementos corta-fogo extensão, com resistência mínima de 120 minutos e
de separação, como parapeitos, vigas ou nunca inferior ao TRRF. Nesse caso, as possíveis
prolongamentos de entrepiso. Em caso de fresta ou derivações ao longo dos pavimentos devem ser
abertura entre a fachada e o elemento de separação, protegidas por registros corta-fogo.
deverá ser feita vedação com selos corta-fogo no Para as prumadas como as de esgoto e águas
perímetro, fixados ao elemento, de modo a ficar pluviais que estejam totalmente enclausuradas, não é
estruturalmente independente dos caixilhos da necessária a selagem, desde que as paredes sejam de
fachada. compartimentação e as possíveis
Além das fachadas, também deve ser voltada derivações das
instalações que as transpassam sejam seladas da
a atenção para os shafts e dutos de instalações, seja forma adequada.
elétrica, hidrossanitária, telefônica ou qualquer outra Por dutos de ventilação/
que possibilite uma ligação direta entre os exaustão
fim, permanentes de banheiros e churrasqueiras
pavimentos. Essas prumadas devem ser seladas, de como
devem ser de materiais incombustíveis, cuja prumada
modo a promover a vedação total corta-fogo. Orienta- faça parte exclusivamente de uma única área de
se ainda, que: compartimentação horizontal, se houver.
•Sejam ensaiadas para caracterizar sua As selagens de prumadas e os registros nas
resistência ao fogo de acordo com a NBR 6479/92. aberturas já citados devem, no mínimo,
possuir TRRF da edificação, mas nunca menor que
60 minutos.

23
2.7 Controle de Materiais de Acabamento
e Revestimento (CMAR)
Também é função dos materiais de acabamento, revestimento, não sendo necessário ART quando o
revestimento e termo acústicos fornecer condições material empregado for incombustível (IT 10 do
propícias para restringir a propagação do fogo e CBMRN, 2018).
desenvolvimento da fumaça, como indica a décima Para os ensaios de controle de materiais, o
instrução técnica do CBMRN (2018). Para o grupo das procedimento é de acordo com a sua aplicação na
escolas, essa medida é exigida para qualquer edificação edificação. Em caso de aplicação sobre substrato
com área superior a 750m² e altura maior ou igual a 12 combustível, o mesmo também deve ser ensaiado,
metros. Além do tipo de ocupação da edificação, esse porém, para substratos incombustíveis, o ensaio pode
controle também é exigido em função das posições dos ser realizado sobre placa de fibrocimento com 6
matérias – seja de acabamento, revestimento e termo milímetros de espessura.
acústico – visando: piso, paredes/divisórias, teto/forro e Nesse sentido, o método base de classificação
cobertura. dos materiais é a NBR 9442/86 – materiais de
No próprio projeto técnico, em construção – determinação do índice de propagação
plantas baixas,
superficial de chama pelo método do painel radiante.
cortes e notas específicas, deve estar
Em casos em que o método não for apropriado,
assinalado as
consultar tabela A.3 da IT 10 do CBMRN (2018).
classes dos materiais de piso, parede, teto e
forro. É valido salientar que, na solicitação da vistoria
técnica deve constar a Anotação de Responsabilidade
Quadro
Técnica (ART) do emprego 13 - Classede
de materiais dosacabamento
materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão da
ocupação/uso em função da finalidade do material
e de Finalidade do Material
Piso Parede e divisória Teto e forro
(Acabamento¹/ (Acabamento²/ (Acabamento/
Revestimento Revestimento) Revestimento)
Classe I, II-A, III-A ou
GRUPO E Classe I, II-A ou III-A³ Classe I ou II-A
IV-A
Notas Específicas
1 - Incluem-se aqui cordões, rodapés e arremates
2- Excluem-se aqui portas, janelas, cordões e outros acabamentos decorativos com área inferior a 20% da
parede onde estão aplicados; /
3 - Exceto para revestimentos que serão Classe I ou II-A
Notas Genéricas
a – Os materiais de acabamento e revestimento das fachadas das edificações devem enquadrar-se entre as
Classes I a II-B;
b – Os materiais de acabamento e revestimento das coberturas de edificações devem enquadrar-se entre as
Classes I a III-B;

Fonte: Adaptado IT 10/2018 (2021)

24
Aplicaçã
o de acabamento e revestimento
Controle de materiais
O projeto técnico da escola padrão assinala em sua prancha 01, um quadro nos
moldes do quadro 13, com as classificações exigidas para os materiais de acabamento e
revestimento, de acordo com seu grupo.

O memorial descritivo da edificação especifica que serão utilizados para o piso


granito sintético, concreto polido ou revestimento cerâmico. Já o teto e forro especifica-se a
utilização de laje em concreto armado e gesso ou outro material que atende a IT 10 (2018).

25
2.8 Saídas de emergência

Para todas as edificações do grupo das escolas, independente de área e altura, é exigido
pela IT 11 do CBMRN (2018) que sejam obedecidos requisitos mínimos no dimensionamento
das saídas de emergência, em prol de possibilitar uma evacuação segura da população em caso
de incêndio ou pânico, além de fornecer condições para que as guarnições de bombeiros
adentrem a edificação para combate ao fogo e retirada de pessoas.
Nesse sentido, entende-se por saída de emergência os acessos ou corredores, escadas ou
rampas, elevador de emergência, descarga, rotas de saídas horizontais – caso exista – e portas ou
espaço livre exterior no pavimento de descarga.
Para dimensionamento das saídas de emergência, é necessário calcular a população da
edificação em função de coeficientes, dados a partir do tipo de ocupação. Para esse cálculo
específico, devem ser incluídas nas áreas do pavimento as áreas de terraço, sacada, beirais e
platibandas e excluídas as áreas de elevadores.

Quadro 14 - Dados para o dimensionamento das saídas de emergência


Capacidade da Unidade de
Passagem (UP)
Grupo Divisão População
Acesso/ Escadas/
Portas
Descargas
Rampas
Uma pessoa por 1,50 m²
E-1 a E-4 de área de sala de aula 100 75 100
(F) (N)
E
Uma pessoa por 1,50 m²
E-5, E-6 de área de sala de aula 30 22 30
(F) (N)
uma pessoa por m² de
F F-5 100 75 100
área (E)(N)
Notas:
(F) auditórios e assemelhados, em escolas são considerados nos grupos de ocupação F-5.
(N) para o cálculo da população, será admitido layout dos assentos fixos
(permanente) apresentado em planta.
(E) por ”Área” entende-se a “Área do pavimento” que abriga a população em foco, conforme
terminologia da IT 03; quando discriminado o tipo de área (por ex.: área do alojamento), é a
área útil interna da dependência em questão.
Fonte: Adaptado IT 11/2018 (2021)

26
2.8 Saídas de emergência
2.8.1 Dimensionamento

Largura das saídas de emergência

A largura das saídas é calculada em virtude da quantidade de pessoas passando por elas em caso de
sinistro, não podendo ser adotado valor inferior a 1,2 metros (medidos da parte mais estreita em caso de
obstáculos maiores do que apresentados na figura abaixo)

Para acessos, o cálculo é em função do seu respectivo pavimento. Já escadas, rampas e descargas são
dimensionadas para o pavimento de maior população, que irá definir as larguras mínimas dos lanços dos
pavimentos seguintes, de acordo com o sentido de saída.
A fórmula utilizada para a largura das saídas é:

𝑃
𝑁=
𝐶
Onde,
N = Número de unidades de passagem, arredondando para número inteiro imediatamente superior.
P = População, de acordo com o coeficiente da edificação.
C = Capacidade da unidade de passagem conforme
Logo, fixada a unidade de passagem como sendo 0,55 metro, é possível encontrar a largura mínima
total das saídas multiplicando-se o resultado “N” pelo fator 0,55. Ou seja, em caso de mais de uma saída no
pavimento, a somatória das larguras que deve atender à metragem total calculada, devendo-se adotar larguras
múltiplas de 0,55m.
Portas que abrem em 180° para dentro de saídas não podem comprometer a largura efetiva em valor
menor que a metade e nunca desrespeitar a largura mínima livre de 1,2. Portas que abrem para em 90° devem
estar em paredes recuadas de forma a não comprometer a largura efetiva em valor maior a 0,1m.

27
2.8 Saídas de emergência
2.8.1 Dimensionamento

Acessos e portas de saída de emergência


Algumas recomendações são feitas pela IT 11 do CBMRN (2018) para funcionamento ideal
dos acessos, os quais devem ser dimensionados em prol de possibilitar o fácil escoamento de toda a
população da edificação, de modo a se manterem sempre desobstruídos, com largura adequada e pé-
direito mínimo de 2,5m, exceto em lugar de obstáculos como vigas, vergas de porta e assemelhados,
cuja altura livre deve ser pelo menos de 2,10 m.
São limitadas, ainda, distâncias máximas a serem percorridas pela população para se
alcançar
local de relativa segurança – área livre externa, área de refúgio, área compartimentada com
saída para exterior, escada protegida ou externa, entre outras. Essa distância deve levar em
consideração acréscimo de risco quando o sentido de fuga for único, ou redução de risco em caso de
utilização de chuveiros automáticos, detectores ou controle de fumaça e em edificações térreas, pela
facilidade de saída.
As distâncias máximas devem sempre ser medidas da porta de acesso da unidade autônoma
mais distante até à saída da edificação ou acesso/porta das escadas no pavimento, desde que não
ultrapasse a 10 m. Já para áreas técnicas, a distância máxima a ser percorrida é 140 m.

Quadro 15 - Distâncias máximas


Sem chuveiros a serem percorridas emCom
automáticos metros
chuveiros automáticos
Mais de uma
Grupo/Divisão Saída única Saída única Mais de uma saída
andar saída
de ocupação
Presença de detecção automática de fumaça
Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com

De saída da
edificação (piso de 40 45 50 60 55 65 75 90
E descarga)
Demais andares 30 35 40 45 45 55 65 75
Notas
a - para que ocorram as distâncias previstas nesta Tabela e Notas, é necessária a apresentação do layout definido em planta
baixa (salão aberto, sala de eventos, escritórios, galpões e outros). Caso não seja apresentado o leiaute definido em planta
baixa, as distâncias definidas devem ser reduzidas em 30%;
b - para edificações com sistema de controle de fumaça,
Fonte: admite-se
Adaptado acrescentar
IT 11/2018 (2021)50% nos valores acima;
c - Para admitir os valores da coluna “mais de uma saída” deve haver uma distância mínima de 10 m entre ela.

28
2.8 Saídas de emergência
2.8.1 Dimensionamento

Acessos e portas de saída de emergência


Ainda segundo a instrução técnica 11 (2018), orienta-se que as portas de rotas de saída, portas
que dividem corredores de rotas e portas de salas em comunicação com acessos e descargas – com
capacidade acima de 100 pessoas – devem abrir obedecendo o fluxo da saída, em prol de facilitar o
escoamento.
As dimensões mínimas de portas inseridas nas rotas de fuga, seja ela comum ou
corta-fogo,
são: 80 cm para uma unidade de passagem, 1,0m para duas unidades, 1,5m em duas folhas
para três
unidades e 2 m em duas folhas por 4 unidades de passagem. É exigido uso de duas folhas para
vão acima de 1,20 m e coluna central para vão acima de 2,2m.
A IT 11 (2018) proíbe utilização de peças plásticas em fechaduras, dobradiças, maçanetas e
assemelhados em rotas de saída, entrada em unidades autônomas e salas com ocupação maior que 100
pessoas.
No caso da presença de auditórios nas escolas – os quais se assemelham a edificações do
grupo F – com capacidade acima de 100 pessoas é necessária instalação de barra antipânico nas portas
de saídas de emergência.
É permitida utilização de portas de correr automáticas nas rotas de fuga e saídas de
emergência, em posse de dispositivo que as mantenham abertas em caso de falta de energia ou
problema técnico, exceto para auditórios com capacidade acima de 100 pessoas – uma vez que se
assemelham ao grupo F.
Fechaduras em portas de acesso e descargas são permitidas apenas caso seja possível sua
abertura do lado interno sem necessitar chave. A barra antipânico é dispensada em caso de não haver
travamento, tranca ou fechadura na porta de saída de emergência.

29
2.8 Saídas de emergência
2.8.1 Dimensionamento

Rampas
O item 5.8 da instrução técnica 11 do CBMRN (2018) faz algumas orientações quanto a
obrigatoriedade das rampas e condições de atendimento. Segundo o documento, seu uso é obrigatório
na descarga e acesso de elevadores de emergência, quando a altura a ser vencida não possibilitar
dimensionamento adequado dos degraus de escadas, ou ainda para unir – em caso de desnível – o
nível externo ao saguão térreo.
Ademais, a instrução estabelece que o dimensionamento das rampas deve atender às larguras
de saídas de emergência previamente calculadas, sendo obrigatório terminar em patamar plano
de comprimento mínimo de 1,20m na direção de trânsito. Esses patamares quais devem aparecer em
todas as mudanças de direção ou quando a altura vencida por superior a 3,7m. Além disso, no sentido
descendente de saída, as rampas podem estar depois de um lanço de escada – mas não antes – e devem
ser dotadas de piso antiderrapante com coeficiente de atrito dinâmico mínimo de 0,5, além de ser
obrigatório portar guarda-corpo e corrimão. Por fim, sua declividade deve atender sempre ao exigido
pela NBR 9050 (2020)

Escadas
Edificações com mais de um pavimento ou com pavimento sem saída para o exterior em nível
devem ser dotadas de escadas, cujas particularidades devem atender às exigências de segurança da IT
11 do CBMRN (2018). Segundo a instrução, as escadas devem ser de material estrutural e possuir
compartimentação incombustível, além de oferecer resistência ao fogo nos elementos estruturais.
Além disso, é obrigatório uso de corrimão em ambos os lados da escada e guarda corpo em lados
abertos.
O tipo de escada exigido pela IT 11 (2018) irá variar em função da ocupação da edificação e
sua altura. Escadas e rampas provenientes do subsolo devem ser compartimentadas com PCF-90.

Quadro 16 - Tipos de escadas de emergência devido á classificação da edificação.


Tipo de escada para cada altura
Grupo/ Divisão
H≤6 6 < H ≤ 12 12 < H ≤ 30 Acima de 30

Enclausurada à prova de
E (E-1 a E-6) Não enclausurada Não enclausurada
protegida fumaça
Fonte: Adaptado IT 11/2019 (2021)

30
2.8 Saídas de emergência
2.8.1 Dimensionamento

Escadas (continuação)

As escadas de segurança devem possuir Já para as caixas de escada, é exigido que


iluminação de emergência indicações suas paredes tenham acabamento liso, sendo proibida
e balizamento da rota de descarga,depisos sua utilização como depósitos ou guarda lixeiras.
fuga e Também é vedada a existência de aberturas para
antiderrapantes e não podem ter degraus em tubulação de lixo, passagem para rede elétrica,
leque ou espiral – exceto mezanino e áreas centros de distribuição armários de
privativas. elétrica, medidores e afins.
Ademais, é necessário atender à largura Em escadas enclausuradas, suas paredes
mínima calculada para saídas de emergência medida devem ter TRRF mínimo de 120 minutos, porta tipo
do ponto mais estreito da escada ou patamar, corta-fogo com 90 minutos de resistência e possuir
excluindo corrimãos projetados 10 cm de cada lado. janelas para o exterior em todos os pavimentos –
Lanços paralelos também devem distar no mínimo 10 sendo facultativo apenas no de descarga – de forma a
cm. Com relação às dimensões dos degraus e garantir ventilação permanente, área mínima de
patamares, a instrução técnica n° 11 limita que: ventilação de 0,80 m², largura mínima de 0,80m e
A largura do degrau “b” deve atender a estar situada a no máximo 20 cm do teto. É
fórmula de Blondel, importante que a composição dessas janelas seja de
perfis metálicos reforçados.
63 𝑐𝑚≤ 2 ℎ + 𝑏≤ 64𝑐𝑚
Não sendo possível a utilização de janelas na
Sendo “h” a altura do degrau, cuja dimensão caixa de escada enclausurada, as mesmas devem se
deve estar entre 16 e 18 cm, com tolerância de 0,5cm. situar nos corredores de acesso distando no máximo 5
Em um mesmo lanço, as dimensões citadas metros da porta da escada e atendendo as dimensões
não podem variar, sendo essa diferença em lanços já citadas, torna-se obrigatória uma janela ou alçapão
sucessivos aceitável em até 5mm. para saída da fumaça no topo da caixa de escada ou
Já para os patamares, o comprimento deve ser instalação de antecâmaras ventiladas.
dado pela seguinte fórmula:

𝑝= 2 ℎ + 𝑏. 2 + 𝑏

Esse comprimento não pode ser inferior a


largura da escada. Quando tiver porta, deve haver
patamar nos dois lados de vão da porta com largura
mínima da folha da porta.

31
2.8 Saídas de emergência
2.8.1 Dimensionamento

Escadas (continuação)
Por fim, muitas são as exigências de dimensionamento de escadas enclausuradas à prova de
fumaça
- dotadas de antecâmara – porém, tal exigência no estado se enquadra apenas para edificações escolares
com altura superior a 30 metros, inexistentes no estado. Logo, o presente documento dispensa apresentação
desse dispositivo. Caso necessário, consultar IT 11 do CBMRN (2018).

32
Aplicaçã
o
Saída de emergência

1. Cálculo das populações

Inicialmente, calcula-se a população da escola. O quadro 14 recomenda utilizar para


o cálculo uma pessoa por 1,50m² de sala de aula. Apesar de estar pré-estabelecido no
projeto a lotação de 20 pessoas por sala de aula – sendo permitido utilizar esse valor para
fins de cálculo – exemplificaremos o procedimento a partir das áreas, por encontrar valores
na situação mais desfavorável, nesse caso.

PAVIMENTO TÉRREO NÍVEL 01

• Salas de aula nível 01


Para dimensionamento da situação mais desfavorável, sem considerar layout do
projeto temos:
Somatório de área das salas de aula:
𝐴 = 53,49 + 43,63 + 45,28 + 45,55 + 43,20 + 38,16 + 37,80 + 42,30 +
43,20 + 40,28
𝐴 432,89𝐴 = 432,89
𝑃= = ≈ 289 𝑝
𝑜
𝑒
𝑠
𝑎
1,5 1,5
• Auditório
Por ser considerado uma área de reunião de público, utiliza-se a relação de uma
pessoa por m² no cálculo da população (Quadro 14)

𝐴 = 143,45 𝑚 ²
𝑃= 1 𝑥143,45 ≈ 144 𝑝
𝑜
𝑒
𝑠
𝑎

Logo, a população total considerada será de:


𝑃 = 289 + 144 = 433 𝑝
𝑜
𝑒
𝑠
𝑎

33
Aplicaçã
o
Saída de emergência

1. Cálculo das populações

PAVIMENTO TÉRREO NÍVEL 02

• Salas de aula nível 02


Para dimensionamento da situação mais desfavorável, sem considerar layout do
projeto temos:
Somatório de área das salas de aula:
𝐴 = 41,41 + 36,58 + 36,23 + 40,55 + 41,49 + 42,07 + 47,76 + 42,18 + 41,79
+
46,76 + 43,15 + 43,17 + 38,16 + 37,80 + 42,30 + 43,15
𝐴 𝐴= 664,55 𝑚 ²
654,44
𝑃= = ≈ 443 𝑝
𝑜
𝑒
𝑠
𝑎
1,5 1,5

2. Largura mínima das saídas de emergência

PARA ESCADAS E RAMPAS

Utiliza-se a somatória da população do pavimento com maior soma. Nesse caso,


pavimento térreo nível 02. Para escadas e rampas das escolas em geral , a capacidade da
unidade de passagem é igual a 75 (Quadro 14).

𝑃 = 443 𝑝
𝑜
𝑒
𝑠
𝑎

𝑃 443
𝑁= = = 5,91 ≈ 6 𝑈𝑃
𝐶 75
𝐿= 𝑁 𝑥0,55 = 6 𝑥0,55 = 3,30𝑚

A edificação possui uma escada de emergência com 3,89m, acompanhada por rampa
de emergência de 1,50m. Logo atende com folga os quesitos mínimos.

34
Aplicaçã
o
Saída de emergência

2. Largura mínima das saídas de emergência

PORTA DO AUDITÓRIO

Nesse caso, utiliza-se a capacidade da unidade de passagem para portas de


edificações do grupo F-5, onde C = 100 (Quadro 14).

𝑃 = 144
𝑃 144
𝑁= = = 1,44 ≈ 2
𝐶 100
𝐿= 𝑁 𝑥0,55 = 2 𝑥0,55 = 1,10𝑚

O auditório do projeto possui duas saídas de emergência com vão de luz de 1,95m,
atendendo com folga aos requisitos mínimos.

PORTAS DAS SALAS DE AULA

Tomando como base para o cálculo a sala de aula de maior área (53,49m²),
temos:
53,49
𝑃= = 35,66 ≈ 36 𝑝
𝑜
𝑒
𝑠
𝑎
1,5

𝑃 36
𝑁= = = 0,36 ≈ 1
𝐶 100
𝐿= 𝑁 𝑥0,55 = 1 𝑥0,55 = 0,55𝑚

Logo, deverão ser utilizadas portas com dimensão de luz maior ou igual ao mínimo
estabelecido de 80cm, equivalente à uma unidade de passagem.

35
2.9 Plano de emergência
Segundo definição da IT 03 do CBMRN •Alerta: pode ser realizado por qualquer
(2018), plano de emergência trata-se de um ocupante ou até mesmo de forma automática, para
documento – exigido de acordo com o risco da alertar ocupantes, brigadistas, bombeiros profissionais
edificação – o qual elenca uma série de ações e e apoio externo em uma situação de emergência.
procedimentos a serem tomados como forma de •Análise de situação: o segundo passo é
proteção a vida, do meio ambiente e do patrimônio, analisar a situação para definir os procedimentos
além de minimizar consequências de sinistros. necessários de acordo com recursos materiais e
Para elaboração desse plano, os riscos de humanos disponíveis (brigada de incêndio, grupo de
incêndio devem ser analisados, relacionados e apoio, etc.).
representados em uma planta de risco de • Apoio externo: a solicitação imediata
incêndio por profissional habilitado e comtemplar, do Corpo de Bombeiros deve ser feita idealmente por
pelo menos, detalhamento da edificação e seus brigadista, o qual deve informar nome do solicitante,
procedimentos básicos de emergência. A IT 16 do telefone, endereço completo, pontos de referência
CBMRN (2018), responsável por estabelecer as e/ou acessos, bem como caracterizar a emergência,
diretrizes desse plano, recomenda utilização de local ou pavimento e suas possíveis vítimas.
métodos reconhecidos como o “check list”, “what if”, •Primeiros socorros: prontamente socorrer
HAZOP, Árvore de Falhas, Diagrama Lógico de possíveis vítimas para manter ou estabelecer suas
Falhas. funções vitais até chegada de atendimento
Ainda segundo a IT 16 (2018), deve ser profissional.
contemplado no plano de emergência as •Eliminar os riscos: cortar fontes de
seguintes informações: localização – tipo, vizinhança, energia da área de emergência ou geral, fechar
distancia para outras construções e riscos, distância válvulas de tubulações de gases ou produtos
para o Corpo de Bombeiros, existência de plano de perigosos, quando possível.
auxílio mútuo (PAM) entre outras – método •Abandono de área: pode ser parcial ou total
construtivo, ocupação, população (total, por setor, de acordo com a necessidade, conduzindo a
área e andar), dias e horários de funcionamento, população para ponto de encontro, onde irão ficar até
pessoas portadores de necessidades especiais, riscos definição final da emergência. Deve ser levado em
inerentes à atividade exercida, brigada de incêndio, consideração no plano, formas de abandono de
brigada profissional e recursos materiais existentes. portadores de deficiência, idosos, gestantes, ou
Já com relação aos procedimentos básicos, qualquer pessoa que necessite de auxílio.
devem ser abordado alguns aspectos importantes, tais
quais:

36
2.9 Plano de emergência
•Isolamento de área: em prol de evitar Em virtude de constantes mudanças nas
pessoas não autorizadas que atrapalhem os trabalhos edificações, é necessário que o plano de emergência
de emergência ou se coloquem em risco. possua certa manutenção, sendo necessárias reuniões
•Confinamento do incêndio: evitar seu periódicas com registro em ata para esse fim, na
alastramento e minimizar suas consequências. presença do coordenador geral da brigada, chefes e
•Combate ao incêndio: proceder o combate líderes de brigada, representante dos brigadistas
ao fogo até sua extinção. profissionais – se houver – e representante do grupo
•Investigação: estudar possíveis causas do de apoio. Nessas reuniões, discute-se o calendário das
sinistro em prol de evitar sua repetição. simulações, as funções de cada um dentro do plano,
A IT 16 (2018), orienta ainda que seja feita condições de uso dos equipamentos de combate a
ampla divulgação do plano de emergência contra incêndio, possíveis problemas na prevenção de
incêndio para os ocupantes da edificação, incêndio e suas soluções, atualizações estratégicas de
disseminando o conhecimento dos procedimentos em combate a incêndio, entre outros.
caso de risco. Além disso, deve-se inserir o plano Em caso de sinistro, identificação de perigo
como parte dos treinamentos e de reuniões ordinárias iminente, alteração importante de layout ou
de membros da brigada, dos brigadistas profissionais, área, ou ainda previsão de serviços de risco, deve ser
entre outros. Para os visitantes, é sugerido acesso à agendada reunião extraordinária. Além disso, o plano
informação por meio de panfletos, por exemplo. deve passar por uma auditoria anual para avaliação
Outra recomendação é a realização de do seu correto cumprimento por profissional
exercícios simulados, no máximo anuais (podendo ser habilitado, e posteriormente deve ser revisado. A
mais frequentes), para prática de abandono parciais e revisão pode ser anual ou quando puder se realizar
completos de áreas da edificação, com todos os seus uma melhoria no mesmo, bem como em caso de
ocupantes e seguidos de reunião extraordinária para alteração significativa nos processos de serviço, de
melhorias e correções de falhas. Na reunião, deve ser área ou layout. No último caso, o documento também
elaborada uma ata com: data e horário ocorrido, deve ser avaliado por profissional habilitado.
tempo para abandono, tempo para retorno, atuação
dos profissionais envolvidos, comportamento dos
ocupantes, participação do Corpo de Bombeiros e
tempo para sua chegada, ajuda externa, falhas de
equipamentos ou operacionais, entre outros
problemas.

37
2.9 Plano de emergência

Um documento importante anexado ao plano de emergência é a planilha de informações

operacionais, a qual resume os dados da edificação, sua ocupação e detalhes importantes para o

atendimento do Corpo de Bombeiros. Tal planilha deve ser apresentada em caso de pedido de

vistoria e uma cópia deve ser encaminhada para o Centro de Operações e para o Posto de Bombeiros

atendente na região.

Por fim, a planta de risco de incêndio é necessária para facilitar o rápido reconhecimento do

local pela equipe de emergência e dos ocupantes da edificação. Nela, deve ser apresentado: principais

riscos de explosão e incêndio, paredes e portas corta-fogo, hidrantes externos, número de

pavimentos, registro de recalque, reserva de incêndio, local de manuseio e/ou armazenagem de

produtos perigosos, vias de acesso da viatura, hidrantes urbanos nas proximidades, saídas de

emergência. Essa planta deve estar na entrada da edificação, nos pavimentos de descarga e em área

comum dos demais pavimentos para visualização dos ocupantes e da equipe de combate a incêndio.

38
Procedimento
de emergência ANÁLISE
INÍCIO ALERTA DA
contra incêndio SITUAÇÃO


NÃO EMERGÊNCIA? SIM

SIM
NÃO
VÍTIMAS? HÁ INCÊNDIO?
ANALISAR
SIM NECESSIDADE
DAS ETAPAS
NÃO SEGUINTES
NECESSIDADE APOIO
DE EXTERNO
SOCORRO?
SIM NÃO
SIM ELIMINAR
PRIMEIROS RISCOS
SOCORROS
SIM
ABANDONO
NÃO DA ÁREA
APOIO
EXTERNO?

ISOLAMENTO
DA ÁREA

CONFINAMENTO
DA ÁREA

COMBATE
INVESTIGAÇÃO AO
INCÊNDIO

CÓPIA PARA
RELATÓRIO SETORES FIM
RESPONSÁVEIS

39
2.10 Brigada de Incêndio

Para qualquer edificação do grupo das escolas com área superior a 750 m² ou altura maior que
12 metros é necessário possuir brigada de incêndio como forma de prevenção e combate de princípio
de incêndio, abandono de área e primeiros socorros até chegada dos profissionais. De acordo com a IT
17 do CBMRN (2018), a composição da equipe irá variar em função da população fixa, grau de risco
e os grupos/divisões de ocupação da planta.

Quadro 17 - Composição mínima da brigada de incêndio por pavimento ou compartimento


População fixa por pavimento ou compartimento
Grup Grau de Nível de
Divisão Descrição
o risco Até 2 Até 4 Até 6 Até 8 Até 10 Acima de 10 treinamento

Escola em Intermediário (nota


E-1 Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5)
geral 13)
Escola Intermediário (nota
E-2 Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5)
E - Educacional e cultura física

especial 13)
Espaço para Intermediário (nota
E-3 Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5)
cultura física 13)
Centro de
Intermediário (nota
E-4 treinamento Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5)
13)
profissional
80% da
Intermediário (nota
E-5 Pré-escola Baixo 2 4 6 8 8 população fixa
(nota 15) 13)

Escola de 80% da
Intermediário (nota
E-6 portadores de Baixo 2 4 6 6 8 população fixa
13)
deficiência (nota 15)
NOTAS:
5 - Quando a população fixa de um pavimento, compartimento ou setor for maior que 10 pessoas, será acrescido mais um brigadista para cada
grupo de até 20 pessoas para risco baixo.
13 - As plantas com altura inferior ou igual a 12 m podem optar pelo nível de treinamento básico de combate a incêndio, mantendo -se o nível
intermediário para primeiros socorros no grupo de ocupação F
15 - Nas divisões onde a população fixa for acima de 10 e a tabela determinar o cálculo para 80% da população fixa, o número total de
brigadistas será calculado conforme exemplo F.
Exemplo F: Creche risco baixo (pré-escola – divisão E-5) com população fixa de 30 pessoas.
- População fixa até 10 pessoas = 8 brigadistas (tabela A.1).
- População fixa acima de 10 = 30 (população fixa total) – 10 = 20 pessoas.
- Número de brigadistas= 80% de 20 pessoas = 16 pessoas.
- Número de brigadistas = 8 brigadistas (população fixa até 10) + 16 brigadistas (população fixa acima de 10).
- Número de brigadistas da creche = 24 brigadistas.

Fonte: Adaptado IT 16/2018 (2021)

40
2.10 Brigada de Incêndio
Os brigadistas escolhidos devem atender ao maior número possível de critérios básicos
estabelecidos pela instrução técnica citada, são eles: permanecer na edificação em seu turno de
trabalho, ter experiência como brigadista, ter preparo físico e boa saúde, conhecer as instalações –
dando preferência a funcionários de utilidades, instalações e manutenções em geral – além de ter
responsabilidade legal e ser alfabetizado.
A IT 17 (2018), também define como a equipe deve ser hierarquizada para seu
funcionamento, organizando-se em:

Brigadista
Responsáveis por entrar em ação na emergência ao identificar a situação, alarmar e acionar o
Corpo de Bombeiros, promover o abandono da área, cortar a energia, iniciar os primeiros socorros,
combater o princípio de incêndio e receber/orientar os especialistas. Cabe aos brigadistas, também,
atuar em ações de prevenção ao analisar riscos durante suas reuniões, notificar irregularidades na
edificação, orientar a população fixa e flutuante, participar de exercícios simulados e conhecer o plano
de emergência da edificação, caso exista.

Líder
Coordena e executa as ações de emergência no seu setor/pavimento/compartimento. Escolhido
entre os brigadistas.

Chefe da edificação ou turno


Coordena e executa as ações de emergência de certa edificação da planta. Também escolhido
entre os brigadistas.

Coordenador geral
Coordena e executa as ações de emergência de todas as edificações de uma planta. Escolhido
entre os brigadistas, deve ter capacidade de liderança e, em sua ausência, deve haver um substituto
previamente capacitado.

41
2.10 Brigada de Incêndio
Além dos procedimentos básicos de emergência, já detalhados no plano de emergência,

também são necessários alguns procedimentos complementares, tais quais: identificação da brigada

em locais visíveis e do próprio brigadista para que seja reconhecido como membro da equipe, sistema

de comunicação entre os brigadistas – em caso de mais de um pavimento, setor ou bloco – e, se

necessário, sistema de comunicação externa, estabelecer a ordem de abandono pelo maior responsável

pela brigada, definição do ponto de encontro dos brigadistas e formação de grupo de apoio, o qual

pode contar com a Segurança Patrimonial, eletricistas, encanadores e outros técnicos.

Os brigadistas devem participar de cursos abrangendo teoria e prática com atestado, o qual

será exigido no pedido de vistoria. Durante a vistoria, um brigadista é escolhido para ser avaliado pelo

vistoriador respondendo perguntas.

42
Aplicaçã
o
Brigada de incêndio

A edificação possui dois pavimentos com população fixa estimada em 20


funcionários por pavimento. Para o cálculo da brigada, considera-se apenas os funcionários
da edificação, desconsiderando os alunos. Como a população fixa por pavimento ultrapassa
as 10 pessoas, temos:

- População fixa até 10 pessoas: 4 brigadistas (Quadro 17)


- População fixa acima de 10 pessoas: 20 (população total) -10 = 10 pessoas

A nota 5 do quadro 17 explica que, para o grupo das escolas em geral, quando a
população fixa de um pavimento, compartimento ou setor for maior que 10 pessoas, será
acrescido mais um brigadista para cada grupo de até 20 pessoas para risco baixo.

- Número de brigadistas = 4 (população fixa até 10) + 10/20 (população fixa


acima de 10)
- Número de brigadistas = 4 + 1,0 = 5 brigadistas por pavimento
- Número de brigadista total = 2 (pavimentos) x 5,00 = 10 brigadistas

43
2.11 Iluminação de
emergência
Um dos dispositivos essenciais para o

possibilitar uma evacuação segura e ordenada é o

sistema de iluminação de emergência. A IT 18 do

CBMRN (2018), em conformidade com a NBR

10898 (1999) são responsáveis por regulamentar as

condições necessárias de projeto e instalação desse

dispositivo.

É permitida utilização de três sistemas para

iluminação de emergência: grupo motogerador

(GMG), sistema centralizado com baterias – de vida

útil mínima de 4 anos – ou conjunto de blocos

autônomos, com baterias de chumbo-ácido selada ou

níquel-cádmio, isenta de manutenção. As luminárias

autônomas são o sistema mais comumente usados em

virtude de sua eficiência e praticidade.

É exigido pela IT 18 (2018) um

distanciamento máximo entre os pontos de iluminação

de 15 metros e de 7,5 metros entre o ponto e a

parede,

de modo que para adoção de outros

distanciamentos, deve atender ao estabelecido pela

NBR 10898 (1999) e detalhado ao lado:

44
2.11 Iluminação de
emergência
Os pontos de iluminação devem ser dispostos em áreas de risco, acessos, escadas,

antecâmaras, locais de circulação e de reunião de pessoas.

Ainda segundo a norma, deve ser garantido um iluminamento mínimo de 3 lux para locais

planos, passando para 5 lux em caso de locais em desnível como escadas ou passagens com

obstáculos. Com relação à tensão mínima das luminárias de aclaramento e balizamento em locais com

carga de incêndio, deve atender ao valor máximo de 30 volts.

Por fim, a autonomia do sistema de iluminação não deve ser inferior a uma hora, com uma

perda maior que 10% de sua luminosidade inicial, de acordo com a NBR 10890 (1999). Apesar disso,

a maioria das luminárias autônomas comumente usadas contam com autonomia superior a duas horas.

45
Aplicaçã
o
Iluminação de emergência
Representação gráfica
No projeto optou-se por utilizar o
sistema de blocos autônomos para
iluminação de emergência, representados
pelo bloco ao lado:

A distribuição dos blocos autônomos é feita ao longo de toda a edificação, onde se


julgar necessário, desde que atenda aos distanciamentos mínimos exigidos. Pode-se
observar no esquema, feito a partir do projeto modelo, que as luminárias do pátio coberto
atendem ao disposto na IT , distando menos de 15 m entre elas e 7,5 m entre a luminária e a
parede. A disposição completa dos blocos pode ser observado no projeto técnico anexado à
esse manual.

46
2.12 Sistema de detecção e alarme de
incêndio
Um dos fatores cruciais para a eficiência no A IT 19 (2018) limita 30 metros como sendo
combate a incêndio é a agilidade em que o sinistro é a distância máxima a ser percorrida por qualquer
detectado e avisado para os demais ocupantes, ocupante da edificação até o acionador manual de
possibilitando o início das medidas cabíveis de alarme mais próximo, o qual deve estar presente em
evacuação e extinção do fogo. Sob esse aspecto, a IT todos os pavimentos da edificação e estar
19 do CBMRN (2018) é a responsável por estabelecer preferencialmente junto aos hidrantes. Além disso, os
os requisitos mínimos necessários para acionadores manuais devem conter indicação de
dimensionamento desse sistema. funcionamento – cor verde – e alarme – cor vermelha,
Para o grupo das escolas, apenas edificações quando a central for do tipo convencional. A central
de altura superior a 23 metros necessitam de deve ainda indicar a localização do acionamento.
sistema de detecção de incêndio, de modo que as
escolas do Rio Grande do Norte comumente irão
necessitar apenas de acionamento manual dos
alarmes.
Segundo a IT 19 (2018), todo sistema deverá
ser provido de duas fontes de alimentação, sendo a
principal a própria rede do sistema elétrico da
construção, e a auxiliar pode ser por baterias, nobreak
ou gerador e deve possuir autonomia mínima de 24 /
horas em regime de supervisão e 15 minutos no
regime de alarme.
As centrais de alarme devem possuir
dispositivo de teste dos indicadores luminosos e
acústicos, em local de fácil visualização. Também há
possibilidade de preceder o alarme geral por um pré-
alarme na sala de segurança, como forma de evitar
tumulto, caso haja brigada de incêndio na edificação.
Para isso, deve existir temporizador de no máximo
dois minutos para acionar o alarme geral, em caso de
não serem tomadas as medidas necessárias para
verificar o pré-alarme.

47
Aplicaçã
o e alarme
Sistema de detecção

Para essa edificação, não é necessária utilização de detectores de fumaça (quadro 6


– edificação com H < 12m ), restringindo o sistema aos acionadores manuais e central de
alarme. No projeto optou-se por utilizar a central de alarme na guarita, alimentada pela rede
do sistema elétrico da edificação como fonte principal, e fonte auxiliar por baterias. A
distância máxima percorrida ao acionador manual mais próximo nunca deverá ultrapassar
30 metros.
Abaixo, foi extraída do projeto a representação gráfica utilizada:

Acionador Manual de
Central de alarme
Detecção e alarme

Avisador audiovisual Baterias do sistema de


de alarme detecção - alarme

A figura ao
lado, foi extraída do
projeto como forma de
exemplificação. Nela,
mostra a central de
alarme e sua bateria
auxiliar, locados na
guarita. Ao longo da
edificação, optou-se
por sempre locar o
sistema de acionador e
avisador próximo ao
abrigo de hidrantes.

48
2.13 Sinalização de emergência
Um dispositivo de combate a incêndio indispensável para qualquer escola, independentemente
de seu porte, é o uso adequado das sinalizações de emergência, uma vez que tem finalidade de alertar
quanto aos riscos existentes na edificação, além de guiar as ações adequadas a serem tomadas em
situações de risco. Ou seja, as sinalizações de emergência atuam como um agente facilitador para
encontrar equipamentos de combate, rotas de saídas e guiar procedimentos, como explica a IT 20 do
CBMRN (2018).
Sob esse aspecto, a instrução técnica n° 20 estabelece os critérios de símbolos,
mensagens,
cores e posição de cada tipo de sinalização, dividindo-as dois grupos: sinalização básica e
complementar. O primeiro grupo trata-se do conjunto mínimo que deve existir em qualquer edificação
e pode ser subdividido em: proibição, alerta, orientação e salvamento e equipamentos.
Já a sinalização complementar são faixas de cores, símbolos ou mensagens que
complementam a sinalização básica em situações como: indicação continuada de rotas de saída,
indicação de obstáculos e riscos no uso dessas rotas, demarcação de áreas no piso, mensagens
complementares específicas, identificação de sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio por
meio de pinturas diferenciadas.
•Rotas de saída: sinalização facultativa de acordo com as particularidades de cada
edificação. São aplicadas sobre o piso acabado, paredes de corredores e escada, indicando a direção do
fluxo. Recomenda-se espaçamento máximo de três metros horizontalmente e sempre que mudar de
direção.
•Indicação de obstáculos: sempre que houver desnível de piso ou rebaixo de teto ou em
qualquer obstáculo que reduza a largura efetiva das rotas, além de elementos transparentes como
esquadrias de vidro.
•Mensagens específicas: situar-se adjacente à sinalização básica que complementa, em língua
portuguesa. As mensagens que indicam alguma condição específica da edificação devem se encontrar
em seu acesso principal, contendo informações sobre os sistemas de proteção contra
incêndio instalados, características da edificação e número da emergência. Em caso de auditórios, por
serem considerados recintos de reunião de público, deve conter mensagem na sua entrada com lotação
máxima permitida.

49
2.13 Sinalização de emergência
Proibição
Responsável por vetar ações que possam iniciar ou agravar um incêndio. A sinalização de

proibição deve ser instalada a 1,80 m do piso acabado até a base da sinalização, deve estar visível em

toda a área de risco e distantes no máximo 15 metros uma da outra.

Alerta
Chama atenção para áreas e materiais de alto risco de incêndio, explosão, choques e

contaminações. A sinalização de alerta deve ser instalada a 1,80m do piso acabado até a base da

sinalização, próxima do risco isolado ou ao longo da área de risco generalizado, distando no

máximo

15 metros uma da outra.

Orientação e Salvamento

Indica rotas de saída e as ações necessárias para sua utilização, devendo assinalar mudanças
de direção, saída, escadas e assemelhados. Para portas de saídas de emergência, deve ser posicionada
logo acima da porta a no máximo 10 cm da verga, ou na própria folha da porta a 1,80 m de altura. Para
as de orientação das rotas, as placas devem estar no máximo a 15 m da rota de saída, mantendo
sempre visível a sinalização seguinte, que não podem distar mais de 30m uma da outra, obedecendo a
altura de 1,80 m. Na caixa de escada, a sinalização de indicação do pavimento também deve estar a
1,80 m do piso, locado nos patamares de acesso do pavimento para visualização nos dois sentidos da
escada, além de precisar contar com sinalização de saída com seta indicando direção do fluxo.

Equipamentos
Indica localização e disponibilidade de alarmes e equipamentos de combate a incêndios,
também devendo estar a 1,80 m do piso acabado até a base da sinalização, logo acima do equipamento
em questão. A sinalização deve estar em conjunto com símbolo do equipamento e uma seta indicativa,
não podendo distar mais de 7,5 m do equipamento. Para extintores e hidrantes, utiliza-se ainda
sinalização no piso para evitar obstrução.

50
2.13 Sinalização de emergência
2.13.1 Formas geométricas e dimensões
Quadro 18 - Formas Geométricas e dimensões da Sinalização

Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)

51
2.13 Sinalização de emergência
2.13.2 Proibição
Quadro 19 - Simbologia sinalização de Proibição

Simbologia

Código Símbolo Significado Descrição Aplicação

Sempr
P1 Proibido fumar e
au
cha

Proibido produzir
P2
chamar

Proibido utiliza
P3 água para ap
fogo

P4

P5

Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)

52
2.13 Sinalização de emergência
2.13.3 Alerta
Quadro 20 - Simbologia da sinalização de alerta

Simbologia

Código Símbolo Significado Descrição Aplicação

Quando necessitar de um
alerta sem símbolo
A1 Alerta geral específico. Deve ser
acompanhado de
mensagem escrita

Cuidado, risco de Em locais com


A2
incêndio materiais muito
inflamáveis

Locais com materiais


Cuidado, risco de
A3 ou gases com possíveis
corrosão
riscos de explosão

Símbolo triangular
de fundo
amarelo, com
Cuidado, risco de pictograma e Locais com
A4
choque elétrico faixa triangular materiais
preta corrosivos

Locais com instalações


Cuidado, risco de
A5 elétricas com algum
radiação
risco de choque

Cuidado, risco de Locais com


A6
radiação materiais
radioativos

Cuidado, risco de
Locais com
A7 exposição a produtos
produtos
tóxicos
tóxicos

Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)

53
2.13 Sinalização de emergência
2.13.4 Orientação e Salvamento
Quadro 21 - Simbologia da sinalização de alerta

Simbologia

Código Símbolo Significado Descrição Aplicação


Indica o sentido da saída de
emergência, fixado em espcial
S1
em colunas. Dimensões mínimas
L = 1,5H

Indica o sentido da saída de


emergência, fixado em espcial
S2
em colunas. Dimensões mínimas
L = 2,0H

Indicação de um acesso de saída


S3 fixada em cima da porta
Símbolo retangular de
Saída de fundo verde, com
emergênci pictograma
S4 a fotoluminescente

S5 Indicação do sentido do acesso a


uma saída não aparenten, saída por
rampas ou indicação do sentido de
saída vertical (subindo ou
S6 descendo)

S7

54
2.13 Sinalização de emergência
2.13.4 Orientação e Salvamento
Quadro 21 - Simbologia da sinalização de alerta (continuação)

Simbologia

Código Símbolo Significado Descrição Aplicação

S8

S9 Símbolo retangular
Escadas de com fundo verde
e pictograma
emergênci fotolumine
S10
a

S11

S12

S13

S1

55
2.13 Sinalização de emergência
2.13.4 Orientação e Salvamento
Quadro 21 - Simbologia da sinalização de alerta (continuação)

Simbologia

Código Símbolo Significado Descrição Aplicação


Símbolo retangular de
fundo verde, mensada
S15 "SAÍDA" podendo ser
acompanhada de
Saída de pictograma e/ou seta Indicação de saída de emergência
emergênci direcional com rampas para deficientes
a fotoluminescente, se for
S16 o caso. Altura de lera
sempre maior que 50 mm

Símbolo retangular ou
quadrado de fundo
verde e algarismos
Indicação do pavimento no
Número do fotoluminescente
S17 interior da escada, patamar e
indicando número do porta corta- fogo
pavimento pavimento. Podem ser
associadas duas
placas.

S18

Fixada acima da porta corta-fogo,


Instrução para indica aforma de acionamento da
S19 abrir porta corta- barra antipânico instalada. Se
fogo por barra preciso, pode acompanhar
antipânico Símbolo quadrado ou mensagem escrita "aperte e
retangular de fundo empurre"
verde e pictograma
fotoluminescente
S20

Acesso a um Indica uma providência em prol de


dispositivo para obter acesso a uma chave ou um
S21 abertura de uma modo de abertura da saída de
porta de saída emergência

Quadro 23 - Simbologia da sinalização de alerta

56
2.13 Sinalização de emergência
2.13.5 Equipamentos

Quadro 22 - Simbologia da sinalização de equipamentos


Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação

Indicação de local
E1 Alarme sonoro para acionamento de
alarme de incêndio

Ponto de acionamento
E2 de alarme ou bomba
de incêndio, o qual
Comando manual de
deve ser
alarme ou bomba
acompanhado de
de incêndio Símbolo quadrado
mensagem escrita
de fundo vermelho
informando qual é o
e pictograma
E3 equipamento
fotoluminescente

Posição do interfone
Telefone/Interfone de para comunicar
E4 emergências a uma
emergência
central

Indicação de
E5 Extintor de incêndio
extintores de incêndio

57
2.13 Sinalização de emergência
2.13.5 Equipamentos

Quadro 22 - Simbologia da sinalização de equipamentos

Indicação de
E6 Mangotinho localização de
mangotinho

Indicaçaõ de abrigo
Abrigo de mangueira da mangueira de
E7 incêndio com ou sem
de hidrante
hidrante

Símbolo quadrado
de fundo vermelho Indicação de local de
E8 Hidrante de incêndio e pictograma hidrante fora do
fotoluminescente abrigo

Indicação de local
Coleção de com conjunto de
E9 equipamentos de equipamentos como
combate a incêndio hidrante, alarme e
extintores

Válvula de controle
Indicação da válvula
do sistema de
E10 de controle dos
chuveiros
chuveiros automáticos
automáticos

58
2.13 Sinalização de emergência
2.13.5 Equipamentos
Quadro 22 - Simbologia da sinalização de equipamentos

Indicado para facilitar


localizar extintor tipo
Extinto de incêndio
E11 carreta em caso de
tipo carreta
incêndio de grandes
proporções

Indicado para
E12 Manta antichama abafamento de
chamas em pessoas

Seta à esquerda
indicando localização
E13 de alarme ou
equipamentos de
combate à incêndio Símbolo quadrado
de fundo vermelho
e pictograma
Seta à direita fotoluminescente
indicando localização
Indica localização de
E14 de alarme ou
alarme ou euipamento
equipamentos de
de combate a
combate à incêndio
incêndio, devendo ser
acompanhado do
Seta diagonal à símbolo do
esquerda indicando equipamento oculto
E15 localização de alarme
ou equipamentos de
combate à incêndio

Seta diagonal à direita


indicando localização
E16 de alarme ou
equipamentos de
combate à incêndio

Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)

59
Símbolo quadrado
com 1,0m de lado,
Sinalização de piso com fundo Indicar localização de
E17 para hidrantes e vermelho de equipamentos e
extintores 0,70m de lado e evitar sua obstrução
borda amarela de
0,15m de largura
2.13 Sinalização de emergência
2.13.6 Sinalização complementar – mensagens escritas
Quadro 23 - Simbologia da sinalização complementar
Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição
Aplicação
Símbolo quadrado ou
Indicação dos
retangular de fundo
dispositivos
M1 Ver figura abaixo verde com mensagem
existentes na
escrita em letra
edificação
branca

Indica lotação
máxima admitida no
M2
recinto de reuniã
públic

M3

M4

Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)

PLACA M1

60
2.13 Sinalização de emergência
2.13.7 Sinalização complementar – indicação de rotas
de fuga
Quadro 24 - Simbologia de sinalização complementar - rotas de fuga

Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicaçã
o
Símbolo retangular deEm paredes,
C1 fundo verde e pictograma ao piso e/
fotoluminescente de r

C2

C3

C4 Direção da r
de saí

C5

C6

Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)

61
2.13 Sinalização de emergência
2.13.8 Sinalização complementar – indicação de
obstáculos

Quadro 25 - Simbologia de sinalização complementar - obstáculo


Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação

Paredes, pilares, vigas, cancelas,


Símbolo retangular de
muretas e outros elementos que
fundo amarelo e
O1 Obstáculo caracterizem obstáculos. Usada
listras pretas
caso o ambiente possua
inclinadas a 45 graus
iluminação de emergência

Paredes, pilares, vigas, cancelas,


Símbolo retangular de muretas e outros elementos que
fundo caracterizem obstáculos. Usada
O2 Obstáculo fotoluminescente e caso o ambiente possua
listras vermelhas iluminação artificial normalmente
inclinadas a 45 graus mas não possua iluminação de
emergência

Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)

62
Aplicaçã
o
Sinalização de emergência
O projeto técnico em anexo especifica na sua prancha 01, um quadro com todas as
sinalizações necessárias ao longo da edificação, explicando seus significados e aplicações.
Além disso, também apresenta alguns detalhes que orientam o posicionamento e utilização
das sinalizações na prancha 05.
O detalhe abaixo, extraído do projeto e adaptado para melhor visualização,
exemplifica a utilização das sinalizações que indicam o sentido das saídas de emergência,
bem como a sinalização de obstáculo, nesse caso o pilar.

63
2.14 Extintores de incêndio

Um dos dispositivos primordiais para De acordo com a NBR 12693 (2018), o fogo
combater princípios de incêndio e evitar seu é divido em:

alastramento são os extintores de incêndios alocados Quadro 26 - Classificação do Fogo


ao longo da edificação, essenciais para qualquer CLASSE DESCRIÇÃO
SIMBOLOGIA
edificação escolar independente de seu porte. Nesse Fogo originado de
materiais combustíveis
sentido, a IT 21 do CBMRN (2018) estabelece as
sólidos como madeiras,
diretrizes para dimensionar esses dispositivos, bem A tecidos, papéis, borrachas,
papelão. Queima em
como orienta os procedimentos para sua utilização
superfície e profundidade
correta. e formam resíduos

Classificação Fogo proveniente de


líquidos, gases inflamáveis
A depender do material combustível, a B ou combustíveis, plástico
origem e natureza do fogo pode ser diferente, sendo que derretem com o ca
Queima em superfí
possível dividi-las em classes. Esse agrupamento irá

definir qual é o método mais adequado para a

extinção do fogo.
Fogo po
A partir da classificação do fogo, é possível C
definir qual é o agente extintor adequado, o qual pode equipa
me e
ser feito por: água pressurizada (para classe A), pó
inst
químico seco a base de bicarbonato de sódio (para

classes B e C) ou a base de amônia e derivados (para

classes A, B e C), espumas mecânicas, gás carbônico D


– indicado para uso em equipamentos de alto valor

por não danificar equipamentos – e halogenados.


Fonte: Autor (2021)

64
2.14 Extintores de incêndio

Capacidade extintora Instalação

Entende-se por capacidade extintora como Os extintores portáveis devem estar locados
sendo a medida do poder de apagar o fogo de um na edificação de forma que não sejam percorridas
extintor (NBR 12693/1993). Logo, é necessário que longas distâncias até que o operador alcance o
extintores possuam uma capacidade mínima para se dispositivo mais próximo. Para isso, a IT 21 (2018)
configurarem uma unidade extintora. A tabela a limita a distância máxima de caminhamento a partir
seguir relaciona os agentes extintores com as do risco da edificação, de modo que para risco baixo
respectivas classes que podem ser utilizados e sua essa distância não pode ser superior a 25 m,
capacidade extintora mínima. reduzindo-se para 20 m em edificações de risco
médio e 15 m para risco alto.
Quadro 27 - Agente extintor, classe e capacidade extintora
Para extintores sobre rodas, deve ser
CAPACIDADE
PRINCÍPIO EXTINTORA acrescido metade do seu respectivo valor em cada
NOME CLASSE DE MÍNIMA distância estabelecida para os portáteis, não podendo
EXTINÇÃO SOBRE
PORTATIL ser feita a proteção da edificação exclusivamente por
RODAS esse tipo de extintor. Logo, é aceitável sua utilização

Água para proteção de até metade da área de risco, em


pressurizada A Resfriamento 2A 10A locais de livre acesso.
(AP)
Com relação à instalação e sinalização, a IT
Espuma abafamento/
AB 2A /10B 6A / 40B
mecânica 21 (2018) estabelece que: extintores instalados na
resfriamento
parede devem distar no máximo 1,6 m do chão,
Dióxido de
abafamento/
Carbono BC 5BC 10BC enquanto os suportes de piso devem possuir altura
(CO2)
resfriamento entre 0,10 m e 0,20 m do piso acabado, não podendo
Pó químico
reação essa instalação ser feita em escada. Cada pavimento
seco (PQS - BC 20BC 80BC
química
BC) deve possuir uma unidade classe A e outra classe BC,
Pó químico reação
podendo ser substituída por unidade única de classe
seco (PQS - ABC química / 2A / 20BC 6A / 80BC
ABC) abafamento ABC, porém devendo sempre atentar à classe de
Fonte: Autor (2021)
reação incêndio predominante na área de risco a ser
Halogenado D química/ 5BC -
abafamento protegida. Ademais, deve haver pelo menos um
extintor distando não mais que 5 m da entrada
principal e das escadas nos demais pavimentos da
edificação.

65
2.14 Extintores de incêndio

Instalação

Em locais de risco específico como casas de bomba, máquinas, força elétrica, gases ou
líquidos combustíveis devem ser instalados extintores de incêndio com princípio de extinção
adequado ao risco.

Manutenção, certificação
e validade
Todos os extintores devem se manter lacrados e com selo de órgão credenciado pelo
Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro). Os dispositivos devem sempre atender a validade do
fabricante, devendo ser reabastecidos por empresa de manutenção certificada sempre que
necessário. As diretrizes de inspeção, manutenção e recarga são estabelecidas pela NBR 12962
(1998).

66
Aplicaçã
o
Extintores de incêndio
Na primeira prancha em anexo, consta a lista de simbologias usadas no projeto técnico, de
acordo com a IT 04. Entre elas, sem encontram as simbologias utilizadas para especificar os tipos
de extintores dispostos ao longo da edificação.

Extintor portátil com carga de pó BC, capacidade extintora 20-B:C (exceto


onde a capacidade for indicada), sinalizado, telefone do CBMRN

Extintor portátil com carga de pó ABC, capacidade extintora 2-A : 20-B:C


(exceto onde a capacidade for indicada), sinalizado, telefone do CBMRN

Extintor portátil com carga d’água, capacidade extintora 2-A (exceto onde a
capacidade for indicada), sinalizado, telefone do CBMRN

Extintor portátil com carga de dióxido de carbono (CO2), capacidade


extintora 6-B:C (exceto onde a capacidade for indicada), sinalizado, telefone
do CBMRN

Outro
detalhe pertinente
presente no projeto
(prancha
5)
critérios indi
correta ca
instalação
dos extintores

os
para

67
Aplicaçã
o
Extintores de incêndio
É pertinente pontuar que a disposição dos extintores ao longo da edificação deve ser
feita de modo a obedecer a distância máxima de caminhamento de 25 metros, além de ser
necessário dispor um extintor a no máximo 5 metros da entrada principal e das escadas dos
demais pavimentos.

Extintor na entrada
principal
Exemplo de distância máxima
de caminhamento

Extintor próximo a escada


do outro pavimento

68
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos

O sistema de hidrantes e/ou mangotinhos são As mangueiras de incêndio devem ser suficientes para
um conjunto de dispositivos que possibilitam levar vencer todos os desvios e obstáculos, sendo prático
água da fonte de suprimento até o local do fogo utilizar dois lances de 15 metros para melhor
através da operação manual por qualquer ocupante da manuseio, ao invés de lance único de 30 metros.
edificação. O sistema é composto basicamente por Caso o registro de manobra do hidrante não
uma reserva de incêndio, bombas (se necessário), rede possa estar dentro do abrigo das mangueiras, os
de canalizações fixas, abrigos de incêndio com uma mesmos não podem distar mais que cinco metros.
ou duas tomadas de água, válvulas, mangueiras de Ademais, os abrigos não podem ficar trancados, a
incêndio, esguicho entre outros (BRETANO, 2018). exceção de abrigos de vidro com aviso “quebre o
A IT 22 do CBMRN (2018) é a responsável vidro em caso de incêndio”. Já o esguicho deverá ser
por fixar as diretrizes de dimensionamento, obrigatoriamente do tipo regulável em caso de risco
instalação, manutenção, aceitação e manuseio de incêndio de classe B.
do sistema de hidrantes e/ou mangotinhos. Pela Os pontos de tomada de água devem estar
popularidade no uso dos hidrantes no estado do Rio posicionados de forma a não comprometer a
Grande do Norte, esse dispositivo apresentará mais evacuação dos ocupantes, sempre próximos das portas
relevância a seguir. externas, escadas (mas não dentro delas) e/ou do
principal acessos distando no máximo 5 metros

Abrigos e mangueiras desses. Além disso, devem estar o mais centralizado


possível nas áreas protegidas a uma distância do piso
Para o caso dos hidrantes, as mangueiras entre 1,0 m e 1,5 m. A distribuição dos hidrantes deve
utilizadas devem ser flexíveis, feitas de fibra de nylon se dar de forma que qualquer ponto seja alcançado
e com revestimento interno emborrachado, com por um esguicho, considerando o alcance mínimo do
lances de quinze ou trinta metros de comprimento, jato de água de 10 m.
engatados por acoplamento tipo “engate rápido” e A seguir, temos a imagem de um abrigo de
capazes de suportar pressão mínima de teste de mangueira com hidrante no seu interior e mangueiras
20Kgf/cm². Hidrantes externos podem distar da aduchadas.
parede limite da edificação, no máximo, o equivalente
a seu pé direito.
Dentro do abrigo, as mangueiras devem ser
guardadas no formato “aduchadas”, de modo
que nenhuma das extremidades fique presa na
espiral.

69
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Abrigos e mangueiras

Dispositivo de Recalque
Elemento imprescindível para qualquer sistema adotado, o dispositivo de recalque consiste em

um prolongamento de mesmo diâmetro da tubulação principal com engates compatíveis com os

utilizados pelo Corpo de Bombeiros, preferencialmente do tipo coluna, mas podendo estar instalado

no passeio público caso necessário, como orienta a IT 22 do CBMRN (2018). Para vazões maiores

que 1000 l/min, é exigido uso de duas entradas de recalque. O dispositivo deve ser inserido no muro

de divisa, em prol de possibilitar livre acesso dos bombeiros, com saídas voltadas pra rua em um

ângulo de 45° e altura entre 0,60 m e 1,50 m, em abrigo embutido.

Em caso de ser necessário embutir o abrigo no passeio público, a IT 22 (2018) exige que seja

utilizada tampa articulada em ferro fundido com identificação escrita “HIDRANTE” e possuir

dimensões de 0,40 m x 0,60 m, distando 0,50 m da guia do passeio, com entrada a 45° voltada pra

cima a no máximo 0,15 m do piso acabado. O volante de manobra não pode estar a uma

profundida superior a 0,50 m do piso acabado.

70
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos

Dispositivo de Recalque

71
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Outros componentes de instalação
A IT 22 (2018) define e estabelece exigências para cada um dos componentes que, juntos,

formam um sistema de hidrantes. Para tanto, a instrução define esguicho como sendo o dispositivo de

lançamento de água acoplado à mangueira, no qual os reguláveis possibilitam a emissão do jato

compacto ou neblina, cujo alcance não pode ser inferior a 10m.

Segundo a IT 22 (2018), as válvulas dos hidrantes devem ser globo-angulares de diâmetro

DN65 (2 ½”), acompanhadas de junta de união de engate rápido, as quais devem atender ao disposto

na NBR 14349 (1999). As válvulas de bloqueio devem ser posicionadas de forma adequada, em prol

de possibilitar manutenção em algum trecho sem desativar completamente o sistema.

Por fim, nenhuma tubulação deve possuir diâmetro nominal inferior a DN 65 (2½”) e devem

ser pintadas na cor vermelha quando aparentes, além de ser proibida sua passagem em poços

de elevadores e dutos de ventilação. Além disso, orienta-se utilização de suporte metálicos para

fixação das tubulações em elementos estruturais.

Tipos de hidrantes e Reserva técnica de incêndio


Inicialmente, deve ser determinado o tipo de sistema de hidrantes ou mangotinhos a ser

utilizado e a Reserva Técnica de Incêndio (RTI), a qual será a fonte fornecedora de água no combate a

incêndio. É usual adicionar o volume de água previamente calculado para esse fim no reservatório

superior da edificação, porém também é permitida utilização de reservatório inferior. De toda forma, a

tubulação de distribuição de água consumida no edifício deve ser posicionada em altura adequada de

modo que não utilize da RTI para outros fins, sendo ela exclusiva para a tomada de incêndio.

O dimensionamento do sistemas de hidrantes (tipo 2, 3 e 4) - e/ou mangotinhos (tipo 1) se dá

a partir do tipo de ocupação e sua área construída . Para o caso das escolas com sistema de

hidrantes

utiliza-se o tipo 2, independente de seu porte.

72
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Tipos de hidrantes e Reserva técnica de incêndio

Quadro 28 - Tipos de sistemas de proteção por hidrante ou mangotinhos


Pressão mínima
MANGUEIRAS DE INCÊNDIO Vazão mínima na
ESGUICHO no hidrante
Número de válvula do hidrante mais
TIPO REGULÁVEL
Comprimento mais desfavorável
(DN) DN (mm) desfavorável
(m) expedições (l/min)
(mca)

1 25 25 30Adaptado ITsimples
Fonte: 22/2018 (2021) 100 80
2 40 40 30 simples 150 30
Quadro 29 - volume de reserva de incêndio mínima (m³) em edificações do grupo E

GRUPO E
Área das edificações e áreas de
risco

RTI TIPO 1 RTI TIPO 2

Até 2.500m² 5m³ 8m³


Acima de 2.500m² até 5.000m² 8m³ 12m³
Acima de 5.000m² até 10.000m² 12m³ 18³
Acima de 10.000m² até 20.0000m² 18m³ 25m³
Acima de 20.0000m²Fonte:
até 50.000m² 25m³(2021)
Adaptado IT 22/2018 35m³
Acima de 50.000m² 35m³ 48m³

Dimensionamento das bombas e tubulação


Para iniciar o dimensionamento, é necessário definir o caminhamento das tubulações, dos

diâmetros de acessórios e dos suportes componentes do sistema. Para sistemas que possuam mais de

um hidrante simples, deve ser considerado uso simultâneo dos dois jatos de água mais desfavoráveis,

ou seja, as saídas com menor pressão dinâmica.

O dimensionamento deve ser feito para que a pressão máxima nos esguichos não ultrapasse

100 mca.

A perda de carga nas tubulações deve ser realizada por método adequado, devendo
atender à

equação de Darcy-Weisach ou Hazen-Williams, a qual é mais comumente utilizada


e será

representada a seguir.

73
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Dimensionamento das bombas e tubulação

ℎ𝑓 = 𝐽𝐿
.𝑡

𝑥 1.85𝑥 𝑐−1,85𝑥 𝐷 −4,87 𝑋 10 4


𝐽= 605 𝑄

Onde,

hf = perda de carga em mca;

Lt = comprimento total, somado os comprimentos da tubulação com os comprimentos

equivalentes de conexões;

J = perda de carga por atrito em m/m ;

Q = vazão em l/min;

C = fator de Hazen-Willians;

D = diâmetro interno do tubo em mm;

Quadro 30 - Fator "C" de Hazen-Williams


Fator de Hazen-
Tipo de tubo
Willians (C)

Ferro dúctil ou fundido


100
sem revestimento interno

Ferro dúctil ou
fundido com 140
revestimento interno
de cimento
Aço preto (sistema tubo
100
seco)
Aço preto (sistema tubo
120
molhado)
Galvanizado 120
Plástico 150
Cobre 150
Fonte: Adaptado IT 22/2018 (2021)

74
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Dimensionamento das bombas e tubulação

Apesar da IT 22 (2018) não exigir que sejam consideradas as perdas de carga na mangueira e

no esguicho, esse procedimento pode ser feito em prol de tornar o dimensionamento ainda mais

próximo da situação real. O cálculo para a mangueira procede da mesma forma, sendo Lt o

comprimento da mangueira e Q a vazão no hidrante mais desfavorável, não sendo necessário dobrar

esse valor já que a mangueira atende apenas um hidrante.

Já a perda de carga do esguicho é calculada pela fórmula a seguir:

4 .𝑄
𝑉 𝑒𝑠𝑔
𝑐
𝑢

𝑖𝑜=
𝜋. 𝐷2

1 𝑉𝑒𝑠𝑔𝑢𝑐𝑖ℎ𝑜2
∆𝐻 𝑒𝑠𝑔
𝑐
𝑢

𝑖𝑜= − 1
. 2 .𝑔
𝐶𝑣2

Sendo,

Cv = coeficiente de velocidade de valor

0,95; g = aceleração da gravidade;

V esguicho = velocidade do jato d’água no


esguicho;

D = diâmetro do esguicho (m);

Q = vazão (m³/s) no hidrante mais


desfavorável;
A IT 22 (2018), restringe ainda as velocidades da água nos tubos, nos trechos de sucção e

recalque. Para a sucção, essa velocidade não pode ser maior que 2m/s em caso de sucção negativa e

3m/s para positiva, enquanto para tubulação de recalque o trecho não pode ultrapassar 5m/s. Essa

verificação deve ser feita através da equação:


𝑄
𝑉=
𝐴
Sendo,

V = velocidade da água em m/s;

Q = Vazão da água em m³/s;

A = área interna da tubulação em m²;

75
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Dimensionamento das bombas e tubulação

A partir dos valores de perda de carga calculados, da pressão mínima necessária e da altura

geométrica entre a bomba e o hidrante considerado é possível calcular a altura manométrica total do

sistema (AMT). Em posse disso e dos valores de vazão, é possível selecionar o conjunto motor bomba

que atenda aos requisitos em tabelas dos fornecedores.

Logo,

𝐴𝑀𝑇= ∆𝐻 𝑠𝑢𝑐çã𝑜+ ∆𝐻𝑟𝑒𝑐


𝑞
𝑎𝑢
𝑙𝑒+ ∆𝐻 𝑚𝑎𝑛𝑔𝑢𝑟𝑒
𝑎𝑖+
∆𝐻𝑒𝑠𝑔𝑢
𝑐𝑖ℎ𝑜+ Pr mín - Hg
Para cálculo da potência da bomba, utiliza-se a seguinte expressão:

1000 . 𝑄. 𝐴𝑀𝑇
𝑁 ℎ𝑑
𝑎
𝑟𝑒
𝑛
𝑖𝑡 𝐶𝑉 =
𝑠
75 . 

Sendo a vazão “Q” em m³/s e a altura manométrica em metros. O rendimento global da

bomba é representado por “” e gira em torno de valores próximos a 0,75 a depender da bomba

estudada.

Outra verificação importante na escolha da bomba é evitar que ocorra o fenômeno de

cavitação na sucção. Para isso o NPSH – traduzido como altura de sucção absoluta – seve ser

analisado. O NPSH disponível (energia disponível que o líquido possui na entrada de sucção da

bomba) deve ser sempre superior ao NPSH requerido (energia do líquido que a bomba

necessita para funcionar satisfatoriamente). Logo, calcula-se o valor disponível e compara-se com o

requerido, extraído de catálogos de fabricantes de bomba, na hora de selecionar a bomba.

𝑁𝑃𝑆𝐻𝑝
𝑠𝑜
𝑑
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 = 𝑃𝑎 − (ℎ𝑠 + 𝑃𝑣 + ∆ℎ𝑠)
Sendo,

𝑃𝑎 = 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑜
ã𝑎
𝑚
𝑡𝑜
𝑐𝑠𝑎
𝑓𝑟𝑖é= 10,33 𝑚𝑐𝑎ℎ𝑠=𝑎
𝑐𝑢
𝑟𝑖𝑡𝑡𝑛
𝑠𝑙𝑎á 𝑠𝑢𝑐çã𝑜
𝑒
𝑃𝑣= 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑜
ã𝑑𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑎20°𝐶 = 0,239𝑚
∆ℎ𝑠= 𝑝𝑒𝑑
𝑟𝑎𝑑𝑒𝑙𝑐
𝑎𝑛
𝑔
𝑟𝑡𝑎
𝑜𝑡𝑠𝑢𝑐çã𝑜

𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑
𝑝
𝑠𝑜
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑
𝑜
𝑒
𝑞
𝑟𝑢
𝑖𝑒
𝑟

76
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Dimensionamento das bombas e tubulação

A bomba escolhida deve ser do tipo centrífuga acionada por motor elétrico ou combustão e

utilizadas unicamente para esse fim, afirma a IT 22 (2018). A bomba principal ou de reforço deve ser

automatizada de forma que, após disparo do motor, ela só possa ser desligada manualmente no seu

painel de comando. Também deve ser previsto ponto de acionamento manual de fácil acesso, em caso

de falha na automação. Ademais, qualquer ponto de hidrante que seja aberto na edificação deve

disparar o acionamento automático da bomba. Caso o reservatório não seja elevado, pode ser

necessária utilização de bomba de pressurização (jockey), com vazão máxima de 20L/min e pressão

máxima igual da bomba principal.

77
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Tipos de hidrantes e Reserva técnica de incêndio

Primeiramente, é estabelecido o tipo de mangueira a ser utilizado e a reserva técnica de

incêndio (RTI) necessária. Utilizaremos o sistema tipo 2 (hidrantes com mangueiras flexíveis). Para

esse sistema, tendo em vista que a edificação possui área construída total inferior a 2500 m²,

pelo

quadro 29, a RTI necessária é de 8m³.

Quadro 29 - volume de reserva de incêndio mínima (m³) em edificações do grupo E


GRUPO E
Área das edificações e áreas de
risco

RTI TIPO 1 RTI TIPO 2

Até 2.500m² 5m³ 8m³


Acima de 2.500m² até 5.000m² 8m³ 12m³
Acima de 5.000m² até 10.000m² 12m³ 18³
Acima de 10.000m² até 20.0000m² 18m³ 25m³
Acima de 20.0000m²Fonte:
até 50.000m² 25m³(2021)
Adaptado IT 22/2018 35m³
Acima de 50.000m² 35m³ 48m³

O quadro 28 traz algumas especificações do sistema a ser utilizado:


Quadro 28 - Tipos de sistemas de proteção por hidrante ou mangotinhos
Pressão mínima
MANGUEIRAS DE INCÊNDIO Vazão mínima na
ESGUICHO no hidrante
Número de válvula do hidrante mais
TIPO REGULÁVEL
Comprimento mais desfavorável
(DN) DN (mm) desfavorável
(m) expedições (l/min)
(mca)

1 25 25 30Adaptado ITsimples
Fonte: 22/2018 (2021) 100 80
2 40 40 30 simples 150 30
 Comprimento real da mangueira: 30 m (2 lances de 15,00m)
 Pressão residual no esguicho mais desfavorável: 30,00mca
 Vazão na válvula do hidrante mais desfavorável: 150l/min

78
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba
INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS DE PROJETO

Na prancha 04 do
projeto, o traçado isométrico
das tubulações permite
extrair algumas informações.
Uma vez que os dois
hidrantes mais desfavoráveis
seguem caminhos diferentes
a partir do ponto A, o trecho
de recalque será dividido em
três, sendo: trecho H4-A,
trecho H1-A e trecho A-BI
(bomba de incêndio).

COMPRIMENTOS REAIS
Comprimento real de recalque do hidrante mais desfavorável (Trecho H4-A):
𝐿𝑟1 = 1,50 + 11,05 + 21,30 + 0,50 + 11,0 = 45,35𝑚
Comprimento real de recalque do segundo hidrante mais desfavorável (Trecho H1-A)
𝐿𝑟2 = 1,50 + 0,3 + 23,20 + 5,25 + 1,50 + 1,50 + 3,70 = 36,95 𝑚
Comprimento real de recalque trecho em comum (Trecho A-BI)
𝐿𝑟3 = 0,3 + 3,05 + 1,60 + 1,00 = 5,95 𝑚
Comprimento real da sucção
𝐿
𝑠= 3,40 + 1,00 + 2,00 = 6,40𝑚
Desnível entre o fundo do reservatório superior ao hidrante mais desfavorável:
𝐿
𝑟= 1,50 + 3,05 = 4,55𝑚

79
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba
PERDA DE CARGA NO RECALQUE
Inicialmente, adota-se o diâmetro mínimo estabelecido pelo corpo de bombeiros:
63mm (2 ½’’)
• Trecho H4-A (hidrante mais desfavorável)
Perda de carga equivalente:
01 Registro globo = 1 x 21,00 = 21,00
04 Cotovelo de 90° de raio curto = 4 x 2,00 = 8,00
02 Tê de saída lateral = 2 x 4,30 = 8,60m
𝐿𝐸𝐻4−𝐴 = 21,00 + 8,00 + 8,60 =
35,60𝑚
Para o cálculo da perda de carga unitária, temos:

𝑄 = 150 𝑙Τmin = 2,5 𝑙Τ𝑠=


0,0025 𝑚3Τ𝑠

𝐽𝐻4−𝐷
𝐴== 605
2 . 1/2"
𝑥 = 63 𝑚 𝑚 𝑥=100,063𝑚
4 = 605 𝑥 𝑥10 4 = 0,0171 𝑚 / 𝑚
𝐶1,85𝑥𝐷4,85 120 1,85 𝑥 63 4,85

𝑄 1,85
∆𝐻𝐻4−𝐴 = 𝐽𝐻4−𝐴𝑥(𝐿𝑟𝑒𝑎𝑙𝐻4𝐴+ 𝐿𝑒𝑞𝑢1,85
−150 𝑣𝑖𝑎𝑒
𝑙𝑛𝑡𝑒𝐻
𝐴)4−

∆𝐻𝐻4−𝐴 = 0,0171 𝑥45,35 𝑚 + 35,60 𝑚 = 1,38 𝑚𝑐𝑎

• Trecho A-BI (ponto A até bomba de incêndio)

Perda de carga equivalente:


01 registro de gaveta aberto = 1 x 0,40 = 0,40
01 Válvula de retenção tipo pesada = 1 x 8,10m = 8,10m
03 Cotovelo de 90° de raio curto = 3 x 2,00 = 6,00

𝐿𝐸𝐴𝐵−𝐼= 0,40 + 8,10 + 6,00 =


14,50𝑚

80
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba

• Trecho A-BI (continuação)


Nesse trecho, há a atuação em comum dos dois hidrantes mais desfavoráveis, de modo que a
vazão utilizada deve ser a soma de vazões considerando a atuação simultânea desses. Apesar da vazão
no segundo hidrante não serem exatos 150l/min, essa variação foi mínima e pode ser desconsiderada:
Para o cálculo da perda de carga unitária, temos:

300 𝑙
3
𝑙𝑚𝑖𝑛 𝑠
𝑄 = 2𝑥150 𝑙/ min = = 5,00 = 0,005 𝑚 /𝑠
𝐷𝐴𝐵=
−𝐼 2 . 1/2" = 63 𝑚 𝑚 = 0,063𝑚

𝐽=𝐼− 605 𝑥
𝐴𝐵
𝑄 1,85 𝑥10 4 = 605 𝑥 300 1,85 𝑥10 4 = 0,062 𝑚 / 𝑚
𝐶1,85𝑥𝐷4,85 120 1,85 𝑥 63 4,85

+ 𝐿𝑒𝑞𝑢
𝑣𝑖𝑎
𝑒𝑙𝑛
)𝑒
𝐼𝑡𝐵𝐴
− ∆𝐻𝐴𝐵
−𝐼 = 𝐽
𝑥(𝐿
𝐼− 𝑟
𝐴𝐵 𝑒𝑎𝑙𝐼𝐴𝐵−
∆𝐻𝐴𝐵
−𝐼 = 0,062 𝑥 5,95𝑚 + 14,50 𝑚 = 1,27 𝑚𝑐𝑎

• Perda de carga total no recalque


A perda de carga no recalque que será utilizada para cálculo da altura monométrica, da bomba
até o hidrante mais desfavorável é:

∆𝐻𝑞
𝑢
𝑒𝑎
𝑒
𝑙𝑐𝑟= 1,38 + 1,27 = 2,65𝑚𝑐𝑎

81
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba
PERDA DE CARGA NA SUCÇÃO

O diâmetro da sucção considerado deve ser igual ou superior ao diâmetro do recalque.


Manteremos o de 63mm.
Perda de carga equivalente para 2.1/2”
01 saída da canalização = 1 x 1,9 = 1,9
1. Registro de gaveta aberto = 1 x 0,40
= 0,40
2. Cotovelo de 90° de raio curto = 2 x 2,00 = 4,00
01 Tê de passagem direta = 1 x 1,30 = 1,30m
01 Chave de fluxo = desconsiderada

𝐿𝐸 𝑠𝑢𝑐çã𝑜 = 1,90 + 0,40 + 4,00 + 1,30 = 7,60𝑚


𝐿
𝑄= 02 ℎ𝑑𝑎
𝑟𝑒
𝑛
𝑖𝑠𝑡 𝑥150 = 300 𝑙/ min = 5/𝑙𝑠 = 0,005𝑚 3 /𝑠
𝑚𝑖𝑛
𝐷𝑠𝑢𝑐çã𝑜 = 2 . 1/2" = 63 𝑚 𝑚 = 0,063𝑚

𝐽𝑠𝑢𝑐çã𝑜 = 605 𝑥 𝑄1,85 𝑥10 4 = 605 𝑥 300 1 ,85 𝑥10 4 = 0,062 𝑚 / 𝑚


𝐶1,85𝑥𝐷4,85 120 1,85 𝑥 63 4,85
∆𝐻 𝑠𝑢𝑐çã𝑜= 𝑠𝐽𝑢𝑐𝑜
çã𝑥(𝐿𝑟𝑒𝑎
+𝑐𝑢𝑙𝑠çã 𝐿𝑒𝑞𝑢
𝑜 𝑣𝑖𝑎
)𝑒𝑙𝑛
𝑜 𝑐𝑒
𝑡𝑢ã𝑠ç
∆𝐻𝑠𝑢𝑐çã𝑜 = 0,062 𝑥6,40𝑚 + 7,60𝑚 = 0,87 𝑚𝑐𝑎

ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL

𝐴𝑀𝑇= ∆𝐻 𝑠𝑢𝑐çã𝑜+ ∆𝐻𝑞


𝑢
𝑒𝑎
𝑒
𝑙𝑐𝑟+ Pr 𝑚í𝑛 − 𝐻𝐺
𝐴𝑀𝑇 = 0,87 + 2,65 + 30,00 − 4,55
𝐴𝑀𝑇 = 28,97𝑚𝑐𝑎

82
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba
VERIFICAÇÃO DAS VELOCIDADES

𝑄 𝑚3 0,005 1,60𝑚
𝑉= 𝑠 = < 𝑜𝑘!
𝐴 = 5𝑚
𝜋𝑥 0,063 2 𝑠
4 𝑠

Para o recalque, a velocidade máxima permitida é de 5 m/s, enquanto na sucção


negativa essa velocidade é de 2 m/s. Logo, em ambos os casos, a velocidade atende ao
máximo exigido.

POTÊNCIA DO CONJUNTO MOTOBOMBA

1000 . 𝑚 3 . 𝐴𝑀𝑇 𝑚
= 𝑄 𝑠
𝑁ℎ𝑖𝑑𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝐶
𝑉 75 .

Adotando-se um rendimento de 70%:

1000 . 0,005 .
= 28,97 = 2,76 𝑐
𝑣 ≈ 3𝑐𝑣
𝑁ℎ𝑖𝑑𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝐶
𝑉 75 .0,70

VERIFICAÇÃO DO NPSH

Para evitar que ocorra cavitação, o NPSH deve ser, no mínimo:

𝑁𝑃𝑆𝐻𝑝
𝑠𝑜
𝑑
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 = 𝑃𝑎− ℎ𝑠+ 𝑃𝑣+ ∆ℎ𝑠

𝑁𝑃𝑆𝐻 𝑝
𝑠𝑑
𝑜
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 = 10,33 − (0 + 0,239 + 0,87)
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑝
𝑠𝑜
𝑑
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 = 9,21 𝑚
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑
𝑝
𝑠𝑜
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑
𝑜
𝑒
𝑞
𝑟𝑢
𝑖𝑒
𝑟

Logo, a bomba escolhida deverá atender aos critérios de vazão altura manométrica,
potência e NPSH.

83
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba
PRESSÃO E VAZÃO NO SEGUNDO HIDRANTE MIAIS DESFAVORÁVEL

Outra informação pertinente para o corpo de bombeiros, solicitada em seu memorial


padrão, é a pressão e vazão no segundo hidrante mais desfavorável. Como explicado
anteriormente, será considerada uma vazão de 150l/min, desconsiderando a pequena variação
existente no sistema. Para a pressão, podemos realizar o seguinte procedimento:
1. A partir da pressão de 30 mca na válvula do hidrante mais desfavorável, encontra-se a
pressão no ponto A em comum nos dois trechos.

𝑃𝐴 = 30 + ∆𝐻𝐻4−𝐴 − 𝐻𝑔ℎ4−𝐴

𝑃𝐴 = 30 + 1,38 − 1,50
𝑃𝐴 = 29,88 𝑚𝑐𝑎

2. Em posse da pressão no ponto A e da perda de carga no trecho H1-A, encontra-se a


pressão na válvula do segundo hidrante mais desfavorável (H1)

𝑃𝐻1 = 𝑃𝐴 − ∆𝐻𝐻1−𝐴 + 𝐻𝑔ℎ1−𝐴

Para o cálculo na pressão no segundo hidrante mais desfavorável, é


necessário encontrar a perda de carga no trecho:

01 Registro globo = 1 x 21,00 = 21,00

06 Cotovelo de 90° de raio curto = 6 x

2,00 = 12,00 01 Tê de saída lateral = 1 x 4,30 =

4,30m

𝐿𝐸 𝐻 1−𝐴 = 21,00 +
12,00 + 4,30 = 37,30𝑚

84
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba
PRESSÃO E VAZÃO NO SEGUNDO HIDRANTE MIAIS DESFAVORÁVEL

Apesar da vazão no segundo hidrante não ser exatos 150l/min, essa variação pode ser
desconsiderada no cálculo. Para o cálculo da perda de carga unitária, temos:

𝐷𝑟
𝑞
𝑢
𝑒𝑎
𝑒
𝑙𝑐= 2 . 1/2" = 63 𝑚 𝑚 = 0,063𝑚

𝑞
𝑢
𝐽𝑒𝑎
𝑒
𝑙𝑐𝑟= 605 𝑥 𝑄 1,85
𝑥10 4 = 605 𝑥 150 1,85 𝑥10 4 = 0,0171 𝑚 / 𝑚
𝐶1,85𝑥𝐷4,85 120 1,85 𝑥 63 4,85

∆𝐻𝑞
𝑢
𝑒𝑎
𝑒
𝑙𝑐𝑟=𝑞
𝑢
𝑒𝑙𝑎
𝑐
𝑒𝑟𝑢𝑥𝑞𝐽+
𝑒 )(𝐿
𝑒 𝑟𝑞𝑒
𝑙𝑢𝑎 𝑐𝑎
𝐿
𝑙𝑙𝑒
𝑒 𝑟𝑞
𝑎𝑢
𝑣𝑐𝑎
𝑖𝑒𝑙𝑛
𝑒
𝑡𝑟
𝑒

∆𝐻𝑞
𝑢
𝑒𝑎
𝑒
𝑙𝑐𝑟= 0,0171 𝑥36,95𝑚 + 37,30𝑚 = 1,27 𝑚𝑐𝑎

Logo,
𝑃𝐻1 = 29,88 − 1,27 + 1,50
𝑃𝐻1 = 30,11 𝑚𝑐𝑎

85
2.16 Chuveiros Automáticos e controle de
fumaça

Os dois últimos dispositivos apresentados para o grupo das escolas não são comumente

exigidos nas escolas do Estado do Rio Grande do Norte, uma vez que só são necessários em

edificações muito altas, até o momento inexistentes no Estado. Por esse motivo, caso seja necessário

dimensionar um sistema de chuveiros automáticos ou de controle de fumaça, o projetista deve

consultar diretamente suas respectivas instruções técnicas – IT’s nº 23 e 15, respectivamente.

Basicamente, o sistema de chuveiros automáticos deve ser dimensionamento por cálculo

hidráulico em conformidade com a NBR 10897 (2007). Em casos que o dispositivo for adotado em

edificações nas quais o sistema não se faz obrigatório, o mesmo pode ser distribuído de forma parcial

na edificação, desde que atenda aos requisitos normatizados. A representação do orifício de saída do

chuveiro automático está representada abaixo.

86
2.17 Central de Gás

É comum muitas edificações escolares Dessa forma, é ideal que a tubulação suba em
possuírem cozinha própria para fornecer refeições aos prumada separada, encostado em pilares e isolado por
alunos e funcionários, apesar da tendência de argamassa e siga seu caminho no pavimento inserida
terceirizar cada vez mais esse fornecimento. Ainda no piso e devidamente envelopada. Para tubulações
assim, caso haja manuseio de gás – seja gás liquefeito enterradas, é recomendado espaçamento de 0,30 m do
de petróleo (GLP) ou gás natural (GN) – é necessário piso ao início do tubo em zonas sem tráfego de
que os projetos desses sistemas estejam em veículos e 0,50 m para essas zonas, ou utilizar de
conformidade com as medidas de segurança contra mecanismos de proteção como lajes e tubo luva.
incêndio estabelecidas por suas respectivas instruções
técnicas, a depender do tipo de gás utilizado na Quadro 31 - Afastamentos mínimos entre tubulações

edificação. Ambas as instruções estão em Redes em


Cruzamento de
Tipo paralelo
conformidade com a NBR 15526 (2016) - Redes de redes (mm) b
(mm) b
distribuição interna para gases combustíveis em Sistemas elétricos de
10 (com tubulação
baixa tensão
instalações residenciais – projeto e execução. 30 de gás envolta em
isolados em
material isolante)
eletrodutos não
metálicos a
Rede de distribuição Sistemas elétricos de
baixa tensão
interna isolados em 50 c
eletrodutos
Independentemente do tipo de gás utilizado metálicos ou sem
eletroduto a
na edificação, a NBR 15526 (2016) aborda alguns
Tubulação de água
30 10
critérios de segurança no que diz respeito à instalação quente e fria
da tubulação interna de distribuição de gás, as quais Tubulação de Vapor 50 10
Chaminés, inclusive
devem ser estanques, desobstruídas e com válvulas de 50 50
duto
fechamento manual estrategicamente localizadas. Tubulação de gás 10 10
Outras tubulações
Segundo a norma, a tubulação deve livrar os 50 10
(esgoto, águas
elementos estruturais, dutos de lixo, dutos de ar etc)
a - cabos telefônicos, de tv e de telecontrole não se incluem
condicionado e dutos de águas pluviais e de exaustão,
b - considerar afastamento que permita manutenção
reservatórios, poços de elevadores ou de ventilação, c - A instalação deve ser protegida por eletroduto numa
distância de 50mm para cada lado e atender à
compartimentos de rede elétrica ou qualquer lugar recomendação Fonte:
de sistemas elétricos
Adaptado de potência
NBR 15526 (2016) em
que favoreça o acúmulo de gás vazado. eletrodutos em cruzamento

87
2.16 Central de Gás
2.17.1 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

A IT 28 do CBMRN (2018) é a responsável por estabelecer as medidas de segurança contra


incêndio com relação à utilização de GLP. Para o caso das escolas, o cilindro de 45 kg (P45) é o mais
utilizado para edificações desse tipo.
Para fins de segurança, é exigido pela IT 28 (2018) que todos os recipientes estacionários de
GLP de volume superior a 0,25m³ possuam válvulas de excesso de fluxo. É importante que a central
de GLP esteja no exterior das edificações, em local ventilado e, especialmente nas escolas, fora do
alcance de crianças, dotada de avisos como “inflamável”, “perigo” e “não fume”, além de dever ser
protegida por extintores de acordo com a quantidade de GLP, como mostra o quadro abaixo.

Quadro 32 - Extintores central GLP


Quantidade de GLP (kg) Capacidade extintora
Até 270 1 unid. 20-B:C
271 a 1800 2 unid. 20-B:C
Acima de 1800 2 unid. 20-B:C e 1 unid. 80-B:C
Fonte: Adaptado IT 28/2018 (2021)

Já o quadro abaixo especifica os afastamentos mínimos das centrais de GLP, tanto para
recipientes transportáveis trocáveis ou abastecidos no local – inferiores a 0,5m³ - quanto para
recipientes estacionários – capacidade superior a 0,5m³.
Quadro 33 – Afastamento de segurança para central de GLP

Distância para divisa de Distância para Distância para fontes Produtos


propriedades edificáveis aberturas abaixo da de ignição e outras tóxicos,
Capacidade perigosos,
ou edificações (d) Entre válvula de segurança aberturas Materiais
individual do
recipiente combustíveis inflamáveis e
recipiente chamas
Enterrados/ Abastecidos Abastecidos
Superfície Trocáveis Trocáveis aberta
Aterrados no local no local

Até 0,5 m³ 0 3 0 1 1 3 1,5 3 6


Maior que 0,5
1,5 3 0 1,5 - 3 - 3 6
até 2m³
Maior que
2,0m³ até 3 3 1 1,5 - 3 - 3 6
5,5m³
Maior que 5,5
7,5 3 1 1,5 - 3 - 3 6
m³ até 8,0m³
Maior que
15 15 1,5 1,5 - 3 - 3 6
8m³ a 120m³
1/24 da
Acima de soma dos
Fonte: Adaptado IT 28/2018 (2021)
22,5 15 diâmetros 1,5 - 3 - 3 6
120m³
adjacentes

88
2.16 Central de Gás
2.17.1 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

Entretanto, a instrução técnica abre um parêntese no quadro anterior, com relação à distância

da central de gás para edificações e divisas de propriedades. Nesse caso, para as instalações de

capacidade total acima de 2m³ que usam recipientes de até 0,5m³, a distância mínima passará de zero

para:
- No mínimo 1,5 m para capacidades acima de 2m³ até 3,5m³

- No mínimo 3,0 m para capacidades acima de 3,5m³ até 5,5m³

- No mínimo 7,5 m para capacidades acima de 5,5m³ até 8,0m³

- No mínimo 15m para capacidades acima de 8m³

A IT 28 (2018) estabelece ainda que a central seja protegida por um hidrante – caso exista na

edificação – admitindo-se mangueira de 60m sem precisar de novo cálculo hidráulico. Para instalações

comerciais como escolas, a capacidade de volume total permitida é de 4m³ na central.

Por fim, é recomendado que em caso de abastecimento a granel de GLP, os recipientes de

capacidade volumétrica menor que 0,25m³ sejam dotados de um sistema para evitar que os

recipientes sejam abastecidos além da sua capacidade segura. O veículo abastecedor deve conseguir

se posicionar de forma estratégica, sinalizada e isolada.

89
2.16 Central de Gás
2.17.1 Gás Natural e ventilação

A IT 29 do CBMRN (2018) é responsável por estabelecer algumas especificidades quanto ao

uso de gás natural nas edificações. Alguns itens como a proteção por extintores seguem os mesmos

parâmetros estabelecidos para GLP.

Um dos pontos que a difere do GLP é a ventilação dos abrigos das prumadas internas, em

virtude dos gases possuírem densidades diferentes. Enquanto o GLP tende a se acumular nas partes

baixas do abrigo em caso de vazamento, o gás natural sobe e se acumula na superior. Isso implica em

tubulações de ventilação posicionadas de forma diferente. Em ambos os casos, o tubo de ventilação

deve ser metálico ou de PVC, com saída no pavimento de descarga e na cobertura. O tubo de ligação

entre o shaft e tubo vertical deve ser posicionado a um ângulo de 45°, com bocal situado na parte

inferior do shaft para GLP, ou na parte superior para GN.

É comum em edificações se aplicar as duas saídas de ventilação nos abrigos internos,

despejando no mesmo tubo vertical provido de exaustão superior e inferior, para caso de mudança no

tipo de gás utilizado.

90
2.15 Critérios de acessibilidade

Uma das premissas fundamentais nas Seu item 5.12 recomenda que os corrimãos de rampas
instalações de combate a incêndio é criar um e escadas possuam anéis com textura contrastante um
ambiente que favoreça uma evacuação eficiente e metro antes das extremidades e sinalização em braile
segura para todos em caso de sinistro. Sob esse indicando os pavimentos do início e final da escada.
aspecto e tendo em vista o tipo de ocupantes da Já o item 5.14 informa que os pisos táteis podem ser
edificação em estudo – desde professores, do tipo alerta ou direcional, a depender da
funcionários, adolescentes e até mesmo crianças em necessidade, no início ou término de escadas, rampas,
desenvolvimento físico e intelectual, além dos desníveis ou outros obstáculos. Tais medidas são
ocupantes com possíveis deficiências – é necessário cruciais para direcionar corretamente os deficientes
que as instalações sejam pensadas de forma acessível visuais nas saídas de emergência.
a todos. Já o item 5.15 da NBR 9050 (2020) aborda o
Em seu artigo, Nascimento (2019) retifica a tema de sinalização de emergência de uma forma
necessidade da existência de pessoas bem instruídas e geral. Segundo essa norma, deve existir sinalização
capacitadas para liderar os demais, sinalizando tátil e visual dentro das escadas, junto às portas
caminhos e indicando as proteções e ações prudentes indicando seu pavimento, apesar da mesma
a serem tomadas no momento. Essas pessoas são informação ser grafada nos corrimões. Além disso, as
ainda mais importantes na presença de crianças ou rotas de fuga e as saídas de emergência devem
pessoas com deficiência/dificuldade de mobilidade, possuir sinalização visuais e sonora. Sob esse
que venham a necessitar do auxílio de terceiros para aspecto, Costa (2018) levanta a alternativa do alarme
uma evacuação mais rápida e eficiente. audiovisual, de forma a associar simultaneamente o
Entretanto, é importante que as instalações de alarme sonoro a luzes que piscam em sinal de
combate incêndio – em especial os dispositivos que emergência em uma frequência adequada.
propiciam a evacuação – sejam pensados e Por não ser exigido utilização de elevador de
combinados de modo a tornar a fuga o mais autônoma emergência para os portes das escolas do Estado, as
possível. Como enfatizado por Nascimento (2019), o pessoas com deficiência ou dificuldade de mobilidade
alarme de incêndio não pode ser ouvido por deficiente podem ser prejudicadas na evacuação por escadas de
auditivo, enquanto o deficiente visual não enxerga as emergência em escolas de mais de um pavimento.
sinalizações de evacuação e um cadeirante não pode Uma alternativa abordada por Costa (2018) é o uso
fugir pelas escadas. das cadeiras de evacuação, as quais possibilitam –
A NBR 9050 (2020) é a responsável por com a ajuda de um ou dois operadores – o transporte
estabelecer os critérios de acessibilidade em de pessoas como cadeirantes pelas escadas.
edificações.

91
3. Regularização do imóvel

Um dos requisitos básicos para obtenção do Esse procedimento se torna ainda mais simples no
documento que autoriza pleno funcionamento e caso de a escola possuir área de até 200m², sendo
utilização de uma edificação – habite-se – é a posse necessário apenas o preenchimento de questionário e
da certificação de segurança do Corpo de Bombeiros. declaração do proprietário ou responsável pelo uso.
Para isso, o documento técnico necessário pode ser o Em ambos os casos, a vistoria ocorre posterior à
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) ou emissão do CLCB, por amostragem.
Certificado de licença do Corpo de Bombeiros
(CLCB), a depender do porte da edificação.
Projeto técnico
Projeto
Já as escolas que possuem área a partir de
técnico
750m², o processo de regularização no CBMRN é
simplificado mais complexo e demorado, isso porque as medidas
Para as escolas com área até 750m², menos de de segurança devem ser apresentadas por meio de
três pavimentos (subsolo mais dois), sem subsolo de projeto técnico, regido pela IT 01/2018 –
uso destinto de estacionamento e sem auditório de procedimentos administrativos – Parte II –
capacidade superior a 100 pessoas, o procedimento é orientações para licenciamento. Segundo ela, os
regido pela IT 42 (2018), uma vez que a edificação documentos que compõem o projeto técnico são:
será enquadrada como processo Técnico simplificado. • Pasta do projeto técnico: pasta semirrígida
Para elas, o documento final é o CLCB, o qual terá padronizada que abriga todos os documentos;
mesma validade que o AVCB. Para dar entrada no • Memorial descritivo: Detalhamento dos
processo, é necessário preencher um formulário de sistemas de proteção contra incêndio presentes na
avaliação de risco do responsável técnico, apresentar escola em questão, resumindo o projeto técnico em
Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica si;
(ART/RRT) das instalações e/ou manutenção dos • Procuração do proprietário: para caso de
sistemas de segurança contra incêndio, bem como do terceiros assinarem documentos do projeto técnico
responsável técnico sobre riscos referentes à pelo proprietário;
edificação. Assim, o CLCB é emitido em formato
digital mediante pagamento de taxa.
92
3.0 Regularização do imóvel

Projeto técnico (continuação)

• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART): apresentada pelo responsável técnico que


elabora o projeto, especificando o serviço no qual se responsabiliza;
•Documentos complementares: caso necessário, solicitados pelo Serviço de Atividades Técnicas do
CBMRN, com o memorial de cálculo, documento comprobatório, memorial básico de construção,
memorial de isolamento de risco etc.;
• Implantação: em caso de mais de uma edificação e áreas de risco representadas;
• Planta das medidas de segurança contra incêndio: representação gráfica normatizada de
todos os dispositivos;
O projeto técnico deve ser apresentado ao CBMRN e deverá ser plenamente executado, mediante
aprovação. Após isso, é solicitada vistoria por equipe técnica do Corpo de Bombeiros, os quais irão ao local
constatar aplicação do projeto. Alguns documentos complementares são necessários para a vistoria, a
exemplo de laudos do sistema de proteção contra descargas atmosféricas, laudo de estanqueidade das
tubulações de gás encanado, laudo de aceitação do sistema de hidrantes, bem como as ART´s pertinentes.
Após a vistoria ser aprovada pela equipe técnica, o AVCB da edificação pode ser emitido.

93
4. Plano de
evacuação
Um dos fatores cruciais para um bom projeto no Plano de Abandono escolar elaborado pela defesa
das instalações de combate a incêndio é proporcionar civil do paraná (2013) serão dispostos a seguir os
uma evacuação segura dos ocupantes do edifício. Para itens básicos para constar no documento.
isso, é necessário que os ocupantes também estejam
devidamente preparados para reagir à emergência, em 1. DISPOSITIVOS DO PLANO DE
prol de viabilizar o abandono do edifício de forma EVACUAÇÃO
rápida e ordenada.
•Ponto de encontro: deverá ser previamente definido
A instrução técnica 02 (2018) ratifica que “É
um local externo, seguro e amplo o suficiente para
necessário [...] a elaboração de planos para enfrentar a
reunir os ocupantes da escola, entre alunos,
situação de emergência que estabeleçam, em função
professores e funcionários. Nesse local haverá uma
dos fatores determinantes de risco de incêndio, as
Equipe do Ponto de Encontro, designada pelo diretor,
ações a serem adotadas e os recursos materiais e
a qual irá receber as turmas na sua chegada, em fila
humanos necessários.”
indiana, enfileirando as turmas lado-a-lado. O
Sob esse aspecto, o plano de evacuação surge
professor será responsável por conferir a turma por
como sendo um conjunto de medidas e procedimentos
chamada e comunicar ao responsável pelo ponto de
que vão desde a prevenção e planejamento até a
encontro em caso de faltar algum aluno. A
atuação em caso de emergência. O plano visa o
informação deverá ser repassada para a brigada.
estabelecimento de rotinas e procedimentos que
•Rotas de fuga: deve ser analisado entre os percursos
poderão ser testados através de exercícios reguladores
possíveis até a descarga, qual é o mais adequado,
de simulação, afirma Santos (2017)
levando em consideração larguras de acessos,
presença de obstáculos, distância a ser percorrida até
Estrutura do Plano de a saída, entre outros.
Evacuação •Saídas de emergência: na saída para o ambiente

É importante que no plano de evacuação seja externo, deve estar posicionada equipe do edifício

abordados alguns tópicos cruciais. Para tanto, que direcionam até o ponto de encontro.

baseado

94
4.0 Plano de evacuação

1. DISPOSITIVOS DO PLANO DE •Equipe do edifício escolar: funcionários e alunos

EVACUAÇÃO (CONTINUAÇÃO) que auxiliam na evacuação escolar, orientando os


sentidos de saída e organizando o fluxo. Dentro dessa
•Planta de emergência: representação gráfica para
equipe, os professores que estiverem em horário de
orientar os ocupantes na rota de fuga a ser seguida
aula devem liderar suas respectivas turmas ao ponto
até o ponto de encontro. Trata-se de um croqui
de encontro, após acionamento de alarme. O
simples em folha A4, sinalizando o percurso a ser
professor deve ser o último a sair da sala, fazendo um
adotado com cor amarela e setas indicando o fluxo.
risco diagonal na porta para indicar que o ambiente já
O local em que cada planta for afixada deve ser
foi evacuado. Deverá ser designado um servidor para
destacado em vermelho com inscrição “VOCÊ ESTÁ
cada aluno com deficiência física ou sensorial (caso
AQUI”.
exista), auxiliando-o separadamente até o ponto de
• Planta de risco: mapeamento das principais
encontro. Em cada sala, é designado um monitor de
vulnerabilidades em termos de risco de incêndio e
turma que irá liderar a fila indiana, se deslocando de
pânico, bem como da distribuição dos dispositivos de
forma rápida e sem correr. Deverá ser designado um
combate a incêndio ao longo da edificação. Servirá
ou mais responsáveis pelo corredor, bloco ou andar –
principalmente para guiar as ações profissionais na
a depender do porte da escola – o qual dará a ordem
emergência.
de saída das turmas da sala de aula, uma a uma,
•Alarme: o sinal de alarme deverá ser convencionado
controlando o fluxo das filas. Já o responsável pela
para indicar necessidade de evacuação. Poderá ser
escadaria irá coordenar o acesso e saída das turmas
utilizado o dispositivo sonoro utilizado para trocas de
nas escadas, possibilitando fluxo contínuo. O diretor
aula, contanto que o toque de emergência possua som
irá nomear ainda o responsável pelo setor
completamente diferente do usual.
administrativo, o qual irá guiar os integrantes desse

2. DESIGNAÇÃO DE FUNÇÕES setor até o ponto de encontro. Também será


designado um servidor responsável por contatar os
A equipe de plano de evacuação escolar é
órgãos necessários, como Corpo de Bombeiros. Por
composta por três subequipes, coordenadas pelo
fim, o porteiro deverá se posicionar em local para
diretor da instituição. Nesse aspecto, o diretor tem por
controlar a saída e entrada de pessoas na escola,
função possibilitar a elaboração do plano de
estabelecendo uma comunicação direta com a
evacuação, designar os responsáveis por cada função,
telefonista para ouvir as orientações repassadas
marcar e realizar simulações, entre outras
durante o contato com a equipe de emergência,
responsabilidades de gestão da situação. As três
facilitando sua entrada.
subdivisões são:

95
4.0 Plano de evacuação

2. DESIGNAÇÃO DE FUNÇÕES (CONTINUAÇÃO)


• Equipe do ponto de encontro: como mencionados, irão organizar e controlar o local do ponto de
encontro, além de procurar identificar possíveis faltas de pessoas que ainda estejam no interior da edificação.
•Brigada de incêndio escolar: grupo de servidores plenamente capacitados por curso para fornecer atendimento
básico de emergência. Devem receber a equipe de emergência e repassar o máximo de detalhes possível,
apresentando a planta de risco da escola. Em caso de um brigadista for um professor que está dando
aula, o mesmo deve proceder com a evacuação de sua turma e só após isso poderá desempenhar sua outra função.

3. PROCEDIMENTOS DE ABANDONO
• Acionar o alarme;
• Os componentes da Equipe do Edifício deverão se posicionar;
• Professor organiza a fila indiana no interior da sala, posicionado o monitor na liderança da fila e
aguarda
sinal do responsável pelo
corredor;
• Os responsáveis pelos corredores vão liberando a saída das turmas de forma ordenada;
• Os alunos, então, se deslocam em fila indiana de forma ordenada, previamente instruídos durante
simulações. Devem ser guiados também pela equipe do edifício ao longo dos corredores e acessos. Na ausência
deles, o professor e o monitor devem seguir as sinalizações e orientar o resto da turma;
•O professor deve levar consigo a lista de chamada para conferência dos alunos no ponto de encontro, fechar a
sala e fazer um risco diagonal na porta;
• A equipe do Ponto de encontro inicia a acomodação das turmas;
• O professor confere presença dos alunos no ponto de encontro através da lista de
• chamada; Na falta de alguém, a equipe de emergência deve ser imediatamente
comunicada.

96
SESSÃO DESTINADA

5.
AOS OCUPANTES

Recomendações gerais

A IT 17 do CBMRN (2018), também é responsável por estabelecer recomendações gerais para

os ocupantes, em caso de sinistro. São elas:


•Permanecer calmo, evitando gritos e caminhando em ordem, sem atropelos, corridas e

empurrões;
• Não ficar na frente de pessoas em pânico e, se necessário, chamar um brigadista;
• Empregados devem seguir os comandos dos brigadistas;
• Nunca retroceder para pegar objetos;
• Encostar as portas e janelas quando sair de um ambiente;
• Não se afastar do grupo nem parar em andares intermediários;
• Orientar os visitantes que estiverem no seu local de trabalho;
• Retirar sapatos altos;
• Não acender/apagar as luzes, em especial se houver cheiro de gás;
• Manter acessos dos bombeiros livres;
• Encaminhar-se para local seguro de acordo com a orientação da brigada;
• Não usar elevador, utilizar o lado direito da escada;
• Sempre andar na direção do fluxo de descarga;

Para situações extremas, são feitas ainda as seguintes recomendações:


• Não tirar as roupas e tentar molhá-las;
•Caso seja extremamente necessário atravessar barreira de fogo, enxarcar o corpo, roupas e

cabelo, proteger a respiração com lenço molhado e manter-se o mais próximo do chão;
• Se necessário abrir uma porta, fazê-lo devagar e verificando sua temperatura;
• Em caso de ficar preso em algum local, tentar inundar o local com água e se manter

molhado;
• Não saltar;

97
SESSÃO DESTINADA

6.
À
ADMINISTRAÇÃO

Orientações à direção

Além de equipar as escolas do estado com dispositivos de prevenção e combate a incêndio, é

necessário que seus ocupantes saibam utilizá-los da forma correta para garantir sua máxima eficácia.

Sob esse aspecto, foi publicada a lei nº 10802 (2020), dispondo sobre o Programa Estadual de

prevenção de acidentes e o combate ao fogo nas escolas estaduais e particulares de ensino no Estado

do Rio Grande do Norte.

A nova lei estabelece que sejam ministrados periodicamente – para os funcionários,

professores e alunos – treinamentos simulados de evacuação em caso de incêndio, bem como outras

atividades complementares e campanhas de caráter preventivo. Isso porque, as atividades permitem

identificar possíveis áreas de risco e estabelecer medidas de segurança para minimizar ao máximo o

perigo, bem como permite a conscientização da comunidade escolar no que diz respeito aos riscos

encontrados.

Cabe ao corpo administrativo da escola, professores e técnicos de segurança, em consonância

com o Corpo de Bombeiros, executarem tais atividades, sendo inclusive autorizado pela lei n° 10802

(2020) que as escolas solicitem palestrantes membros do Corpo de Bombeiros do RN sem custos,

mediante disponibilidade.

Ademais, é responsabilidade da direção/administração da escola garantir renovação do


AVCB

ou CLCB, mantendo organizados e atualizados todos os documentos necessários, bem como


promover

a manutenção dos dispositivos de combate a incêndio, se preciso, com empresa especializada.

Por fim, a administração escolar também deve possibilitar a formação e capacitação da

brigada de incêndio, tornando a equipe conhecida por aqueles que frequentam a edificação. Portanto,

a disseminação do conhecimento quanto aos cuidados e procedimentos de segurança em caso de

incêndio ou simulado deve ser estimulado, em diversas vertentes, pela equipe responsável por dirigir a

escola.

98
7.
SESSÃO DESTINADA
À
ADMINISTRAÇÃO

Programa de manutenções

Manutenção de primeiro nível


A manutenção de primeiro nível costuma
ser efetuada no ato da inspeção, no próprio local, e
consiste em atividades como limpeza superficial,
reaperto de roscas, fixação de quadros de instruções,
conferência de carga de cilindros carregados com gás
carbônico, entre outros.

Manutenção de segundo
nível
Já a manutenção de segundo nível deve ser
realizada a cada doze meses em local e por
profissional adequado, podendo variar desde a
desmontagem completa do extintor, limpeza de seus
componentes internos, verificação da carga,
regulagem de válvulas, substituição de peças, entre
outros.
No que diz respeito aos extintores, é Manutenção de terceiro nível
necessário uma série de cuidados periódicos,
A manutenção de terceiro nível, realizada a
estabelecidos pela NBR 12962 (2016) – Extintores de
cada cinco anos, além dos procedimentos de
incêndio – Inspeção e manutenção. Deverá ser
desmontagem do nível 2, também realiza o teste
realizada uma inspeção no equipamento por
hidrostático do cilindro. É importante ressaltar que
profissional a cada doze meses, em prol de examinar
deve ser contrata empresa especializada e registrada
se o extintor permanece em condições normais de
pelo INMETRO para realizar todas essas atividades.
operação, com exceção de extintores de gás
carbônico e cilindros para gás expelente, os quais
devem ser inspecionados a cada seis meses.

99
7.0 Programa de manutenções

No que diz respeito ao sistema de alarme, a A norma que rege esse dispositivo e sua
norma regulamentadora é a NBR 17240 (2010) – manutenção é a NBR 10898 (2013) – Sistemas de
Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, iluminação de emergência. Para os blocos
instalação, comissionamento e manutenção de autônomos, sistema comumente adotado, é
sistemas de detecção e alarme de incêndio – recomendado dois tipos de acompanhamento.
Requisitos. Segundo ela, a manutenção pode ser de Mensalmente, deve ser verificado o funcionamento
caráter corretivo ou preventivo e deve ser realizada das luminárias pelo botão teste ou cortando a fonte de
sempre por profissional habilitado. energia na qual a luminária está ligada. Já a cada seis
A cada três meses devem ser feitas meses deve ser testada o estado de carga de bateria,
verificações preventivas, como o ensaio funcional dos de forma a mantê-las ligadas por pelo menos uma
acionadores manuais, avisadores, comandos e painéis hora ou metade da sua autonomia.
repetidores do sistema. Outros tipos de
verificação preventiva também devem ser feitos
quando necessário, não podendo ultrapassar os três
meses, como: verificação visual dos componentes,
verificação do estado e carga das baterias, entre
outros. Sempre que identificado falhas, a manutenção
corretiva deve ser realizada imediatamente,
registrando-se a ocorrência em relatório.

100
7.0 Programa de manutenções

O sistema de hidrantes deve ser vistoriado a A manutenção das sinalizações se dá


cada três meses, como rege a NBR 13714 (2000) – quando necessário, a partir de inspeção visual,
Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate substituindo-se aquelas que estejam com a
a incêndio. A inspeção deve ser feita de forma visual visibilidade comprometida.
pela brigada da edificação ou pessoal capacitado, por
meio checagem de todos os acessórios, reserva de
incêndio, teste de funcionamento das bombas,
válvulas e botoeiras, de forma a garantir que o
sistema esteja em perfeito funcionamento para uma
necessidade. Além disso, deve ser feito um plano de
manutenção para o sistema, com os procedimentos de
verificações mais detalhadas que devem ser
executadas no máximo, anualmente.

101
Referência
s
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050 - Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2020.
. NBR 10897 – Sistema de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos -
Requisitos. Rio de Janeiro, 2020.
. NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência. Rio de Janeiro, 2013.
. NBR 12693 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro,
2013.
. NBR 12962 – Extintores de incêndio – Inspeção e manutenção. Rio de Janeiro,
2016.
. NBR 13860 – Glossário de termos relacionados com a segurança contra incêndio. Rio de
Janeiro, 1997.
. NBR 13714 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de
Janeiro, 1999.
. NBR 14349 – União para mangueira de incêndio - Requisitos e métodos de ensaio. Rio de
Janeiro, 2000.
. NBR 15526 – Redes de distribuição interna para gases
combustíveis em instalações residenciais e comerciais – Projeto e execução. Rio
de Janeiro, 2012.
. NBR 17240 – Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação,
comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio - Requisitos. Rio de Janeiro,
2010.
BRENTANO, Telmo. Instalações hidráulicas de combate a incêndio nas edificações. 4. ed. Porto
Alegre: Telmo Brentano, 2011.
CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. Instrução
Técnica 01 –
Procedimentos Administrativos – Parte I – Procedimentos Gerais e Classificação das Edificações.
Natal, 2018.
. Instrução Técnica 01 – Procedimentos administrativos –
Parte II – Orientações para licenciamento. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 02 – Conceitos Básicos de Segurança
contra Incêndio. Natal, 2018
. Instrução Técnica 03 – Terminologia de Segurança contra
Incêndio. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 06 – Acesso de Viaturas na Edificação e
Áreas de Risco. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 07 – Separação entre Edificações (Isolamento
de Risco). Natal, 2018. 102
. Instrução Técnica 08 – Resistência ao fogo dos elementos de
construção. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 09 – Compartimentação horizontal e vertical.
Natal, 2018.
Referência
s
. Instrução Técnica 10 – Controle de Materiais de Acabamento e de
Revestimento. Natal,
2018.
. Instrução Técnica 11 – Saídas de Emergência. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 16 – Plano de Emergência contra Incêndio. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 17 – Brigada de incêndio. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 18 – Iluminação de emergência. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 19 – Sistema de detecção e alarme de incêndio. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 20 – Sinalização de Emergência. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 21 – Sistema de proteção por extintores de incêndio. Natal,
2018.
. Instrução Técnica 22 – Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a
incêndio.
Natal, 2018.
. Instrução Técnica 28 – Manipulação, armazenamento,
comercialização e utilização de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Natal, 2018.
. Instrução Técnica 29 – Comercialização, distribuição e
utilização de gás natural (GN). Natal, 2018.
. Instrução Técnica 42 – Processo Técnico Simplificado (PTS).
Natal, 2018.
COSTA, Rafaella Fonseca da. Medidas para elaboração de plano de emergência contra incêndio
para pessoas com deficiência. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018.
LINO, Antônio; BAUMEL, Luiz. Plano de abandono escolar. Paraná, 2013. Disponível em <
https://normas-abnt.espm.br/index.php?title=Artigo > Acesso em 01 mar. 2021.
NASCIMENTO, Kissia; SOUZA, João. Acessibilidade e segurança na evacuação em caso de
incêndio envolvendo pessoas com deficiência. Revista FLAMMAE, Pernambuco, v.5, n.12, p. 123, jan./jun.
2019.
RIO GRANDE DO NORTE. Lei N° 10802, de 18 de novembro de 2020. Dispõe sobre o Programa
Estadual de prevenção de acidentes e o combate ao fogo nas escolas estaduais e particulares de ensino no
Estado do Rio Grande do Norte. Disponível em < https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=404704 >
Acesso em 10 fev. 2021

103
APÊNDICE B – PROJETO TÉCNICO DE COMBATE A
INCÊNDIO DE ESCOLA DO RIO GRANDE DO NORTE
INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 10/2018 - O empreendimento deverá atender a utilização dos materiais de acabamento e QUADRO RESUMO DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO (CONFORME IT 04 - SÍMBOLOS GRÁFICOS PARA PROJETOS)
revestimento conforme especificado abaixo. Ficará a cargo do arquiteto/construtor definir a escolha dos materiais, de modo
que atenda as classes conforme cada local, devendo também serem obedecidas as notas abaixo.
FINALIDADE DO MATERIAL AC E S S O DE VIATURA
HIDRANTE PÚBLICO, INTERLIGADO NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DA CONCESSIONÁRIA LOCAL.
NA EDIFICAÇÃO C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 06/2018
OCUPAÇÃO PISO PAREDE / DIVISÓRIA TETO e FORRO
(Acabamento / (Acabamento / (Acabamento / NOTAS TÉCNICAS E OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: HIDRANTE SIMPLES COM ABRIGO.
1
Resvestimento) Resvestimento) 2 Resvestimento
GRUPO/
) SEGU RANÇA ESTRUTU-
1)O acesso à viatura do Corpo de Bombeiros, conforme estabelece o item 5.2.2 da IT 06/2018, todas as edificações ou áreas de risco REGISTRO DE RECALQUE PARA SISTEMA DE INCÊNDIO
DIVISÃO C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 08/2018
com arruamento interno devem possui o portão de acesso nos termos do item 5.1.1.4. Considerando que este projeto não possui
RAL CONTRA
"E - 1" 10 arruamentos internos e não está entre os casos obrigatórios (item 5.2.1), e não havendo necessidade ou condição técnica para adoção ACIONADOR DE BOMBA DE INCÊNDIO TIPO BOTOEIRA LIGA E DESLIGA
ESCOLAS EM
Classe I, II-A, III-A, ou IV-A Classe I, II-A ou III-A Classe I ou II-A desse dispositivo, a viatura do Corpo de Bombeiros será estacionada na frente do prédio, com acesso pela Avenida Flor do Cerrado, 10 INCÊNDIO
GERAL
- Parque das Nações - Parnamirim/RN, 59159-720. CONTROLE DE EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE PÓ BC, CAPACIDADE EXTINTORA 20-B:C,
2)A edificação atenderá aos requisitos de segurança estrutural em projeto específico, conforme especificado na Instrução Técnica N º (EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
08/2018; MATERIAIS DE C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 10/2018
NOTAS ESPECÍFICAS: ACABAMENTO
3)Este projeto foi elaborado de forma a atender todas as exigências de sinalização de emergência contidas na Instrução Técnica EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE PÓ ABC, CAPACIDADE EXTINTORA 2-A : 20-B:C,
Nº20/2018; (EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
1 - Incluem-se aqui cordões, rodapés e arremates;
2- Excluem-se aqui portas, janelas, cordões e outros acabamentos decorativos com área inferior a 20% da parede onde 4)O empreendimento disporá de Brigada de incêndio, conforme especificado na Instrução Técnica nº 17/2018, composta por 10
estão aplicados; componentes com nível treinamento Intermediário (ver cálculo de dimensionamento nesta prancha);
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 11/2018 EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA D'ÁGUA, CAPACIDADE EXTINTORA 2-A, (EXCETO ONDE
A CAPACIDADE FOR INDICADA) SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
10 - Exceto para revestimentos que serão Classe I ou II-A.
NOTAS GENÉRICAS: 5)A central do sistema de alarme de incêndio será localizada na portaria (guarita), como monitoramento constante (24 h/dia), atendendo EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE DIÓXIDO DE CARBONO (CO ), CAPACIDADE EXTINTORA
ao que dispõe a IT 19/2018; 5-B:C (EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
1 - Realizar consulta a I.T 10 devendo atender as notas genéricas que são aplicáveis a edificação.
6)O sistema de proteção por extintores de incêndio foi dimensionado pela Instrução Técnica nº 21/2018, e deverão ser recarregados
anualmente e serão instalados a uma altura máxima de 1,60 metros do piso; BRIGADA DE INCÊNDIO C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 17/2018 PONTO DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA (BLOCO AUTÔNOMO)

7)A alimentação da bomba de incêndio terá ligação elétrica anterior ao disjuntor geral, de modo que, em um eventual desligamento da ACIONADOR MANUAL DE DETECÇÃO E ALARME
rede geral, o circuito das bombas continuará energizado;
CENTRAL DE ALARME
LOTAÇÃO MÁXIMA: FUNDO VERDE 8)O s trechos aéreos das tubulações da rede de hidrantes será em aço galvanizado, com a superfície protegida contra efeitos da
oxidação, instalada sobre suporte, pintada na cor vermelha padrão do Corpo de Bombeiros.
ILUMINAÇÃO DE C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 18/2018
Nº PESSOAS SENTADAS LETRAS BRANCAS
EMERGÊNCIA AVISADOR AUDIO VISUAL DE ALARME
9)As mangueiras deverão estar acondicionadas na forma "aduchada" (dobradas ao meio e enroladas a partir da dobra, de forma que
ambas extremidades fiquem para fora da espiral), mantendo as juntas pré-conectadas ao registro e esguicho;
NOTA IMPORTANTE: ESTARÁ INDICADO EM LOCAL DE DESTAQUE, PRÓXIMO À ENTRADA + -
10) Deverá ser realizado teste de estanqueidade da rede e ser seguido o plano de manutenção do sistema de hidrantes; BATERIAS DO SISTEMA DE DETECÇÃO - ALARME
PRINCIPAL DO SALÃO DE FESTAS E DA ÁREA DE LAZER, PLACA DE SINALIZAÇÃO COM A ALARME DE INCÊNDIO C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 19/2018
INDICAÇÃO DA LOTAÇÃO MÁXIMA. 11)O responsável pela execução da obra deverá atender aos requisitos de controle de materiais de acabamento e revestimento, TUBULAÇÃO EM AÇO GALVANIZADO PARA HIDRANTES, TRECHO AÉREO.
conforme especificado na IT 10/2018. Ver TABELA D E UTILIZAÇÃO D E MATERIAIS na Prancha 01;
TUBULAÇÃO EM AÇO GALVANIZADO PARA HIDRANTES, SOB O PISO.

SINALIZAÇÃO DE C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 20/2018


EMERGÊNCIA

EXTINTORES C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 21/2018

HIDRANTES C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 22/2018

P R E S C R I Ç 0 E S U RB A N Í
STI C A S INSPEÇÃO E M
DESCRIÇÃO: PROJETO ARQUITETÔNICO DE UMA ESCOLA COM DOIS PAVIMENTOS TÉRREO INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
E SUBSOLO. O PROGRAMA DE NECESSIDADES É COMPOSTO POR GUARITA, SALAS, SERVIÇOS E
D E BAIXA T E N S Ã O
C O N F O R M E I N S T R U Ç Ã O T É C N I C A Nº41/2018
BANHEIROS

ÁREA DO LOTE 2.160,00m²

ÍNDICES URBANÍSTICOS REFERÊNCIA DO PLANO PROJETO


DIRETOR DE PARNAMIRIM
ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL - 2.076,49m² SPDA C ONFOR M E NBR 5419
APROVEITAMENTO MÁXIMO 1,00 0,96

TÉRREO 02 2.160,00m² 999,73m²


ÁREA DE OCUPAÇĂO
TÉRREO 01 2.160,00m² ------ ALTURA DA EDIFICAÇÃO - IT 01/18 - Parte 1
LOTE 724 LOTE 733
TÉRREO 02 MÁX. 80% 96,13%
TAXA DE OCUPAÇÃO
TÉRREO 01 MÁX. 80% ------
TIPO: II D E N O M I N A Ç Ã O : Edificação B aixa A L T U R A a b ai xo d e 6 , 00 m
ÁREA PERMEÁVEL 432,00m² 420,53m²

TAXA PERMEABILIDADE MÍNIMO 20% 19,46%

RECUO FRONTAL 3,00m 3,00m


CLASSIFICAÇÃO - IT 01/18 - Parte 1
RECUO LATERAL / FUNDOS 1,50m 1,50m / 5,05m
COLÉGIO
CEREJEIRA
AV. FLOR DE

CERRADO
AV. FLOR DO

GRUPO OCUPAÇÃO DIVISÃO DESCRIÇÃO EXEMPLOS


2.160,00m²
Q U A D RO EA S
Escolas de 1º e 2º graus,
DE Á 1.016,48m²
E EDUCACIONAL E - 1 ES C OLAS E M GERAL e assemelhados
1.0. PAVIMENTO TÉRREO NÍVEL 02
R
2.0. PAVIMENTO TÉRREO NÍVEL 01 1.060,01m²

3.0. ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL 2.076,49m² CARGA DE INCÊNDIO - IT 14/18

RISCO: BAIXO C A R G A D E I N C Ê N D I O E M MJ /m ² = 3 0 0

PLANTA DE
LOCALIZAÇÃO
Revisão Descrição Data
Sem escala
00 Atualização do Projeto 10/09/2020
(Regulamentam o Direito Autoral) - Resolução nº205 de 30/12/70 do CONFEA. (Ética Profissional) - Resolução nº218 de 29/06/73 do CONFEA (Atribuições Profissionais).
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS: - Decreto Federal nº23.569 de 11/12/33. - Lei Federal nº5.194 de 24/12/66. - Lei Federal nº5.988/73 e Lei Federal nº9.610/98.

TABELA 2 - Sinalização de orientação e salvamento PROPRIETÁRIO


TABELA 3 -Sinalização de Equipamentos
Indicação do sentido (esquerda ou direita) de uma
12 saída de emergência
Proibido utilizar
Nos locais de acesso aos elevadores
comuns. Pode ser complementada
Dimensões mínimas: L = 2,0 H
04 elevador em caso pela mensagem "em caso de incêndio
E SC . : S / E
de incêndio não use o elevador", quando for o
Indicação do sentido (esquerda ou direita) de uma
saída de emergência caso
13 Saída de
emergência
Símbolo: Dimensões mínimas: L = 2,0 H
retangular Fundo: Indicação do local de instalação S1 S2 S3 D E
verde Pictograma: 20 Alarme do alarme de incêndio
F
É mandatório o perfeito entendimento dos projetos antes de sua execução, em caso de dúvida consulte o autor.

fotoluminescente sonoro
14 Indicação de uma saída de emergência a ser
afixada acima da porta, para indicar o seu acesso
CORPODE BOMBEIROS:

Ponto de acionamento de alarme


Indicação do sentido de fuga no interior das escadas de incêndio ou bomba de incêndio
S4 S5 S6 J K L RESPONSÁVEL TÉCNICO:
Indica direita ou esquerda, descendo ou subindo EMERSONCRUZ VIEIRA
16 Escada de O desenho indicativo deve ser posicionado de acordo
ALARME
DE Comando manual Símbolo: Deve vir sempre acompanhado de uma ENG° CIVIL E DE SEGURANÇA DO TRABALHO

21
INCÊNDIO CREA-RN 210046987-8
emergência com o sentido a ser sinalizado de alarme ou quadrado Fundo: mensagem escrita, designando o
bomba de incêndio vermelho equipamento acionado por aquele
Símbolo:
Pictograma: ponto
retangular Fundo: Indicação da saída de emergência, utilizada como
SAÍDA verde complementação do pictograma BOMBA fotoluminescente
S7 S8 S9 P Q S14
17 Saída de fotoluminescente (seta ou imagem, ou ambos)
DE
INCÊNDI
I

SAÍDA emergência SAÍDA


II

Mensagem Indicação de localização dos


“SAÍDA” e ou
Símbolo: retangular ou
pictograma e ou seta direcional:
23 Extintor de Incêndio extinotres de incêndio
quadrado Fundo: verde
fotoluminescente, com altura
Mensagem indicando S10 S11 C1
de letra sempre > 50 mm
19 Número do Pavimento número Indicação do pavimento, no interior
do pavimento,pode se da escada (patamar)
Indicação do abrigo da mangueira
de incêndio com ou sem ASSESSORIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO
formar pela associação de
duas
25 Abrigo de mangueira hidrante no seu interior CONSULTORIA E ELABORAÇÃO DE PROJETOS
e hidrante
placas (por exemplo: DE COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO
OBS.: TODAS AS PLACAS DE SINALIZAÇÃO DE ORIENTAÇÃO E SALVAMENTO DEVEM SER EM MATERIAL FOTOLUMINESCENTE E INSTALADAS EM PAREDES, PILARES OU
1º + SS = 1º
OBRA
Rua Lima e Silva, 1271, Centro Emp. Manoel Novaes - Sala 302
Indicação da localização do SUSPENSAS NO FORRO A UMA ALTURA MÍNIMA DE 1,80 m DO NIVEL DE PISO ACABADO CONFORME O ESPECIFICADO NO ITEM 5.1.3 DA NBR 13434-1 XXXXXXXXXXXXXXX
Indicação das SS),
condições de uso de portas corta-fogo Tel: (84) 3234-0845/9981-4365 email:
hidrante quando instalado fora do

Instruções para porta


se necessário
Indicação de manutenção da porta corta-fogo
26 Hidrante de incêndio abrigo
LOCAL

XXXXXXXXXXXXXXX
emerson@asetassessoria.com.br
www.asetassessoria.com.br
30 corta-fogo constantemente fechada, instalada quando for o
de mangueiras
PROPRIETÁRIO
PROJETO
caso XXXXXXXXXXXXXXX
PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
ASSUNTO

ESPECIFICAÇÕES E PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL RISCO: ESCALA: DESENHO: PRANCHA


VER MEMORIAL BAIXO INDICADA JUSSIER F.
ARQUIVO

XXXXXXXXXXXXXXX
CARGA DE INCÊNDIO:
300 MJ/m²
OCUPAÇÃO:
E-1/EDUCACIONAL 01
(CONFORME IT 04 - SÍMBOLOS GRÁFICOS PARA PROJETOS)
JARDIM DE INVERNO

DES
RAMPA INCL. = 8,33%

1,20
DES
a=12,60m²

CE

CE
15 14 1312 11 10 09080706 050403 02 CANTINA +00,15
REFEITÓRIO 01 PATAMAR a=08,34m²
a=35,96m² -00,90 HIDRANTE PÚBLICO, INTERLIGADO NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DA CONCESSIONÁRIA LOCAL.
+00,15
+00,62
RAMPA INCL. = 8,33%
BWC
a=3,92m² VAGA 01 HIDRANTE SIMPLES COM ABRIGO.
PATAMAR DEPÓSITO CIRCULAÇÃO +00,15
-02,08 a=05,22m² a=12,86m² WC WC
+00,15 MASC. FEM. SECRETARIA REGISTRO DE RECALQUE PARA SISTEMA DE INCÊNDIO
RAMPA INCL. = 8,33% a=12,71m² a=12,71m² a=22,25m²
+00,15 171615 14 13
+00,15 +00,15 +00,15
ACIONADOR DE BOMBA DE INCÊNDIO TIPO BOTOEIRA LIGA E DESLIGA

3,1
12

DES
Vem da bomba DEPOSITO
WC P.C.D. MASC. WC P.C.D. FEM. VAGA 02

CE
11

2
de hidrantes +00,15
a=3,50m² a=3,50m² 10 EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE PÓ BC, CAPACIDADE EXTINTORA 20-B:C,

1,8
+00,15 +00,15

DES
(EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.

CE

E
SOB
0
010203 04 050607 09
161514 1312 11 10 09 08070605 04 0302 01 1,20 17161514 1312 11 10 09 08070605 04 0302 01 08
TUBO AÇO GALVANIZADO AÉREO-21/2" EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE PÓ ABC, CAPACIDADE EXTINTORA 2-A : 20-B:C,
TUBO AÇO GALVANIZADO AÉREO-21/2"
H-02 (EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
VAGA 03

EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA D'ÁGUA, CAPACIDADE EXTINTORA 2-A, (EXCETO ONDE
A CAPACIDADE FOR INDICADA) SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
SALA 6º ANO
a=41,41m² SALA 5º ANO BRINQUEDOTECA
+00,73 EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE DIÓXIDO DE CARBONO (CO ), CAPACIDADE EXTINTORA
a=47,76m² a=43,17m²
5-B:C (EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.

TUBO AÇO GALVANIZADO AÉREO-21/2"

TUBO AÇO GALVANIZADO AÉREO-21/2"


+00,73 +00,15 VAGA 04
20 PESSOAS

20 PESSOAS 20 PESSOAS PONTO DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA (BLOCO AUTÔNOMO)

ACIONADOR MANUAL DE DETECÇÃO E ALARME


RUA FLOR DE CEREJEIRA

RUA FLOR DO CERRADO


VAGA 05

TUBO AÇO GALVANIZADO ENTERRADO-21/2"


CALÇADA CENTRAL DE ALARME
+00,15
SALA 7º ANO
a=36,58m²
+00,73 SALA 4º ANO BIBLIOTECA ESTACIONAMENTO 10 VAGAS AVISADOR AUDIO VISUAL DE ALARME
a=42,18m² a=38,16m²
20 PESSOAS +00,73 +00,15

20 PESSOAS 20 PESSOAS
VAGA 06
+ -
BATERIAS DO SISTEMA DE DETECÇÃO - ALARME

TUBULAÇÃO EM AÇO GALVANIZADO PARA HIDRANTES, TRECHO AÉREO.


ÁREAS AJARDINADAS
H-04
a=299,39m²
+00,10 TUBULAÇÃO EM AÇO GALVANIZADO PARA HIDRANTES, SOB O PISO.
VAGA 07
H-03 ÁREAS AJARDINADAS
a=299,39m²
SALA 8º ANO SALA 3º ANO SALA PRÉ ENEM 3º ANO +00,10

PROJ. DO
a=36,23m² a=41,79m² a=37,80m²

SHAFT
+00,73 +00,73 +00,15 CIRCULAÇÃO
a=187,64m²
20 PESSOAS 20 PESSOAS 20 PESSOAS +00,15
VAGA 08

IDOS
O
VAGA 09
SALA 9º ANO SALA 2º ANO LABORATÓRIO

REGULAMENTADA
a=40,55m² a=46,76m² a=42,30m²
+00,73 +00,73 +00,15

VAGA
20 PESSOAS 20 PESSOAS 20 PESSOAS

VAGA 10

1,2

1,2

1,2
SALA 1º SÉRIE SALA 1º ANO INFORMÁTICA

0
a=41,49m² a=43,15m² a=43,15m² RUA

ENTRA
+00,73 +00,73 +00,15 ENTRADA +00,00
a=11,75m²

DA
20 PESSOAS 20 PESSOAS 20 +00,15
PESSOAS
H-01
ESPERA
a=09,70m²
+00,15

GUARITA
08a=4,18m²
SALA DE MAT. DIDÁTICO COORDENAÇÃO APOIO 07 +01,40
a=13,42m²
PROFESSORES a=13,42m² a=14,52m² ACADaE
=MI
14C
,2O
2m² WC
+00,73 +00,58 +00,46 +00,15 06
P.C.D. 05 + -
SALA 2º SÉRIE a=3,00m²
04
a=42,07m² +00,15
03
+00,73 ÁREAS AJARDINADAS 02
a=299,39m² 01
20 PESSOAS +00,10
+00,58 BW
+00,46
a=C
2,64m²
+01,40

A PLANTA BAIXA - PAV. TÉRREO NÍVEL02


Escala....................................................................................................................1/125
Área construída...........................................................................................1.016,48 m²
E
SOB

BWC
a=4,66m²
DEPOSITO DEPOSITO 02 0102030405 06070809 10 11 121314 -02,53
a=05,46m²
DESCANÇ 15
a=7,41m²
-02,53 -02,53 O
a=10,15m² COPA
-02,53 a=6,19m²
-02,53
E
SOB
PASSEIO

DES
CE

E
SOB

161514 1312 11 10 09 08070605 04 0302 01 01 0203 04 05060708 09 10 11 1213 14 1516 17

Revisão Descrição Data


SALA DE AULA 05
a=43,20m² 00 Atualização do Projeto 10/09/2020
-02,73

20 PESSOAS

SALA DE AULA SALA DE AULA 02 SALA DE AULA 03 SALA DE AULA 04


TUBO ENTERRADO-21/2"
01 a=53,49m² a=43,63m² a=45,28m² a=45,55m²
-02,73 -02,73 -02,73 -02,73
RUA FLOR DE CEREJEIRA

20 PESSOAS 20 PESSOAS 20 PESSOAS 20 PESSOAS

H-06
1,2

SALA DE AULA 06
0
(Regulamentam o Direito Autoral) - Resolução nº205 de 30/12/70 do CONFEA. (Ética Profissional) - Resolução nº218 de 29/06/73 do CONFEA (Atribuições Profissionais).

a=38,16m²
-02,73
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS: - Decreto Federal nº23.569 de 11/12/33. - Lei Federal nº5.194 de 24/12/66. - Lei Federal nº5.988/73 e Lei Federal nº9.610/98.

20 PESSOAS

PROPRIETÁRIO

TUBO AÇO GALVANIZADO AÉREO-21/2" TUBO AÇO GALVANIZADO AÉREO-21/2"


DA
ENTRA

SALA DE AULA 07
PÁTIO COBERTO a=37,80m²
a=218,03m² -02,73
-02,73
20 PESSOAS
É mandatório o perfeito entendimento dos projetos antes de sua execução, em caso de dúvida consulte o autor.

H-05
CALÇADA
-02,35 CORPODE BOMBEIROS:

CIRCUL. SALA DE AULA 08


a=46,80m² a=42,30m² RESPONSÁVEL TÉCNICO:
-02,73 -02,73 EMERSONCRUZ VIEIRA
ENG° CIVIL E DE SEGURANÇA DO TRABALHO
20 PESSOAS CREA-RN 210046987-8

SALA DE AULA 09
a=43,20m²
-02,73
AUDITÓRIO
a=143,45m² 20 PESSOAS
-02,73

ASSESSORIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO


WC P.C.D MASC. WC P.C.D FEM.
a=5,90m² a=5,91m² CONSULTORIA E ELABORAÇÃO DE PROJETOS
-02,73 -02,73
DE COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO
OBRA
Rua Lima e Silva, 1271, Centro Emp. Manoel Novaes - Sala 302
XXXXXXXXXXXXXXX
ANTESALA SALA DE AULA 10 Tel: (84) 3234-0845/9981-4365 email:
a=12,33m² a=40,28m² LOCAL emerson@asetassessoria.com.br
-02,73 -02,73 XXXXXXXXXXXXXXX
CAMARIM
a=15,13m² www.asetassessoria.com.br
SALA -02,73 20 PESSOAS PROPRIETÁRIO
a=3,30m² PROJETO
-02,73 XXXXXXXXXXXXXXX
PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
ASSUNTO

PAVIMENTO TÉRREO (NÍVEL 01 E NÍVEL 02)

PLANTA BAIXA - PAV. TÉRREO NÍVEL01 ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL

VER MEMORIAL
RISCO:
BAIXO
ESCALA:

INDICADA
DESENHO:
JUSSIER F.
PRANCHA

02
Escala....................................................................................................................1/125
Área construída...........................................................................................1.060,01 m²
ARQUIVO CARGA DE INCÊNDIO: OCUPAÇÃO:
XXXXXXXXXXXXXXX 300 MJ/m² E-1/EDUCACIONAL
(CONFORME IT 04 - SÍMBOLOS GRÁFICOS PARA PROJETOS)

HIDRANTE PÚBLICO, INTERLIGADO NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DA CONCESSIONÁRIA LOCAL.


ÁREA AJARDINADA
ÁREA AJARDINADA

HIDRANTE SIMPLES COM ABRIGO.

Fº Gº - Ø 21/2" - sucção
REGISTRO DE RECALQUE PARA SISTEMA DE INCÊNDIO

PROJEÇÃO DA COBERTURA EM TELHA DE VAGA 01


FIBROCIMENTO PARA BOMBA
ACIONADOR DE BOMBA DE INCÊNDIO TIPO BOTOEIRA LIGA E DESLIGA
i=5%
COBERTURA EM TELHA DE METAL GALVANIZADO i=5%
COM 5% DE INCLINAÇÃO RE SE RVA TÉCNICA DE INC ÊNDIO = 8m³ EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE PÓ BC, CAPACIDADE EXTINTORA 20-B:C,
COBERTURA EM TELHA DE FIBROCIMENTO
COM 5% DE INCLINAÇÃO (EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.

VAGA 02
EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE PÓ ABC, CAPACIDADE EXTINTORA 2-A : 20-B:C,
(EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.

EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA D'ÁGUA, CAPACIDADE EXTINTORA 2-A, (EXCETO ONDE
A CAPACIDADE FOR INDICADA) SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
VAGA 03
EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE DIÓXIDO DE CARBONO (CO ), CAPACIDADE EXTINTORA
COBERTURA EM TELHA DE METAL GALVANIZADO 5-B:C (EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
COM 5% DE INCLINAÇÃO
i=5% 3,06
PONTO DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA (BLOCO AUTÔNOMO)

VAGA 04 ACIONADOR MANUAL DE DETECÇÃO E ALARME

CENTRAL DE ALARME

AVISADOR AUDIO VISUAL DE ALARME


VAGA 05

RUA FLOR DO
RUA FLOR DE

+ -
ESTACIONAMENTO 10 VAGAS BATERIAS DO SISTEMA DE DETECÇÃO - ALARME
CEREJEIRA

CERRADO
VAGA 06 TUBULAÇÃO EM AÇO GALVANIZADO PARA HIDRANTES, TRECHO AÉREO.

TUBULAÇÃO EM AÇO GALVANIZADO PARA HIDRANTES, SOB O PISO.

PASSEIO
DA
ENTRA

PISO INTERTRAVADO
VAGA 07
ÁREA AJARDINADA PASSEIO ÁREA AJARDINADA
PISO INTERTRAVADO

COBERTURA EM TELHA EM FICROCIMENTO

COBERTURA EM TELHA EM FICROCIMENTO


2,95

COM 5% DE INCLINAÇÃO

COM 5% DE INCLINAÇÃO
i=5%

i=5%
VAGA 08
COBERTURA EM TELHA EM FICROCIMENTO
COM 5% DE INCLINAÇÃO

IDOS
i=5%

O
VAGA 09

REGULAMENT
VAGA

ADA
VAGA 10

i=5% RUA

ENTRA
COBERTURA EM TELHA DE METALGALVANIZADO +00,00

DA
COM 5% DE INCLINAÇÃO

i=5%
COBERTURA EM TELHA DE
METAL GALVANIZADO

COM3% DE INCLINAÇÃO
LAJE IMPERMEABILIZADA
COM 5% DE INCLINAÇÃO

i=3%
16,72

ÁREA AJARDINADA

PLANTA BAIXA - COBERTURA


Escala...................................................................................1/125

DEPÓSITO
a=6,22m²
+03,30
1,2

COBERTURA EM TELHA DE
5

COBERTURA EM TELHAS CALHA EM ALVENARIA FIBROCIMENTO COM I=5% LAJE IMPERMEABILIZADA


IMPERMEABILIZADA
VIGAS EM TRELIÇAS METÁLICA COM I=5%
METÁLICAS
BWC
1,5

1,5
1.2

0
1,7

a=3,92m²
Revisão Descrição Data
5

+03,95
,1

,1
5

10/09/2020

DESCE
DIREÇÃO 00 Atualização do Projeto
a=23,09m²
171615 14 13
4.8

+03,30
0

1,8
5

2,8
3,3
3.7

12
0

11
+00,46 +00,46 10
1,2

COORDENAÇÃO CIRCULAÇÃO
0

+00,15 +00,15 +00,15 +00,15 +00,15 +00,15


,1
5

CIRCULAÇÃO BRINQUEDOTECA BIBLIOTECA PRÉ ENEM LABORATÓRIO INFORMÁTICA 050607 08 09


,1
6
,3
.3

5
5

PLANTA BAIXA - 1º PAVIMENTO


3,1
2.1
(Regulamentam o Direito Autoral) - Resolução nº205 de 30/12/70 do CONFEA. (Ética Profissional) - Resolução nº218 de 29/06/73 do CONFEA (Atribuições Profissionais).

9
2,7

Escala...................................................................................1/125
2

-02,08 Área construída..............................................................33,23 m²


DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS: - Decreto Federal nº23.569 de 11/12/33. - Lei Federal nº5.194 de 24/12/66. - Lei Federal nº5.988/73 e Lei Federal nº9.610/98.

PATAMAR
-02,73 -02,73 -02,73 -02,73 -02,73 -02,73
SALA 05 SALA 06 SALA 07 SALA 08 SALA 09 SALA 10
PROPRIETÁRIO
CORTE A--
A
Escala......................1/125
É mandatório o perfeito entendimento dos projetos antes de sua execução, em caso de dúvida consulte o autor.

CORPODE BOMBEIROS:

COBERTURA EM TELHAS
METÁLICA COM I=5%
COBERTURA EM TELHA DE RESPONSÁVEL TÉCNICO:
COBERTURA EM TELHA DE COBERTURA EM TELHAS VIGAS EM TRELIÇAS
COBERTURA EM TELHA DE
FIBROCIMENTO COM I=5% FIBROCIMENTO COM I=5% VIGAS EM TRELIÇAS METÁLICAS EMERSONCRUZ VIEIRA
FIBROCIMENTO COM I=5% METÁLICA COM I=5% ENG° CIVIL E DE SEGURANÇA DO TRABALHO
METÁLICAS
CREA-RN 210046987-8
2,7
4
,1

,1

,1
5

5,4

ASSESSORIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO


0
3,0
2,7

2,7

CONSULTORIA E ELABORAÇÃO DE PROJETOS


3,0

3,4
5
5

3,3
2

8
3

DE COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO

2,4
6
+00,73 +00,75 +00,73
+00,58
SALA 02° ANO CIRCULAÇÃO SALA 02° ANO
MAT. DIDÁTICO
+00,46 Rua Lima e Silva, 1271, Centro Emp. Manoel Novaes - Sala
COORDENAÇÃO +00,15 +00,15 +00,15 +00,15 +00,15 +00,15
,3

,3

302
,2
4

+00,00
0

APOIO ACADÊMICO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO ESPERA ENTRADA


,4

CALÇADA RUA
7

,1

,1
5
6

Tel: (84) 3234-0845/9981-4365 email:


CORTE E-- emerson@asetassessoria.com.br
1,6

E
1
3,1

3,1

3,1

-01,61
www.asetassessoria.com.br
2,7

2,7
2

PROJETO
RESERVATÓRIO INF
2

Escala......................1/125 PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


-02,73 -02,73 -02,73 -02,73 +02,73 -02,75
OBRA
CIRCULAÇÃO WC PCD MASC WCPCD FEMIN AUDITÓRIO ANTE-SALA SALA 10
XXXXXXXXXXXXXXX
LOCAL

XXXXXXXXXXXXXXX

PROPRIETÁRIO

XXXXXXXXXXXXXXX
ASSUNTO

1º PAVIMENTO e PLANTA DE COBERTURA E CORTES


ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL RISCO: ESCALA: DESENHO: PRANCHA
VER MEMORIAL BAIXO INDICADA JUSSIER F.
ARQUIVO

XXXXXXXXXXXXXXX
CARGA DE INCÊNDIO:
300 MJ/m²
OCUPAÇÃO:

E-1/EDUCACIONAL 03
PONTO DE TESTE: CONECTAR UMA MANGUEIRA AO
PONTO DE TESTE
PONTO DE TESTE PARA DRENAR A ÁGUA ATÉ A
CALHA DE ÁGUAS PLUVIAIS

UNIÃO
VÁLVULA DE RETENÇÃO HORIZONTAL TIPO
DUPLA 2.1/2"
LEVE
CJ. MOTO-BOMBA HIDRANTES
P= VER MEMORIAL
Q= VER MEMORIAL RE 2.1/2"

RE 2.1/2"

REDE DE ABASTECIMENTO HIDRANTES FºGº


2.1/2"
MOTO BOMBA CENTRÍFUGA
CHAVE DE FLUXO CF
SUCÇÃO 2 1/2"- REC.2 1/2" SUCÇÃO FºGº 2.1/2"
P = ver memorial Q= ver memorial REDE HIDRANTES

5 x ∅ cm 5 x ∅ cm

A distância entre a chave de fluxo


e o cotovelo ou qualquer outra
singularidade deve ser de, no
ção
mínimo, suc
5 vezes odiâmetro da tubulação. "- /2
3,4 21
A chav edef l ux o s er ár es pons áv el pel 0 Ø -

o comando do acionamento automático da bomba. Fº
1,0

1,0 2,0

Comando da Bomba 1,60

Entrada

3,0
AUTOMÁTICO
Ultrapassa 2,50

5
LIGA
Cm
MANUAL

1,5
0

0
Chave 3,7
02
DESLIGA Chave Geral /2",30 H-
F -21
para
REO
Bomb AÉ 5 TU
FoG

Consumo 5,2

1,5
a B
DO OA
o

0
OBS.: N IZA ÇO
Esquema de ligação elétrica para VA G AL
A bomba será acionada automaticamente
G AL VA
O NI
pela chave de fluxo e manualmente por acionamentoda bomba de incêndio AÇ ZA
botoeira, com a inversão do interruptor. O D OE
SEM ESCALA B 0
TU 11,0 NT
ER
RA
DO
-21
/ 2" 23,2
0
,50

TU
BO

O GA
LV
AN 11,0
IZA 5
DO

RE
O- 01
21/ H-
2 "

1,5
0
0
21,3 2"
21/ ,30
EO-
ÉR
D OA

1,5
ZA
NI

0
A
LV
O GA
AÇ H-
03
B O
TU

1,5
0
/2 "
-21
REO
É
D OA
ZA
TU NI
BO 5 VA Revisão Descrição Data
AÇ 10,7 GAL
OG O 00 Atualização do Projeto 10/09/2020
AL AÇ
VA B O
NI
ZA
11,0
5
TU
DO

RE
O-
21/
2"
3,3
0
(Regulamentam o Direito Autoral) - Resolução nº205 de 30/12/70 do CONFEA. (Ética Profissional) - Resolução nº218 de 29/06/73 do CONFEA (Atribuições Profissionais).
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS: - Decreto Federal nº23.569 de 11/12/33. - Lei Federal nº5.194 de 24/12/66. - Lei Federal nº5.988/73 e Lei Federal nº9.610/98.

PROPRIETÁRIO
1,5

1,5
0

04
H-
/2" H-
05
-21
REO
O AÉ
Z AD
0 NI
21,5 LVA
GA
É mandatório o perfeito entendimento dos projetos antes de sua execução, em caso de dúvida consulte o autor.

ÇO
B OA CORPODE BOMBEIROS:

TU

RESPONSÁVEL TÉCNICO:
EMERSONCRUZ VIEIRA
ENG° CIVIL E DE SEGURANÇA DO TRABALHO
CREA-RN 210046987-8

2,3
0
1,5
0

06
H-
/2"
-21
ADO
RR
TE
EN ASSESSORIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO
BO
TU CONSULTORIA E ELABORAÇÃO DE PROJETOS
DE COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO
OBRA
Rua Lima e Silva, 1271, Centro Emp. Manoel Novaes - Sala 302 Tel:
XXXXXXXXXXXXXXX
(84) 3234-0845/9981-4365 email: emerson@asetassessoria.com.br
LOCAL

XXXXXXXXXXXXXXX
www.asetassessoria.com.br
PROPRIETÁRIO
PROJETO
XXXXXXXXXXXXXXX
PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
ASSUNTO

ISOMÉTRICO SISTEMA DE HIDRANTES

ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL RISCO: ESCALA: DESENHO: PRANCHA


VER MEMORIAL BAIXO S/E JUSSIER F.
ARQUIVO

XXXXXXXXXXXXXXX
CARGA DE INCÊNDIO:
300 MJ/m²
OCUPAÇÃO:

E-1/EDUCACIONAL 04
Pormenores construtivos da instalação de guardas e as cargas a que elas devem resistir
SE M ESCALA

Longarinas intermediárias com


no máximo de 15 cm de 730 N/m aplicados ao corrimão
afastamento, capazes de resistir a (longarina superior)
1200 Pa L

Montante de suporte projetado F = 730 L


para suportar apenas o corrimão

1,10m *

1200
Min

P0.
.
Balaustres espaçados
Grade ornamental Alvenaria
no máximo 15 cm
ou tela Vidro laminado
Horiz. afastamento
entre longarinas - * As alturas das guardas em escada aberta externa (AE), de seus
15 cm no máximo patamares, de balcões e assemelhados, devem ser de no mínimo 1,3 m.

Mesmo procedimento
do lado oposto

DETALHE DA INSTALAÇÃO DOS


EXTINTORES DE INCÊNDIO
S EM ESCALA

RÓTULO DO
FABRICANTE ØB

ABNT

1,60 MÁXIMO
I NC Ê N D I O
DETALHE DE SINALIZAÇÃO COMPLEMENTAR
SEM ESCALA SELO DE GARANTIA DA
ROTA DE FUGA EM LOCAIS COM PILARES ABNT RÓTULO DO
ADAPTAÇÃO STORZ
DETALHE PLACAS DE OBSTÁCULOS FABRICANTE
SEM ESCALA

A
ABNT SUPORTE DE PISO 45°

PISO ACABADO 10 Cm

1/2"
PISO

∅2
ADAPTAÇÃO STORZ

VE M TUBULAÇÃO
DETALHE DO HIDRANTE SIMPLES EM CAIXA METÁLICA DIMENSÕES cm D
VÁLVULA DE PARAGEM
CARGA EXTINTORA
D E INCÊNDIO A B C D

H = 0,60m <
(O PÇ ÃO 1) 31
ÁGUA 10 LITROS REDUÇÃO SE NECESSÁRIO
Ød
C02 6kgs 54 18 21 31
PÓ 4kgs 4 1 2 31
15

1,50m
8 5 1
60 AC IONADOR
7 13 2 MANUAL 4 1 2
(O PÇ ÃO 2) 8 5 1
1 ABRIGO PARA 2 MANGUEIRAS DE 15m, EM ALVENARIA, DIMENSÕES
10 (90x60x17)cm, COM PORTA E VISOR DE VIDRO

Detalhes construtivos da instalação de guardas e as cargas a que elas devem 12 9 25 2 REGISTRO GLOBO ANGULAR 45° - Ø65mm MESMO DIÂMETRO DA
TUBULAÇÃO PRINCIPAL
resistir 10 3
3 ADAPTADOR STORZ R5FX, ENGATE RÁPIDO, Ø40mm
S EM ESCALA SEGUE
( OPÇ ÃO 1) 90 9

25
INCÊNDIO
PREVER PROTEÇÃO MECÂNICA PARA
Corrimão Ø38mm 4 MANGUEIRA TIPO 2 EM FIBRA SINTÉTICA COM REVESTIMENTO REDE
Material incombustível 4 INTERNO DE BORRACHA, Ø40mm x COMPRIMENTO=15m -
16

140
Longarinas em UNIÕES DE ENGATE RÁPIDO
39
.15

5 8
.15

metal - Ø 25mm
SIRENE DETALHE DO PONTO DE PRESSURIZAÇÃO EXTERNO(HID)
130

6 5 ESGUICHO, JATO REGULÁVEL ENGATE RAPIDO, Ø40mm


SE M ESCALA
ELETRODUTO
3

SUPORTE PARA 2 MANGUEIRAS (39x39x15)cm, EM CHAPA DE


.15

8 11 6
A A AÇO #16 MSG, BASCULANTE PINTADO NA COR VERMELHA
15
ão.
7 TE DE REDUÇÃO FERRO MALEÁVEL PRETO - ROSCA BSP
0,92

orrim
Ø(dx65)mm
55

Ød
c ( OPÇ ÃO 2)
ao
ada 8
VISTA SUPERIOR DO
UNIÃO ENGATE RÁPIDO Ø40mm
aplic (PISO ACABADO)
GUARDA CORPO E CORRIMÃO
SEM ESCALA

N/m Patamar VISTA FRONTAL 9 ABRIGO PARA 2 MANGUEIRAS DE 15m, EM CHAPA


VISTA FRONTAL

730
CAIXA ABERTA DOBRADA #18 MSG, DIM. (90x60x17)cm COM VISOR DE
DE VE RÁ S E R PREVISTO B AS E PARA APOIO
VIDRO
D O S HIDRANTES N O S L OC AIS O N D E N ÃO
VE M TUBULAÇÃO
EXISTEM PAR E DE S PARA APOIO D O S ME S M O S . VE M TUBULAÇÃO
D E INCÊNDIO
10 BUJÃO, F ERRO MALEÁVEL PRETO, R OS C A B S P Ød
D E INCÊNDIO ALARME
15 (OPÇ ÃO 1) DE

11
INCÊNDIO
Ød CHAVE PARA APERTO D O ENGATE RÁPIDO
13 2 6 ACIONADOR
(OPÇ ÃO 2)
Sinalização visual MAN UAL
na borda do Corrimão de Ø 38mm 10 7 12 TAMPÃO STORZ R5FX, ENGATE RÁPIDO, Ø40mm

0,90m - 1,35m
degrau Guarda Corpo Ø 63 mm Material incombustível 15 D'
.30 9
1

9 2 (O PÇ ÃO 1) 13 NÍPLE DUPLO F ERR O MALEÁVEL PRETO, R OS C A B S P - Ø65mm.


77

15
17
1

Sinalização visual em cor 10


0.15 0.15

2 a 3cm contrastante com a do 5 3 15


14 PORTA METALICA C OM MARCO E CONTRA MARCO EM
.1

1.10

acabamento dos degraus 7 4 15 CHAPA DE AÇO DOBRADA #18 MSG. O ACABAMENTO


7

Revisão Descrição Data


0.92

D
12 30° 16 EXTERNO DA PORTA DEVERA SEGUIR O PADRAO
19 39 2
Espaçamento de 15cm Ød INDICADO NA VISTA FRONTAL DO HIDRANTE DO TIPO T1. 00 Atualização do Projeto 10/09/2020
60
0.15

Piso ant-derrapante TUBO DE AÇO CARBONO (FERRO PRETO),


Material A PORTA D O ABRIGO PARA HIDRANTES, VE M TUBULAÇ ÃO
DETALHE GENÉRICO D E INC ÊNDIO
Incombustível DE VE Q U A N D O ABERTA, DEIXAR LIVRE
GUARDACORPO E CORRIMÃO Ød VISOR DE VIDRO.
SEM ESCALA A LARGURA D E 60cm A FRENTE D O C ORTE - DD'
HIDRANTE. O ALISAR O U BATENTE DA
Ø d = DIÂMETRO CONFORME PROJETO
ACIONADOR MANUAL SONORO E VISUAL (COM SIRENE)
PORTA NÃO DEVE REDUZIR A LARGU RA
LIVRE DE 60cm.
PLANTA BAIXA

Ø d = DIÂMETRO C O N F O R ME PROJETO OBS.: AS BOTOEIRAS DEVERÃO POSSUIR LEDS DE VARREDURA NA COR VERDE E QUANDO
ACIONADAS NA COR VERMELHA.
(Regulamentam o Direito Autoral) - Resolução nº205 de 30/12/70 do CONFEA. (Ética Profissional) - Resolução nº218 de 29/06/73 do CONFEA (Atribuições Profissionais).
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS: - Decreto Federal nº23.569 de 11/12/33. - Lei Federal nº5.194 de 24/12/66. - Lei Federal nº5.988/73 e Lei Federal nº9.610/98.

PROPRIETÁRIO

1 VÁLVULA GLOBO ANGULAR 45° Ø65mm


AMARE LO
3 2
2 ADAPTADOR ROSCA FÊMEA STORZ Ø65mm
ALVENARIA DETALHE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA VE RME LHO
3 TAMPÃO STORZ COM CORRENTE Ø65mm
É mandatório o perfeito entendimento dos projetos antes de sua execução, em caso de dúvida consulte o autor.

SINALIZAÇÃO E M
TODAS AS F A C E S
CORPODE BOMBEIROS:
D O PILAR
4 TAMPA DE FERRO FUNDIDO 500x600mm
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
1 5
5 TUBO DE ALIMENTAÇÃO DO RECALQUE Ø65mm SAÍDA
RESPONSÁVEL TÉCNICO:
6 EMERSONCRUZ VIEIRA
6 FUNDO PERMEÁVEL REVESTIDO COM BRITA TOMADA ENG° CIVIL E DE SEGURANÇA DO TRABALHO
CREA-RN 210046987-8
T EXTINTOR
ALTURA MAXIMA = 2.50 metros

ALTURA MINIMA = 2.20 metros

CORTE A-A
PORTA CORTA-FOGO
mantenha fechada
60cm

INTERIOR VE RME LHO

1,60
1.80m

FAIXA AMARELA

40cm
HIDRANTES 1.50m

15
1 0 ASSESSORIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO
PISO ACABADO
10
70
1.20m
CONSULTORIA E ELABORAÇÃO DE PROJETOS
DE COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO
15 OBRA
Rua Lima e Silva, 1271, Centro Emp. Manoel Novaes - Sala 302 Tel:
XXXXXXXXXXXXXXX
1 As baterias para sistemas autônomos devem ser de chumboácido selada ou níquel-cádmio, isenta de manutenção. (84) 3234-0845/9981-4365 email: emerson@asetassessoria.com.br

PLANTA
4
2Deve-se garantir um nível mínimo de iluminamento de 3 lux em locais planos (corredores, halls, áreas de refúgio) e 5 15 LOCAL

XXXXXXXXXXXXXXX
www.asetassessoria.com.br
lux em locais com desnível (escadas ou passagens com obstáculos).
70
REGISTRO DE RECALQUE DUPLO NO PASSEIO 3A tensão das luminárias de aclaramento e balizamento para iluminação de emergência em áreas com carga de 10
0
PROPRIETÁRIO
PROJETO

SEM ESCALA incêndio deve ser de, no máximo, de 30 Volts. XXXXXXXXXXXXXXX


15 DETALHE DA INSTALAÇÃO DOS PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
ASSUNTO
F I G UR A C - 3 : SIN ALI ZAÇÃ O D E P O RTA C O RTA F O G O
(PAV TO. T É R R E O NIVEL DA R UA )
EXTINTORES DE INCÊNDIO DETALHES
S EM ESCALA ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL RISCO: ESCALA: DESENHO: PRANCHA
VER MEMORIAL BAIXO 1/50 JUSSIER F.
ARQUIVO

XXXXXXXXXXXXXXX
CARGA DE INCÊNDIO:
300 MJ/m²
OCUPAÇÃO:

E-1/EDUCACIONAL 05

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