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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
NATAL-RN
2021
Manuella Ferreira Marinho
Natal-RN
2021
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede
Aprovada em 23/04/2021
BANCA EXAMINADORA
Natal-RN
2021
DEDICATÓRIA
Nesse encerramento de um ciclo grandioso da minha vida, sou pura gratidão a todos
que de alguma forma edificaram minha caminhada e contribuíram para que esse dia fosse
possível. Em primeiro lugar, agradeço a Deus, o grande responsável por todas as minhas
pequenas vitórias.
Agradeço a minha família. Em especial à minha mãe, por me ensinar sobre garra e
força.
Ao meu pai, por me ensinar sobre integridade e fé. Meu exemplo na profissão. Ao meu
irmão Fernando, por me ensinar sobre determinação e sempre acreditar no meu potencial. Ao
meu namorado e grande apoiador Rodrigo, que esteve do meu lado ao longo de todos os anos
da faculdade, crescendo comigo.
Agradeço também aos meus grandes alicerces durante a época de escola, essenciais
para que eu conquistasse a aprovação, meus eternos amigos do Marista: Aline, Aninha,
Gabriel, Ivna, Júlia, Juliana, Maria Duda, Nathalia, Rachel, Renata, Trigueiro e Uchoa.
E claro, minha eterna gratidão àqueles que dividiram o peso do curso comigo, e
fizeram
dessa caminhada mais leve: Allan, Bomfim, Dinei, Éberth, Gabi, João Clayton, Mari,
Musi, PV, Romário e Victor.
Agradeço a minha professora, orientadora e amiga Micheline Damião e ao meu
coorientador Major Gleidson, sempre atenciosos comigo.
Meu muito obrigada a todos vocês!
RESUMO
This document aims to develop a practical manual about firefighting installations in schools in
the state of Rio Grande do Norte. The manual ranges the dimensioning of the installations, the
guidelines for maintenance and right usage of the installations by the building’s occupants. For
that purpose, the technical instructions of the Military Fire Brigade of Rio Grande do Norte
(CBMRN) were analyzed, as well as the technical norms that are pertinent to the subject,
covering in a single document all the crucial information for the development of a specific
project of a school in the State. The document will also contain the practical part regarding the
topic, establishing a model of Evacuation Plan for schools, in addition to general
recommendations for the administrators and users of the building, guidelines for the
maintenance of the installations, as well as the bureaucratic part of regularizing the property.
The final product of this study consists of a simple, practical and didactic manual with all the
necessary information for the design, maintenance and usage of the installations in question.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 14
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 14
1.2 JUSTIFICATIVA.................................................................................................................... 14
1.3 OBJETIVOS.......................................................................................................................... 15
Objetivo geral
.....................................................................................................15
Objetivos específicos
..........................................................................................15
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 16
2.1 PROPAGAÇÃO DO FOGO ...................................................................................................... 16
2.2 SISTEMA DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO ...................................................................... 16
2.3 INCÊNDIOS EM ESCOLAS ..................................................................................................... 16
3. INSTALAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO .................................................. 18
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO ........................................................................................ 18
Classificação das edificações e áreas de rico quanto à ocupação......................18
Classificação das edificações quanto à altura
....................................................19 Classificação das edificações quanto à
carga de incêndio .................................20
3.2 DISPOSITIVOS DE COMBATE A INCÊNDIO ............................................................................ 21
3.3 ACESSO DE VIATURA NA EDIFICAÇÃO ................................................................................. 22
3.4 ISOLAMENTO DE RISCO ...................................................................................................... 23
3.5 SEGURANÇA ESTRUTURAL CONTRA INCÊNDIO .................................................................... 27
3.6 COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL........................................................................................ 29
3.7 CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO E REVESTIMENTO (CMAR) ........................... 32 3.8 S
AÍDAS DE EMERGÊNCIA..................................................................................................... 33
Larguras das saídas de emergência
....................................................................34
Acessos e portas de saída de emergência..........................................................35
Rampas
...............................................................................................................37
Escadas
...............................................................................................................37
3.9 PLANO DE EMERGÊNCIA ..................................................................................................... 40
3.10BRIGADA DE INCÊNDIO
....................................................................................................... 43
3.11ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA............................................................................................ 45
3.12SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO
................................................................ 47
3.13SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA........................................................................................... 48
Sinalização de Proibição
.....................................................................................49
Sinalização de
Alerta...........................................................................................50
Orientação e salvamento
...................................................................................52
Equipamentos.....................................................................................................54
Sinalização complementar .................................................................................56
3.14EXTINTORES DE INCÊNDIO
.................................................................................................. 59
Classificação e capacidade
extintora..................................................................59
Manutenção, certificação e validade
.................................................................62
3.15SISTEMAS DE HIDRANTES E MANGOTINHOS
........................................................................ 62
Abrigos e mangueiras
.........................................................................................62
Dispositivo de recalque
......................................................................................63
Outros componentes de instalação
...................................................................64
Tipos de hidrantes e Reserva técnica de incêndio
.............................................64
Dimensionamento das bombas e
tubulação......................................................65
3.16CHUVEIROS AUTOMÁTICOS E CONTROLE DE FUMAÇA
........................................................ 68
3.17CENTRAL DE GÁS................................................................................................................ 69
Rede de distribuição interna
..............................................................................69
Gás Liquefeito de petróleo (GLP)
.......................................................................70
Gás natural e ventilação .....................................................................................72
3.18CRITÉRIOS DE ACESSIBILIDADE
.......................................................................................... 73
4. REGULARIZAÇÃO DO IMÓVEL..................................................................... 75
4.1 PROJETO TÉCNICO SIMPLIFICADO........................................................................................ 75
4.2 PROJETO TÉCNICO............................................................................................................... 75
5. PLANO DE EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA ................................................. 77
5.1 ESTRUTURA DE PLANO DE EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA ..............................
77
Dispositivos do plano de
evacuação...................................................................77
Designação de funções
.......................................................................................78
Procedimentos de abandono
.............................................................................79
6. RECOMENDAÇÕES GERAIS AOS OCUPANTES
............................................ 80
6.1 ORIENTAÇÕES À DIREÇÃO DA ESCOLA ................................................................................ 80
6.2 PROGRAMA DE MANUTENÇÕES
........................................................................................... 81
Extintores............................................................................................................81
Alarme ................................................................................................................82
Iluminação de emergência
.................................................................................82
Hidrantes ............................................................................................................83
Sinalização de emergência
.................................................................................83
7. METODOLOGIA.............................................................................................. 84
8. RESULTADOS.................................................................................................. 85
1. INTRODUÇÃO
1. Considerações iniciais
2. Justificativa
3. Objetivos
Objetivo geral
Esse trabalho objetiva elaborar um manual prático que consiga abranger desde o passo-
a-passo da concepção de projeto de instalações de combate a incêndio específico para escolas
no Rio Grande do Norte, até as diretrizes para a utilização adequada de todas as instalações
projetadas.
Objetivos específicos
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1. Propagação do fogo
A NBR 13860 (1997) define fogo como sendo o processo de combustão caracterizado
pela emissão de calor e luz, a mesma norma configura incêndio como sendo o fogo fora de
controle. Muitos podem ser os motivos para surgimento e difusão do fogo, gerando incêndios
de grandes proporções.
É válido salientar que as escolas costumam possuir muito material combustível,
definido
pela NBR 13860 (1997) como sendo todo material capaz de queimar. É comum nessas
instituições haver estoque de papel, grande quantidade de móveis de madeira e cozinha com
armazenamento de gás para refeitórios, como ressalta Dias (2018, p. 14), de modo que o fogo
tende a conseguir se alastrar com facilidade.
3. Incêndios em escolas
Em artigo para o centro de produções técnicas (CPT), Oliveira (s.d) faz uma análise a
respeito das principais causas de princípios de incêndios em escolas, dividindo suas instalações
em três grandes ambientes:
Áreas comuns – pátios, corredores e estacionamentos – de acesso de professores,
alunos, funcionários e fornecedores. Nesses ambientes, podem haver acúmulo de poeiras
17
resíduos variados, além de descuido em consertos e manutenções que se usam materiais como
soldas, maçaricos e tintas, podendo gerar uma combustão. Além disso, também se costuma
acumular materiais de grande carga de combustão – papel, plástico e madeira – em decorações
de eventos, festas e gincanas.
Salas de aula e ambientes didáticos como laboratórios e bibliotecas: abuso ou
negligência com aparelhos elétricos ou eletrônicos, uso de materiais de alta combustão, em
aulas ou exercícios, como papel, madeira e plásticos. Laboratórios de química tem a agravante
de abrigar produtos químicos inflamáveis. Já as bibliotecas costumam possuir muitas estantes
de madeira e livros em papel que também contribuem para que o incêndio se alastre com
facilidade por ser material combustível.
Áreas de serviço – escritórios, cozinha, almoxarifado e depósitos – de uso dos
funcionários. Falhas e acidentes elétricos como curto-circuito e sobrecarga em equipamentos
como motores, aquecedores, transformadores etc. Além disso, também pode ocorrer de se
agrupar muitos produtos inflamáveis em locais sem segurança.
Com o objetivo de ratificar o cenário de descaso para com as instalações de combate a
incêndio em escolas ao longo de todo território nacional, é válido mencionar alguns casos de
incêndio em instituições de ensino no Brasil.
Em notícia do portal G1 (2020), um incêndio na madrugada do dia 14 de agosto atingiu
e destruiu escola no bairro de Itu, São Paulo. Segundo a fonte, o fogo se iniciou em
uma sala que guardava trinta tablets usados para gravações de aulas online pelos professores e
se alastrou por quase todo o prédio, restando somente uma sala. Além dos danos financeiros,
o desastre poderá adiar o retorno de aulas presenciais de quase 100 alunos.
Outro caso noticiado pelo portal G1 (2019), um incêndio na escola estadual Padre
Mateus Nunes de Siqueira destruiu três salas de aula às 5:30 da manhã do dia dez de outubro,
em Atibaia (SP). O incêndio se iniciou em uma das salas de aula e se alastrou para mais duas
pelo teto. Apesar de não ter deixado feridos, o ocorrido prejudicou o andamento das aulas até
que os devidos reparos fossem realizados.
Por fim, um caso amplamente noticiado na mídia na época do ocorrido foi o incêndio
criminoso em uma creche de Janaúba, em 05 de outubro de 2017, no qual 13 pessoas
vieram à óbito. O prédio não contava com extintores, sinalização, saídas de emergência nem
alvará do corpo de bombeiros. Um ano após a tragédia, uma reportagem do portal R7
constatou que o número de vítimas teria sido reduzido caso a instituição possuísse instalações
adequadas, além disso também foi denunciado que as escolas da cidade continuavam sem
estrutura adequada para instalações de incêndio e situações de pânico.
18
1. Classificação da edificação
Na primeira categoria, as edificações são agrupadas de acordo com seu uso, ou seja, o
tipo de seus ocupantes. Essa classificação, segundo a IT 01/2018, varia do grupo A
(residencial) ao grupo M (Especial).
Para tanto, o presente documento irá destrinchar as particularidades do projeto de
combate a incêndio de escolas em geral, inseridas no grupo E (Educacional e Cultura física),
divisão E-1.
19
GRUPO E
Ocupação/uso Educacional e Cultura física
Como define a IT 01 do CBMRN (2018) nos itens 4.1 e 8.1, ao se tratar de exigências
das medidas de segurança contra incêndio, a altura da edificação é dada pela “medida em
metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último pavimento”.
Já para as saídas de emergência, considera-se a altura da edificação como “a medida em
metros entre o ponto que caracteriza a saída do nível de descarga ao piso do último
pavimento, podendo ser ascendente ou descendente”.
Além disso, orienta-se que sejam desconsiderados nesse cálculo:
Os subsolos utilizados unicamente para estacionamento de veículos, instalações
sanitárias, vestiários e áreas técnicas sem atividade ou permanência humana.
Pavimentos superiores exclusivos para casas de máquinas, áticos, barriletes,
reservatórios de água e semelhantes.
Mezaninos de área inferior a um terço da área de seu pavimento;
20
GRUPO E
Ocupação/uso Educacional e cultura Física
Divisão E-1/E-2/E-4/E-6 E-3 E-5
Academias de
Descrição Escolas em geral ginástica e Pré-escola, creches e similares
similares
Carga de
Incêndio (qfi) 300 300 300
em MJ/m²
Fonte: Adaptado IT 14/2018 (2021)
21
GRUPO E
Medidas de segurança contra incêndio
Saídas de emergência X
Iluminação de Emergência X¹
Sinalização de Emergência X
Extintores X
Brigada de Incêndio -
NOTAS ESPECÍFICAS:
1- Somente para edificações com mais de dois pavimentos;
NOTAS GERAIS:
a - As instalações elétricas e o SPDA devem estar em conformidade com as normas
técnicas oficiais;
b - No cômputo de pavimentos, desconsiderar os pavimentos de subsolo quando
destinados a estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitárias, áreas
técnicas sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência humana;
Fonte: Adaptado IT 01/2018 (2021)
22
Quadro 6 - Edificações do Grupo E com área superior a 750m² e altura superior a 12m
as quais possibilitam a aproximação e operação dos veículos deveriam possuir seis metros de
largura mínima, suportar viaturas de 25 toneladas distribuídas em dois eixos e possuir altura
livre mínima de 4,5 metros. Porém, para o grupo das escolas esses critérios tem caráter apenas
de recomendação. Na presença de arruamento interno, o portão de acesso deve possuir, no
mínimo, 4,0 metros de largura e 4,5m de altura.
Medidas de Pavimentos
compartimentação
Carga de incêndio
Severidade (MJ/m²)
I 0 -680
II 681 - 1460
% ABERTURAS COEFICIENTE
20 10 5 0,4 0,4 0,44 0,46 0,48 0,49 0,5 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51
30 15 7,5 0,6 0,66 0,73 0,79 0,84 0,88 0,9 0,92 0,93 0,94 0,94 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
40 20 10 0,8 0,8 0,94 1,02 1,1 1,17 1,23 1,27 1,3 1,32 1,33 1,33 1,34 1,34 1,34 1,34 1,34
50 25 12,5 0,9 1 1,11 1,22 1,33 1,42 1,51 1,58 1,63 1,66 1,69 1,7 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71
60 30 15 1 1,14 1,26 1,39 1,52 1,64 1,76 1,85 1,93 1,99 2,03 2,05 2,07 2,08 2,08 2,08 2,08
80 40 20 1,2 1,37 1,52 1,68 1,85 2,02 2,18 2,34 2,48 2,59 2,67 2,73 2,77 2,79 2,8 2,81 2,81
100 50 25 1,4 1,56 1,74 1,93 2,13 2,34 2,55 2,76 2,95 3,12 3,26 3,36 3,43 3,48 3,51 3,52 3,53
''' 60 30 1,6 1,73 1,94 2,15 2,38 2,63 2,88 3,13 3,37 3,6 3,79 3,95 4,07 4,15 4,2 4,22 4,24
''' 80 40 1,8 2,04 2,28 2,54 2,82 3,12 3,44 3,77 4,11 4,43 4,74 5,01 5,24 5,41 5,52 5,6 5,64
''' 100 50 2,1 2,3 2,57 2,87 3,2 3,55 3,93 4,33 4,74 5,16 5,56 5,95 6,29 6,56 6,77 6,92 7,01
''' ''' 60 2,3 2,54 2,84 3,17 3,54 3,93 4,36 4,83 5,3 5,8 6,3 6,78 7,23 7,63 7,94 8,18 8,34
''' ''' 80 2,6 2,95 3,31 3,7 4,13 4,61 5,12 5,68 6,28 6,91 7,57 8,24 8,89 9,51 10 10,5 10,8
''' ''' 100 3 3,32 3,72 4,16 4,65 5,19 5,78 6,43 7,13 7,88 8,67 9,5 10,3 11,1 11,9 12,5 13,1
Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021)
Para edificações de área inferior a 750m² e altura menor que 12m, a tabela abaixo pode
definir a distância máxima de separação “D” de maneira alternativa. Para isso, deve ser
considerado a maior porcentagem de abertura entre as edificações exposta e expositora,
aplicando-se as distâncias encontradas na menor projeção horizontal entre aberturas das duas
edificações.
26
Porcentagem de PAVIMENTOS
abertura "y"
1 (térreo) 2 3 ou mais
Até 10 4 6 8
De 11 a 20 5 7 9
De 21 a 30 6 8 10
De 31 a 40 7 9 11
De 41 a 50 8 10 12
De 51 a 70 9 11 13
Acima de 70 10 12 14
Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021)
Já edificações com alturas diferentes, caso a cobertura da edificação mais baixa não
atenda ao Tempo Requerido de Resistência ao fogo (TRRF) solicitado em IT específica, devem
ser adotadas as distâncias abaixo, como forma de evitar que o calor e a fumaça escapem pela
cobertura para as aberturas do edifício mais alto. Caso o TRRF seja atendido, utilizar
dimensionamento anteriormente apresentado.
27
GRUPO E
Ocupação/ Uso: Educacional e Cultura física
Divisão: E-1 a E-6 TRRF (min)
Profundidade Classe S2 hs > 10m 90
do subsolo Classe S1 hs ≤ 10m 60
hs
Classe P1 h ≤ 6m 30
Classe P2 6m < h ≤ 12m 30
Classe P3 12m < h ≤ 23m 60
Altura da Classe P4 23m < h ≤ 30m 90
edificação h Classe P5 30m < h ≤ 80m 120
Classe P6 80m < h ≤ 120m 120
Classe P7 120m < h ≤ 150m 150
Classe P8 150m < h ≤ 250m
Fonte: Adaptado IT 08/2018 (2021)
180
Segurança contra Incêndio das edificações e áreas de risco no Estado do RN. São exemplos de
isenções:
As edificações P1 e P2 com área inferior a 750m².
As edificações de classes P1 e P2 com área inferior a 1500m² e carga de incêndio de no
máximo 500 MJ/m², excluindo-se a divisão E6.
As coberturas das edificações sem função de piso ou rota de fuga e cujo colapso
estrutural não comprometa a estabilidade das paredes externas e da estrutura principal da
edificação.
Escadas não enclausuradas, caso não possuam materiais combustíveis em seu
revestimento, acabamento ou estrutura.
Qualquer edificação térrea provida de chuveiro automático com bicos do tipo resposta
rápida e/ou com carga de incêndio específica menor ou igual a 500MJ/m². Exceto quando a
cobertura tiver função de piso ou rota de fuga, ou quando os elementos estruturais
considerados, sejam essenciais à estabilidade de elemento de compartimentação ou de
isolamento de risco.
Por fim, além dos casos de isenção, algumas edificações térreas também podem ter o
TRRF constante reduzido em 30 minutos caso:
Possua chuveiros automáticos ou área total máxima de 5.000m², com pelo menos duas
fachadas para acesso e estacionamento operacional de viaturas cobrindo pelo menos metade
do perímetro da edificação.
Sejam consideradas lateralmente abertas – ou seja, com ventilação permanente em pelo
menos duas fachadas externas em cada pavimento, cujas aberturas somadas resultem em pelo
menos 5% da área do piso no pavimento e possíveis obstruções internas possuam pelo menos
20% de suas áreas abertas. As aberturas devem ser distribuídas de forma uniforme e
contemplar, pelo menos, 40% do perímetro da edificação e 20% da área total de fachada
externa ou, corresponder a pelo menos um terço da superfície total das fachadas externas e,
pelo menos 50% destas áreas estejam situadas em fachadas opostas.
Finalidade do Material
Piso Parede e divisória Teto e forro
Notas Específicas
1 - Incluem-se aqui cordões, rodapés e arremates
2 - Excluem-se aqui portas, janelas, cordões e outros acabamentos decorativos com área inferior a 20%
da parede onde estão aplicados;
3 - Exceto para revestimentos que serão Classe I ou II-A
Notas Genéricas
a – Os materiais de acabamento e revestimento das fachadas das edificações devem enquadrar-se entre as
Classes I a II-B;
b – Os materiais de acabamento e revestimento das coberturas de edificações devem enquadrar-se entre
as Classes I a III-B; Fonte: Adaptado IT 10/2018 (2021)
Para todas as edificações do grupo das escolas, independente de área é altura, é exigido
pela IT 11 do CBMRN (2018) que sejam obedecidos requisitos mínimos no dimensionamento
das saídas de emergência, em prol de possibilitar uma evacuação segura da população em caso
de incêndio ou pânico, além de fornecer condições para que as guarnições de bombeiros
adentrem a edificação para combate ao fogo e retirada de pessoas.
Nesse sentido, entende-se por saída de emergência os acessos ou corredores, escadas
ou
rampas, elevador de emergência, descarga, rotas de saídas horizontais – caso exista – e
portas ou espaço livre exterior no pavimento de descarga.
Para dimensionamento das saídas de emergência, é necessário calcular a população da
edificação em função de coeficientes, dados a partir do tipo de ocupação. Para esse cálculo
específico, devem ser incluídas nas áreas do pavimento as áreas de terraço, sacada, beirais e
platibandas e excluídas as áreas de elevadores.
34
(N) para o cálculo da população, será admitido o leiaute dos assentos fixos (permanente)
apresentado em planta;
(E) por “Área” entende-se a “Área do pavimento” que abriga a população em foco, conforme
Fonte: Adaptado IT 11/2018 (2021)
terminologia da IT 03; quando discriminado o tipo de área (por ex.: área do alojamento), é a área
útil interna da dependência em questão;
A largura das saídas é calculada em virtude da quantidade de pessoas passando por elas
em caso de sinistro, não podendo ser adotado valor inferior a 1,2 metros (medidos da parte
mais estreita em caso de obstáculos maiores do que apresentados na figura 4).
𝑃
𝑁= (2)
𝐶
Onde,
N = Número de unidades de passagem, arredondando para número inteiro
imediatamente superior.
P = População, de acordo com o coeficiente da edificação.
C = Capacidade da unidade de passagem conforme
Logo, fixada a unidade de passagem como sendo 0,55 metro, é possível encontrar a
largura mínima total das saídas multiplicando-se o resultado “N” pelo fator 0,55. Ou
seja, em caso de mais de uma saída no pavimento, a somatória das larguras que deve atender à
metragem total calculada, devendo-se adotar larguras múltiplas de 0,55m.
Portas que abrem em 180° para dentro de saídas não podem comprometer a largura
efetiva em valor menor que a metade e nunca desrespeitar a largura mínima livre de
1,2. Portas que abrem para em 90° devem estar em paredes recuadas de forma a não
comprometer a largura efetiva em valor maior a 0,1m.
De saída da
edificação 40 45 50 60 55 65 75 90
E (piso de
descarga)
Demais 30 35 40 45 45 55 65 75
andares
Notas
a - para que ocorram as distâncias previstas nesta Tabela e Notas, é necessária a apresentação do leiaute
definido em planta baixa (salão aberto, sala de eventos, escritórios, galpões e outros). Caso não seja
apresentado o layout definido em planta baixa,
Fonte: as distâncias
Adaptado definidas
IT 11/2018 (2021) devem ser reduzidas em 30%;
b - para edificações com sistema de controle de fumaça, admite-se acrescentar 50% nos valores acima;
c - Para admitir os valores da coluna “mais de uma saída” deve haver uma distância mínima de 10 m
entre ela.
Ainda segundo a instrução técnica 11 (2018), orienta-se que as portas de rotas de saída,
portas que dividem corredores de rotas e portas de salas em comunicação com acessos e
descargas – com capacidade acima de 100 pessoas – devem abrir obedecendo o fluxo da saída,
em prol de facilitar o escoamento.
As dimensões mínimas de portas inseridas nas rotas de fuga, seja ela comum ou corta-
fogo, são: 80 cm para uma unidade de passagem, 1,0 m para duas unidades, 1,5m em
duas folhas para três unidades e 2 metros em duas folhas por 4 unidades de passagem. É
exigido uso de duas folhas para vão acima de 1,20 metros e coluna central para vão acima de
2,2 m.
A IT 11 (2018) proíbe utilização de peças plásticas em fechaduras, dobradiças,
maçanetas e assemelhados em rotas de saída, entrada em unidades autônomas e salas
com ocupação maior que 100 pessoas.
37
Rampas
O item 5.8 da instrução técnica 11 do CBMRN (2018) faz algumas orientações quanto
a obrigatoriedade das rampas e condições de atendimento. Segundo o documento, seu uso é
obrigatório na descarga e acesso de elevadores de emergência, quando a altura a ser vencida
não possibilitar dimensionamento adequado dos degraus de escadas, ou ainda para unir – em
caso de desnível – o nível externo ao saguão térreo.
Ademais, a instrução estabelece que o dimensionamento das rampas deve atender às
larguras de saídas de emergência previamente calculadas, sendo obrigatório terminar em
patamar plano de comprimento mínimo de 1,20m na direção de trânsito. Esses patamares
quais devem aparecer em todas as mudanças de direção ou quando a altura vencida por
superior a 3,7m. Além disso, no sentido descendente de saída, as rampas podem estar depois
de um lanço de escada – mas não antes – e devem ser dotadas de piso antiderrapante com
coeficiente de atrito dinâmico mínimo de 0,5, além de ser obrigatório portar guarda-corpo e
corrimão. Por fim, sua declividade deve atender sempre ao exigido pela NBR 9050 (2020).
Escadas
Edificações com mais de um pavimento ou com pavimento sem saída para o exterior
em nível devem ser dotadas de escadas, cujas particularidades devem atender às exigências de
segurança da IT 11 do CBMRN (2018). Segundo a instrução, as escadas devem ser de material
estrutural e possuir compartimentação incombustível, além de oferecer resistência ao fogo nos
38
elementos estruturais. Além disso, é obrigatório uso de corrimão em ambos os lados da escada
e guarda corpo em lados abertos.
O tipo de escada exigido pela IT 11 (2018) irá variar em função da ocupação da
edificação e sua altura. Escadas e rampas provenientes do subsolo devem ser
compartimentadas com PCF-90.
63 𝑐𝑚 ≤ ( 2ℎ + 𝑏) ≤ 64𝑐𝑚
(3)
Sendo “h” a altura do degrau, cuja dimensão deve estar entre 16 e 18 cm, com
tolerância de 0,5cm.
Em um mesmo lanço, as dimensões citadas não podem variar, sendo essa diferença em
lanços sucessivos aceitável em até 5mm.
39
𝑝= ( 2ℎ + 𝑏). 2 + 𝑏 (4)
Esse comprimento não pode ser inferior a largura da escada. Quando tiver porta, deve
haver patamar nos dois lados de vão da porta com largura mínima da folha da porta.
Já para as caixas de escada, é exigido que suas paredes tenham acabamento liso, sendo
proibida sua utilização como depósitos ou guarda lixeiras. Também é vedada a existência de
aberturas para tubulação de lixo, passagem para rede elétrica, centros de distribuição elétrica,
armários de medidores e afins.
Em escadas enclausuradas, suas paredes devem ter TRRF mínimo de 120 minutos,
porta tipo corta-fogo com 90 minutos de resistência e possuir janelas para o exterior em todos
os pavimentos – sendo facultativo apenas no de descarga – de forma a garantir ventilação
permanente, área mínima de ventilação de 0,80 m², largura mínima de 0,80m e estar situada a
no máximo 20 cm do teto. É importante que a composição dessas janelas seja de perfis
metálicos reforçados.
Não sendo possível a utilização de janelas na caixa de escada enclausurada, as mesmas
devem se situar nos corredores de acesso distando no máximo 5 metros da porta da escada e
atendendo as dimensões já citadas, torna-se obrigatória uma janela ou alçapão para saída da
fumaça no topo da caixa de escada ou instalação de antecâmaras ventiladas.
40
Apoio externo: a solicitação imediata do Corpo de Bombeiros deve ser feita idealmente
por brigadista, o qual deve informar nome do solicitante, telefone, endereço completo, pontos
de referência e/ou acessos, bem como caracterizar a emergência, local ou pavimento e suas
possíveis vítimas.
Primeiros socorros: prontamente socorrer possíveis vítimas para manter ou estabelecer
suas funções vitais até chegada de atendimento profissional.
Eliminar os riscos: cortar fontes de energia da área de emergência ou geral, fechar
válvulas de tubulações de gases ou produtos perigosos, quando possível.
Abandono de área: pode ser parcial ou total de acordo com a necessidade, conduzindo
a população para ponto de encontro, onde irão ficar até definição final da emergência. Deve ser
levado em consideração no plano, formas de abandono de portadores de deficiência, idosos,
gestantes, ou qualquer pessoa que necessite de auxílio.
Isolamento de área: em prol de evitar pessoas não autorizadas que atrapalhem os
trabalhos de emergência ou se coloquem em risco.
Confinamento do incêndio: evitar seu alastramento e minimizar suas consequências.
Combate ao incêndio: proceder o combate ao fogo até sua extinção.
Investigação: estudar possíveis causas do sinistro em prol de evitar sua repetição.
A IT 16 (2018), orienta ainda que seja feita ampla divulgação do plano de emergência
contra incêndio para os ocupantes da edificação, disseminando o conhecimento dos
procedimentos em caso de risco. Além disso, deve-se inserir o plano como parte dos
treinamentos e de reuniões ordinárias de membros da brigada, dos brigadistas profissionais,
entre outros. Para os visitantes, é sugerido acesso à informação por meio de panfletos, por
exemplo.
Outra recomendação é a realização de exercícios simulados, no máximo anuais
(podendo ser mais frequentes), para prática de abandono parciais e completos de áreas
da edificação, com todos os seus ocupantes e seguidos de reunião extraordinária para
melhorias e correções de falhas. Na reunião, deve ser elaborada uma ata com: data e horário
ocorrido, tempo para abandono, tempo para retorno, atuação dos profissionais envolvidos,
comportamento dos ocupantes, participação do Corpo de Bombeiros e tempo para sua
chegada, ajuda externa, falhas de equipamentos ou operacionais, entre outros problemas.
Em virtude de constantes mudanças nas edificações, é necessário que o plano de
emergência possua certa manutenção, sendo necessárias reuniões periódicas com registro em
ata para esse fim, na presença do coordenador geral da brigada, chefes e líderes de brigada,
42
Para qualquer edificação do grupo das escolas com área superior a 750 m² ou altura
maior que 12 metros é necessário possuir brigada de incêndio como forma de prevenção e
combate de princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros até chegada dos
profissionais. De acordo com a IT 17 do CBMRN (2018), a composição da equipe irá variar
em função da população fixa, grau de risco e os grupos/divisões de ocupação da planta.
44
Espaço
para Intermediário
E-3 cultura Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5)
(nota 13)
física
Centro de
E-4 Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5) Intermediário
treinamento
(nota 13)
profissional
80% da
E-5 Pré-escola Baixo 2 4 6 8 8 população fixa Intermediário
(nota 15) (nota 13)
Escola de
portadores 80% da
E-6 Baixo 2 4 6 6 8 população fixa Intermediário
de (nota 13)
deficiência (nota 15)
NOTAS:
5 - Quando a população fixa de um pavimento, compartimento ou setor for maior que 10 pessoas, será
acrescido mais um brigadista para cada grupo de até 20 pessoas para risco baixo.
13 - As plantas com altura inferior ou igual a 12 m podem optar pelo nível de treinamento básico de
combate a incêndio, mantendo -se o nível intermediário para primeiros socorros no grupo de ocupação F
15 - Nas divisões onde a população fixa for acima de 10 e a tabela determinar o cálculo para 80% da
população fixa, o número total de brigadistas será calculado conforme exemplo F.
Exemplo F: Creche risco baixo (pré-escola – divisão E-5) com população fixa de 30 pessoas.
- População fixa até 10 pessoas = 8 brigadistas (tabela A.1).
- População fixa acima de 10 = 30 (população fixa total) – 10 = 20 pessoas.
- Número de brigadistas= 80% de 20 pessoas = 16 pessoas.
- Número de brigadistas = 8 brigadistas (população fixa até 10) + 16 brigadistas (população fixa acima de
10).
- Número de brigadistas da creche = 24Fonte: Adaptado IT 16/2018 (2021)
brigadistas.
Proibição D 101 151 202 252 303 353 404 454 505 606 706 757
Alerta L 136 204 272 340 408 476 544 612 680 816 951 1019
L 89 134 179 224 268 313 358 402 447 537 626 671
Orientação e
salvamento
H 63 95 126 158 190 221 253 285 316 379 443 474
(L=2,0H)
Equipamentos L 89 134 179 224 268 313 358 402 447 537 626 671
Sinalização de Proibição
Responsável por vetar ações que possam iniciar ou agravar um incêndio. A sinalização
de proibição deve ser instalada a 1,80 m do piso acabado até a base da sinalização, deve estar
visível em toda a área de risco e distantes no máximo 15 metros uma da outra.
50
Simbologia
Sempre que a
Proibido
utilização de chama
P2 aumentar as chances
produzir
de incêndio no
chamar
local
símbolo
circular de Sempre que o uso de
Proibido utilizar fundo branco e água for inadequado
P3 água para pictogramas para extinguir o fogo,
apagar fogo pretos, com podendo inclusive
faixa circular e piorar a situação
barra diagonal
vermelha
Proibido utilizar
elevador em Em acessos de
P4 caso de elevadores comuns e
incêndio monta-cargas
Sinalização de Alerta
Chama atenção para áreas e materiais de alto risco de incêndio, explosão, choques e
contaminações. A sinalização de alerta deve ser instalada a 1,80m do piso acabado até a base
da sinalização, próxima do risco isolado ou ao longo da área de risco generalizado, distando no
máximo 15 metros uma da outra.
51
Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Quando necessitar
de um alerta sem
símbolo específico.
A1 Alerta geral
Deve ser
acompanhado de
mensagem escrita
Em locais com
A2 Cuidado, risco de materiais muito
incêndio inflamáveis
Locais com
Cuidado, risco de materiais ou gases
A3 com possíveis riscos
corrosão
de explosão
Símbolo
triangular de
fundo amarelo,
com
A4 Cuidado, risco de Locais com
pictograma e
choque elétrico faixa triangular materiais corrosivos
preta
Locais com
Cuidado, risco de instalações elétricas
A5 com algum risco
radiação
de choque
Cuidado, risco de
A7 Locais com produtos
exposição a
tóxicos
produtos tóxicos
Orientação e salvamento
Indica rotas de saída e as ações necessárias para sua utilização, devendo assinalar
mudanças de direção, saída, escadas e assemelhados. Para portas de saídas de emergência, deve
ser posicionada logo acima da porta a no máximo 10 cm da verga, ou na própria folha da
porta a 1,80 m de altura. Para as de orientação das rotas, as placas devem estar no máximo a
15 m da rota de saída, mantendo sempre visível a sinalização seguinte, que não podem distar
mais de 30m uma da outra, obedecendo à altura de 1,80 m. Na caixa de escada, a sinalização
de indicação do pavimento também deve estar a 1,80 m do piso, locado nos patamares de
acesso do pavimento para visualização nos dois sentidos da escada, além de precisar contar
com sinalização de saída com seta indicando direção do fluxo.
Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Indica o sentido da
saída de
S1 emergência, fixado
em especial em
colunas. Dimensões
mínimas L = 1,5H
Indica o sentido da
saída de
emergência, fixado
S2 em especial em
colunas. Dimensões
mínimas L = 2,0H
Indicação de um
S3 Símbolo retangular de acesso de saída
Saída de fundo verde, com fixada em cima da
emergência pictograma porta
fotoluminescente
S4
Indicação do
sentido do acesso a
S5 uma saída não
aparente, saída por
rampas ou
indicação do
S6 sentido de saída
vertical (subindo ou
descendo)
S7
53
Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
S8
S9 Indica sentido de
Símbolo retangular
fuga dentro das
Escadas de com fundo verde e
escadas, direita ou
pictograma
esquerda, descendo
emergência fotoluminescente
S10 ou subindo.
S11
Símbolo retangular de
S12 fundo verde,
mensagem "SAÍDA”,
podendo ser
acompanhada de Indicação de saída
Saída de pictograma e/ou seta com ou sem
S13 complemento de
emergência direcional
fotoluminescente, se pictograma e seta
for o caso. Altura de
lera sempre maior que
S14 50 mm
Símbolo retangular de
fundo verde, mensagem
S15 "SAÍDA" podendo ser
acompanhada de Indicação de saída
Saída de pictograma e/ou seta de emergência com
emergência direcional rampas para
fotoluminescente, se for deficientes
S16 o caso. Altura de lera
sempre maior que 50 mm
Símbolo retangular ou
quadrado de fundo
Indicação do
verde e algarismos
pavimento no
Número do fotoluminescente
S17 interior da escada,
indicando número do
patamar e porta
pavimento pavimento. Podem ser
corta-fogo
associadas duas
placas.
Fixada acima da
S18 Instrução porta corta-
para abrir Símbolo quadrado ou fogo,
porta corta- retangular de fundo indica a forma de
fogo por verde e pictograma acionamento da
barra fotoluminescente barra antipânico
S19 antipânico instalada. Pode
acompanhar
mensagem escrita
"aperte e empurre"
54
Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Fixada acima da
porta corta-fogo,
Instrução indica a forma de
para abrir acionamento da
porta corta- barra antipânico
S20 fogo por instalada. Se
barra preciso, pode
antipânico Símbolo quadrado ou acompanhar
retangular de fundo mensagem escrita
verde e pictograma "aperte e empurre"
fotoluminescente
Acesso a um Indica uma
dispositivo providência em prol
para de obter acesso a
S21 abertura de uma chave ou
uma porta um modo de
de saída abertura
da saída de
Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)
emergência
Equipamentos
Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Indicação de local
E1 Alarme sonoro para acionamento de
alarme de incêndio
Símbolo
Ponto de
quadrado de
E2 acionamento de
fundo vermelho
alarme ou bomba de
e pictograma
Comando manual de fotoluminescent incêndio, o qual
alarme ou bomba deve ser
e
de
incêndio acompanhado de
mensagem escrita
E3 informando qual é o
equipamento
55
Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Posição do interfone
Telefone/Interfone para comunicar
E4 emergências a uma
de emergência Símbolo
quadrado de central
fundo vermelho
e pictograma
fotoluminescent Indicação de
E5 Extintor de incêndio e extintores
de incêndio
Indicação de
E6 Mangotinho localização de
mangotinho
Indicação de abrigo
Abrigo de
da mangueira de
E7 mangueira de
incêndio com ou
hidrante
sem hidrante
Indicado para
facilitar localizar
E11 Extinto de incêndio extintor tipo carreta
tipo carreta em caso de incêndio
Símbolo de grandes
quadrado de
fundo vermelho proporções
e pictograma
fotoluminescent
e
Indicado para
E12 Manta antichama abafamento de
chamas em pessoas
56
Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Seta à esquerda
indicando
localização de
E13 alarme ou
equipamentos de
combate a incêndio
Seta à direita
indicando
localização de Indica localização
E14 de alarme ou
alarme ou Símbolo equipamento de
equipamentos de quadrado de combate a incêndio,
combate a incêndio fundo vermelho devendo ser
Seta diagonal à e pictograma acompanhado do
esquerda indicando fotoluminescent símbolo do
localização de e equipamento oculto
E15 alarme ou
equipamentos de
combate a incêndio
Seta diagonal à
direita indicando
localização de
E16 alarme ou
equipamentos de
combate a incêndio
Símbolo
quadrado com
1,0m de lado,
Sinalização de piso com fundo Indicar localização
E17 para hidrantes e vermelho de de equipamentos e
extintores 0,70m de lado e evitar sua obstrução
borda amarela de
0,15m de
largura
Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)
Sinalização complementar
Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Símbolo retangular Em paredes,
C1 de fundo verde e próximo ao piso
pictograma e/ou em pisos de
fotoluminescente rotas de saída
C2
C3
Direção da
C4 rota de saída Complementa as
Símbolo quadrado de
sinalizações
fundo verde e
básicas de
pictograma
orientação e
fotoluminescente
salvamento
C5
C6
C7
Simbologia
Símbolo
Indicação dos quadrado ou
retangular de Na entrada
M1 Ver figura abaixo dispositivos
fundo verde com principal da
existentes na
mensagem escrita edificação
edificação
em letras brancas
Indica lotação
Nas entradas
máxima
principais dos
M2 admitida no
recintos de
recinto de
reunião de
reunião de
público
público
Símbolo Nas portas de
Aperte e retangular de saídas de
empurre o fundo verde com emergência
M3 com
dispositivo de mensagem escrita
abertura da porta em letras brancas dispositivos
antipânico
Em portas
Manter porta corta-fogo ao
M4 corta fogo longo das
fechada saídas de
emergência
Fonte: Adaptado IT 20/2018 (2021)
Figura 10 - Sinalização M1
Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicação
Paredes, pilares, vigas,
Símbolo cancelas, muretas e
retangular de outros elementos que
fundo amarelo e caracterizem
O1 Obstáculo listras pretas obstáculos. Usada
inclinadas a 45 caso o ambiente
graus possua iluminação de
emergência
Paredes, pilares, vigas,
cancelas, muretas e
Símbolo outros elementos que
retangular de caracterizem
fundo obstáculos. Usada
fotoluminescente caso o ambiente
O2 Obstáculo e listras possua iluminação
vermelhas artificial
inclinadas a 45 normalmente, mas não
graus possua iluminação de
emergência
Fogo proveniente de
líquidos, gases
inflamáveis ou
B combustíveis, plásticos
que derretem com o
calor. Queima em
superfície.
Fogo em metais
inflamáveis, por
D exemplo: potássio,
titânio, magnésio, sódio,
lítio etc.
extintores com as respectivas classes que podem ser utilizados e sua capacidade extintora
mínima.
Quadro 27 - Agente extintor, classe e capacidade extintora
CAPACIDADE EXINTORA
NOME CLASSE PRINCÍPIO DE MÍNIMA
EXTINÇÃO PORTATIL SOBRE RODAS
Os extintores portáveis devem estar locados na edificação de forma que não sejam
percorridas longas distâncias até que o operador alcance o dispositivo mais próximo. Para isso,
a IT 21 (2018) limita a distância máxima de caminhamento a partir do risco da edificação, de
modo que para risco baixo essa distância não pode ser superior a 25m, reduzindo-se para 20m
em edificações de risco médio e 15 m para risco alto.
Para extintores sobre rodas, deve ser acrescido metade do seu respectivo valor em cada
distância estabelecida para os portáteis, não podendo ser feita a proteção da edificação
exclusivamente por esse tipo de extintor. Logo, é aceitável sua utilização para proteção de até
metade da área de risco, em locais de livre acesso.
Com relação à instalação e sinalização, a IT 21 (2018) estabelece que: extintores
instalados na parede devem distar no máximo 1,6m do chão, enquanto os suportes de
piso devem possuir altura entre 0,10m e 0,20m do piso acabado, não podendo essa instalação
ser feita em escada. Cada pavimento deve possuir uma unidade classe A e outra classe BC,
podendo ser substituída por unidade única de classe ABC, porém devendo sempre atentar à
classe de incêndio predominante na área de risco a ser protegida. Ademais, deve haver pelo
menos um
62
extintor distando não mais que 5 metros da entrada principal e das escadas nos demais
pavimentos da edificação.
Em locais de risco específico como casas de bomba, máquinas, força elétrica, gases ou
líquidos combustíveis devem ser instalados extintores de incêndio com princípio de extinção
adequado ao risco.
Todos os extintores devem se manter lacrados e com selo de órgão credenciado pelo
Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro). Os dispositivos devem sempre atender a validade
do fabricante, devendo ser reabastecidos por empresa de manutenção certificada sempre que
necessário. As diretrizes de inspeção, manutenção e recarga são estabelecidas pela NBR 12962
(2016).
Abrigos e mangueiras
Para o caso dos hidrantes, as mangueiras utilizadas devem ser flexíveis, feitas de fibra
de nylon e com revestimento interno emborrachado, com lances de quinze ou trinta metros de
comprimento, engatados por acoplamento tipo “engate rápido” e capazes de suportar pressão
63
mínima de teste de 20Kgf/cm². Hidrantes externos podem distar da parede limite da edificação,
no máximo, o equivalente a seu pé direito.
Dentro do abrigo, as mangueiras devem ser guardadas no formato “aduchadas”, de
modo que nenhuma das extremidades fique presa na espiral. As mangueiras de incêndio devem
ser suficientes para vencer todos os desvios e obstáculos, sendo prático utilizar dois lances de
15 m para melhor manuseio, ao invés de lance único de 30 metros.
Caso o registro de manobra do hidrante não possa estar dentro do abrigo das
mangueiras, os mesmos não podem distar mais que cinco metros. Ademais, os abrigos não
podem ficar trancados, a exceção de abrigos de vidro com aviso “quebre o vidro em caso de
incêndio”. Já o esguicho deverá ser obrigatoriamente do tipo regulável em caso de risco de
incêndio de classe B.
Os pontos de tomada de água devem estar posicionados de forma a não comprometer a
evacuação dos ocupantes, sempre próximos das portas externas, escadas (mas não
dentro delas) e/ou do principal acessos distando no máximo 5 m desses. Além disso, devem
estar o mais centralizado possível nas áreas protegidas a uma distância do piso entre 1,0 m e
1,5 m. A distribuição dos hidrantes deve se dar de forma que qualquer ponto seja alcançado
por um esguicho, considerando o alcance mínimo do jato de água de 10m.
Dispositivo de recalque
1 25 25 30
Fonte: Adaptado IT simples
22/2018 (2021)
100 80
2 40 40 30 simples 150 30
GRUPO E
Área das edificações e áreas de
risco
RTI TIPO 1 RTI TIPO 2
ℎ𝑓= 𝐽. 𝐿
𝑡 (5)
𝐽= 605 𝑥 1.85𝑥 𝑐−1,85𝑥 𝐷 −4,87 𝑋 10 4
𝑄 (6)
Onde,
hf = perda de carga em mca;
Lt = comprimento total, somado os comprimentos da tubulação com os comprimentos
equivalentes de conexões;
J = perda de carga por atrito em m/m;
Q = vazão em l/min;
C = fator de Hazen-Williams;
D = diâmetro interno do tubo em mm;
Fator de
Tipo de tubo Hazen-
Williams (C)
4 .𝑄
𝑉𝑒𝑠𝑔
𝑐
𝑢
ℎ
𝑖𝑜= (7)
𝜋. 𝐷2
1
𝑉𝑒𝑠𝑔𝑢
𝑐𝑖ℎ𝑜2 (8)
∆𝐻 𝑒𝑠𝑔
𝑐
𝑢
ℎ
𝑖𝑜 = ( 2
− 1) . ( )
𝐶𝑣
Sendo,
2 .𝑔
Cv = coeficiente de velocidade de valor 0,95;
g = aceleração da gravidade;
V esguicho = velocidade do jato d’água no
esguicho;
D = diâmetro do esguicho (m);
Q = vazão (m³/s) no hidrante mais
desfavorável;
A IT 22 (2018), restringe ainda as velocidades
da água nos tubos, nos trechos de sucção
e recalque. Para a sucção, essa velocidade não pode ser maior que 2m/s em caso de
sucção negativa e 3m/s para positiva, enquanto para tubulação de recalque o trecho não pode
ultrapassar 5m/s. Essa verificação deve ser 𝑄
𝑉 feita
= através da equação: (9)
𝐴
Sendo,
V = velocidade da água em m/s
Q = Vazão da água em m³/s
A = área interna da tubulação
em m²
A partir dos valores de perda
de carga calculados, da pressão
mínima necessária e da
altura geométrica entre a bomba e o hidrante considerado é possível calcular a altura
manométrica total do sistema (AMT). Em posse disso e dos valores de vazão, é possível
selecionar o conjunto motor𝐴𝑀𝑇=
bomba ∆que
𝐻 𝑠𝑢𝑐çã𝑜+ ∆aos
atenda 𝐻𝑟𝑒𝑐
𝑞
𝑎𝑢
𝑙𝑒+requisitos
∆𝐻 𝑚𝑎𝑛𝑔𝑢𝑒𝑟𝑎𝑖em
+ tabelas dos fornecedores.
Logo, ∆𝐻𝑒𝑠𝑔𝑢𝑐𝑖ℎ𝑜+ Pr mín - Hg (10)
1000 . 𝑄. 𝐴𝑀𝑇
𝑁 ℎ𝑑
𝑎
𝑟𝑒
𝑛
𝑠
𝑖𝑡 (𝐶𝑉) = (11)
75 .
68
Sendo,
𝑃𝑎= 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑜
ã𝑎
𝑚
𝑡𝑜𝑐
𝑠𝑓𝑎
𝑟𝑖é= 10,33 𝑚𝑐𝑎ℎ𝑠=𝑎
𝑐𝑢
𝑟𝑖𝑡𝑡𝑛
𝑒
𝑠𝑙𝑎á 𝑠𝑢𝑐çã𝑜
𝑃𝑣= 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑜
ã𝑑𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑎20°𝐶 = 0,239𝑚
∆ℎ𝑠= 𝑝𝑒𝑑
𝑟𝑎𝑑𝑒𝑙𝑐
𝑎𝑔
𝑟𝑛
𝑡𝑎
𝑜𝑡𝑠𝑢𝑐çã𝑜
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑
𝑝
𝑠𝑜
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑
𝑜
𝑒
𝑞
𝑟𝑢
𝑖𝑒
A bomba escolhida deve ser do tipo centrífuga acionada por motor elétrico ou
combustão e utilizadas unicamente para esse fim, afirma a IT 22 (2018). A bomba principal ou
de reforço deve ser automatizada de forma que, após disparo do motor, ela só possa ser
desligada manualmente no seu painel de comando. Também deve ser previsto ponto de
acionamento manual de fácil acesso, em caso de falha na automação. Ademais, qualquer ponto
de hidrante que seja aberto na edificação deve disparar o acionamento automático da bomba.
Caso o reservatório não seja elevado, pode ser necessária utilização de bomba de pressurização
(jockey), com vazão máxima de 20L/min e pressão máxima igual da bomba principal.
Os dois últimos dispositivos apresentados para o grupo das escolas não são comumente
exigidos nas escolas do Estado do Rio Grande do Norte, uma vez que só são necessários
em
69
edificações muito altas, até o momento inexistentes no Estado. Por esse motivo, caso seja
necessário dimensionar um sistema de chuveiros automáticos ou de controle de fumaça, o
projetista deve consultar diretamente suas respectivas instruções técnicas – IT’s nº 23 e 15,
respectivamente.
Basicamente, o sistema de chuveiros automáticos deve ser dimensionamento por
cálculo hidráulico em conformidade com a NBR 10897 (2020). Em casos que o dispositivo
for adotado em edificações nas quais o sistema não se faz obrigatório, o mesmo pode ser
distribuído de forma parcial na edificação, desde que atenda aos requisitos normatizados.
O quadro abaixo especifica os afastamentos mínimos das centrais de GLP, tanto para
recipientes transportáveis trocáveis ou abastecidos no local – inferiores a 0,5m³ - quanto para
recipientes estacionários – capacidade superior a 0,5m³.
A IT 28 (2018) estabelece ainda que a central seja protegida por um hidrante – caso
exista na edificação – admitindo-se mangueira de 60m sem precisar de novo cálculo
hidráulico. Para instalações comerciais como escolas, a capacidade de volume total permitida é
de 4m³ na central.
Por fim, é recomendado que em caso de abastecimento a granel de GLP, os recipientes
de capacidade volumétrica menor que 0,25m³ sejam dotados de um sistema para evitar que os
recipientes sejam abastecidos além da sua capacidade segura. O veículo abastecedor deve
conseguir se posicionar de forma estratégica, sinalizada e isolada.
4. REGULARIZAÇÃO DO IMÓVEL
Para as escolas com área até 750m², menos de três pavimentos (subsolo mais dois),
sem subsolo de uso destinto de estacionamento e sem auditório de capacidade superior a 100
pessoas, o procedimento é regido pela IT 42 (2018), uma vez que a edificação será enquadrada
como processo Técnico simplificado. Para elas, o documento final é o CLCB, o qual terá
mesma validade que o AVCB. Para dar entrada no processo, é necessário preencher um
formulário de avaliação de risco do responsável técnico, apresentar anotação ou registro de
responsabilidade técnica (ART/RRT) das instalações e/ou manutenção dos sistemas de
segurança contra incêndio, bem como do responsável técnico sobre riscos referentes à
edificação. Assim, o CLCB é emitido em formato digital mediante pagamento de taxa.
Esse procedimento se torna ainda mais simples no caso de a escola possuir área de até
200m², sendo necessário apenas o preenchimento de questionário e declaração do
proprietário ou responsável pelo uso. Em ambos os casos, a vistoria ocorre posterior à emissão
do CLCB, por amostragem.
2. Projeto técnico
Um dos fatores cruciais para um bom projeto das instalações de combate a incêndio é
proporcionar uma evacuação segura dos ocupantes do edifício. Para isso, é necessário que os
ocupantes também estejam devidamente preparados para reagir à emergência, em prol de
viabilizar o abandono do edifício de forma rápida e ordenada.
A instrução técnica 02 (2018) ratifica que “É necessário [...] a elaboração de planos
para
enfrentar a situação de emergência que estabeleçam, em função dos fatores
determinantes de risco de incêndio, as ações a serem adotadas e os recursos materiais e
humanos necessários.”
Sob esse aspecto, o plano de evacuação surge como sendo um conjunto de medidas e
procedimentos que vão desde a prevenção e planejamento até a atuação em caso de
emergência. O plano visa o estabelecimento de rotinas e procedimentos que poderão ser
testados através de exercícios reguladores de simulação, afirma Santos (2017).
O projeto de lei 5283/13, do deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), obriga as instituições
de ensino do país a contarem com plano de evacuação em situações de risco. Em reportagem
para Agência Câmara de Notícias, Miranda (2013) aponta que deverá ser previsto no plano a
indicação do funcionário responsável, as funções de cada ocupante ao soar o alarme, a planta
do local, com extintores e portas de emergência, além dos procedimentos específicos para
evacuar crianças e pessoas com necessidades especiais e treinamentos semestrais.
É importante que no plano de evacuação seja abordados alguns tópicos cruciais. Para
tanto, baseado no Plano de Abandono escolar elaborado pela defesa civil do paraná (2013)
serão dispostos a seguir os itens básicos para constar no documento.
Ponto de encontro: deverá ser previamente definido um local externo, seguro e amplo
o suficiente para reunir os ocupantes da escola, entre alunos, professores e funcionários. Nesse
local haverá uma Equipe do Ponto de Encontro, designada pelo diretor, a qual irá receber as
turmas na sua chegada, em fila indiana, enfileirando as turmas lado-a-lado. O professor será
78
responsável por conferir a turma por chamada e comunicar ao responsável pelo ponto de
encontro em caso de faltar algum aluno. A informação deverá ser repassada para a brigada.
Rotas de fuga: deve ser analisado entre os percursos possíveis até a descarga, qual é o
mais adequado, levando em consideração larguras de acessos, presença de obstáculos,
distância a ser percorrida até a saída, entre outros.
Saídas de emergência: na saída para o ambiente externo, deve estar posicionada equipe
do edifício que direcionam até o ponto de encontro.
Planta de emergência: representação gráfica para orientar os ocupantes na rota de fuga
a ser seguida até o ponto de encontro. Trata-se de um croqui simples em folha A4, sinalizando
o percurso a ser adotado com cor amarela e setas indicando o fluxo. O local em que cada
planta for afixada deve ser destacado em vermelho com inscrição “VOCÊ ESTÁ AQUI”.
Planta de risco: mapeamento das principais vulnerabilidades em termos de risco de
incêndio e pânico, bem como da distribuição dos dispositivos de combate a incêndio ao longo
da edificação. Servirá principalmente para guiar as ações profissionais na emergência.
Alarme: o sinal de alarme deverá ser convencionado para indicar necessidade de
evacuação. Poderá ser utilizado o dispositivo sonoro utilizado para trocas de aula, contanto
que o toque de emergência possua som completamente diferente do usual.
Designação de funções
das turmas da sala de aula, uma a uma, controlando o fluxo das filas. Já o responsável pela
escadaria irá coordenar o acesso e saída das turmas nas escadas, possibilitando fluxo contínuo.
O diretor irá nomear ainda o responsável pelo setor administrativo, o qual irá guiar os
integrantes desse setor até o ponto de encontro. Também será designado um servidor
responsável por contatar os órgãos necessários, como Corpo de Bombeiros. Por fim, o porteiro
deverá se posicionar em local para controlar a saída e entrada de pessoas na escola,
estabelecendo uma comunicação direta com a telefonista para ouvir as orientações repassadas
durante o contato com a equipe de emergência, facilitando sua entrada.
Equipe do ponto de encontro: como mencionados, irão organizar e controlar o local do
ponto de encontro, além de procurar identificar possíveis faltas de pessoas que ainda estejam
no interior da edificação.
Brigada de incêndio escolar: grupo de servidores plenamente capacitados por curso
para fornecer atendimento básico de emergência. Devem receber a equipe de emergência e
repassar o máximo de detalhes possível, apresentando a planta de risco da escola. Em caso de
um brigadista for um professor que está dando aula, o mesmo deve proceder com a evacuação
de sua turma e só após isso poderá desempenhar sua outra função.
Procedimentos de abandono
Acionar o alarme;
Os componentes da Equipe do Edifício deverão se posicionar;
Professor organiza a fila indiana no interior da sala, posicionado o monitor na liderança
da fila e aguarda sinal do responsável pelo corredor;
Os responsáveis pelos corredores vão liberando a saída das turmas de forma ordenada;
Os alunos, então, se deslocam em fila indiana de forma ordenada, previamente
instruídos durante simulações. Devem ser guiados também pela equipe do edifício ao longo
dos corredores e acessos. Na ausência deles, o professor e o monitor devem seguir as
sinalizações e orientar o resto da turma;
O professor deve levar consigo a lista de chamada para conferência dos alunos no
ponto de encontro, fechar a sala e fazer um risco diagonal na porta;
A equipe do Ponto de encontro inicia a acomodação das turmas, enquanto o professor
confere presença dos alunos através da lista de chamada;
Na falta de alguém, a equipe de emergência deve ser imediatamente comunicada;
80
Extintores
No que diz respeito aos extintores, é necessário uma série de cuidados periódicos,
estabelecidos pela NBR 12962 (2016) – Extintores de incêndio – Inspeção e manutenção.
82
Deverá ser realizada uma inspeção no equipamento por profissional a cada doze meses, em
prol de examinar se o extintor permanece em condições normais de operação, com exceção de
extintores de gás carbônico e cilindros para gás expelente, os quais devem ser inspecionados a
cada seis meses.
A manutenção de primeiro nível costuma ser efetuada no ato da inspeção, no próprio
local, e consiste em atividades como limpeza superficial, reaperto de roscas, fixação de
quadros de instruções, conferência de carga de cilindros carregados com gás carbônico, entre
outros.
Já a manutenção de segundo nível deve ser realizada a cada doze meses em local e por
profissional adequado, podendo variar desde a desmontagem completa do extintor,
limpeza de seus componentes internos, verificação da carga, regulagem de válvulas,
substituição de peças, entre outros.
A manutenção de terceiro nível, realizada a cada cinco anos, além dos procedimentos
de desmontagem do nível 2, também realiza o teste hidrostático do cilindro. É
importante ressaltar que deve ser contrata empresa especializada e registrada pelo INMETRO
para realizar todas essas atividades.
Alarme
Iluminação de emergência
83
A norma que rege esse dispositivo e sua manutenção é a NBR 10898 (2013) – Sistemas
de iluminação de emergência. Para os blocos autônomos, sistema comumente adotado, é
recomendado dois tipos de acompanhamento. Mensalmente, deve ser verificado o
funcionamento das luminárias pelo botão teste ou cortando a fonte de energia na qual a
luminária está ligada. Já a cada seis meses deve ser testada o estado de carga de bateria, de
forma a mantê-las ligadas por pelo menos uma hora ou metade da sua autonomia.
Hidrantes
O sistema de hidrantes deve ser vistoriado a cada três meses, como rege a NBR 13714
(2000) – Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. A inspeção deve ser
feita de forma visual pela brigada da edificação ou pessoal capacitado, por meio checagem de
todos os acessórios, reserva de incêndio, teste de funcionamento das bombas, válvulas e
botoeiras, de forma a garantir que o sistema esteja em perfeito funcionamento para uma
necessidade. Além disso, deve ser feito um plano de manutenção para o sistema, com os
procedimentos de verificações mais detalhadas que devem ser executadas no máximo,
anualmente.
Sinalização de emergência
7. METODOLOGIA
8. RESULTADOS
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista que muitas escolas do Estado não tem a cultura de prezar por suas
instalações de incêndio, enquanto outras nem mesmo as possuem, conclui-se que o presente
manual será de grande serventia para que essa conscientização seja construída em diversas
vertentes.
Durante a construção teórica desse manual, pode-se perceber que as instruções técnicas
do Estado foram construídas de forma densa e completa, sendo necessárias poucas
consultas além de seus documentos próprios no que diz respeito ao dimensionamento das
instalações. O presente documento tentou abordá-las de forma prática e resumida, trazendo
todas as informações julgadas como essenciais para o grupo das escolas em geral.
Portanto, infere-se que o presente manual atingiu seus objetivos iniciais de facilitar o
processo de dimensionamento das instalações do grupo escolar, uma vez que o contato do
projetista é direto com as informações necessárias para aquele tipo de edificação, facilitando
sua consulta. Ademais, também foi atingido o objetivo do manual de abranger todas as
vertentes interessadas por essas instalações, ao contar com seção específica para orientação de
seus ocupantes, promovendo correta utilização dessas instalações.
87
REFERÊNCIAS
LINO, Antônio; BAUMEL, Luiz. Plano de abandono escolar. Paraná, 2013. Disponível em <
https://normas-abnt.espm.br/index.php?title=Artigo > Acesso em 01 mar. 2021.
AUTORES
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Reitor
José Daniel Diniz
Vice-reitor
Henio Ferreira de
Miranda
Corpo de
Bombeiros
Militar do Rio
Grande do Norte
Comandante
Geral
Cel QOCBM Luiz Monteiro da Silva Junior
Sub Comandante Geral
Cel QOCBM Josenildo Acioli Bento
Autores
Manuella Ferreira Marinho
Micheline Damião Dias Moreira
Daniel Gleidson do Nascimento
Ilustrações
Lorena Kelen Agra Fernandes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
Natal, 2021
Sumári
o
Capítulo 01 – Introdução ..............................................
06
Capítulo 02 – Dimensionamento .................................. 07
2.1 - Classificação da edificação .................................... 08
2.2 – Dispositivos de combate à incêndio ....................... 12
2.3 – Acesso de viatura na edificação .............................
14 2.4 – Isolamento de
risco ................................................. 16
2.5 – Segurança estrutural contra incêndio .................. 19
2.6 – Compartimentação vertical ...................................
22
2.7 – Controle de Materiais de Acabamento e
Revestimento (CMAR) ................................................... 24
2.8 – Saídas de emergência .............................................
26 2.9 – Plano de
emergência .............................................. 36 2.10 –
Brigada de incêndio ............................................. 40 2.11 –
Iluminação de emergência ................................... 44
2.12 – Sistema de detecção e alarme de incêndio ......... 47
Sumári
o
2.13 – Sinalização de emergência ................................ 49
2.14 – Extintores de incêndio ........................................ 65
15. – Sistema de Hidrantes e mangotinhos ................ 69
16. – Chuveiros automáticos e controle de fumaça ... 86
2.17 – Central de gás ...................................................... 87
2.18 – Critérios de acessibilidade .................................. 91
Capítulo 03 – Regularização do imóvel ......................
92
Capítulo 04 – Plano de evacuação escolar ..................
94
Capítulo 05 – Recomendações gerais ..........................
97 Capítulo 06 – Orientações à direção da
escola ........... 98 Capítulo 07 – Programa de
manutenções ................... 99
1. Introdução
Sob essa ótica, é válido analisar a problemática das escolas brasileiras, as quais
muitas vezes não estão preparadas para casos de sinistro. Além de muitas edificações serem
antigas e não possuírem infraestrutura adequada – sem conformidade com as normas
vigentes – para o combate a incêndio propriamente dito, também existem falhas no que diz
respeito à manutenção das instalações e falta de preparo dos ocupantes para lidar com o
risco.
6
SESSÃO DESTINADA
AO PROJETISTA
2. imensionament
o
Nessa seção, serão apresentadas as normatizações pertinentes para elaboração de
projeto de instalações de prevenção e combate a incêndio em escolas do Rio Grande do
Norte (RN). Serão revisadas as instruções técnicas (IT´s) do Corpo de Bombeiros Militar do
RN (CBMRN), bem como normas brasileiras pertinentes ao assunto.
7
2.1 Classificação da
Edificação
Para iniciar o dimensionamento das instalações de incêndio, é necessário conhecer
as características pertinentes da edificação, como o tipo de ocupação, sua altura, área e
carga de incêndio. Esses parâmetros irão definir as exigências normativas para que certa
edificação possua todos os dispositivos considerados necessários para sua prevenção e
combate ao incêndio.
Quanto à Ocupação
Na primeira categoria, as edificações são agrupadas de acordo com seu uso, ou seja,
o tipo de seus ocupantes. Essa classificação, segundo a IT 01 do CBMRN (2018), varia do
grupo A (residencial) ao grupo M (Especial).
Para tanto, o presente documento irá detalhar as particularidades do projeto de
combate a incêndio de escolas em geral, inseridas no grupo E (Educacional e Cultura
física), divisão E-1.
8
2.1 Classificação da
Edificação
Quanto à Altura
Como define a IT 01 (2018) nos itens 4.1 e 8.1, ao se tratar de exigências das
medidas de segurança contra incêndio, a altura da edificação é dada pela “medida em
metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último pavimento”.
Já para as saídas de emergência, considera-se a altura da edificação como “a medida
em metros entre o ponto que caracteriza a saída do nível de descarga ao piso do
último pavimento, podendo ser ascendente ou descendente”.
Além disso, orienta-se que sejam desconsiderados nesse cálculo:
Os subsolos utilizados unicamente para estacionamento de veículos, instalações
sanitárias, vestiários e áreas técnicas sem atividade ou permanência humana.
Pavimentos superiores exclusivos para casas de máquinas, áticos, barriletes,
reservatórios de água e semelhantes.
Mezaninos de área inferior a um terço da área de seu pavimento;
9
2.1 Classificação da
Edificação
Quanto à Carga de Incêndio
De acordo com a IT 14 do CBMRN (2018), a combustão completa de todos os
materiais combustíveis – incluindo revestimento de pisos, tetos, divisórias etc. – em um
determinado espaço ocasiona um acumulo de energia calorífica, cuja soma resulta na carga
de incêndio da edificação. Dessa forma, a carga de incêndio específica é a carga de incêndio
por unidade de área, expressa em mega joule por metro quadrado.
Logo, essa carga pode ser encontrada a partir do método de cálculo probabilístico –
baseado em resultados estatísticos do tipo de uso da edificação – ou pelo método
determinístico, o qual se baseia no conhecimento prévio da qualidade e quantidade de
materiais existentes na edificação de estudo.
A IT 14 (2018) fornece, de acordo com o método probabilístico, a carga de incêndio
específica para diversos grupos de edificações, entre eles o das escolas
Academias de
Descrição Escolas em geral Pré-escola, creches e similares
ginástica e similares
Carga de
Incêndio (qfi) 300 300 300
em MJ/m²
Fonte: Adaptado IT 14/2018 (2021)
10
Aplicaçã
o
Ao final de cada tópico, será apresentada a aplicação do mesmo – se aplicável – em uma
escola padrão projetada no Rio Grande do Norte. O projeto completo se encontra em anexo nesse
manual.
Trata-se de uma escola com 2076,49m² de área construída, vinte e duas salas de aula, sala
para brinquedoteca, biblioteca, laboratório e informática, sala dos professores, coordenação, apoio
acadêmico, sala de material didático, guarita, depósito, área externa, secretaria, cantina, banheiros e
auditório com camarim, refeitório e direção.
Classificação da Edificação
A edificação possui três níveis de pavimentos, divididos em : pavimento térreo nível 01 –
abaixo do nível do terreno – pavimento térreo nível 02 – nivelado com o terreno e segundo
pavimento – no qual se encontra apenas direção com depósito.
• Divisão E-1 (Escolas em geral)
• Edificação Baixa (até 6,0m de altura) – nesse caso, o desnível entre a direção e BWC não é
considerado, uma vez que apenas esse BWC se encontra acima do nível do pavimento, podendo
ser considerado um mezanino de área inferior a um terço da área de seu pavimento.
• Carga de incêndio de 300 MJ/m² (risco baixo)
11
2.2 Dispositivos de Combate a incêndio
Saídas de emergência X
Iluminação de Emergência X¹
Sinalização de Emergência X
Extintores X
Brigada de Incêndio -
NOTAS ESPECÍFICAS:
1- Somente para edificações com mais de dois pavimentos;
NOTAS GERAIS:
a - As instalações elétricas e o SPDA devem estar em
conformidade com as normas técnicas oficiais;
b - No cômputo de pavimentos, desconsiderar os pavimentos
de subsolo quando destinados a estacionamento de veículos,
vestiários e instalações sanitárias, áreas técnicas sem
aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência
humana;
12
2.2 Dispositivos de Combate a
incêndio Quadro 6 - Edificações do Grupo E com área superior a 750m² e altura superior a 12m
Plano de emergência - - - - X X
Brigada de Incêndio X X X X X X
Iluminação de Emergência X X X X X X
Detecção de incêndio - - - - X X
Alarme de incêndio X X X X X X
Sinalização de Emergência X X X X X X
Extintores X X X X X X
Hidrantes e Mangotinhos X X X X X X
Chuveiros automáticos - - - - - X
Controle de fumaça - - - - - X⁴
NOTAS ESPECÍFICAS:
1 – A compartimentação vertical será considerada para as fachadas e selagens dos shafts e dutos de
instalações;
2– Pode ser substituída por sistema de controle de fumaça, detecção de incêndio e chuveiros automáticos,
até 60 metros de altura, exceto para as compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de
instalações, sendo que para altura superior deve-se, adicionalmente, adotar as soluções contidas na IT-09;
3 – Deve haver Elevador de Emergência para altura maior que 60 m;
4 – Acima de 60 metros de altura.
NOTAS GERAIS:
a - As instalações elétricas e o SPDA devem estar em conformidade com as normas técnicas oficiais;
b – Para subsolos ocupados até 50 m², sem exigências adicionais
c – Os locais destinados a laboratórios devem ter proteção em função dos produtos utilizados;
d – Observar ainda as exigências para os riscos específicos das respectivas Instruções Técnicas.
13
2.3 Acesso de viatura na edificação
14
Aplicaçã
ona edificação
Acesso de viatura
A escola utilizada no exemplo não possui arruamento interno, de modo que seu
estacionamento se localiza externamente ao muro de fachada. Por esse motivo, a entrada é
apenas de ocupantes, não sendo necessário portão padronizado para acesso de viatura.
15
2.4 Isolamento de
risco
Em caso de mais de um bloco edificado na De modo geral, a fórmula utilizada para
mesma propriedade, é possível analisar se o incêndio descobrir a distância mínima de separação é:
originado em uma edificação irá se propagar para os
𝑫 = "α"x (largura ou altura) + "𝜷"
blocos adjacentes. Nesse sentido, a IT 07 do CBMRN
(2018) estabelece os critérios básicos para o Sendo,
isolamento de risco, em prol de possibilitar uma D = distância de separação (m);
distância entre os blocos que o tornem independentes "α" = coeficiente tabelado em função da
com relação às medidas de segurança contra incêndio relação entre largura e altura, da porcentagem de
exigidas em cada um. Dessa forma, caso não seja aberturas e da severidade;
atendida às exigências de isolamento, os blocos são "β" = Coeficiente de segurança em função da
considerados como uma edificação única no tocante presença do Corpo de Bombeiros no município,
ao dimensionamento das medidas protetivas, podendo ser 1,5 m (β1) caso exista, ou 3,0m (β2) caso
somando-se as áreas construídas e adotando-se a não;
maior das alturas entre as edificações. Para encontrar o coeficiente "α", é
preciso de
Para iniciar o dimensionamento, a tabela alguns parâmetros preliminares. Primeiro, se
abaixo indica qual parte da fachada deverá ser levada estabelece a severidade da carga de incêndio para o
em consideração. isolamento de risco, padronizado por tabela. Depois, é
necessário determinar a relação entre largura e altura
Quadro 7 - Determinação da fachada para o dimensionamento da fachada em estudo, sempre dividindo-se o maior
Medidas de valor pelo menor. Caso o valor em questão não for
Pavimentos
compartimentação
mencionado no quadro 9, adotar o imediatamente
2 ou mais
Vertical Horizontal Térrea superior. Por fim, é determinada a porcentagem de
pavimentos
aberturas “y” no setor considerado, também devendo
Não Não Toda a fachada Toda a fachada
adotar-se o valor imediatamente superior na tabela em
Fachada da área Fachada da área
Não Sim do maior do maior caso de valores intermediários.
compartimento compartimento
Quadro 8 - Severidade da carga de incêndio para
Toda a fachada o isolamento de risco
Sim Não Não se aplica
do pavimento
Toda fachada da Classificação da Carga de incêndio
SIm Sim Não se aplica área do maior severidade (MJ/m²)
compartimento I 0 -680
Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021) II 681 - 1460
16
2.4 Isolamento de
risco
Em caso de a edificação possuir sistema de chuveiros automáticos, seu grau de severidade
pode ser reduzido ao nível anterior e, caso seja grau 1, o coeficiente α pode ser adotado como
metade do valor tabelado.
Em posse desses parâmetros, a tabela abaixo é consultada para se obter o coeficiente α, o
qual será multiplicado pelo menor valor entre largura e altura do setor considerado na fachada e
acrescido do coeficiente de segurança β.
Quadro 9 – Determinação do coeficiente α
SEVERIDADE RELAÇÃO LARGURA/ ALTURA (OU INVERSA) - "X"
I II III 1,0 1,3 1,6 2,0 2,5 3,2 4,0 5,0 6,0 8,0 10,0 13,0 16,0 20,0 25,0 32,0 40,0
%
ABERTURAS COEFICIENTE a
20 10 5 0,4 0,4 0,44 0,46 0,48 0,49 0,5 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51 0,51
30 15 7,5 0,6 0,66 0,73 0,79 0,84 0,88 0,9 0,92 0,93 0,94 0,94 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
40 20 10 0,8 0,8 0,94 1,02 1,1 1,17 1,23 1,27 1,3 1,32 1,33 1,33 1,34 1,34 1,34 1,34 1,34
50 25 12,5 0,9 1 1,11 1,22 1,33 1,42 1,51 1,58 1,63 1,66 1,69 1,7 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71
60 30 15 1 1,14 1,26 1,39 1,52 1,64 1,76 1,85 1,93 1,99 2,03 2,05 2,07 2,08 2,08 2,08 2,08
80 40 20 1,2 1,37 1,52 1,68 1,85 2,02 2,18 2,34 2,48 2,59 2,67 2,73 2,77 2,79 2,8 2,81 2,81
100 50 25 1,4 1,56 1,74 1,93 2,13 2,34 2,55 2,76 2,95 3,12 3,26 3,36 3,43 3,48 3,51 3,52 3,53
''' 60 30 1,6 1,73 1,94 2,15 2,38 2,63 2,88 3,13 3,37 3,6 3,79 3,95 4,07 4,15 4,2 4,22 4,24
''' 80 40 1,8 2,04 2,28 2,54 2,82 3,12 3,44 3,77 4,11 4,43 4,74 5,01 5,24 5,41 5,52 5,6 5,64
''' 100 50 2,1 2,3 2,57 2,87 3,2 3,55 3,93 4,33 4,74 5,16 5,56 5,95 6,29 6,56 6,77 6,92 7,01
''' ''' 60 2,3 2,54 2,84 3,17 3,54 3,93 4,36 4,83 5,3 5,8 6,3 6,78 7,23 7,63 7,94 8,18 8,34
''' ''' 80 2,6 2,95 3,31 3,7 4,13 4,61 5,12 5,68 6,28 6,91 7,57 8,24 8,89 9,51 10 10,5 10,8
''' ''' 100 3 3,32 3,72 4,16 4,65 5,19 5,78 6,43 7,13 7,88 8,67 9,5 10,3 11,1 11,9 12,5 13,1
Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021)
Para edificações de área inferior a 750m² e altura menor que 12m, a tabela abaixo pode
definir a distância máxima de separação “D” de maneira alternativa. Para isso, deve ser considerado
a maior porcentagem de abertura entre as edificações exposta e expositora, aplicando-se as
distâncias encontradas na menor projeção horizontal entre aberturas das duas edificações.
Quadro 10 - Máxima distância de separação para edificações com até 12 m de altura e 750 m²
Máxima distância de separação (m)
Porcentagem de PAVIMENTOS
abertura "y" 1 (térreo) 2 3 ou mais
Até 10 4 6 8
De 11 a 20 5 7 9
De 21 a 30 6 8 10
De 31 a 40 7 9 11
De 41 a 50 8 10 12
De 51 a 70 9 11 13
Acima de 70 10 12 14
Fonte: Adaptado IT 07/2018 (2021)
17
2.4 Isolamento de
risco
Já edificações com alturas diferentes, caso a cobertura da edificação mais baixa não
atenda ao Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF) solicitado em IT específica,
devem ser adotadas as distâncias abaixo (Quadro 11), como forma de evitar que o calor e a
fumaça escapem pela cobertura para as aberturas do edifício mais alto. Caso o TRRF seja
atendido, utilizar dimensionamento anteriormente apresentado.
1 4
2 6
3 ou mais 8
18
2.5 Segurança estrutural contra incêndio
19
2.5 Segurança estrutural contra incêndio
•Vedações usadas como isolamento de risco, Por fim, além dos casos de isenção, algumas
bem como suas estruturas essenciais devem ter TRRF edificações térreas também podem ter o TRRF
mínimo de 120 minutos. constante reduzido em 30 minutos caso:
•Para alguns grupos de ocupações, inclusive
•Possua chuveiros automáticos ou área total
o grupo E, paredes divisórias entre unidades
máxima de 5.000m², com pelo menos duas fachadas
autônomas – como salas de aula – e entre as unidades
e áreas comuns, devem possuir no mínimo TRRF de para acesso e estacionamento operacional de viaturas
60 minutos, independente de possíveis isenções e do cobrindo pelo menos metade do perímetro da
tempo requerido da edificação. Apenas isenta-se desta edificação.
exigência edificações com chuveiros automáticos. •Sejam consideradas lateralmente abertas –
Também existem edificações isentas de
ou seja, com ventilação permanente em pelo menos
TRRF, porém, para tais isenções serem admitidas, a
duas fachadas externas em cada pavimento, cujas
mesma precisa ser projetadas em prol de atender aos
aberturas somadas resultem em pelo menos 5% da
objetivos do Regulamento de Segurança contra
Incêndio das edificações e áreas de risco no Estado do área do piso no pavimento e possíveis obstruções
RN. São exemplos de isenções: internas possuam pelo menos 20% de suas áreas
•As edificações P1 e P2 com área inferior a abertas. As aberturas devem ser distribuídas de forma
750m². uniforme e contemplar, pelo menos, 40% do
•As edificações de classes P1 e P2 com área
perímetro da edificação e 20% da área total de
inferior a 1500m² e carga de incêndio de no máximo
fachada externa ou, corresponder a pelo menos um
500 MJ/m², excluindo-se a divisão E6.
• As coberturas das edificações sem terço da superfície total das fachadas externas e, pelo
função de piso ou rota de fuga e cujo colapso menos 50% destas áreas estejam situadas em fachadas
estrutural não comprometa a estabilidade das paredes opostas.
externas e da estrutura principal da edificação.
•Escadas não enclausuradas, caso não
possuam materiais combustíveis em seu revestimento,
acabamento ou estrutura.
•Qualquer edificação térrea provida de
chuveiro automático com bicos do tipo resposta
rápida e/ou com carga de incêndio específica menor
ou igual a 500MJ/m². Exceto quando a cobertura tiver
função de piso ou rota de fuga, ou quando os
elementos estruturais considerados, sejam essenciais à
estabilidade de elemento de compartimentação ou de
isolamento de risco.
20
Aplicaçã
incêndio
o
Segurança estrutural contra
De acordo com o quadro 12, o tempo requerido de resistência ao fogo dos elementos
estruturais e de compartimentação da escola em estudo é de 30 minutos. Apesar do projeto
técnico não detalhar o assunto, no memorial descritivo padrão do corpo de bombeiros, deve
constar os tipos de materiais utilizados para esses elementos. É válido mencionar que o
sistema construtivo tradicionalmente aplicado no Estado, com divisórias de alvenaria de
tijolo cerâmico e estrutura em concreto armado, costuma atender a TRRFS mais altos sem
muita dificuldade.
Para essa escola, seu memorial descritivo aponta as seguintes características:
• Estrutura de concreto armado e estrutura metálica
• Divisões internas de alvenaria de tijolo cerâmico
• Cobertura com laje de concreto armado impermeabilizada
21
2.6 Compartimentação
vertical
Como forma de impedir que o incêndio se
propague em pavimentos consecutivos, são utilizadas
medidas de compartimentação vertical. Para o grupo
das escolas, essa exigência é necessária apenas para
edificações com altura acima de 12 metros, de modo
que, para construções com até os 30 metros de altura,
a compartimentação vertical é considerada apenas
para as fachadas e selagens dos shafts e dutos de
instalações (IT 01 CBMRN, 2018).
A instrução técnica que rege esse requisito é a
IT 09 do CBMRN (2018). Segundo ela, deve existir
elemento corta-fogo na fachada com TRRF que
atenda ao grupo da edificação, em prol de separar
aberturas de pavimentos consecutivos, podendo ser
vigas e/ou parapeito ou prolongamento dos
entrepisos, além do alinhamento da fachada. Esses
elementos, bem como as fachadas cegas, devem ser
consolidados de maneira adequada aos entrepisos, em
prol de não comprometer a resistência ao fogo desses
elementos.
Em caso de compartimentação através de
vigas e/ou parapeitos, as aberturas de pavimentos
consecutivos devem distar uma altura de 1,2m. Já as
abas de prolongamentos de entrepisos, caso
utilizadas, devem se projetar a 0,9m do plano externo
da fachada.
Para edificações com carga de incêndio
específica de até 300MJ/m² – em geral, o caso
das escolas – é permitido pela IT 09 (2018) somar as
dimensões da aba horizontal e a distância da verga até
o piso da laje superior, de modo que totalize pelo
menos 1,20 metros.
22
2.6 Compartimentação
vertical
A IT 09 (2018), faz ainda, algumas •Tubos de plástico com diâmetro interno
recomendações com relação ao tema: maior que 40mm devem ser selados para fechar
•Os elementos de fixação de fachadas pré- buracos em caso de o tubo ser consumido pelo fogo
moldadas devem ser devidamente protegidos contra a abaixo do entrepiso.
ação do incêndio e frestas com vigas e lajes devem •A selagem não deve ser destruída caso a
ser seladas, em prol de garantir a resistência ao fogo instalação do lado seja afetada.
do conjunto. •Paredes de compartimentação cegas entre
• Caixilhos e componentes transparentes piso e teto podem substituir os selos.
ou translúcidos das janelas devem ser de materiais Em caso de dutos de ventilação, ar-
incombustíveis. Para vidros laminados, sua condicionado ou exaustão cruzarem entrepisos, deve
incombustibilidade deve ser determinada como ser feita a selagem ao redor da abertura, bem como
orienta a ISO 1182/2010. ancoragem de registros corta-fogo aos entrepisos.
•Para “fachadas-cortina” ou totalmente Caso os registros não possam ser posicionados, os
envidraçadas, caso a própria fachada não seja de vidro dutos em questão devem possuir proteção em toda a
corta-fogo, devem ser previstos elementos corta-fogo extensão, com resistência mínima de 120 minutos e
de separação, como parapeitos, vigas ou nunca inferior ao TRRF. Nesse caso, as possíveis
prolongamentos de entrepiso. Em caso de fresta ou derivações ao longo dos pavimentos devem ser
abertura entre a fachada e o elemento de separação, protegidas por registros corta-fogo.
deverá ser feita vedação com selos corta-fogo no Para as prumadas como as de esgoto e águas
perímetro, fixados ao elemento, de modo a ficar pluviais que estejam totalmente enclausuradas, não é
estruturalmente independente dos caixilhos da necessária a selagem, desde que as paredes sejam de
fachada. compartimentação e as possíveis
Além das fachadas, também deve ser voltada derivações das
instalações que as transpassam sejam seladas da
a atenção para os shafts e dutos de instalações, seja forma adequada.
elétrica, hidrossanitária, telefônica ou qualquer outra Por dutos de ventilação/
que possibilite uma ligação direta entre os exaustão
fim, permanentes de banheiros e churrasqueiras
pavimentos. Essas prumadas devem ser seladas, de como
devem ser de materiais incombustíveis, cuja prumada
modo a promover a vedação total corta-fogo. Orienta- faça parte exclusivamente de uma única área de
se ainda, que: compartimentação horizontal, se houver.
•Sejam ensaiadas para caracterizar sua As selagens de prumadas e os registros nas
resistência ao fogo de acordo com a NBR 6479/92. aberturas já citados devem, no mínimo,
possuir TRRF da edificação, mas nunca menor que
60 minutos.
23
2.7 Controle de Materiais de Acabamento
e Revestimento (CMAR)
Também é função dos materiais de acabamento, revestimento, não sendo necessário ART quando o
revestimento e termo acústicos fornecer condições material empregado for incombustível (IT 10 do
propícias para restringir a propagação do fogo e CBMRN, 2018).
desenvolvimento da fumaça, como indica a décima Para os ensaios de controle de materiais, o
instrução técnica do CBMRN (2018). Para o grupo das procedimento é de acordo com a sua aplicação na
escolas, essa medida é exigida para qualquer edificação edificação. Em caso de aplicação sobre substrato
com área superior a 750m² e altura maior ou igual a 12 combustível, o mesmo também deve ser ensaiado,
metros. Além do tipo de ocupação da edificação, esse porém, para substratos incombustíveis, o ensaio pode
controle também é exigido em função das posições dos ser realizado sobre placa de fibrocimento com 6
matérias – seja de acabamento, revestimento e termo milímetros de espessura.
acústico – visando: piso, paredes/divisórias, teto/forro e Nesse sentido, o método base de classificação
cobertura. dos materiais é a NBR 9442/86 – materiais de
No próprio projeto técnico, em construção – determinação do índice de propagação
plantas baixas,
superficial de chama pelo método do painel radiante.
cortes e notas específicas, deve estar
Em casos em que o método não for apropriado,
assinalado as
consultar tabela A.3 da IT 10 do CBMRN (2018).
classes dos materiais de piso, parede, teto e
forro. É valido salientar que, na solicitação da vistoria
técnica deve constar a Anotação de Responsabilidade
Quadro
Técnica (ART) do emprego 13 - Classede
de materiais dosacabamento
materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão da
ocupação/uso em função da finalidade do material
e de Finalidade do Material
Piso Parede e divisória Teto e forro
(Acabamento¹/ (Acabamento²/ (Acabamento/
Revestimento Revestimento) Revestimento)
Classe I, II-A, III-A ou
GRUPO E Classe I, II-A ou III-A³ Classe I ou II-A
IV-A
Notas Específicas
1 - Incluem-se aqui cordões, rodapés e arremates
2- Excluem-se aqui portas, janelas, cordões e outros acabamentos decorativos com área inferior a 20% da
parede onde estão aplicados; /
3 - Exceto para revestimentos que serão Classe I ou II-A
Notas Genéricas
a – Os materiais de acabamento e revestimento das fachadas das edificações devem enquadrar-se entre as
Classes I a II-B;
b – Os materiais de acabamento e revestimento das coberturas de edificações devem enquadrar-se entre as
Classes I a III-B;
24
Aplicaçã
o de acabamento e revestimento
Controle de materiais
O projeto técnico da escola padrão assinala em sua prancha 01, um quadro nos
moldes do quadro 13, com as classificações exigidas para os materiais de acabamento e
revestimento, de acordo com seu grupo.
25
2.8 Saídas de emergência
Para todas as edificações do grupo das escolas, independente de área e altura, é exigido
pela IT 11 do CBMRN (2018) que sejam obedecidos requisitos mínimos no dimensionamento
das saídas de emergência, em prol de possibilitar uma evacuação segura da população em caso
de incêndio ou pânico, além de fornecer condições para que as guarnições de bombeiros
adentrem a edificação para combate ao fogo e retirada de pessoas.
Nesse sentido, entende-se por saída de emergência os acessos ou corredores, escadas ou
rampas, elevador de emergência, descarga, rotas de saídas horizontais – caso exista – e portas ou
espaço livre exterior no pavimento de descarga.
Para dimensionamento das saídas de emergência, é necessário calcular a população da
edificação em função de coeficientes, dados a partir do tipo de ocupação. Para esse cálculo
específico, devem ser incluídas nas áreas do pavimento as áreas de terraço, sacada, beirais e
platibandas e excluídas as áreas de elevadores.
26
2.8 Saídas de emergência
2.8.1 Dimensionamento
A largura das saídas é calculada em virtude da quantidade de pessoas passando por elas em caso de
sinistro, não podendo ser adotado valor inferior a 1,2 metros (medidos da parte mais estreita em caso de
obstáculos maiores do que apresentados na figura abaixo)
Para acessos, o cálculo é em função do seu respectivo pavimento. Já escadas, rampas e descargas são
dimensionadas para o pavimento de maior população, que irá definir as larguras mínimas dos lanços dos
pavimentos seguintes, de acordo com o sentido de saída.
A fórmula utilizada para a largura das saídas é:
𝑃
𝑁=
𝐶
Onde,
N = Número de unidades de passagem, arredondando para número inteiro imediatamente superior.
P = População, de acordo com o coeficiente da edificação.
C = Capacidade da unidade de passagem conforme
Logo, fixada a unidade de passagem como sendo 0,55 metro, é possível encontrar a largura mínima
total das saídas multiplicando-se o resultado “N” pelo fator 0,55. Ou seja, em caso de mais de uma saída no
pavimento, a somatória das larguras que deve atender à metragem total calculada, devendo-se adotar larguras
múltiplas de 0,55m.
Portas que abrem em 180° para dentro de saídas não podem comprometer a largura efetiva em valor
menor que a metade e nunca desrespeitar a largura mínima livre de 1,2. Portas que abrem para em 90° devem
estar em paredes recuadas de forma a não comprometer a largura efetiva em valor maior a 0,1m.
27
2.8 Saídas de emergência
2.8.1 Dimensionamento
De saída da
edificação (piso de 40 45 50 60 55 65 75 90
E descarga)
Demais andares 30 35 40 45 45 55 65 75
Notas
a - para que ocorram as distâncias previstas nesta Tabela e Notas, é necessária a apresentação do layout definido em planta
baixa (salão aberto, sala de eventos, escritórios, galpões e outros). Caso não seja apresentado o leiaute definido em planta
baixa, as distâncias definidas devem ser reduzidas em 30%;
b - para edificações com sistema de controle de fumaça,
Fonte: admite-se
Adaptado acrescentar
IT 11/2018 (2021)50% nos valores acima;
c - Para admitir os valores da coluna “mais de uma saída” deve haver uma distância mínima de 10 m entre ela.
28
2.8 Saídas de emergência
2.8.1 Dimensionamento
29
2.8 Saídas de emergência
2.8.1 Dimensionamento
Rampas
O item 5.8 da instrução técnica 11 do CBMRN (2018) faz algumas orientações quanto a
obrigatoriedade das rampas e condições de atendimento. Segundo o documento, seu uso é obrigatório
na descarga e acesso de elevadores de emergência, quando a altura a ser vencida não possibilitar
dimensionamento adequado dos degraus de escadas, ou ainda para unir – em caso de desnível – o
nível externo ao saguão térreo.
Ademais, a instrução estabelece que o dimensionamento das rampas deve atender às larguras
de saídas de emergência previamente calculadas, sendo obrigatório terminar em patamar plano
de comprimento mínimo de 1,20m na direção de trânsito. Esses patamares quais devem aparecer em
todas as mudanças de direção ou quando a altura vencida por superior a 3,7m. Além disso, no sentido
descendente de saída, as rampas podem estar depois de um lanço de escada – mas não antes – e devem
ser dotadas de piso antiderrapante com coeficiente de atrito dinâmico mínimo de 0,5, além de ser
obrigatório portar guarda-corpo e corrimão. Por fim, sua declividade deve atender sempre ao exigido
pela NBR 9050 (2020)
Escadas
Edificações com mais de um pavimento ou com pavimento sem saída para o exterior em nível
devem ser dotadas de escadas, cujas particularidades devem atender às exigências de segurança da IT
11 do CBMRN (2018). Segundo a instrução, as escadas devem ser de material estrutural e possuir
compartimentação incombustível, além de oferecer resistência ao fogo nos elementos estruturais.
Além disso, é obrigatório uso de corrimão em ambos os lados da escada e guarda corpo em lados
abertos.
O tipo de escada exigido pela IT 11 (2018) irá variar em função da ocupação da edificação e
sua altura. Escadas e rampas provenientes do subsolo devem ser compartimentadas com PCF-90.
Enclausurada à prova de
E (E-1 a E-6) Não enclausurada Não enclausurada
protegida fumaça
Fonte: Adaptado IT 11/2019 (2021)
30
2.8 Saídas de emergência
2.8.1 Dimensionamento
Escadas (continuação)
𝑝= 2 ℎ + 𝑏. 2 + 𝑏
31
2.8 Saídas de emergência
2.8.1 Dimensionamento
Escadas (continuação)
Por fim, muitas são as exigências de dimensionamento de escadas enclausuradas à prova de
fumaça
- dotadas de antecâmara – porém, tal exigência no estado se enquadra apenas para edificações escolares
com altura superior a 30 metros, inexistentes no estado. Logo, o presente documento dispensa apresentação
desse dispositivo. Caso necessário, consultar IT 11 do CBMRN (2018).
32
Aplicaçã
o
Saída de emergência
𝐴 = 143,45 𝑚 ²
𝑃= 1 𝑥143,45 ≈ 144 𝑝
𝑜
𝑒
𝑠
𝑎
33
Aplicaçã
o
Saída de emergência
𝑃 = 443 𝑝
𝑜
𝑒
𝑠
𝑎
𝑃 443
𝑁= = = 5,91 ≈ 6 𝑈𝑃
𝐶 75
𝐿= 𝑁 𝑥0,55 = 6 𝑥0,55 = 3,30𝑚
A edificação possui uma escada de emergência com 3,89m, acompanhada por rampa
de emergência de 1,50m. Logo atende com folga os quesitos mínimos.
34
Aplicaçã
o
Saída de emergência
PORTA DO AUDITÓRIO
𝑃 = 144
𝑃 144
𝑁= = = 1,44 ≈ 2
𝐶 100
𝐿= 𝑁 𝑥0,55 = 2 𝑥0,55 = 1,10𝑚
O auditório do projeto possui duas saídas de emergência com vão de luz de 1,95m,
atendendo com folga aos requisitos mínimos.
Tomando como base para o cálculo a sala de aula de maior área (53,49m²),
temos:
53,49
𝑃= = 35,66 ≈ 36 𝑝
𝑜
𝑒
𝑠
𝑎
1,5
𝑃 36
𝑁= = = 0,36 ≈ 1
𝐶 100
𝐿= 𝑁 𝑥0,55 = 1 𝑥0,55 = 0,55𝑚
Logo, deverão ser utilizadas portas com dimensão de luz maior ou igual ao mínimo
estabelecido de 80cm, equivalente à uma unidade de passagem.
35
2.9 Plano de emergência
Segundo definição da IT 03 do CBMRN •Alerta: pode ser realizado por qualquer
(2018), plano de emergência trata-se de um ocupante ou até mesmo de forma automática, para
documento – exigido de acordo com o risco da alertar ocupantes, brigadistas, bombeiros profissionais
edificação – o qual elenca uma série de ações e e apoio externo em uma situação de emergência.
procedimentos a serem tomados como forma de •Análise de situação: o segundo passo é
proteção a vida, do meio ambiente e do patrimônio, analisar a situação para definir os procedimentos
além de minimizar consequências de sinistros. necessários de acordo com recursos materiais e
Para elaboração desse plano, os riscos de humanos disponíveis (brigada de incêndio, grupo de
incêndio devem ser analisados, relacionados e apoio, etc.).
representados em uma planta de risco de • Apoio externo: a solicitação imediata
incêndio por profissional habilitado e comtemplar, do Corpo de Bombeiros deve ser feita idealmente por
pelo menos, detalhamento da edificação e seus brigadista, o qual deve informar nome do solicitante,
procedimentos básicos de emergência. A IT 16 do telefone, endereço completo, pontos de referência
CBMRN (2018), responsável por estabelecer as e/ou acessos, bem como caracterizar a emergência,
diretrizes desse plano, recomenda utilização de local ou pavimento e suas possíveis vítimas.
métodos reconhecidos como o “check list”, “what if”, •Primeiros socorros: prontamente socorrer
HAZOP, Árvore de Falhas, Diagrama Lógico de possíveis vítimas para manter ou estabelecer suas
Falhas. funções vitais até chegada de atendimento
Ainda segundo a IT 16 (2018), deve ser profissional.
contemplado no plano de emergência as •Eliminar os riscos: cortar fontes de
seguintes informações: localização – tipo, vizinhança, energia da área de emergência ou geral, fechar
distancia para outras construções e riscos, distância válvulas de tubulações de gases ou produtos
para o Corpo de Bombeiros, existência de plano de perigosos, quando possível.
auxílio mútuo (PAM) entre outras – método •Abandono de área: pode ser parcial ou total
construtivo, ocupação, população (total, por setor, de acordo com a necessidade, conduzindo a
área e andar), dias e horários de funcionamento, população para ponto de encontro, onde irão ficar até
pessoas portadores de necessidades especiais, riscos definição final da emergência. Deve ser levado em
inerentes à atividade exercida, brigada de incêndio, consideração no plano, formas de abandono de
brigada profissional e recursos materiais existentes. portadores de deficiência, idosos, gestantes, ou
Já com relação aos procedimentos básicos, qualquer pessoa que necessite de auxílio.
devem ser abordado alguns aspectos importantes, tais
quais:
36
2.9 Plano de emergência
•Isolamento de área: em prol de evitar Em virtude de constantes mudanças nas
pessoas não autorizadas que atrapalhem os trabalhos edificações, é necessário que o plano de emergência
de emergência ou se coloquem em risco. possua certa manutenção, sendo necessárias reuniões
•Confinamento do incêndio: evitar seu periódicas com registro em ata para esse fim, na
alastramento e minimizar suas consequências. presença do coordenador geral da brigada, chefes e
•Combate ao incêndio: proceder o combate líderes de brigada, representante dos brigadistas
ao fogo até sua extinção. profissionais – se houver – e representante do grupo
•Investigação: estudar possíveis causas do de apoio. Nessas reuniões, discute-se o calendário das
sinistro em prol de evitar sua repetição. simulações, as funções de cada um dentro do plano,
A IT 16 (2018), orienta ainda que seja feita condições de uso dos equipamentos de combate a
ampla divulgação do plano de emergência contra incêndio, possíveis problemas na prevenção de
incêndio para os ocupantes da edificação, incêndio e suas soluções, atualizações estratégicas de
disseminando o conhecimento dos procedimentos em combate a incêndio, entre outros.
caso de risco. Além disso, deve-se inserir o plano Em caso de sinistro, identificação de perigo
como parte dos treinamentos e de reuniões ordinárias iminente, alteração importante de layout ou
de membros da brigada, dos brigadistas profissionais, área, ou ainda previsão de serviços de risco, deve ser
entre outros. Para os visitantes, é sugerido acesso à agendada reunião extraordinária. Além disso, o plano
informação por meio de panfletos, por exemplo. deve passar por uma auditoria anual para avaliação
Outra recomendação é a realização de do seu correto cumprimento por profissional
exercícios simulados, no máximo anuais (podendo ser habilitado, e posteriormente deve ser revisado. A
mais frequentes), para prática de abandono parciais e revisão pode ser anual ou quando puder se realizar
completos de áreas da edificação, com todos os seus uma melhoria no mesmo, bem como em caso de
ocupantes e seguidos de reunião extraordinária para alteração significativa nos processos de serviço, de
melhorias e correções de falhas. Na reunião, deve ser área ou layout. No último caso, o documento também
elaborada uma ata com: data e horário ocorrido, deve ser avaliado por profissional habilitado.
tempo para abandono, tempo para retorno, atuação
dos profissionais envolvidos, comportamento dos
ocupantes, participação do Corpo de Bombeiros e
tempo para sua chegada, ajuda externa, falhas de
equipamentos ou operacionais, entre outros
problemas.
37
2.9 Plano de emergência
operacionais, a qual resume os dados da edificação, sua ocupação e detalhes importantes para o
atendimento do Corpo de Bombeiros. Tal planilha deve ser apresentada em caso de pedido de
vistoria e uma cópia deve ser encaminhada para o Centro de Operações e para o Posto de Bombeiros
atendente na região.
Por fim, a planta de risco de incêndio é necessária para facilitar o rápido reconhecimento do
local pela equipe de emergência e dos ocupantes da edificação. Nela, deve ser apresentado: principais
produtos perigosos, vias de acesso da viatura, hidrantes urbanos nas proximidades, saídas de
emergência. Essa planta deve estar na entrada da edificação, nos pavimentos de descarga e em área
comum dos demais pavimentos para visualização dos ocupantes e da equipe de combate a incêndio.
38
Procedimento
de emergência ANÁLISE
INÍCIO ALERTA DA
contra incêndio SITUAÇÃO
HÁ
NÃO EMERGÊNCIA? SIM
SIM
NÃO
VÍTIMAS? HÁ INCÊNDIO?
ANALISAR
SIM NECESSIDADE
DAS ETAPAS
NÃO SEGUINTES
NECESSIDADE APOIO
DE EXTERNO
SOCORRO?
SIM NÃO
SIM ELIMINAR
PRIMEIROS RISCOS
SOCORROS
SIM
ABANDONO
NÃO DA ÁREA
APOIO
EXTERNO?
ISOLAMENTO
DA ÁREA
CONFINAMENTO
DA ÁREA
COMBATE
INVESTIGAÇÃO AO
INCÊNDIO
CÓPIA PARA
RELATÓRIO SETORES FIM
RESPONSÁVEIS
39
2.10 Brigada de Incêndio
Para qualquer edificação do grupo das escolas com área superior a 750 m² ou altura maior que
12 metros é necessário possuir brigada de incêndio como forma de prevenção e combate de princípio
de incêndio, abandono de área e primeiros socorros até chegada dos profissionais. De acordo com a IT
17 do CBMRN (2018), a composição da equipe irá variar em função da população fixa, grau de risco
e os grupos/divisões de ocupação da planta.
especial 13)
Espaço para Intermediário (nota
E-3 Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5)
cultura física 13)
Centro de
Intermediário (nota
E-4 treinamento Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5)
13)
profissional
80% da
Intermediário (nota
E-5 Pré-escola Baixo 2 4 6 8 8 população fixa
(nota 15) 13)
Escola de 80% da
Intermediário (nota
E-6 portadores de Baixo 2 4 6 6 8 população fixa
13)
deficiência (nota 15)
NOTAS:
5 - Quando a população fixa de um pavimento, compartimento ou setor for maior que 10 pessoas, será acrescido mais um brigadista para cada
grupo de até 20 pessoas para risco baixo.
13 - As plantas com altura inferior ou igual a 12 m podem optar pelo nível de treinamento básico de combate a incêndio, mantendo -se o nível
intermediário para primeiros socorros no grupo de ocupação F
15 - Nas divisões onde a população fixa for acima de 10 e a tabela determinar o cálculo para 80% da população fixa, o número total de
brigadistas será calculado conforme exemplo F.
Exemplo F: Creche risco baixo (pré-escola – divisão E-5) com população fixa de 30 pessoas.
- População fixa até 10 pessoas = 8 brigadistas (tabela A.1).
- População fixa acima de 10 = 30 (população fixa total) – 10 = 20 pessoas.
- Número de brigadistas= 80% de 20 pessoas = 16 pessoas.
- Número de brigadistas = 8 brigadistas (população fixa até 10) + 16 brigadistas (população fixa acima de 10).
- Número de brigadistas da creche = 24 brigadistas.
40
2.10 Brigada de Incêndio
Os brigadistas escolhidos devem atender ao maior número possível de critérios básicos
estabelecidos pela instrução técnica citada, são eles: permanecer na edificação em seu turno de
trabalho, ter experiência como brigadista, ter preparo físico e boa saúde, conhecer as instalações –
dando preferência a funcionários de utilidades, instalações e manutenções em geral – além de ter
responsabilidade legal e ser alfabetizado.
A IT 17 (2018), também define como a equipe deve ser hierarquizada para seu
funcionamento, organizando-se em:
Brigadista
Responsáveis por entrar em ação na emergência ao identificar a situação, alarmar e acionar o
Corpo de Bombeiros, promover o abandono da área, cortar a energia, iniciar os primeiros socorros,
combater o princípio de incêndio e receber/orientar os especialistas. Cabe aos brigadistas, também,
atuar em ações de prevenção ao analisar riscos durante suas reuniões, notificar irregularidades na
edificação, orientar a população fixa e flutuante, participar de exercícios simulados e conhecer o plano
de emergência da edificação, caso exista.
Líder
Coordena e executa as ações de emergência no seu setor/pavimento/compartimento. Escolhido
entre os brigadistas.
Coordenador geral
Coordena e executa as ações de emergência de todas as edificações de uma planta. Escolhido
entre os brigadistas, deve ter capacidade de liderança e, em sua ausência, deve haver um substituto
previamente capacitado.
41
2.10 Brigada de Incêndio
Além dos procedimentos básicos de emergência, já detalhados no plano de emergência,
também são necessários alguns procedimentos complementares, tais quais: identificação da brigada
em locais visíveis e do próprio brigadista para que seja reconhecido como membro da equipe, sistema
necessário, sistema de comunicação externa, estabelecer a ordem de abandono pelo maior responsável
pela brigada, definição do ponto de encontro dos brigadistas e formação de grupo de apoio, o qual
Os brigadistas devem participar de cursos abrangendo teoria e prática com atestado, o qual
será exigido no pedido de vistoria. Durante a vistoria, um brigadista é escolhido para ser avaliado pelo
42
Aplicaçã
o
Brigada de incêndio
A nota 5 do quadro 17 explica que, para o grupo das escolas em geral, quando a
população fixa de um pavimento, compartimento ou setor for maior que 10 pessoas, será
acrescido mais um brigadista para cada grupo de até 20 pessoas para risco baixo.
43
2.11 Iluminação de
emergência
Um dos dispositivos essenciais para o
dispositivo.
parede,
44
2.11 Iluminação de
emergência
Os pontos de iluminação devem ser dispostos em áreas de risco, acessos, escadas,
Ainda segundo a norma, deve ser garantido um iluminamento mínimo de 3 lux para locais
planos, passando para 5 lux em caso de locais em desnível como escadas ou passagens com
obstáculos. Com relação à tensão mínima das luminárias de aclaramento e balizamento em locais com
Por fim, a autonomia do sistema de iluminação não deve ser inferior a uma hora, com uma
perda maior que 10% de sua luminosidade inicial, de acordo com a NBR 10890 (1999). Apesar disso,
a maioria das luminárias autônomas comumente usadas contam com autonomia superior a duas horas.
45
Aplicaçã
o
Iluminação de emergência
Representação gráfica
No projeto optou-se por utilizar o
sistema de blocos autônomos para
iluminação de emergência, representados
pelo bloco ao lado:
46
2.12 Sistema de detecção e alarme de
incêndio
Um dos fatores cruciais para a eficiência no A IT 19 (2018) limita 30 metros como sendo
combate a incêndio é a agilidade em que o sinistro é a distância máxima a ser percorrida por qualquer
detectado e avisado para os demais ocupantes, ocupante da edificação até o acionador manual de
possibilitando o início das medidas cabíveis de alarme mais próximo, o qual deve estar presente em
evacuação e extinção do fogo. Sob esse aspecto, a IT todos os pavimentos da edificação e estar
19 do CBMRN (2018) é a responsável por estabelecer preferencialmente junto aos hidrantes. Além disso, os
os requisitos mínimos necessários para acionadores manuais devem conter indicação de
dimensionamento desse sistema. funcionamento – cor verde – e alarme – cor vermelha,
Para o grupo das escolas, apenas edificações quando a central for do tipo convencional. A central
de altura superior a 23 metros necessitam de deve ainda indicar a localização do acionamento.
sistema de detecção de incêndio, de modo que as
escolas do Rio Grande do Norte comumente irão
necessitar apenas de acionamento manual dos
alarmes.
Segundo a IT 19 (2018), todo sistema deverá
ser provido de duas fontes de alimentação, sendo a
principal a própria rede do sistema elétrico da
construção, e a auxiliar pode ser por baterias, nobreak
ou gerador e deve possuir autonomia mínima de 24 /
horas em regime de supervisão e 15 minutos no
regime de alarme.
As centrais de alarme devem possuir
dispositivo de teste dos indicadores luminosos e
acústicos, em local de fácil visualização. Também há
possibilidade de preceder o alarme geral por um pré-
alarme na sala de segurança, como forma de evitar
tumulto, caso haja brigada de incêndio na edificação.
Para isso, deve existir temporizador de no máximo
dois minutos para acionar o alarme geral, em caso de
não serem tomadas as medidas necessárias para
verificar o pré-alarme.
47
Aplicaçã
o e alarme
Sistema de detecção
Acionador Manual de
Central de alarme
Detecção e alarme
A figura ao
lado, foi extraída do
projeto como forma de
exemplificação. Nela,
mostra a central de
alarme e sua bateria
auxiliar, locados na
guarita. Ao longo da
edificação, optou-se
por sempre locar o
sistema de acionador e
avisador próximo ao
abrigo de hidrantes.
48
2.13 Sinalização de emergência
Um dispositivo de combate a incêndio indispensável para qualquer escola, independentemente
de seu porte, é o uso adequado das sinalizações de emergência, uma vez que tem finalidade de alertar
quanto aos riscos existentes na edificação, além de guiar as ações adequadas a serem tomadas em
situações de risco. Ou seja, as sinalizações de emergência atuam como um agente facilitador para
encontrar equipamentos de combate, rotas de saídas e guiar procedimentos, como explica a IT 20 do
CBMRN (2018).
Sob esse aspecto, a instrução técnica n° 20 estabelece os critérios de símbolos,
mensagens,
cores e posição de cada tipo de sinalização, dividindo-as dois grupos: sinalização básica e
complementar. O primeiro grupo trata-se do conjunto mínimo que deve existir em qualquer edificação
e pode ser subdividido em: proibição, alerta, orientação e salvamento e equipamentos.
Já a sinalização complementar são faixas de cores, símbolos ou mensagens que
complementam a sinalização básica em situações como: indicação continuada de rotas de saída,
indicação de obstáculos e riscos no uso dessas rotas, demarcação de áreas no piso, mensagens
complementares específicas, identificação de sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio por
meio de pinturas diferenciadas.
•Rotas de saída: sinalização facultativa de acordo com as particularidades de cada
edificação. São aplicadas sobre o piso acabado, paredes de corredores e escada, indicando a direção do
fluxo. Recomenda-se espaçamento máximo de três metros horizontalmente e sempre que mudar de
direção.
•Indicação de obstáculos: sempre que houver desnível de piso ou rebaixo de teto ou em
qualquer obstáculo que reduza a largura efetiva das rotas, além de elementos transparentes como
esquadrias de vidro.
•Mensagens específicas: situar-se adjacente à sinalização básica que complementa, em língua
portuguesa. As mensagens que indicam alguma condição específica da edificação devem se encontrar
em seu acesso principal, contendo informações sobre os sistemas de proteção contra
incêndio instalados, características da edificação e número da emergência. Em caso de auditórios, por
serem considerados recintos de reunião de público, deve conter mensagem na sua entrada com lotação
máxima permitida.
49
2.13 Sinalização de emergência
Proibição
Responsável por vetar ações que possam iniciar ou agravar um incêndio. A sinalização de
proibição deve ser instalada a 1,80 m do piso acabado até a base da sinalização, deve estar visível em
Alerta
Chama atenção para áreas e materiais de alto risco de incêndio, explosão, choques e
contaminações. A sinalização de alerta deve ser instalada a 1,80m do piso acabado até a base da
máximo
Orientação e Salvamento
Indica rotas de saída e as ações necessárias para sua utilização, devendo assinalar mudanças
de direção, saída, escadas e assemelhados. Para portas de saídas de emergência, deve ser posicionada
logo acima da porta a no máximo 10 cm da verga, ou na própria folha da porta a 1,80 m de altura. Para
as de orientação das rotas, as placas devem estar no máximo a 15 m da rota de saída, mantendo
sempre visível a sinalização seguinte, que não podem distar mais de 30m uma da outra, obedecendo a
altura de 1,80 m. Na caixa de escada, a sinalização de indicação do pavimento também deve estar a
1,80 m do piso, locado nos patamares de acesso do pavimento para visualização nos dois sentidos da
escada, além de precisar contar com sinalização de saída com seta indicando direção do fluxo.
Equipamentos
Indica localização e disponibilidade de alarmes e equipamentos de combate a incêndios,
também devendo estar a 1,80 m do piso acabado até a base da sinalização, logo acima do equipamento
em questão. A sinalização deve estar em conjunto com símbolo do equipamento e uma seta indicativa,
não podendo distar mais de 7,5 m do equipamento. Para extintores e hidrantes, utiliza-se ainda
sinalização no piso para evitar obstrução.
50
2.13 Sinalização de emergência
2.13.1 Formas geométricas e dimensões
Quadro 18 - Formas Geométricas e dimensões da Sinalização
51
2.13 Sinalização de emergência
2.13.2 Proibição
Quadro 19 - Simbologia sinalização de Proibição
Simbologia
Sempr
P1 Proibido fumar e
au
cha
Proibido produzir
P2
chamar
Proibido utiliza
P3 água para ap
fogo
P4
P5
52
2.13 Sinalização de emergência
2.13.3 Alerta
Quadro 20 - Simbologia da sinalização de alerta
Simbologia
Quando necessitar de um
alerta sem símbolo
A1 Alerta geral específico. Deve ser
acompanhado de
mensagem escrita
Símbolo triangular
de fundo
amarelo, com
Cuidado, risco de pictograma e Locais com
A4
choque elétrico faixa triangular materiais
preta corrosivos
Cuidado, risco de
Locais com
A7 exposição a produtos
produtos
tóxicos
tóxicos
53
2.13 Sinalização de emergência
2.13.4 Orientação e Salvamento
Quadro 21 - Simbologia da sinalização de alerta
Simbologia
S7
54
2.13 Sinalização de emergência
2.13.4 Orientação e Salvamento
Quadro 21 - Simbologia da sinalização de alerta (continuação)
Simbologia
S8
S9 Símbolo retangular
Escadas de com fundo verde
e pictograma
emergênci fotolumine
S10
a
S11
S12
S13
S1
55
2.13 Sinalização de emergência
2.13.4 Orientação e Salvamento
Quadro 21 - Simbologia da sinalização de alerta (continuação)
Simbologia
Símbolo retangular ou
quadrado de fundo
verde e algarismos
Indicação do pavimento no
Número do fotoluminescente
S17 interior da escada, patamar e
indicando número do porta corta- fogo
pavimento pavimento. Podem ser
associadas duas
placas.
S18
56
2.13 Sinalização de emergência
2.13.5 Equipamentos
Indicação de local
E1 Alarme sonoro para acionamento de
alarme de incêndio
Ponto de acionamento
E2 de alarme ou bomba
de incêndio, o qual
Comando manual de
deve ser
alarme ou bomba
acompanhado de
de incêndio Símbolo quadrado
mensagem escrita
de fundo vermelho
informando qual é o
e pictograma
E3 equipamento
fotoluminescente
Posição do interfone
Telefone/Interfone de para comunicar
E4 emergências a uma
emergência
central
Indicação de
E5 Extintor de incêndio
extintores de incêndio
57
2.13 Sinalização de emergência
2.13.5 Equipamentos
Indicação de
E6 Mangotinho localização de
mangotinho
Indicaçaõ de abrigo
Abrigo de mangueira da mangueira de
E7 incêndio com ou sem
de hidrante
hidrante
Símbolo quadrado
de fundo vermelho Indicação de local de
E8 Hidrante de incêndio e pictograma hidrante fora do
fotoluminescente abrigo
Indicação de local
Coleção de com conjunto de
E9 equipamentos de equipamentos como
combate a incêndio hidrante, alarme e
extintores
Válvula de controle
Indicação da válvula
do sistema de
E10 de controle dos
chuveiros
chuveiros automáticos
automáticos
58
2.13 Sinalização de emergência
2.13.5 Equipamentos
Quadro 22 - Simbologia da sinalização de equipamentos
Indicado para
E12 Manta antichama abafamento de
chamas em pessoas
Seta à esquerda
indicando localização
E13 de alarme ou
equipamentos de
combate à incêndio Símbolo quadrado
de fundo vermelho
e pictograma
Seta à direita fotoluminescente
indicando localização
Indica localização de
E14 de alarme ou
alarme ou euipamento
equipamentos de
de combate a
combate à incêndio
incêndio, devendo ser
acompanhado do
Seta diagonal à símbolo do
esquerda indicando equipamento oculto
E15 localização de alarme
ou equipamentos de
combate à incêndio
59
Símbolo quadrado
com 1,0m de lado,
Sinalização de piso com fundo Indicar localização de
E17 para hidrantes e vermelho de equipamentos e
extintores 0,70m de lado e evitar sua obstrução
borda amarela de
0,15m de largura
2.13 Sinalização de emergência
2.13.6 Sinalização complementar – mensagens escritas
Quadro 23 - Simbologia da sinalização complementar
Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição
Aplicação
Símbolo quadrado ou
Indicação dos
retangular de fundo
dispositivos
M1 Ver figura abaixo verde com mensagem
existentes na
escrita em letra
edificação
branca
Indica lotação
máxima admitida no
M2
recinto de reuniã
públic
M3
M4
PLACA M1
60
2.13 Sinalização de emergência
2.13.7 Sinalização complementar – indicação de rotas
de fuga
Quadro 24 - Simbologia de sinalização complementar - rotas de fuga
Simbologia
Código Símbolo Significado Descrição Aplicaçã
o
Símbolo retangular deEm paredes,
C1 fundo verde e pictograma ao piso e/
fotoluminescente de r
C2
C3
C4 Direção da r
de saí
C5
C6
61
2.13 Sinalização de emergência
2.13.8 Sinalização complementar – indicação de
obstáculos
62
Aplicaçã
o
Sinalização de emergência
O projeto técnico em anexo especifica na sua prancha 01, um quadro com todas as
sinalizações necessárias ao longo da edificação, explicando seus significados e aplicações.
Além disso, também apresenta alguns detalhes que orientam o posicionamento e utilização
das sinalizações na prancha 05.
O detalhe abaixo, extraído do projeto e adaptado para melhor visualização,
exemplifica a utilização das sinalizações que indicam o sentido das saídas de emergência,
bem como a sinalização de obstáculo, nesse caso o pilar.
63
2.14 Extintores de incêndio
Um dos dispositivos primordiais para De acordo com a NBR 12693 (2018), o fogo
combater princípios de incêndio e evitar seu é divido em:
extinção do fogo.
Fogo po
A partir da classificação do fogo, é possível C
definir qual é o agente extintor adequado, o qual pode equipa
me e
ser feito por: água pressurizada (para classe A), pó
inst
químico seco a base de bicarbonato de sódio (para
64
2.14 Extintores de incêndio
Entende-se por capacidade extintora como Os extintores portáveis devem estar locados
sendo a medida do poder de apagar o fogo de um na edificação de forma que não sejam percorridas
extintor (NBR 12693/1993). Logo, é necessário que longas distâncias até que o operador alcance o
extintores possuam uma capacidade mínima para se dispositivo mais próximo. Para isso, a IT 21 (2018)
configurarem uma unidade extintora. A tabela a limita a distância máxima de caminhamento a partir
seguir relaciona os agentes extintores com as do risco da edificação, de modo que para risco baixo
respectivas classes que podem ser utilizados e sua essa distância não pode ser superior a 25 m,
capacidade extintora mínima. reduzindo-se para 20 m em edificações de risco
médio e 15 m para risco alto.
Quadro 27 - Agente extintor, classe e capacidade extintora
Para extintores sobre rodas, deve ser
CAPACIDADE
PRINCÍPIO EXTINTORA acrescido metade do seu respectivo valor em cada
NOME CLASSE DE MÍNIMA distância estabelecida para os portáteis, não podendo
EXTINÇÃO SOBRE
PORTATIL ser feita a proteção da edificação exclusivamente por
RODAS esse tipo de extintor. Logo, é aceitável sua utilização
65
2.14 Extintores de incêndio
Instalação
Em locais de risco específico como casas de bomba, máquinas, força elétrica, gases ou
líquidos combustíveis devem ser instalados extintores de incêndio com princípio de extinção
adequado ao risco.
Manutenção, certificação
e validade
Todos os extintores devem se manter lacrados e com selo de órgão credenciado pelo
Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro). Os dispositivos devem sempre atender a validade do
fabricante, devendo ser reabastecidos por empresa de manutenção certificada sempre que
necessário. As diretrizes de inspeção, manutenção e recarga são estabelecidas pela NBR 12962
(1998).
66
Aplicaçã
o
Extintores de incêndio
Na primeira prancha em anexo, consta a lista de simbologias usadas no projeto técnico, de
acordo com a IT 04. Entre elas, sem encontram as simbologias utilizadas para especificar os tipos
de extintores dispostos ao longo da edificação.
Extintor portátil com carga d’água, capacidade extintora 2-A (exceto onde a
capacidade for indicada), sinalizado, telefone do CBMRN
Outro
detalhe pertinente
presente no projeto
(prancha
5)
critérios indi
correta ca
instalação
dos extintores
os
para
67
Aplicaçã
o
Extintores de incêndio
É pertinente pontuar que a disposição dos extintores ao longo da edificação deve ser
feita de modo a obedecer a distância máxima de caminhamento de 25 metros, além de ser
necessário dispor um extintor a no máximo 5 metros da entrada principal e das escadas dos
demais pavimentos.
Extintor na entrada
principal
Exemplo de distância máxima
de caminhamento
68
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
O sistema de hidrantes e/ou mangotinhos são As mangueiras de incêndio devem ser suficientes para
um conjunto de dispositivos que possibilitam levar vencer todos os desvios e obstáculos, sendo prático
água da fonte de suprimento até o local do fogo utilizar dois lances de 15 metros para melhor
através da operação manual por qualquer ocupante da manuseio, ao invés de lance único de 30 metros.
edificação. O sistema é composto basicamente por Caso o registro de manobra do hidrante não
uma reserva de incêndio, bombas (se necessário), rede possa estar dentro do abrigo das mangueiras, os
de canalizações fixas, abrigos de incêndio com uma mesmos não podem distar mais que cinco metros.
ou duas tomadas de água, válvulas, mangueiras de Ademais, os abrigos não podem ficar trancados, a
incêndio, esguicho entre outros (BRETANO, 2018). exceção de abrigos de vidro com aviso “quebre o
A IT 22 do CBMRN (2018) é a responsável vidro em caso de incêndio”. Já o esguicho deverá ser
por fixar as diretrizes de dimensionamento, obrigatoriamente do tipo regulável em caso de risco
instalação, manutenção, aceitação e manuseio de incêndio de classe B.
do sistema de hidrantes e/ou mangotinhos. Pela Os pontos de tomada de água devem estar
popularidade no uso dos hidrantes no estado do Rio posicionados de forma a não comprometer a
Grande do Norte, esse dispositivo apresentará mais evacuação dos ocupantes, sempre próximos das portas
relevância a seguir. externas, escadas (mas não dentro delas) e/ou do
principal acessos distando no máximo 5 metros
69
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Abrigos e mangueiras
Dispositivo de Recalque
Elemento imprescindível para qualquer sistema adotado, o dispositivo de recalque consiste em
utilizados pelo Corpo de Bombeiros, preferencialmente do tipo coluna, mas podendo estar instalado
no passeio público caso necessário, como orienta a IT 22 do CBMRN (2018). Para vazões maiores
que 1000 l/min, é exigido uso de duas entradas de recalque. O dispositivo deve ser inserido no muro
de divisa, em prol de possibilitar livre acesso dos bombeiros, com saídas voltadas pra rua em um
Em caso de ser necessário embutir o abrigo no passeio público, a IT 22 (2018) exige que seja
utilizada tampa articulada em ferro fundido com identificação escrita “HIDRANTE” e possuir
dimensões de 0,40 m x 0,60 m, distando 0,50 m da guia do passeio, com entrada a 45° voltada pra
cima a no máximo 0,15 m do piso acabado. O volante de manobra não pode estar a uma
70
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Dispositivo de Recalque
71
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Outros componentes de instalação
A IT 22 (2018) define e estabelece exigências para cada um dos componentes que, juntos,
formam um sistema de hidrantes. Para tanto, a instrução define esguicho como sendo o dispositivo de
DN65 (2 ½”), acompanhadas de junta de união de engate rápido, as quais devem atender ao disposto
na NBR 14349 (1999). As válvulas de bloqueio devem ser posicionadas de forma adequada, em prol
Por fim, nenhuma tubulação deve possuir diâmetro nominal inferior a DN 65 (2½”) e devem
ser pintadas na cor vermelha quando aparentes, além de ser proibida sua passagem em poços
de elevadores e dutos de ventilação. Além disso, orienta-se utilização de suporte metálicos para
utilizado e a Reserva Técnica de Incêndio (RTI), a qual será a fonte fornecedora de água no combate a
incêndio. É usual adicionar o volume de água previamente calculado para esse fim no reservatório
superior da edificação, porém também é permitida utilização de reservatório inferior. De toda forma, a
tubulação de distribuição de água consumida no edifício deve ser posicionada em altura adequada de
modo que não utilize da RTI para outros fins, sendo ela exclusiva para a tomada de incêndio.
a partir do tipo de ocupação e sua área construída . Para o caso das escolas com sistema de
hidrantes
72
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Tipos de hidrantes e Reserva técnica de incêndio
1 25 25 30Adaptado ITsimples
Fonte: 22/2018 (2021) 100 80
2 40 40 30 simples 150 30
Quadro 29 - volume de reserva de incêndio mínima (m³) em edificações do grupo E
GRUPO E
Área das edificações e áreas de
risco
diâmetros de acessórios e dos suportes componentes do sistema. Para sistemas que possuam mais de
um hidrante simples, deve ser considerado uso simultâneo dos dois jatos de água mais desfavoráveis,
O dimensionamento deve ser feito para que a pressão máxima nos esguichos não ultrapasse
100 mca.
A perda de carga nas tubulações deve ser realizada por método adequado, devendo
atender à
representada a seguir.
73
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Dimensionamento das bombas e tubulação
ℎ𝑓 = 𝐽𝐿
.𝑡
Onde,
equivalentes de conexões;
Q = vazão em l/min;
C = fator de Hazen-Willians;
Ferro dúctil ou
fundido com 140
revestimento interno
de cimento
Aço preto (sistema tubo
100
seco)
Aço preto (sistema tubo
120
molhado)
Galvanizado 120
Plástico 150
Cobre 150
Fonte: Adaptado IT 22/2018 (2021)
74
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Dimensionamento das bombas e tubulação
Apesar da IT 22 (2018) não exigir que sejam consideradas as perdas de carga na mangueira e
no esguicho, esse procedimento pode ser feito em prol de tornar o dimensionamento ainda mais
próximo da situação real. O cálculo para a mangueira procede da mesma forma, sendo Lt o
comprimento da mangueira e Q a vazão no hidrante mais desfavorável, não sendo necessário dobrar
4 .𝑄
𝑉 𝑒𝑠𝑔
𝑐
𝑢
ℎ
𝑖𝑜=
𝜋. 𝐷2
1 𝑉𝑒𝑠𝑔𝑢𝑐𝑖ℎ𝑜2
∆𝐻 𝑒𝑠𝑔
𝑐
𝑢
ℎ
𝑖𝑜= − 1
. 2 .𝑔
𝐶𝑣2
Sendo,
recalque. Para a sucção, essa velocidade não pode ser maior que 2m/s em caso de sucção negativa e
3m/s para positiva, enquanto para tubulação de recalque o trecho não pode ultrapassar 5m/s. Essa
75
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Dimensionamento das bombas e tubulação
A partir dos valores de perda de carga calculados, da pressão mínima necessária e da altura
geométrica entre a bomba e o hidrante considerado é possível calcular a altura manométrica total do
sistema (AMT). Em posse disso e dos valores de vazão, é possível selecionar o conjunto motor bomba
Logo,
1000 . 𝑄. 𝐴𝑀𝑇
𝑁 ℎ𝑑
𝑎
𝑟𝑒
𝑛
𝑖𝑡 𝐶𝑉 =
𝑠
75 .
bomba é representado por “” e gira em torno de valores próximos a 0,75 a depender da bomba
estudada.
cavitação na sucção. Para isso o NPSH – traduzido como altura de sucção absoluta – seve ser
analisado. O NPSH disponível (energia disponível que o líquido possui na entrada de sucção da
bomba) deve ser sempre superior ao NPSH requerido (energia do líquido que a bomba
necessita para funcionar satisfatoriamente). Logo, calcula-se o valor disponível e compara-se com o
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑝
𝑠𝑜
𝑑
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 = 𝑃𝑎 − (ℎ𝑠 + 𝑃𝑣 + ∆ℎ𝑠)
Sendo,
𝑃𝑎 = 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑜
ã𝑎
𝑚
𝑡𝑜
𝑐𝑠𝑎
𝑓𝑟𝑖é= 10,33 𝑚𝑐𝑎ℎ𝑠=𝑎
𝑐𝑢
𝑟𝑖𝑡𝑡𝑛
𝑠𝑙𝑎á 𝑠𝑢𝑐çã𝑜
𝑒
𝑃𝑣= 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑜
ã𝑑𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑎20°𝐶 = 0,239𝑚
∆ℎ𝑠= 𝑝𝑒𝑑
𝑟𝑎𝑑𝑒𝑙𝑐
𝑎𝑛
𝑔
𝑟𝑡𝑎
𝑜𝑡𝑠𝑢𝑐çã𝑜
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑
𝑝
𝑠𝑜
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑
𝑜
𝑒
𝑞
𝑟𝑢
𝑖𝑒
𝑟
76
2.15 Sistema de hidrantes e mangotinhos
Dimensionamento das bombas e tubulação
A bomba escolhida deve ser do tipo centrífuga acionada por motor elétrico ou combustão e
utilizadas unicamente para esse fim, afirma a IT 22 (2018). A bomba principal ou de reforço deve ser
automatizada de forma que, após disparo do motor, ela só possa ser desligada manualmente no seu
painel de comando. Também deve ser previsto ponto de acionamento manual de fácil acesso, em caso
de falha na automação. Ademais, qualquer ponto de hidrante que seja aberto na edificação deve
disparar o acionamento automático da bomba. Caso o reservatório não seja elevado, pode ser
necessária utilização de bomba de pressurização (jockey), com vazão máxima de 20L/min e pressão
77
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Tipos de hidrantes e Reserva técnica de incêndio
incêndio (RTI) necessária. Utilizaremos o sistema tipo 2 (hidrantes com mangueiras flexíveis). Para
esse sistema, tendo em vista que a edificação possui área construída total inferior a 2500 m²,
pelo
1 25 25 30Adaptado ITsimples
Fonte: 22/2018 (2021) 100 80
2 40 40 30 simples 150 30
Comprimento real da mangueira: 30 m (2 lances de 15,00m)
Pressão residual no esguicho mais desfavorável: 30,00mca
Vazão na válvula do hidrante mais desfavorável: 150l/min
78
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba
INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS DE PROJETO
Na prancha 04 do
projeto, o traçado isométrico
das tubulações permite
extrair algumas informações.
Uma vez que os dois
hidrantes mais desfavoráveis
seguem caminhos diferentes
a partir do ponto A, o trecho
de recalque será dividido em
três, sendo: trecho H4-A,
trecho H1-A e trecho A-BI
(bomba de incêndio).
COMPRIMENTOS REAIS
Comprimento real de recalque do hidrante mais desfavorável (Trecho H4-A):
𝐿𝑟1 = 1,50 + 11,05 + 21,30 + 0,50 + 11,0 = 45,35𝑚
Comprimento real de recalque do segundo hidrante mais desfavorável (Trecho H1-A)
𝐿𝑟2 = 1,50 + 0,3 + 23,20 + 5,25 + 1,50 + 1,50 + 3,70 = 36,95 𝑚
Comprimento real de recalque trecho em comum (Trecho A-BI)
𝐿𝑟3 = 0,3 + 3,05 + 1,60 + 1,00 = 5,95 𝑚
Comprimento real da sucção
𝐿
𝑠= 3,40 + 1,00 + 2,00 = 6,40𝑚
Desnível entre o fundo do reservatório superior ao hidrante mais desfavorável:
𝐿
𝑟= 1,50 + 3,05 = 4,55𝑚
79
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba
PERDA DE CARGA NO RECALQUE
Inicialmente, adota-se o diâmetro mínimo estabelecido pelo corpo de bombeiros:
63mm (2 ½’’)
• Trecho H4-A (hidrante mais desfavorável)
Perda de carga equivalente:
01 Registro globo = 1 x 21,00 = 21,00
04 Cotovelo de 90° de raio curto = 4 x 2,00 = 8,00
02 Tê de saída lateral = 2 x 4,30 = 8,60m
𝐿𝐸𝐻4−𝐴 = 21,00 + 8,00 + 8,60 =
35,60𝑚
Para o cálculo da perda de carga unitária, temos:
𝐽𝐻4−𝐷
𝐴== 605
2 . 1/2"
𝑥 = 63 𝑚 𝑚 𝑥=100,063𝑚
4 = 605 𝑥 𝑥10 4 = 0,0171 𝑚 / 𝑚
𝐶1,85𝑥𝐷4,85 120 1,85 𝑥 63 4,85
𝑄 1,85
∆𝐻𝐻4−𝐴 = 𝐽𝐻4−𝐴𝑥(𝐿𝑟𝑒𝑎𝑙𝐻4𝐴+ 𝐿𝑒𝑞𝑢1,85
−150 𝑣𝑖𝑎𝑒
𝑙𝑛𝑡𝑒𝐻
𝐴)4−
80
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba
300 𝑙
3
𝑙𝑚𝑖𝑛 𝑠
𝑄 = 2𝑥150 𝑙/ min = = 5,00 = 0,005 𝑚 /𝑠
𝐷𝐴𝐵=
−𝐼 2 . 1/2" = 63 𝑚 𝑚 = 0,063𝑚
𝐽=𝐼− 605 𝑥
𝐴𝐵
𝑄 1,85 𝑥10 4 = 605 𝑥 300 1,85 𝑥10 4 = 0,062 𝑚 / 𝑚
𝐶1,85𝑥𝐷4,85 120 1,85 𝑥 63 4,85
+ 𝐿𝑒𝑞𝑢
𝑣𝑖𝑎
𝑒𝑙𝑛
)𝑒
𝐼𝑡𝐵𝐴
− ∆𝐻𝐴𝐵
−𝐼 = 𝐽
𝑥(𝐿
𝐼− 𝑟
𝐴𝐵 𝑒𝑎𝑙𝐼𝐴𝐵−
∆𝐻𝐴𝐵
−𝐼 = 0,062 𝑥 5,95𝑚 + 14,50 𝑚 = 1,27 𝑚𝑐𝑎
∆𝐻𝑞
𝑢
𝑒𝑎
𝑒
𝑙𝑐𝑟= 1,38 + 1,27 = 2,65𝑚𝑐𝑎
81
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba
PERDA DE CARGA NA SUCÇÃO
82
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba
VERIFICAÇÃO DAS VELOCIDADES
𝑄 𝑚3 0,005 1,60𝑚
𝑉= 𝑠 = < 𝑜𝑘!
𝐴 = 5𝑚
𝜋𝑥 0,063 2 𝑠
4 𝑠
1000 . 𝑚 3 . 𝐴𝑀𝑇 𝑚
= 𝑄 𝑠
𝑁ℎ𝑖𝑑𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝐶
𝑉 75 .
Adotando-se um rendimento de 70%:
1000 . 0,005 .
= 28,97 = 2,76 𝑐
𝑣 ≈ 3𝑐𝑣
𝑁ℎ𝑖𝑑𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝐶
𝑉 75 .0,70
VERIFICAÇÃO DO NPSH
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑝
𝑠𝑜
𝑑
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 = 𝑃𝑎− ℎ𝑠+ 𝑃𝑣+ ∆ℎ𝑠
𝑁𝑃𝑆𝐻 𝑝
𝑠𝑑
𝑜
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 = 10,33 − (0 + 0,239 + 0,87)
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑝
𝑠𝑜
𝑑
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 = 9,21 𝑚
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑
𝑝
𝑠𝑜
𝑛
𝑖í𝑣
𝑒
𝑙 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑
𝑜
𝑒
𝑞
𝑟𝑢
𝑖𝑒
𝑟
Logo, a bomba escolhida deverá atender aos critérios de vazão altura manométrica,
potência e NPSH.
83
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba
PRESSÃO E VAZÃO NO SEGUNDO HIDRANTE MIAIS DESFAVORÁVEL
𝑃𝐴 = 30 + ∆𝐻𝐻4−𝐴 − 𝐻𝑔ℎ4−𝐴
𝑃𝐴 = 30 + 1,38 − 1,50
𝑃𝐴 = 29,88 𝑚𝑐𝑎
4,30m
𝐿𝐸 𝐻 1−𝐴 = 21,00 +
12,00 + 4,30 = 37,30𝑚
84
Aplicaçã
o e mangotinhos
Sistema de hidrantes
Dimensionamento de tubulações e bomba
PRESSÃO E VAZÃO NO SEGUNDO HIDRANTE MIAIS DESFAVORÁVEL
Apesar da vazão no segundo hidrante não ser exatos 150l/min, essa variação pode ser
desconsiderada no cálculo. Para o cálculo da perda de carga unitária, temos:
𝐷𝑟
𝑞
𝑢
𝑒𝑎
𝑒
𝑙𝑐= 2 . 1/2" = 63 𝑚 𝑚 = 0,063𝑚
𝑞
𝑢
𝐽𝑒𝑎
𝑒
𝑙𝑐𝑟= 605 𝑥 𝑄 1,85
𝑥10 4 = 605 𝑥 150 1,85 𝑥10 4 = 0,0171 𝑚 / 𝑚
𝐶1,85𝑥𝐷4,85 120 1,85 𝑥 63 4,85
∆𝐻𝑞
𝑢
𝑒𝑎
𝑒
𝑙𝑐𝑟=𝑞
𝑢
𝑒𝑙𝑎
𝑐
𝑒𝑟𝑢𝑥𝑞𝐽+
𝑒 )(𝐿
𝑒 𝑟𝑞𝑒
𝑙𝑢𝑎 𝑐𝑎
𝐿
𝑙𝑙𝑒
𝑒 𝑟𝑞
𝑎𝑢
𝑣𝑐𝑎
𝑖𝑒𝑙𝑛
𝑒
𝑡𝑟
𝑒
∆𝐻𝑞
𝑢
𝑒𝑎
𝑒
𝑙𝑐𝑟= 0,0171 𝑥36,95𝑚 + 37,30𝑚 = 1,27 𝑚𝑐𝑎
Logo,
𝑃𝐻1 = 29,88 − 1,27 + 1,50
𝑃𝐻1 = 30,11 𝑚𝑐𝑎
85
2.16 Chuveiros Automáticos e controle de
fumaça
Os dois últimos dispositivos apresentados para o grupo das escolas não são comumente
exigidos nas escolas do Estado do Rio Grande do Norte, uma vez que só são necessários em
edificações muito altas, até o momento inexistentes no Estado. Por esse motivo, caso seja necessário
hidráulico em conformidade com a NBR 10897 (2007). Em casos que o dispositivo for adotado em
edificações nas quais o sistema não se faz obrigatório, o mesmo pode ser distribuído de forma parcial
na edificação, desde que atenda aos requisitos normatizados. A representação do orifício de saída do
86
2.17 Central de Gás
É comum muitas edificações escolares Dessa forma, é ideal que a tubulação suba em
possuírem cozinha própria para fornecer refeições aos prumada separada, encostado em pilares e isolado por
alunos e funcionários, apesar da tendência de argamassa e siga seu caminho no pavimento inserida
terceirizar cada vez mais esse fornecimento. Ainda no piso e devidamente envelopada. Para tubulações
assim, caso haja manuseio de gás – seja gás liquefeito enterradas, é recomendado espaçamento de 0,30 m do
de petróleo (GLP) ou gás natural (GN) – é necessário piso ao início do tubo em zonas sem tráfego de
que os projetos desses sistemas estejam em veículos e 0,50 m para essas zonas, ou utilizar de
conformidade com as medidas de segurança contra mecanismos de proteção como lajes e tubo luva.
incêndio estabelecidas por suas respectivas instruções
técnicas, a depender do tipo de gás utilizado na Quadro 31 - Afastamentos mínimos entre tubulações
87
2.16 Central de Gás
2.17.1 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)
Já o quadro abaixo especifica os afastamentos mínimos das centrais de GLP, tanto para
recipientes transportáveis trocáveis ou abastecidos no local – inferiores a 0,5m³ - quanto para
recipientes estacionários – capacidade superior a 0,5m³.
Quadro 33 – Afastamento de segurança para central de GLP
88
2.16 Central de Gás
2.17.1 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)
Entretanto, a instrução técnica abre um parêntese no quadro anterior, com relação à distância
da central de gás para edificações e divisas de propriedades. Nesse caso, para as instalações de
capacidade total acima de 2m³ que usam recipientes de até 0,5m³, a distância mínima passará de zero
para:
- No mínimo 1,5 m para capacidades acima de 2m³ até 3,5m³
A IT 28 (2018) estabelece ainda que a central seja protegida por um hidrante – caso exista na
edificação – admitindo-se mangueira de 60m sem precisar de novo cálculo hidráulico. Para instalações
capacidade volumétrica menor que 0,25m³ sejam dotados de um sistema para evitar que os
recipientes sejam abastecidos além da sua capacidade segura. O veículo abastecedor deve conseguir
89
2.16 Central de Gás
2.17.1 Gás Natural e ventilação
uso de gás natural nas edificações. Alguns itens como a proteção por extintores seguem os mesmos
Um dos pontos que a difere do GLP é a ventilação dos abrigos das prumadas internas, em
virtude dos gases possuírem densidades diferentes. Enquanto o GLP tende a se acumular nas partes
baixas do abrigo em caso de vazamento, o gás natural sobe e se acumula na superior. Isso implica em
deve ser metálico ou de PVC, com saída no pavimento de descarga e na cobertura. O tubo de ligação
entre o shaft e tubo vertical deve ser posicionado a um ângulo de 45°, com bocal situado na parte
despejando no mesmo tubo vertical provido de exaustão superior e inferior, para caso de mudança no
90
2.15 Critérios de acessibilidade
Uma das premissas fundamentais nas Seu item 5.12 recomenda que os corrimãos de rampas
instalações de combate a incêndio é criar um e escadas possuam anéis com textura contrastante um
ambiente que favoreça uma evacuação eficiente e metro antes das extremidades e sinalização em braile
segura para todos em caso de sinistro. Sob esse indicando os pavimentos do início e final da escada.
aspecto e tendo em vista o tipo de ocupantes da Já o item 5.14 informa que os pisos táteis podem ser
edificação em estudo – desde professores, do tipo alerta ou direcional, a depender da
funcionários, adolescentes e até mesmo crianças em necessidade, no início ou término de escadas, rampas,
desenvolvimento físico e intelectual, além dos desníveis ou outros obstáculos. Tais medidas são
ocupantes com possíveis deficiências – é necessário cruciais para direcionar corretamente os deficientes
que as instalações sejam pensadas de forma acessível visuais nas saídas de emergência.
a todos. Já o item 5.15 da NBR 9050 (2020) aborda o
Em seu artigo, Nascimento (2019) retifica a tema de sinalização de emergência de uma forma
necessidade da existência de pessoas bem instruídas e geral. Segundo essa norma, deve existir sinalização
capacitadas para liderar os demais, sinalizando tátil e visual dentro das escadas, junto às portas
caminhos e indicando as proteções e ações prudentes indicando seu pavimento, apesar da mesma
a serem tomadas no momento. Essas pessoas são informação ser grafada nos corrimões. Além disso, as
ainda mais importantes na presença de crianças ou rotas de fuga e as saídas de emergência devem
pessoas com deficiência/dificuldade de mobilidade, possuir sinalização visuais e sonora. Sob esse
que venham a necessitar do auxílio de terceiros para aspecto, Costa (2018) levanta a alternativa do alarme
uma evacuação mais rápida e eficiente. audiovisual, de forma a associar simultaneamente o
Entretanto, é importante que as instalações de alarme sonoro a luzes que piscam em sinal de
combate incêndio – em especial os dispositivos que emergência em uma frequência adequada.
propiciam a evacuação – sejam pensados e Por não ser exigido utilização de elevador de
combinados de modo a tornar a fuga o mais autônoma emergência para os portes das escolas do Estado, as
possível. Como enfatizado por Nascimento (2019), o pessoas com deficiência ou dificuldade de mobilidade
alarme de incêndio não pode ser ouvido por deficiente podem ser prejudicadas na evacuação por escadas de
auditivo, enquanto o deficiente visual não enxerga as emergência em escolas de mais de um pavimento.
sinalizações de evacuação e um cadeirante não pode Uma alternativa abordada por Costa (2018) é o uso
fugir pelas escadas. das cadeiras de evacuação, as quais possibilitam –
A NBR 9050 (2020) é a responsável por com a ajuda de um ou dois operadores – o transporte
estabelecer os critérios de acessibilidade em de pessoas como cadeirantes pelas escadas.
edificações.
91
3. Regularização do imóvel
Um dos requisitos básicos para obtenção do Esse procedimento se torna ainda mais simples no
documento que autoriza pleno funcionamento e caso de a escola possuir área de até 200m², sendo
utilização de uma edificação – habite-se – é a posse necessário apenas o preenchimento de questionário e
da certificação de segurança do Corpo de Bombeiros. declaração do proprietário ou responsável pelo uso.
Para isso, o documento técnico necessário pode ser o Em ambos os casos, a vistoria ocorre posterior à
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) ou emissão do CLCB, por amostragem.
Certificado de licença do Corpo de Bombeiros
(CLCB), a depender do porte da edificação.
Projeto técnico
Projeto
Já as escolas que possuem área a partir de
técnico
750m², o processo de regularização no CBMRN é
simplificado mais complexo e demorado, isso porque as medidas
Para as escolas com área até 750m², menos de de segurança devem ser apresentadas por meio de
três pavimentos (subsolo mais dois), sem subsolo de projeto técnico, regido pela IT 01/2018 –
uso destinto de estacionamento e sem auditório de procedimentos administrativos – Parte II –
capacidade superior a 100 pessoas, o procedimento é orientações para licenciamento. Segundo ela, os
regido pela IT 42 (2018), uma vez que a edificação documentos que compõem o projeto técnico são:
será enquadrada como processo Técnico simplificado. • Pasta do projeto técnico: pasta semirrígida
Para elas, o documento final é o CLCB, o qual terá padronizada que abriga todos os documentos;
mesma validade que o AVCB. Para dar entrada no • Memorial descritivo: Detalhamento dos
processo, é necessário preencher um formulário de sistemas de proteção contra incêndio presentes na
avaliação de risco do responsável técnico, apresentar escola em questão, resumindo o projeto técnico em
Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica si;
(ART/RRT) das instalações e/ou manutenção dos • Procuração do proprietário: para caso de
sistemas de segurança contra incêndio, bem como do terceiros assinarem documentos do projeto técnico
responsável técnico sobre riscos referentes à pelo proprietário;
edificação. Assim, o CLCB é emitido em formato
digital mediante pagamento de taxa.
92
3.0 Regularização do imóvel
93
4. Plano de
evacuação
Um dos fatores cruciais para um bom projeto no Plano de Abandono escolar elaborado pela defesa
das instalações de combate a incêndio é proporcionar civil do paraná (2013) serão dispostos a seguir os
uma evacuação segura dos ocupantes do edifício. Para itens básicos para constar no documento.
isso, é necessário que os ocupantes também estejam
devidamente preparados para reagir à emergência, em 1. DISPOSITIVOS DO PLANO DE
prol de viabilizar o abandono do edifício de forma EVACUAÇÃO
rápida e ordenada.
•Ponto de encontro: deverá ser previamente definido
A instrução técnica 02 (2018) ratifica que “É
um local externo, seguro e amplo o suficiente para
necessário [...] a elaboração de planos para enfrentar a
reunir os ocupantes da escola, entre alunos,
situação de emergência que estabeleçam, em função
professores e funcionários. Nesse local haverá uma
dos fatores determinantes de risco de incêndio, as
Equipe do Ponto de Encontro, designada pelo diretor,
ações a serem adotadas e os recursos materiais e
a qual irá receber as turmas na sua chegada, em fila
humanos necessários.”
indiana, enfileirando as turmas lado-a-lado. O
Sob esse aspecto, o plano de evacuação surge
professor será responsável por conferir a turma por
como sendo um conjunto de medidas e procedimentos
chamada e comunicar ao responsável pelo ponto de
que vão desde a prevenção e planejamento até a
encontro em caso de faltar algum aluno. A
atuação em caso de emergência. O plano visa o
informação deverá ser repassada para a brigada.
estabelecimento de rotinas e procedimentos que
•Rotas de fuga: deve ser analisado entre os percursos
poderão ser testados através de exercícios reguladores
possíveis até a descarga, qual é o mais adequado,
de simulação, afirma Santos (2017)
levando em consideração larguras de acessos,
presença de obstáculos, distância a ser percorrida até
Estrutura do Plano de a saída, entre outros.
Evacuação •Saídas de emergência: na saída para o ambiente
É importante que no plano de evacuação seja externo, deve estar posicionada equipe do edifício
abordados alguns tópicos cruciais. Para tanto, que direcionam até o ponto de encontro.
baseado
94
4.0 Plano de evacuação
95
4.0 Plano de evacuação
3. PROCEDIMENTOS DE ABANDONO
• Acionar o alarme;
• Os componentes da Equipe do Edifício deverão se posicionar;
• Professor organiza a fila indiana no interior da sala, posicionado o monitor na liderança da fila e
aguarda
sinal do responsável pelo
corredor;
• Os responsáveis pelos corredores vão liberando a saída das turmas de forma ordenada;
• Os alunos, então, se deslocam em fila indiana de forma ordenada, previamente instruídos durante
simulações. Devem ser guiados também pela equipe do edifício ao longo dos corredores e acessos. Na ausência
deles, o professor e o monitor devem seguir as sinalizações e orientar o resto da turma;
•O professor deve levar consigo a lista de chamada para conferência dos alunos no ponto de encontro, fechar a
sala e fazer um risco diagonal na porta;
• A equipe do Ponto de encontro inicia a acomodação das turmas;
• O professor confere presença dos alunos no ponto de encontro através da lista de
• chamada; Na falta de alguém, a equipe de emergência deve ser imediatamente
comunicada.
96
SESSÃO DESTINADA
5.
AOS OCUPANTES
Recomendações gerais
empurrões;
• Não ficar na frente de pessoas em pânico e, se necessário, chamar um brigadista;
• Empregados devem seguir os comandos dos brigadistas;
• Nunca retroceder para pegar objetos;
• Encostar as portas e janelas quando sair de um ambiente;
• Não se afastar do grupo nem parar em andares intermediários;
• Orientar os visitantes que estiverem no seu local de trabalho;
• Retirar sapatos altos;
• Não acender/apagar as luzes, em especial se houver cheiro de gás;
• Manter acessos dos bombeiros livres;
• Encaminhar-se para local seguro de acordo com a orientação da brigada;
• Não usar elevador, utilizar o lado direito da escada;
• Sempre andar na direção do fluxo de descarga;
cabelo, proteger a respiração com lenço molhado e manter-se o mais próximo do chão;
• Se necessário abrir uma porta, fazê-lo devagar e verificando sua temperatura;
• Em caso de ficar preso em algum local, tentar inundar o local com água e se manter
molhado;
• Não saltar;
97
SESSÃO DESTINADA
6.
À
ADMINISTRAÇÃO
Orientações à direção
necessário que seus ocupantes saibam utilizá-los da forma correta para garantir sua máxima eficácia.
Sob esse aspecto, foi publicada a lei nº 10802 (2020), dispondo sobre o Programa Estadual de
prevenção de acidentes e o combate ao fogo nas escolas estaduais e particulares de ensino no Estado
professores e alunos – treinamentos simulados de evacuação em caso de incêndio, bem como outras
identificar possíveis áreas de risco e estabelecer medidas de segurança para minimizar ao máximo o
perigo, bem como permite a conscientização da comunidade escolar no que diz respeito aos riscos
encontrados.
com o Corpo de Bombeiros, executarem tais atividades, sendo inclusive autorizado pela lei n° 10802
(2020) que as escolas solicitem palestrantes membros do Corpo de Bombeiros do RN sem custos,
mediante disponibilidade.
brigada de incêndio, tornando a equipe conhecida por aqueles que frequentam a edificação. Portanto,
incêndio ou simulado deve ser estimulado, em diversas vertentes, pela equipe responsável por dirigir a
escola.
98
7.
SESSÃO DESTINADA
À
ADMINISTRAÇÃO
Programa de manutenções
Manutenção de segundo
nível
Já a manutenção de segundo nível deve ser
realizada a cada doze meses em local e por
profissional adequado, podendo variar desde a
desmontagem completa do extintor, limpeza de seus
componentes internos, verificação da carga,
regulagem de válvulas, substituição de peças, entre
outros.
No que diz respeito aos extintores, é Manutenção de terceiro nível
necessário uma série de cuidados periódicos,
A manutenção de terceiro nível, realizada a
estabelecidos pela NBR 12962 (2016) – Extintores de
cada cinco anos, além dos procedimentos de
incêndio – Inspeção e manutenção. Deverá ser
desmontagem do nível 2, também realiza o teste
realizada uma inspeção no equipamento por
hidrostático do cilindro. É importante ressaltar que
profissional a cada doze meses, em prol de examinar
deve ser contrata empresa especializada e registrada
se o extintor permanece em condições normais de
pelo INMETRO para realizar todas essas atividades.
operação, com exceção de extintores de gás
carbônico e cilindros para gás expelente, os quais
devem ser inspecionados a cada seis meses.
99
7.0 Programa de manutenções
No que diz respeito ao sistema de alarme, a A norma que rege esse dispositivo e sua
norma regulamentadora é a NBR 17240 (2010) – manutenção é a NBR 10898 (2013) – Sistemas de
Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, iluminação de emergência. Para os blocos
instalação, comissionamento e manutenção de autônomos, sistema comumente adotado, é
sistemas de detecção e alarme de incêndio – recomendado dois tipos de acompanhamento.
Requisitos. Segundo ela, a manutenção pode ser de Mensalmente, deve ser verificado o funcionamento
caráter corretivo ou preventivo e deve ser realizada das luminárias pelo botão teste ou cortando a fonte de
sempre por profissional habilitado. energia na qual a luminária está ligada. Já a cada seis
A cada três meses devem ser feitas meses deve ser testada o estado de carga de bateria,
verificações preventivas, como o ensaio funcional dos de forma a mantê-las ligadas por pelo menos uma
acionadores manuais, avisadores, comandos e painéis hora ou metade da sua autonomia.
repetidores do sistema. Outros tipos de
verificação preventiva também devem ser feitos
quando necessário, não podendo ultrapassar os três
meses, como: verificação visual dos componentes,
verificação do estado e carga das baterias, entre
outros. Sempre que identificado falhas, a manutenção
corretiva deve ser realizada imediatamente,
registrando-se a ocorrência em relatório.
100
7.0 Programa de manutenções
101
Referência
s
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050 - Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2020.
. NBR 10897 – Sistema de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos -
Requisitos. Rio de Janeiro, 2020.
. NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência. Rio de Janeiro, 2013.
. NBR 12693 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro,
2013.
. NBR 12962 – Extintores de incêndio – Inspeção e manutenção. Rio de Janeiro,
2016.
. NBR 13860 – Glossário de termos relacionados com a segurança contra incêndio. Rio de
Janeiro, 1997.
. NBR 13714 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de
Janeiro, 1999.
. NBR 14349 – União para mangueira de incêndio - Requisitos e métodos de ensaio. Rio de
Janeiro, 2000.
. NBR 15526 – Redes de distribuição interna para gases
combustíveis em instalações residenciais e comerciais – Projeto e execução. Rio
de Janeiro, 2012.
. NBR 17240 – Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação,
comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio - Requisitos. Rio de Janeiro,
2010.
BRENTANO, Telmo. Instalações hidráulicas de combate a incêndio nas edificações. 4. ed. Porto
Alegre: Telmo Brentano, 2011.
CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. Instrução
Técnica 01 –
Procedimentos Administrativos – Parte I – Procedimentos Gerais e Classificação das Edificações.
Natal, 2018.
. Instrução Técnica 01 – Procedimentos administrativos –
Parte II – Orientações para licenciamento. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 02 – Conceitos Básicos de Segurança
contra Incêndio. Natal, 2018
. Instrução Técnica 03 – Terminologia de Segurança contra
Incêndio. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 06 – Acesso de Viaturas na Edificação e
Áreas de Risco. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 07 – Separação entre Edificações (Isolamento
de Risco). Natal, 2018. 102
. Instrução Técnica 08 – Resistência ao fogo dos elementos de
construção. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 09 – Compartimentação horizontal e vertical.
Natal, 2018.
Referência
s
. Instrução Técnica 10 – Controle de Materiais de Acabamento e de
Revestimento. Natal,
2018.
. Instrução Técnica 11 – Saídas de Emergência. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 16 – Plano de Emergência contra Incêndio. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 17 – Brigada de incêndio. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 18 – Iluminação de emergência. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 19 – Sistema de detecção e alarme de incêndio. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 20 – Sinalização de Emergência. Natal, 2018.
. Instrução Técnica 21 – Sistema de proteção por extintores de incêndio. Natal,
2018.
. Instrução Técnica 22 – Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a
incêndio.
Natal, 2018.
. Instrução Técnica 28 – Manipulação, armazenamento,
comercialização e utilização de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Natal, 2018.
. Instrução Técnica 29 – Comercialização, distribuição e
utilização de gás natural (GN). Natal, 2018.
. Instrução Técnica 42 – Processo Técnico Simplificado (PTS).
Natal, 2018.
COSTA, Rafaella Fonseca da. Medidas para elaboração de plano de emergência contra incêndio
para pessoas com deficiência. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018.
LINO, Antônio; BAUMEL, Luiz. Plano de abandono escolar. Paraná, 2013. Disponível em <
https://normas-abnt.espm.br/index.php?title=Artigo > Acesso em 01 mar. 2021.
NASCIMENTO, Kissia; SOUZA, João. Acessibilidade e segurança na evacuação em caso de
incêndio envolvendo pessoas com deficiência. Revista FLAMMAE, Pernambuco, v.5, n.12, p. 123, jan./jun.
2019.
RIO GRANDE DO NORTE. Lei N° 10802, de 18 de novembro de 2020. Dispõe sobre o Programa
Estadual de prevenção de acidentes e o combate ao fogo nas escolas estaduais e particulares de ensino no
Estado do Rio Grande do Norte. Disponível em < https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=404704 >
Acesso em 10 fev. 2021
103
APÊNDICE B – PROJETO TÉCNICO DE COMBATE A
INCÊNDIO DE ESCOLA DO RIO GRANDE DO NORTE
INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 10/2018 - O empreendimento deverá atender a utilização dos materiais de acabamento e QUADRO RESUMO DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO (CONFORME IT 04 - SÍMBOLOS GRÁFICOS PARA PROJETOS)
revestimento conforme especificado abaixo. Ficará a cargo do arquiteto/construtor definir a escolha dos materiais, de modo
que atenda as classes conforme cada local, devendo também serem obedecidas as notas abaixo.
FINALIDADE DO MATERIAL AC E S S O DE VIATURA
HIDRANTE PÚBLICO, INTERLIGADO NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DA CONCESSIONÁRIA LOCAL.
NA EDIFICAÇÃO C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 06/2018
OCUPAÇÃO PISO PAREDE / DIVISÓRIA TETO e FORRO
(Acabamento / (Acabamento / (Acabamento / NOTAS TÉCNICAS E OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: HIDRANTE SIMPLES COM ABRIGO.
1
Resvestimento) Resvestimento) 2 Resvestimento
GRUPO/
) SEGU RANÇA ESTRUTU-
1)O acesso à viatura do Corpo de Bombeiros, conforme estabelece o item 5.2.2 da IT 06/2018, todas as edificações ou áreas de risco REGISTRO DE RECALQUE PARA SISTEMA DE INCÊNDIO
DIVISÃO C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 08/2018
com arruamento interno devem possui o portão de acesso nos termos do item 5.1.1.4. Considerando que este projeto não possui
RAL CONTRA
"E - 1" 10 arruamentos internos e não está entre os casos obrigatórios (item 5.2.1), e não havendo necessidade ou condição técnica para adoção ACIONADOR DE BOMBA DE INCÊNDIO TIPO BOTOEIRA LIGA E DESLIGA
ESCOLAS EM
Classe I, II-A, III-A, ou IV-A Classe I, II-A ou III-A Classe I ou II-A desse dispositivo, a viatura do Corpo de Bombeiros será estacionada na frente do prédio, com acesso pela Avenida Flor do Cerrado, 10 INCÊNDIO
GERAL
- Parque das Nações - Parnamirim/RN, 59159-720. CONTROLE DE EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE PÓ BC, CAPACIDADE EXTINTORA 20-B:C,
2)A edificação atenderá aos requisitos de segurança estrutural em projeto específico, conforme especificado na Instrução Técnica N º (EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
08/2018; MATERIAIS DE C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 10/2018
NOTAS ESPECÍFICAS: ACABAMENTO
3)Este projeto foi elaborado de forma a atender todas as exigências de sinalização de emergência contidas na Instrução Técnica EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE PÓ ABC, CAPACIDADE EXTINTORA 2-A : 20-B:C,
Nº20/2018; (EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
1 - Incluem-se aqui cordões, rodapés e arremates;
2- Excluem-se aqui portas, janelas, cordões e outros acabamentos decorativos com área inferior a 20% da parede onde 4)O empreendimento disporá de Brigada de incêndio, conforme especificado na Instrução Técnica nº 17/2018, composta por 10
estão aplicados; componentes com nível treinamento Intermediário (ver cálculo de dimensionamento nesta prancha);
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 11/2018 EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA D'ÁGUA, CAPACIDADE EXTINTORA 2-A, (EXCETO ONDE
A CAPACIDADE FOR INDICADA) SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
10 - Exceto para revestimentos que serão Classe I ou II-A.
NOTAS GENÉRICAS: 5)A central do sistema de alarme de incêndio será localizada na portaria (guarita), como monitoramento constante (24 h/dia), atendendo EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE DIÓXIDO DE CARBONO (CO ), CAPACIDADE EXTINTORA
ao que dispõe a IT 19/2018; 5-B:C (EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
1 - Realizar consulta a I.T 10 devendo atender as notas genéricas que são aplicáveis a edificação.
6)O sistema de proteção por extintores de incêndio foi dimensionado pela Instrução Técnica nº 21/2018, e deverão ser recarregados
anualmente e serão instalados a uma altura máxima de 1,60 metros do piso; BRIGADA DE INCÊNDIO C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 17/2018 PONTO DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA (BLOCO AUTÔNOMO)
7)A alimentação da bomba de incêndio terá ligação elétrica anterior ao disjuntor geral, de modo que, em um eventual desligamento da ACIONADOR MANUAL DE DETECÇÃO E ALARME
rede geral, o circuito das bombas continuará energizado;
CENTRAL DE ALARME
LOTAÇÃO MÁXIMA: FUNDO VERDE 8)O s trechos aéreos das tubulações da rede de hidrantes será em aço galvanizado, com a superfície protegida contra efeitos da
oxidação, instalada sobre suporte, pintada na cor vermelha padrão do Corpo de Bombeiros.
ILUMINAÇÃO DE C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 18/2018
Nº PESSOAS SENTADAS LETRAS BRANCAS
EMERGÊNCIA AVISADOR AUDIO VISUAL DE ALARME
9)As mangueiras deverão estar acondicionadas na forma "aduchada" (dobradas ao meio e enroladas a partir da dobra, de forma que
ambas extremidades fiquem para fora da espiral), mantendo as juntas pré-conectadas ao registro e esguicho;
NOTA IMPORTANTE: ESTARÁ INDICADO EM LOCAL DE DESTAQUE, PRÓXIMO À ENTRADA + -
10) Deverá ser realizado teste de estanqueidade da rede e ser seguido o plano de manutenção do sistema de hidrantes; BATERIAS DO SISTEMA DE DETECÇÃO - ALARME
PRINCIPAL DO SALÃO DE FESTAS E DA ÁREA DE LAZER, PLACA DE SINALIZAÇÃO COM A ALARME DE INCÊNDIO C ONFOR M E INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 19/2018
INDICAÇÃO DA LOTAÇÃO MÁXIMA. 11)O responsável pela execução da obra deverá atender aos requisitos de controle de materiais de acabamento e revestimento, TUBULAÇÃO EM AÇO GALVANIZADO PARA HIDRANTES, TRECHO AÉREO.
conforme especificado na IT 10/2018. Ver TABELA D E UTILIZAÇÃO D E MATERIAIS na Prancha 01;
TUBULAÇÃO EM AÇO GALVANIZADO PARA HIDRANTES, SOB O PISO.
P R E S C R I Ç 0 E S U RB A N Í
STI C A S INSPEÇÃO E M
DESCRIÇÃO: PROJETO ARQUITETÔNICO DE UMA ESCOLA COM DOIS PAVIMENTOS TÉRREO INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
E SUBSOLO. O PROGRAMA DE NECESSIDADES É COMPOSTO POR GUARITA, SALAS, SERVIÇOS E
D E BAIXA T E N S Ã O
C O N F O R M E I N S T R U Ç Ã O T É C N I C A Nº41/2018
BANHEIROS
CERRADO
AV. FLOR DO
RISCO: BAIXO C A R G A D E I N C Ê N D I O E M MJ /m ² = 3 0 0
PLANTA DE
LOCALIZAÇÃO
Revisão Descrição Data
Sem escala
00 Atualização do Projeto 10/09/2020
(Regulamentam o Direito Autoral) - Resolução nº205 de 30/12/70 do CONFEA. (Ética Profissional) - Resolução nº218 de 29/06/73 do CONFEA (Atribuições Profissionais).
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS: - Decreto Federal nº23.569 de 11/12/33. - Lei Federal nº5.194 de 24/12/66. - Lei Federal nº5.988/73 e Lei Federal nº9.610/98.
fotoluminescente sonoro
14 Indicação de uma saída de emergência a ser
afixada acima da porta, para indicar o seu acesso
CORPODE BOMBEIROS:
21
INCÊNDIO CREA-RN 210046987-8
emergência com o sentido a ser sinalizado de alarme ou quadrado Fundo: mensagem escrita, designando o
bomba de incêndio vermelho equipamento acionado por aquele
Símbolo:
Pictograma: ponto
retangular Fundo: Indicação da saída de emergência, utilizada como
SAÍDA verde complementação do pictograma BOMBA fotoluminescente
S7 S8 S9 P Q S14
17 Saída de fotoluminescente (seta ou imagem, ou ambos)
DE
INCÊNDI
I
XXXXXXXXXXXXXXX
emerson@asetassessoria.com.br
www.asetassessoria.com.br
30 corta-fogo constantemente fechada, instalada quando for o
de mangueiras
PROPRIETÁRIO
PROJETO
caso XXXXXXXXXXXXXXX
PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
ASSUNTO
XXXXXXXXXXXXXXX
CARGA DE INCÊNDIO:
300 MJ/m²
OCUPAÇÃO:
E-1/EDUCACIONAL 01
(CONFORME IT 04 - SÍMBOLOS GRÁFICOS PARA PROJETOS)
JARDIM DE INVERNO
DES
RAMPA INCL. = 8,33%
1,20
DES
a=12,60m²
CE
CE
15 14 1312 11 10 09080706 050403 02 CANTINA +00,15
REFEITÓRIO 01 PATAMAR a=08,34m²
a=35,96m² -00,90 HIDRANTE PÚBLICO, INTERLIGADO NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DA CONCESSIONÁRIA LOCAL.
+00,15
+00,62
RAMPA INCL. = 8,33%
BWC
a=3,92m² VAGA 01 HIDRANTE SIMPLES COM ABRIGO.
PATAMAR DEPÓSITO CIRCULAÇÃO +00,15
-02,08 a=05,22m² a=12,86m² WC WC
+00,15 MASC. FEM. SECRETARIA REGISTRO DE RECALQUE PARA SISTEMA DE INCÊNDIO
RAMPA INCL. = 8,33% a=12,71m² a=12,71m² a=22,25m²
+00,15 171615 14 13
+00,15 +00,15 +00,15
ACIONADOR DE BOMBA DE INCÊNDIO TIPO BOTOEIRA LIGA E DESLIGA
3,1
12
DES
Vem da bomba DEPOSITO
WC P.C.D. MASC. WC P.C.D. FEM. VAGA 02
CE
11
2
de hidrantes +00,15
a=3,50m² a=3,50m² 10 EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE PÓ BC, CAPACIDADE EXTINTORA 20-B:C,
1,8
+00,15 +00,15
DES
(EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
CE
E
SOB
0
010203 04 050607 09
161514 1312 11 10 09 08070605 04 0302 01 1,20 17161514 1312 11 10 09 08070605 04 0302 01 08
TUBO AÇO GALVANIZADO AÉREO-21/2" EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE PÓ ABC, CAPACIDADE EXTINTORA 2-A : 20-B:C,
TUBO AÇO GALVANIZADO AÉREO-21/2"
H-02 (EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
VAGA 03
EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA D'ÁGUA, CAPACIDADE EXTINTORA 2-A, (EXCETO ONDE
A CAPACIDADE FOR INDICADA) SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
SALA 6º ANO
a=41,41m² SALA 5º ANO BRINQUEDOTECA
+00,73 EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE DIÓXIDO DE CARBONO (CO ), CAPACIDADE EXTINTORA
a=47,76m² a=43,17m²
5-B:C (EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
20 PESSOAS 20 PESSOAS
VAGA 06
+ -
BATERIAS DO SISTEMA DE DETECÇÃO - ALARME
PROJ. DO
a=36,23m² a=41,79m² a=37,80m²
SHAFT
+00,73 +00,73 +00,15 CIRCULAÇÃO
a=187,64m²
20 PESSOAS 20 PESSOAS 20 PESSOAS +00,15
VAGA 08
IDOS
O
VAGA 09
SALA 9º ANO SALA 2º ANO LABORATÓRIO
REGULAMENTADA
a=40,55m² a=46,76m² a=42,30m²
+00,73 +00,73 +00,15
VAGA
20 PESSOAS 20 PESSOAS 20 PESSOAS
VAGA 10
1,2
1,2
1,2
SALA 1º SÉRIE SALA 1º ANO INFORMÁTICA
0
a=41,49m² a=43,15m² a=43,15m² RUA
ENTRA
+00,73 +00,73 +00,15 ENTRADA +00,00
a=11,75m²
DA
20 PESSOAS 20 PESSOAS 20 +00,15
PESSOAS
H-01
ESPERA
a=09,70m²
+00,15
GUARITA
08a=4,18m²
SALA DE MAT. DIDÁTICO COORDENAÇÃO APOIO 07 +01,40
a=13,42m²
PROFESSORES a=13,42m² a=14,52m² ACADaE
=MI
14C
,2O
2m² WC
+00,73 +00,58 +00,46 +00,15 06
P.C.D. 05 + -
SALA 2º SÉRIE a=3,00m²
04
a=42,07m² +00,15
03
+00,73 ÁREAS AJARDINADAS 02
a=299,39m² 01
20 PESSOAS +00,10
+00,58 BW
+00,46
a=C
2,64m²
+01,40
BWC
a=4,66m²
DEPOSITO DEPOSITO 02 0102030405 06070809 10 11 121314 -02,53
a=05,46m²
DESCANÇ 15
a=7,41m²
-02,53 -02,53 O
a=10,15m² COPA
-02,53 a=6,19m²
-02,53
E
SOB
PASSEIO
DES
CE
E
SOB
20 PESSOAS
H-06
1,2
SALA DE AULA 06
0
(Regulamentam o Direito Autoral) - Resolução nº205 de 30/12/70 do CONFEA. (Ética Profissional) - Resolução nº218 de 29/06/73 do CONFEA (Atribuições Profissionais).
a=38,16m²
-02,73
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS: - Decreto Federal nº23.569 de 11/12/33. - Lei Federal nº5.194 de 24/12/66. - Lei Federal nº5.988/73 e Lei Federal nº9.610/98.
20 PESSOAS
PROPRIETÁRIO
SALA DE AULA 07
PÁTIO COBERTO a=37,80m²
a=218,03m² -02,73
-02,73
20 PESSOAS
É mandatório o perfeito entendimento dos projetos antes de sua execução, em caso de dúvida consulte o autor.
H-05
CALÇADA
-02,35 CORPODE BOMBEIROS:
SALA DE AULA 09
a=43,20m²
-02,73
AUDITÓRIO
a=143,45m² 20 PESSOAS
-02,73
VER MEMORIAL
RISCO:
BAIXO
ESCALA:
INDICADA
DESENHO:
JUSSIER F.
PRANCHA
02
Escala....................................................................................................................1/125
Área construída...........................................................................................1.060,01 m²
ARQUIVO CARGA DE INCÊNDIO: OCUPAÇÃO:
XXXXXXXXXXXXXXX 300 MJ/m² E-1/EDUCACIONAL
(CONFORME IT 04 - SÍMBOLOS GRÁFICOS PARA PROJETOS)
Fº Gº - Ø 21/2" - sucção
REGISTRO DE RECALQUE PARA SISTEMA DE INCÊNDIO
VAGA 02
EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE PÓ ABC, CAPACIDADE EXTINTORA 2-A : 20-B:C,
(EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA D'ÁGUA, CAPACIDADE EXTINTORA 2-A, (EXCETO ONDE
A CAPACIDADE FOR INDICADA) SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
VAGA 03
EXTINTOR PORTÁTIL COM CARGA DE DIÓXIDO DE CARBONO (CO ), CAPACIDADE EXTINTORA
COBERTURA EM TELHA DE METAL GALVANIZADO 5-B:C (EXCETO ONDE A CAPACIDADE FOR INDICADA), SINALIZADO, TELEFONE DO CBMRN.
COM 5% DE INCLINAÇÃO
i=5% 3,06
PONTO DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA (BLOCO AUTÔNOMO)
CENTRAL DE ALARME
RUA FLOR DO
RUA FLOR DE
+ -
ESTACIONAMENTO 10 VAGAS BATERIAS DO SISTEMA DE DETECÇÃO - ALARME
CEREJEIRA
CERRADO
VAGA 06 TUBULAÇÃO EM AÇO GALVANIZADO PARA HIDRANTES, TRECHO AÉREO.
PASSEIO
DA
ENTRA
PISO INTERTRAVADO
VAGA 07
ÁREA AJARDINADA PASSEIO ÁREA AJARDINADA
PISO INTERTRAVADO
COM 5% DE INCLINAÇÃO
COM 5% DE INCLINAÇÃO
i=5%
i=5%
VAGA 08
COBERTURA EM TELHA EM FICROCIMENTO
COM 5% DE INCLINAÇÃO
IDOS
i=5%
O
VAGA 09
REGULAMENT
VAGA
ADA
VAGA 10
i=5% RUA
ENTRA
COBERTURA EM TELHA DE METALGALVANIZADO +00,00
DA
COM 5% DE INCLINAÇÃO
i=5%
COBERTURA EM TELHA DE
METAL GALVANIZADO
COM3% DE INCLINAÇÃO
LAJE IMPERMEABILIZADA
COM 5% DE INCLINAÇÃO
i=3%
16,72
ÁREA AJARDINADA
DEPÓSITO
a=6,22m²
+03,30
1,2
COBERTURA EM TELHA DE
5
1,5
1.2
0
1,7
a=3,92m²
Revisão Descrição Data
5
+03,95
,1
,1
5
10/09/2020
DESCE
DIREÇÃO 00 Atualização do Projeto
a=23,09m²
171615 14 13
4.8
+03,30
0
1,8
5
2,8
3,3
3.7
12
0
11
+00,46 +00,46 10
1,2
COORDENAÇÃO CIRCULAÇÃO
0
5
5
9
2,7
Escala...................................................................................1/125
2
PATAMAR
-02,73 -02,73 -02,73 -02,73 -02,73 -02,73
SALA 05 SALA 06 SALA 07 SALA 08 SALA 09 SALA 10
PROPRIETÁRIO
CORTE A--
A
Escala......................1/125
É mandatório o perfeito entendimento dos projetos antes de sua execução, em caso de dúvida consulte o autor.
CORPODE BOMBEIROS:
COBERTURA EM TELHAS
METÁLICA COM I=5%
COBERTURA EM TELHA DE RESPONSÁVEL TÉCNICO:
COBERTURA EM TELHA DE COBERTURA EM TELHAS VIGAS EM TRELIÇAS
COBERTURA EM TELHA DE
FIBROCIMENTO COM I=5% FIBROCIMENTO COM I=5% VIGAS EM TRELIÇAS METÁLICAS EMERSONCRUZ VIEIRA
FIBROCIMENTO COM I=5% METÁLICA COM I=5% ENG° CIVIL E DE SEGURANÇA DO TRABALHO
METÁLICAS
CREA-RN 210046987-8
2,7
4
,1
,1
,1
5
5,4
2,7
3,4
5
5
3,3
2
8
3
2,4
6
+00,73 +00,75 +00,73
+00,58
SALA 02° ANO CIRCULAÇÃO SALA 02° ANO
MAT. DIDÁTICO
+00,46 Rua Lima e Silva, 1271, Centro Emp. Manoel Novaes - Sala
COORDENAÇÃO +00,15 +00,15 +00,15 +00,15 +00,15 +00,15
,3
,3
302
,2
4
+00,00
0
CALÇADA RUA
7
,1
,1
5
6
E
1
3,1
3,1
3,1
-01,61
www.asetassessoria.com.br
2,7
2,7
2
PROJETO
RESERVATÓRIO INF
2
XXXXXXXXXXXXXXX
PROPRIETÁRIO
XXXXXXXXXXXXXXX
ASSUNTO
XXXXXXXXXXXXXXX
CARGA DE INCÊNDIO:
300 MJ/m²
OCUPAÇÃO:
E-1/EDUCACIONAL 03
PONTO DE TESTE: CONECTAR UMA MANGUEIRA AO
PONTO DE TESTE
PONTO DE TESTE PARA DRENAR A ÁGUA ATÉ A
CALHA DE ÁGUAS PLUVIAIS
UNIÃO
VÁLVULA DE RETENÇÃO HORIZONTAL TIPO
DUPLA 2.1/2"
LEVE
CJ. MOTO-BOMBA HIDRANTES
P= VER MEMORIAL
Q= VER MEMORIAL RE 2.1/2"
RE 2.1/2"
5 x ∅ cm 5 x ∅ cm
1,0 2,0
Entrada
3,0
AUTOMÁTICO
Ultrapassa 2,50
5
LIGA
Cm
MANUAL
1,5
0
0
Chave 3,7
02
DESLIGA Chave Geral /2",30 H-
F -21
para
REO
Bomb AÉ 5 TU
FoG
Consumo 5,2
1,5
a B
DO OA
o
0
OBS.: N IZA ÇO
Esquema de ligação elétrica para VA G AL
A bomba será acionada automaticamente
G AL VA
O NI
pela chave de fluxo e manualmente por acionamentoda bomba de incêndio AÇ ZA
botoeira, com a inversão do interruptor. O D OE
SEM ESCALA B 0
TU 11,0 NT
ER
RA
DO
-21
/ 2" 23,2
0
,50
TU
BO
AÇ
O GA
LV
AN 11,0
IZA 5
DO
AÉ
RE
O- 01
21/ H-
2 "
1,5
0
0
21,3 2"
21/ ,30
EO-
ÉR
D OA
1,5
ZA
NI
0
A
LV
O GA
AÇ H-
03
B O
TU
1,5
0
/2 "
-21
REO
É
D OA
ZA
TU NI
BO 5 VA Revisão Descrição Data
AÇ 10,7 GAL
OG O 00 Atualização do Projeto 10/09/2020
AL AÇ
VA B O
NI
ZA
11,0
5
TU
DO
AÉ
RE
O-
21/
2"
3,3
0
(Regulamentam o Direito Autoral) - Resolução nº205 de 30/12/70 do CONFEA. (Ética Profissional) - Resolução nº218 de 29/06/73 do CONFEA (Atribuições Profissionais).
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS: - Decreto Federal nº23.569 de 11/12/33. - Lei Federal nº5.194 de 24/12/66. - Lei Federal nº5.988/73 e Lei Federal nº9.610/98.
PROPRIETÁRIO
1,5
1,5
0
04
H-
/2" H-
05
-21
REO
O AÉ
Z AD
0 NI
21,5 LVA
GA
É mandatório o perfeito entendimento dos projetos antes de sua execução, em caso de dúvida consulte o autor.
ÇO
B OA CORPODE BOMBEIROS:
TU
RESPONSÁVEL TÉCNICO:
EMERSONCRUZ VIEIRA
ENG° CIVIL E DE SEGURANÇA DO TRABALHO
CREA-RN 210046987-8
2,3
0
1,5
0
06
H-
/2"
-21
ADO
RR
TE
EN ASSESSORIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO
BO
TU CONSULTORIA E ELABORAÇÃO DE PROJETOS
DE COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO
OBRA
Rua Lima e Silva, 1271, Centro Emp. Manoel Novaes - Sala 302 Tel:
XXXXXXXXXXXXXXX
(84) 3234-0845/9981-4365 email: emerson@asetassessoria.com.br
LOCAL
XXXXXXXXXXXXXXX
www.asetassessoria.com.br
PROPRIETÁRIO
PROJETO
XXXXXXXXXXXXXXX
PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
ASSUNTO
XXXXXXXXXXXXXXX
CARGA DE INCÊNDIO:
300 MJ/m²
OCUPAÇÃO:
E-1/EDUCACIONAL 04
Pormenores construtivos da instalação de guardas e as cargas a que elas devem resistir
SE M ESCALA
1,10m *
1200
Min
P0.
.
Balaustres espaçados
Grade ornamental Alvenaria
no máximo 15 cm
ou tela Vidro laminado
Horiz. afastamento
entre longarinas - * As alturas das guardas em escada aberta externa (AE), de seus
15 cm no máximo patamares, de balcões e assemelhados, devem ser de no mínimo 1,3 m.
Mesmo procedimento
do lado oposto
RÓTULO DO
FABRICANTE ØB
ABNT
1,60 MÁXIMO
I NC Ê N D I O
DETALHE DE SINALIZAÇÃO COMPLEMENTAR
SEM ESCALA SELO DE GARANTIA DA
ROTA DE FUGA EM LOCAIS COM PILARES ABNT RÓTULO DO
ADAPTAÇÃO STORZ
DETALHE PLACAS DE OBSTÁCULOS FABRICANTE
SEM ESCALA
A
ABNT SUPORTE DE PISO 45°
PISO ACABADO 10 Cm
1/2"
PISO
∅2
ADAPTAÇÃO STORZ
VE M TUBULAÇÃO
DETALHE DO HIDRANTE SIMPLES EM CAIXA METÁLICA DIMENSÕES cm D
VÁLVULA DE PARAGEM
CARGA EXTINTORA
D E INCÊNDIO A B C D
H = 0,60m <
(O PÇ ÃO 1) 31
ÁGUA 10 LITROS REDUÇÃO SE NECESSÁRIO
Ød
C02 6kgs 54 18 21 31
PÓ 4kgs 4 1 2 31
15
1,50m
8 5 1
60 AC IONADOR
7 13 2 MANUAL 4 1 2
(O PÇ ÃO 2) 8 5 1
1 ABRIGO PARA 2 MANGUEIRAS DE 15m, EM ALVENARIA, DIMENSÕES
10 (90x60x17)cm, COM PORTA E VISOR DE VIDRO
Detalhes construtivos da instalação de guardas e as cargas a que elas devem 12 9 25 2 REGISTRO GLOBO ANGULAR 45° - Ø65mm MESMO DIÂMETRO DA
TUBULAÇÃO PRINCIPAL
resistir 10 3
3 ADAPTADOR STORZ R5FX, ENGATE RÁPIDO, Ø40mm
S EM ESCALA SEGUE
( OPÇ ÃO 1) 90 9
25
INCÊNDIO
PREVER PROTEÇÃO MECÂNICA PARA
Corrimão Ø38mm 4 MANGUEIRA TIPO 2 EM FIBRA SINTÉTICA COM REVESTIMENTO REDE
Material incombustível 4 INTERNO DE BORRACHA, Ø40mm x COMPRIMENTO=15m -
16
140
Longarinas em UNIÕES DE ENGATE RÁPIDO
39
.15
5 8
.15
metal - Ø 25mm
SIRENE DETALHE DO PONTO DE PRESSURIZAÇÃO EXTERNO(HID)
130
8 11 6
A A AÇO #16 MSG, BASCULANTE PINTADO NA COR VERMELHA
15
ão.
7 TE DE REDUÇÃO FERRO MALEÁVEL PRETO - ROSCA BSP
0,92
orrim
Ø(dx65)mm
55
Ød
c ( OPÇ ÃO 2)
ao
ada 8
VISTA SUPERIOR DO
UNIÃO ENGATE RÁPIDO Ø40mm
aplic (PISO ACABADO)
GUARDA CORPO E CORRIMÃO
SEM ESCALA
730
CAIXA ABERTA DOBRADA #18 MSG, DIM. (90x60x17)cm COM VISOR DE
DE VE RÁ S E R PREVISTO B AS E PARA APOIO
VIDRO
D O S HIDRANTES N O S L OC AIS O N D E N ÃO
VE M TUBULAÇÃO
EXISTEM PAR E DE S PARA APOIO D O S ME S M O S . VE M TUBULAÇÃO
D E INCÊNDIO
10 BUJÃO, F ERRO MALEÁVEL PRETO, R OS C A B S P Ød
D E INCÊNDIO ALARME
15 (OPÇ ÃO 1) DE
11
INCÊNDIO
Ød CHAVE PARA APERTO D O ENGATE RÁPIDO
13 2 6 ACIONADOR
(OPÇ ÃO 2)
Sinalização visual MAN UAL
na borda do Corrimão de Ø 38mm 10 7 12 TAMPÃO STORZ R5FX, ENGATE RÁPIDO, Ø40mm
0,90m - 1,35m
degrau Guarda Corpo Ø 63 mm Material incombustível 15 D'
.30 9
1
15
17
1
1.10
D
12 30° 16 EXTERNO DA PORTA DEVERA SEGUIR O PADRAO
19 39 2
Espaçamento de 15cm Ød INDICADO NA VISTA FRONTAL DO HIDRANTE DO TIPO T1. 00 Atualização do Projeto 10/09/2020
60
0.15
Ø d = DIÂMETRO C O N F O R ME PROJETO OBS.: AS BOTOEIRAS DEVERÃO POSSUIR LEDS DE VARREDURA NA COR VERDE E QUANDO
ACIONADAS NA COR VERMELHA.
(Regulamentam o Direito Autoral) - Resolução nº205 de 30/12/70 do CONFEA. (Ética Profissional) - Resolução nº218 de 29/06/73 do CONFEA (Atribuições Profissionais).
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS: - Decreto Federal nº23.569 de 11/12/33. - Lei Federal nº5.194 de 24/12/66. - Lei Federal nº5.988/73 e Lei Federal nº9.610/98.
PROPRIETÁRIO
SINALIZAÇÃO E M
TODAS AS F A C E S
CORPODE BOMBEIROS:
D O PILAR
4 TAMPA DE FERRO FUNDIDO 500x600mm
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
1 5
5 TUBO DE ALIMENTAÇÃO DO RECALQUE Ø65mm SAÍDA
RESPONSÁVEL TÉCNICO:
6 EMERSONCRUZ VIEIRA
6 FUNDO PERMEÁVEL REVESTIDO COM BRITA TOMADA ENG° CIVIL E DE SEGURANÇA DO TRABALHO
CREA-RN 210046987-8
T EXTINTOR
ALTURA MAXIMA = 2.50 metros
CORTE A-A
PORTA CORTA-FOGO
mantenha fechada
60cm
1,60
1.80m
FAIXA AMARELA
40cm
HIDRANTES 1.50m
15
1 0 ASSESSORIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO
PISO ACABADO
10
70
1.20m
CONSULTORIA E ELABORAÇÃO DE PROJETOS
DE COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO
15 OBRA
Rua Lima e Silva, 1271, Centro Emp. Manoel Novaes - Sala 302 Tel:
XXXXXXXXXXXXXXX
1 As baterias para sistemas autônomos devem ser de chumboácido selada ou níquel-cádmio, isenta de manutenção. (84) 3234-0845/9981-4365 email: emerson@asetassessoria.com.br
PLANTA
4
2Deve-se garantir um nível mínimo de iluminamento de 3 lux em locais planos (corredores, halls, áreas de refúgio) e 5 15 LOCAL
XXXXXXXXXXXXXXX
www.asetassessoria.com.br
lux em locais com desnível (escadas ou passagens com obstáculos).
70
REGISTRO DE RECALQUE DUPLO NO PASSEIO 3A tensão das luminárias de aclaramento e balizamento para iluminação de emergência em áreas com carga de 10
0
PROPRIETÁRIO
PROJETO
XXXXXXXXXXXXXXX
CARGA DE INCÊNDIO:
300 MJ/m²
OCUPAÇÃO:
E-1/EDUCACIONAL 05