O documento discute a cinética de desinfecção e modelos matemáticos para descrever a taxa de inativação de microrganismos por desinfetantes. Apresenta o modelo de Chick-Watson, que combina a lei de primeira ordem de Chick com a equação de Watson, levando em conta a concentração do desinfetante e o tempo de exposição. Também discute o modelo de Rennecker-Marinas e as diferenças entre reatores de fluxo ideal e reais.
O documento discute a cinética de desinfecção e modelos matemáticos para descrever a taxa de inativação de microrganismos por desinfetantes. Apresenta o modelo de Chick-Watson, que combina a lei de primeira ordem de Chick com a equação de Watson, levando em conta a concentração do desinfetante e o tempo de exposição. Também discute o modelo de Rennecker-Marinas e as diferenças entre reatores de fluxo ideal e reais.
O documento discute a cinética de desinfecção e modelos matemáticos para descrever a taxa de inativação de microrganismos por desinfetantes. Apresenta o modelo de Chick-Watson, que combina a lei de primeira ordem de Chick com a equação de Watson, levando em conta a concentração do desinfetante e o tempo de exposição. Também discute o modelo de Rennecker-Marinas e as diferenças entre reatores de fluxo ideal e reais.
A redução de organismos viáveis ou, por outro lado, o aumento do
número de organismos inativados, depende da concentração ou da intensidade do desinfetante utilizado (residual ou aplicado) e do tempo de exposição ou contato do organismo com o desinfetante. Em condições controladas de laboratório é possível manter constantes, ou com pequena variação, a temperatura e o pH e aplicar doses conhecidas, acompanhando a redução do desinfetante por consumo ou decomposição ao longo do tempo. Por se tratar da desinfecção de águas, toma-se como objeto de estudo a água. Todavia, os conceitos relacionados ao regime de escoamento em reatores são válidos para quaisquer processos que envolvam fluidos newtonianos Dados de desinfecção Observado • Durante um período de muitos anos, várias anomalias diferentes foram observadas em gráficos de dados de desinfecção obtidos para uma variedade de desinfetantes e águas. • Mecanismos cinéticos substancialmente diferentes podem controlar a taxa de inativação de diferentes microrganismos com o mesmo desinfetante ou os mesmos microrganismos com diferentes desinfetantes. Modelo de Chick-Watson
• Chick trabalhou com desinfetantes como
fenol, cloreto de mercúrio e nitrato de prata e organismos como Salmonella typhi, Salmonella paratyphi, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Yersinia pestis e Bacillus anthracis Modelo de Chick-Watson • A lei de Chick assume a forma
r = ÿkcN
onde r = taxa de reação para a diminuição de organismos viáveis com o tempo,
org/ L·min kc = constante de velocidade da lei de Chick, minÿ1
N = concentração de organismos, org/L
A Lei de Watson assume
• Cnt=Const
Onde C = concentração de desinfetante, mg/L
n = coeficiente de diluição, sem unidade
t = tempo necessário para atingir uma porcentagem constante de inativação (por exemplo, 99%) const = valor para determinada porcentagem de inativação, adimensional. Gráficos de desinfecção Gráficos de desinfecção Observe que há uma inclinação diferente para cada concentração de bromo e a reacção tem uma constante de velocidade diferente para cada concentração. Assim, enquanto Chick conceito de primeira ordem é consistente com os dados, um meio melhor para contabilidade para concentração desinfetante é necessária. No mesmo ano em que a Dra. Chick propôs seu modelo, Herbert Watson propôs que o tempo necessário para atingir um nível específico de desinfecção fosse relacionado com a concentração de desinfetante. Modelo de Watson Modelo de Chick-Watson Com o conhecimento de que a concentração e o tempo de desinfecção são de igual importância, a lei de Chick e a equação de Watson podem ser combinadas e são frequentemente chamadas de "modelo Chick-Watson":
• r = ÿ CWCN
Onde
CW = coeficiente de letalidade específica (constante da taxa de desinfecção),
L/mg·min C = concentração de desinfetante, mg/L N = concentração de organismos, org/L Aplicação do modelo Chick-Watson Observação Rennecker–Modelo Marinas
O m odelo Rennecker–Marinas pode ser resum ido da seguinte form a:
onde b = coeficiente de defasagem (em mg · min/L).
O coeficiente de defasagem b é o valor máximo de Ct no qual ln(N /N0) = ln(S0) = 0
(ou seja, nenhuma inativação ocorreu). A aplicação do modelo Rennecker– Marinas Cinética de Desinfecção em Reatores de Fluxo Real A eficiência de conversão de uma reação química ou bioquímica não depende apenas das variáveis envolvidas, como temperatura, pH, concentração de reagentes e produtos e velocidade de reação, mas também das características do escoamento da água ou do esgoto na unidade em que é realizado o tratamento. A mudança do regime de escoamento altera o rendimento das reações, podendo comprometer o resultado esperado. Normalmente, essas mudanças são desfavoráveis, com redução ou perda de eficiência. Consideram-se dois limites extremos e ideais em reatores: o escoamento de pistão e a mistura completa. Łm condições não-ideais, ou reais, o regime de escoamento situa-se entre esses dois extremos. Reatores de Escoamento Ideal Escoamento de Pistão
Se na entrada de um reator de pistão for injetada
vazão constante de solução de traçador, com concentração constante, de forma a produzir concentração Co após a mistura com a vazão afluente ao reator, o aparecimento do traçador no efluente do reator ocorrerá após o tempo t. Considerando que o reator é de pistão ideal, t é igual a to, sendo to o tempo de detenção hidráulica teórico (to = V/Q). Figura: Curvas típicas de concentração de traçador no efluente de reatores com diferentes características hidráulicas (Galuis & Perez, l98l) Mistura Completa
Como abordado para o reator de pistão, nos reatores de mistura
completa também pode ser utilizada dosagem de traçador contínua ou instantânea. Na dosagem contínua, normalmente divide-se, para efeito de estudo, a aplicação do traçador em duas fases: a fase inicial, em que a concentração no reator parte de zero até atingir o valor de equilíbrio Co, que coincide com a concentração de traçador no efluente, e a fase final, que começa com a interrupção abrupta de alimentação do traçador, ocorrendo, então, a purga do reator. • Considerando a dosagem contínua, por intermédio do balanço de massas, pode-se modelar a concentração do traçador no efluente em função do tempo. FIM