Integral de superfície sobre um campo escalar

Você já aprendeu a calcular integrais curvilíneas sobre campos escalares.

Agora estamos interessados em calcular integrais de superfícies sobre
um campo escalar.

Definição 1: 
2 3
Considere uma superfície parametrizada S : D  R  R
   
definida por: S t , h   x( t , h ) i  y( t , h ) j  z( t , h )k

E seja f um campo escalar definido e limitado sobre S .

A integral de superfície de f sobre S é definida por:
 
  S S
 fdS   f  S( t , h )   dtdh
S D   t h

Quando a integral à direita existe.

  
   S S
 fdS   f  S( t , h )  dtdh
Exemplo 1: S D   t h

Calcular a integral  z  x 2
 xy 2
 1 dS
S

onde S : 0 , 2  0 , 5   R 3
  
 

2
S (t, h)  t i  h j  t  1 k
1 0 2t 1 0
Solução:
0 1 0 0 1
 
S S  1, 0 , 2 t   0 ,1, 0    2 t , 0 ,1   4t2  1

t h

Escrevendo o campo em função de t e h,

(f x , y , z )  z  x 2  xy 2
1
(f x( t , h ), y( t , h ), 
z( t , h ))  t 2  1  t 2  th  2
 1  th 2
  
   S S
 fdS   f  S( t , h )   dtdh
S D   t h

3
S : 0 , 2  0 , 5   R  
S S
 z  x 2
 xy 2
 1 dS  t

h
 4t2  1
S
2
(f x( t , h ), y( t , h ), z( t , h ))  th
Daí,
5 2
 z  x 
2 2 2
 xy  1 dS   th 4 t 2  1 dtdh
S 0 0
5  1  2  5
    4 t 2
1 
3 
  h 2 dh  
 17 17  1  2

12
 h dh
0  12   0  0  

125 17 17  1 
5
17 17  1
  h 2 dh 
12 0 36
Exemplo 2:

Calcular a integral  x 2
z dS , onde S é a porção do cone
S
2
z  x2  y2 , que está entre os planos z = 1 e z = 4.

Solução: x  x
Comece parametrizando a superfície S: 
y  y

 z  x2  y2
  x z dS
2
 fdS  



 S
f  S( t , h )  

S
dtdh
S S D    t  h
x  x
 Assim,
y  y 
 S (x, y)   x , y , x 2  y 2 
 z  x2  y2  

     
x y
S

S   1, 0 ,    0 ,1, 
   
x y
 x2  y2   x2  y2 
x
1 0 1 0
x2  y2
y
0 1 0 1
x2  y2

 
S S  x y 
   , ,1   2
x y  2 2 
 x  y x2  y2 
  
   S S
 fdS   f  S( t , h ) 
 t

 h
dtdh
S D  

Escrevendo o campo em função de x e y,

(f x , y , z )  x 2 z


S (x, y)  x , y , x2  y2 
(f x , y , z( x , y ))  x 2 x2  y2

 x 2
z dS   x2  x2  y2  2 dxdy
S R

 x 2
z dS  2  x2  x 2  y 2 dxdy   
S R
onde R é a projeção de S sobre o plano xy .
  x 2
z dS  2  x2  
x 2  y 2 dxdy  
S R
onde R é a projeção de S sobre o plano xy .
Passando para coordenadas polares

  2  r 2 cos 2(  )r  r drd 
R

24
  2  r 4 cos 2(  )drd 
0 1
2 4
r5 2 
  2  

 5
cos (  ) d 

0 1
2

 cos 
1023
 2 (  ) d   1023
2 2

5 5
0
 Observações:


I - Se a superfície S for suave por parte a integral  fdS
S 
é definida como a soma das integrais sobre cada pedaço suave de S


II - Se a superfície S for dada na forma explícita z = z(x,y) então

2
 z 2  z 
 fdS   f x , y , z( x , y ) 1    
 x 
 dxdy
 y 
S R

onde R é a projeção de S sobre o plano xy .

 2
 z 2  z 
Exemplo 3:  fdS   f x , y , z( x , y ) 1  
 x 
   dxdy
 y 
S R

Calcular a integral  x 2
z dS , onde S é a porção do cone
S
2
z  x2  y2 , que está entre os planos z = 1 e z = 4.

Solução:

 x z dS  
2
x 2
 x 2
 y 2
 1 2
x2
x  y 2
 2
y2
x  y 2
dxdy
S R
 x 2
z dS   x2  x2  y2  1 2
x2
x  y 2
 2
y2
x  y 2
dxdy
S R

 x 2
z dS  2  x2  
x 2  y 2 dxdy  
S R

1023 2
  
5
Síntese:
Curva parametrizada  F : a , b   R 3
F(t)  x(t), y(t), z(t) 

Superfície parametrizada  S : a , b  c , d   R 3

S (t, h)  x( t , h ), y( t , h ), z( t , h )

Campo escalar  f :D  R3  R w  f x , y , z 
Integral
curvilínea b
sobre Campo
escalar  fds 
 f x( t ), y( t ), z( t )F( t ) dt
C a
Integral de
superfície  
  S S
sobre Campo
escalar  fdS  
f  S( t , h ) 
  t

h
dtdh
S D