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GERENCIAMENTO

DE RISCOS
INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO

1.Referência
2.Considerações Gerais
3.Descrição do Método
a. Determinação do risco
b. Qualificação dos Riscos
c. Cálculo da Probabilidade
d. Cálculo da Gravidade do Evento
e. Cálculo de Risco Propriamente Dito
f. Aplicação de Ações de Controle

CONCLUSÃO
1.Referência

- Caderno de Instrução de Prevenção de Acidentes e


Gerenciamento de Risco nas Atividades Militares (EB70-
CI-11.423), 1ª Edição, 2019 
2. Considerações Gerais

- Risco é um perigo ou possibilidade de perigo; pode ser também


entendido como uma situação em que há probabilidades mais ou
menos previsíveis de perda ou ganho. Este conceito sempre esteve
ligado à atividade humana, em maior ou menor grau, de acordo com
a sua própria natureza. 
- O GR tomou corpo quando passou a ser considerado uma
ferramenta disponível aos Cmt para auxílio à tomada de decisão.
Graças à sua utilização, foi possível reduzir-se a níveis aceitáveis os
riscos inerentes às atividades militares, diminuindo-se as baixas e
preservando em melhores condições o material. 
3. Descrição do Método 
- O método de GR preconiza, de início, uma identificação dos
riscos envolvidos em uma determinada atividade, seguida de
uma avaliação pormenorizada de probabilidades e de níveis
de periculosidade, tudo com o objetivo de quantificar e de
permitir a ação preventiva de acordo com parâmetros
preestabelecidos. 
A aplicação do método consta de seis passos principais: 
a. Determinação do Risco 

O primeiro passo na montagem do processo de GR consiste na


determinação do risco envolvido na atividade considerada. 
Essa ação pode ser realizada pela experiência ou pelo estudo
da probabilidade de sua incidência, de forma a evidenciar todas as
suas formas possíveis. Em termos gerais, consiste em listar todos os
riscos para cada ramo de atividade analisado. Por exemplo: para a
atividade de tiro de arma portátil em estande de tiro, a falta de apoio
médico de urgência e a existência de taludes incompatíveis com o
tipo de tiro e o calibre da arma, são riscos que devem ser levantados
antes da execução da seção de tiro. 
Esta listagem pode ser dividida em subfatores. Por exemplo: os
problemas com taludes poderiam estar no subfator infraestrutura e o
apoio médico no subfator pessoal de apoio 
b. Qualificação dos Riscos 

O segundo passo é a qualificação dos riscos levantados,


mediante a atribuição de pesos a cada risco levantado. Tais pesos
são atribuídos, numa primeira etapa, sem critérios rígidos, fortemente
calcados na avaliação pessoal do atribuidor. As revisões sucessivas
e ajustes necessários, ao longo do tempo, irão adequá-los mais
propriamente, de modo a exprimir a realidade o mais fielmente
possível. 
Os pesos variam do valor inteiro um até três, sendo o valor
unitário o de menor consequência. Por exemplo: os riscos levantados
anteriormente para o tiro em estande poderiam ter pesos dois para os
taludes inadequados e três para inexistência de apoio médico 
c. Cálculo da Probabilidade 

O terceiro passo é o cálculo da probabilidade. A probabilidade é


composta da soma ponderada dos fatores de risco presentes em
cada subfator. 
Junto à coluna de atribuição dos pesos estão outras três,
designadas como coluna do “verdadeiro (V)”, coluna do “falso (F)” e
coluna do “desconhecido (Desc)”. Ao final de cada fator ou da
planilha do cálculo da probabilidade, existem dois campos, um
requerendo o Valor Mínimo da probabilidade (soma dos “F”) e outro o
valor máximo (soma do Valor Mínimo e dos “Desc”). O somatório
desses valores fornecerá a probabilidade de ocorrência dos riscos
medidos. 
d. Cálculo da Gravidade do Evento
 
O quarto passo do gerenciamento do risco refere-se ao cálculo
da gravidade do evento, através de dois critérios: generalidade e
relevância.6-3 
A generalidade sugere que o parâmetro, por sua natureza, pode
dificultar o gerenciamento de muitos (senão de todos) dos possíveis
efeitos decorrentes dos fatores da probabilidade. Como exemplo, na
atividade de tiro já explorada, a execução no período noturno irá
aumentar a maioria dos efeitos decorrentes. 
A relevância, por sua vez, sugere um grau de dificuldade que
pode ser agregado devido a problemas inesperados que podem
ocorrer. A execução de tiro em alvo em movimento é um exemplo
clássico. 
e. Cálculo de Risco Propriamente Dito 

O quinto passo refere-se ao cálculo de risco


propriamente dito. Nesta fase o risco é quantificado e
apresentado nos seus valores máximo e mínimo, através
de números absolutos, proveniente do cálculo da fórmula R
= P.G (Risco = Probabilidade x Gravidade). 
f. Aplicação de Ações de Controle 

O sexto e último passo é o de aplicação de ações de controle.


Nesta etapa será realizada a comparação do valor encontrado do
risco máximo com as faixas de risco. Estas faixas são apresentadas
na forma de valores absolutos inferiores e superiores, subsequentes,
correspondendo aos graus de risco Baixo, Médio, Alto, Muito Alto e
Inaceitável. Sua quantificação prescinde dos mesmos critérios da
atribuição dos pesos, isto é, inicialmente serão valores atribuídos pela
experiência do atribuidor. 
O trabalho descrito anteriormente deve ser executado por um
grupo ou equipe, de modo a minimizar a influência de fatores
pessoais e conjugar experiências diversas, concluindo com a
elaboração de uma planilha que efetivamente represente a realidade
para o Cmt envolvido.
Conclusão

A experiência tem demonstrado que somente ao avaliar,


previamente, o risco envolvido em determinada operação ou
atividade é que se pode tomar decisões eficientes, reduzindo-se de
forma sensível a probabilidade de ocorrência de falhas ou acidentes
que comprometam o cumprimento da missão. 

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