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aten da Paciência. Era um senhor alto, de óculos redondos e
ministro
grandes bigodes, que se chamava Sebastião Domingos Folgado.
Tinha sido eleito para governar a Paciência por ser sabedor, justo e
muitíssimo paciente. Nas caves e subcaves do seu ministério
empilhavam-se bilhas cheiinhas de paciência, que ele procurava
distribuir, com sabedoria e justiça, pelo seu povo.
O ministro da Paciência chegava ao ministério sempre muito cedo.
Ainda empregadas e empregados faziam a limpeza, correndo de
baldes e esfregonas na mão, ligando aspiradores, abrindo e fechando
janelas, regando plantas e flores. O ministro espreitava para dentro do
seu gabinete e cumprimentava:
– Ora, então, muito bom dia!
– Olá, ministro Sebastião – respondiam-lhe os empregados todos
ao mesmo tempo. – Então, está bonzinho?
– Cá estamos para mais um dia de trabalho!”
(…)
in, O ministro da Paciência
Manuela Alves
Parágrafo

Se olhares com atenção para a mancha gráfica do texto


poderás verificar que nem todas as suas linhas começam
na mesma direcção.

De vez em quando há uma linha que começa mais dentro


em relação às outras. É a primeira linha do PARÁGRAFO.

As falas das personagens (iniciadas com um travessão)


começam igualmente mais dentro em relação às outras
linhas do texto. Por isso, também são parágrafos.

Assim sendo, o nosso texto tem 6 parágrafos.


Parágrafo, período e frase

1 “Num país cheio de sol, onde às vezes chovia demais, havia um


ministro da Paciência. Era um senhor alto, de óculos redondos e
grandes bigodes, que se chamava Sebastião Domingos Folgado.
2 Tinha sido eleito para governar a Paciência por ser sabedor, justo e
muitíssimo paciente. Nas caves e subcaves do seu ministério
empilhavam-se bilhas cheiinhas de paciência, que ele procurava
distribuir, com sabedoria e justiça, pelo seu povo.
3 O ministro da Paciência chegava ao ministério sempre muito cedo.
Ainda empregadas e empregados faziam a limpeza, correndo de
baldes e esfregonas na mão, ligando aspiradores, abrindo e fechando
janelas, regando plantas e flores. O ministro espreitava para dentro do
seu gabinete e cumprimentava:
4 – Ora, então, muito bom dia!
5 – Olá, ministro Sebastião – respondiam-lhe os empregados todos
ao mesmo tempo. – Então, está bonzinho?
6 – Cá estamos para mais um dia de trabalho!”
(…)
in, O ministro da Paciência
Manuela Alves
Parágrafo

Vejamos como começa cada um desses 6 parágrafos….

1º parágrafo  Num país cheio de sol…

2º parágrafo  Tinha sido eleito…

3º parágrafo  O ministro da Paciência…

4º parágrafo  - Ora, então,…

5º parágrafo  - Olá, ministro Sebastião…

6º parágrafo  - Cá estamos para…


Parágrafo A
pr
en
de
!

Um parágrafo…

- é uma parte do texto


- corresponde a um momento da história
- começa mais dentro em relação às outras linhas
- inicia-se sempre com letra maiúscula
- começa sempre com um travessão (-) e letra
maiúscula no caso das falas de personagens
- termina com um dos sinais de pontuação (.), (:), (!),
(?) ou (…)
l i c a! Parágrafo
Ap

A partir da imagem ao lado


vais imaginar e construir um
parágrafo.
Período

Os parágrafos podem dividir-se em partes mais pequenas,


os PERÍODOS.
Repara no 1º parágrafo do texto reproduzido abaixo. Nele
podemos encontrar 2 períodos.

“Num país cheio de sol, onde às vezes chovia demais, havia um


ministro da Paciência. Era um senhor alto, de óculos redondos e
grandes bigodes, que se chamava Sebastião Domingos Folgado.”

Como se pode ver pelo exemplo, dentro de um parágrafo,


os períodos terminam e separam-se entre si com um (.)
ponto final.
Período

Repara agora no 3º parágrafo do texto reproduzido abaixo.


Quantos períodos nele podemos encontrar… 1, 2, 3, ou?

“O ministro da Paciência chegava ao ministério sempre muito cedo.


Ainda empregadas e empregados faziam a limpeza, correndo de baldes
e esfregonas na mão, ligando aspiradores, abrindo e fechando janelas,
regando plantas e flores. O ministro espreitava para dentro do seu
gabinete e cumprimentava:”

Disseste 3! Vejamos…

“O ministro da Paciência chegava ao ministério sempre muito cedo.


Ainda empregadas e empregados faziam a limpeza, correndo de baldes
e esfregonas na mão, ligando aspiradores, abrindo e fechando janelas,
regando plantas e flores. O ministro espreitava para dentro do seu
gabinete e cumprimentava:”
Período

A partir da imagem apresentada cria um parágrafo que


contenha dois ou mais períodos.
Frase

Repara de novo no 1º parágrafo do texto reproduzido


abaixo. Ele está dividido em 2 períodos (um escrito a
vermelho e o outro a azul), mas estes também se podem
dividir…
“Num país cheio de sol, onde às vezes chovia demais, havia um
ministro da Paciência. Era um senhor alto, de óculos redondos e
grandes bigodes, que se chamava Sebastião Domingos Folgado.”

Neste caso, cada um dos períodos pode ainda ser dividido


em partes mais pequenas, a FRASE.
2 1
“Num país cheio de sol, onde às vezes chovia demais, havia um
3
ministro da Paciência. Era um senhor alto, de óculos redondos e grandes
4
bigodes, que se chamava Sebastião Domingos Folgado.”
Frase

A frase é portanto a estrutura mais pequena de todo e


qualquer texto e é constituída por uma ou mais palavras,
formando sentido.

Vejamos algumas frases retiradas dos vários parágrafos do texto:

Era um senhor alto, de óculos redondos e grandes bigodes…

Nas caves e subcaves do seu ministério empilhavam-se bilhas cheiinhas de


paciência…

O ministro espreitava para dentro do seu gabinete…

– Então, está bonzinho?

– Cá estamos para mais um dia de trabalho!


Frase

Cria uma frase para cada uma das imagens abaixo:


Parágrafo, período e frase

Recapitulando:
O primeiro grande conjunto de palavras do texto é…
1 parágrafo,
tem…
2 períodos
e cada período tem…
2 frases (4 frases ao todo no parágrafo)

“Num país cheio de sol, onde às vezes chovia demais,


havia um ministro da Paciência. Era um senhor alto, de
óculos redondos e grandes bigodes, que se chamava
Sebastião Domingos Folgado.”
Parte II

Frase / não frase


“Com pézinhos de lã, Serafina passou pela cozinha e
ouviu vozes e risadas e barulho de pratos e copos. Foi pela
escada acima, descobriu o quarto da bruxa noiva e o cofre
de dinheiro debaixo da cama. Agarrou nele, desceu as
escadas, saiu pela porta e pela cancela e largou a correr até
à cabaceira, que lhe disse:
- Já ouço o cão a ladrar, porque acabou o pão.
As bruxas vêm aí, vai à cerejeira que te esconderá!
A rapariga foi à cerejeira. E quando as bruxas chegaram
perguntaram à cabaceira:
- Ó cabaça, viste passar alguém com um cofre?
- Não passou ninguém, palavra de cabaça! – respondeu
ela.” (…)

in, Aprender em português - Outras leituras


Carmen Castanheira
Frase / não frase

Uma frase é...

- um conjunto organizado de palavras


- com sentido completo
- começa com letra maiúscula
- termina com um sinal de pontuação (.), (:), (!), (?), (…)

Basta apenas não aplicar uma destas regras para que


tenhamos uma não frase.
p l ica Frase… ou não frase?
A

Com pézinhos de lã, Serafina passou pela cozinha… frase

ouviu vozes e risadas e barulho de pratos e copos. não frase

- Já ouço o cão a ladrar, porque acabou não frase

aí as bruxas vêm… não frase

A rapariga foi à cerejeira. frase

E quando as bruxas chegaram perguntaram à cabaceira: frase

- Ó cabaça, viste passar alguém com um cofre não frase

- Não passou ninguém, palavra de cabaça! frase


Tipos de frase

As frases podem ser de 4 tipos, variando o seu nome de


acordo com o sinal de pontuação com que terminam ou
com a ideia que exprimem.
Se as frases terminam com um (?) ponto de interrogação,
se fazem uma pergunta, são frases do tipo interrogativo.

Se as frases terminam com um (!) ponto de exclamação, se


exprimem uma admiração ou um espanto, essas frases são
do tipo exclamativo.

Se as frases transmitem uma ideia de ordem – com ou sem


ponto de exclamação (!), são frases do tipo imperativo.

Se as frases fazem apenas uma afirmação, dão-nos uma


ideia geral do que se passa, são frases do tipo declarativo.
Tipos de frase

Refere qual o tipo de cada uma das frases seguintes:

- Não passou ninguém, palavra de cabaça! tipo exclamativo

- Ó cabaça, viste passar alguém com um cofre? tipo interrogativo

… ouviu vozes e risadas e barulho de pratos e copos. tipo declarativo

- Já ouço o cão a ladrar, porque acabou o pão. tipo declarativo

… vai à cerejeira que te esconderá! tipo imperativo

A rapariga foi à cerejeira. tipo declarativo


tipo
E quando as bruxas chegaram perguntaram à cabaceira: declarativo
Formas de frase

As frases podem estar na forma afirmativa, ou na forma


negativa, conforme afirmem ou neguem acontecimentos.

Indica a forma em que se encontram as seguintes frases:

- Já ouço o cão a ladrar, porque acabou o pão. forma afirmativa

- Não passou ninguém, palavra de cabaça! forma negativa

A rapariga não foi à cerejeira. forma negativa

- Ó cabaça, viste passar alguém com um cofre? forma afirmativa

As bruxas nunca chegaram a perguntar à cabaceira. forma negativa


Praticando

Escreve as seguintes frases na forma negativa:

1 - O menino vai à praia. O menino não vai à praia.

2 - Ontem fui ao cinema. Ontem não fui ao cinema.

3 - A menina lava-se todas as manhãs. A menina não se lava todas as manhãs.

4 - O Paulo assustou-se no Carnaval. O Paulo não se assustou no Carnaval.

5 - Os alunos levantaram-se. Os alunos não se levantaram.

6 - Tu foste ao teatro ? Tu não foste ao teatro?

7 - Ele disse-me uma mentira. Ele não me disse uma mentira.


Praticando

Corrige estabelecendo as ligações correctas:

O rapaz está atento. Frase declarativa

O rapaz está atento? Frase exclamativa

O rapaz está atento! Frase exclamativa

Rapaz, está atento. Frase interrogativa

Que grande edifício! Frase imperativa

Dá-me essa bola! Frase imperativa

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