O documento descreve as diferentes espécies de estabelecimentos penais no Brasil, incluindo penitenciárias, colônias agrícolas e industriais, casas de albergado, centros de observação criminológica e hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico. Também especifica as características e finalidades de cada tipo de estabelecimento penal.
O documento descreve as diferentes espécies de estabelecimentos penais no Brasil, incluindo penitenciárias, colônias agrícolas e industriais, casas de albergado, centros de observação criminológica e hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico. Também especifica as características e finalidades de cada tipo de estabelecimento penal.
O documento descreve as diferentes espécies de estabelecimentos penais no Brasil, incluindo penitenciárias, colônias agrícolas e industriais, casas de albergado, centros de observação criminológica e hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico. Também especifica as características e finalidades de cada tipo de estabelecimento penal.
receber os sujeitos passivos da tutela penal, antes da condenação, durante o cumprimento da pena e após a sua liberação. Nesse contexto, estão incluídos os presos provisórios, os condenados a pena privativa de liberdade ou restritivas de direitos, os inimputáveis e semi-imputáveis, submetidos à medida de segurança e o egresso. Unidade IV - Estabelecimentos penais • Dentro dos estabelecimentos penais, deverão ficar separados: a) Os que cometeram crimes com violência e grave ameaça (art. 84,§1º,II e §3º,II); b) Os primários dos reincidentes (art. 84,§3º,III); c) As mulheres dos homens (art.82,§1º); d) Os maiores de 60 anos (art. 82,§1º); e) Os que são ou foram funcionários do sistema de Administração da Justiça Criminal (art.84,§2º); f) Os que estiverem ameaçados moral, física ou psicologicamente pela convivência com outros presos (art. 84; §4º); g) O índio (art. 56, p.u, Lei 6001/73) h) Os condenados às pena de detenção e reclusão dos condenados à prisão simples; i) Os presos provisórios dos definitivos (art. 84); j) Os acusados de crimes hediondos (art. 84, §1º, I e §3º, I) Unidade IV - Estabelecimentos penais 2. Espécies: 2.1. Penitenciária (art. 87): estabelecimento destinado ao condenado à pena de reclusão em regime fechado. Destina-se a condenados à pena de longa duração. • Devem assegurar garantias mínimas de salubridade do ambiente (6m² por unidade individual); • São encaminhados ao regime fechado, obrigatoriamente, os condenados à pena de reclusão maior de 8 anos e o condenado reincidente, qualquer que seja a pena aplicada (art. 33,§2º, CP); • É facultativa a inclusão de condenado não reincidente à pena menor ou igual a 8 anos em regime fechado, desde que indiquem as circunstâncias do art. 59,CP; Unidade IV - Estabelecimentos penais • Os condenados por crime hediondo, tráfico de drogas e terrorismo são incluídos no regime inicialmente fechado, independente da quantidade de pena aplicada e de serem ou não reincidente; • Por força de regressão, os condenados à pena de detenção podem ser transferidos para o regime fechado (art. 33, CP); • A cela individual é providência prioritária no regime fechado para assegurar momentos de reflexão e proteger das investidas de outros presos; • Penitenciária feminina deve conter uma seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 meses e menores de 7 anos. Unidade IV - Estabelecimentos penais 2.1.1. Penitenciária em regime disciplinar diferenciado - RDD (art. 52, LEP): é destinada ao preso condenado definitivo e provisório, nacional ou estrangeiro, que cometam crime doloso. a) Características: (art. 52) • Duração máxima de até 2 anos, sem prejuízo de repetição por nova falta grave da mesma espécie; • Recolhimento em cela individual; Unidade IV - Estabelecimentos penais • Visitas quinzenais de 2 pessoas por vez, em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2h, cujas conversas serão gravadas (art.52,§6º); • Direito do preso à saída da cela por 2h diárias para banho de sol, em grupos de até 4 presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; • Entrevistas sempre monitoradas, exceto com defensor, em instalações que impeçam contato físico e passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em contrário; Unidade IV - Estabelecimentos penais • Fiscalização do conteúdo da correspondência; • Participação em audiência judicial, preferencialmente em videoconferência, com participação do defensor no mesmo ambiente do preso. b) Cabimento (art. 52,§1º): o RDD é aplicado a presos: • Que apresentem alto risco para a ordem e segurança do estabelecimento penal ou da sociedade; • Sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave. Unidade IV - Estabelecimentos penais 2.2. Colônia agrícola, industrial ou similar (art. 91 e 92): destina-se ao cumprimento de pena em regime semiaberto. • Devem iniciar obrigatoriamente no semiaberto os condenados à pena de detenção e reclusão cuja pena seja maior de 4 anos e menor de 8 anos; • Os condenados oriundos da progressão do regime fechado e os oriundo por regressão do regime aberto também são acolhidos nas colônias; • O alojamento pode ser coletivo, havendo relativa liberdade dos presos com vigilância moderada e muros baixos. Unidade IV - Estabelecimentos penais 2.2.1. Espécies: a) Colônia agrícola: possui área extensa, própria para o plantio e cultivo de vegetais ou produção pecuária, mas sempre primando pela formação profissional. Conta com oficinas, estábulos, viveiros, bem com o máquinas e ferramentas agrícolas. b) Colônia industrial: possui dependências aparelhadas de acordo com o ramo da atividade, com maquinário moderno e pessoal especializado. Unidade IV - Estabelecimentos penais 2.3. Casa do Albergado (art. 93): destina-se ao cumprimento de pena em regime aberto e da pena de limitação de fim de semana. • É a chamada prisão aberta; • Funda-se na autodisciplina e responsabilidade do condenado; • Localiza-se em centros urbanos e caracteriza-se pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga; • A fuga é evitada apenas pela palavra do condenado; Unidade IV - Estabelecimentos penais • A progressão para o regime aberto não pode ser imposta, é necessário o aceite do preso às condições determinadas pelo juiz. Se não aceitá-las, permanece no semiaberto (ato bilateral); • O condenado trabalha fora durante o dia, sem vigilância, retornando para o repouso noturno e de fim de semana. 2.4. Centro de observação criminológica (art. 96): espaço onde são realizados os exames gerais e o criminológico, cujo resultado é encaminhado à Comissão Técnica de Classificação (CTC). • Na falta do Centro, os exames serão realizados pela CTC, dotada de equipe multidisciplinar, que observará o condenado no estabelecimento fechado (art. 98). Unidade IV - Estabelecimentos penais 2.5. Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (art. 99): local apropriado para receber os inimputáveis e semi-imputáveis, devendo atender condições mínimas de salubridade do art. -88, ainda que não deva contar com celas individuais. • Ambulatório: destina-se aos submetidos à medida de segurança que não tenham necessidade de permanecer custodiados (punidos com detenção). O tratamento será ministrado no HCTP (em seção própria) ou em outro estabelecimento como a Casas de Repouso. Unidade IV - Estabelecimentos penais 2.6. Cadeia pública (art. 102): destina-se ao recolhimento de presos provisórios. As regras mínimas (Regras de Mandela) orientam: • Jovens devem ser separados dos adultos; • Trabalho facultativo; • Recebimento de livros e periódicos; • Contato facilitado com família e amigos. OBS: Centros de Detenção Provisória (CDP): criados em SP ante a superlotação de presos nos distritos policiais. Tem estrutura de penitenciária, mas se destinam a presos provisórios.