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E qual o adotado no Brasil?: LEP, Art. 112 “A pena privativa de liberdade será
executada em forma progressiva com a transferência para regime menos
rigoroso [...]”.
A progressão se encontra subordinada ao cumprimento de certa quantidade
da pena no regime anterior e à necessidade de o preso ter mérito, aferido
pelo bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do
estabelecimento.
RECLUSÃO E DETENÇÃO
DIFERENÇA:
A diferenciação é meramente quantitativa (quantum da pena), fundada na
maior gravidade da reclusão.
OBS 2: É possível que o juiz fixe regime da pena inicial mais gravoso do que
aquele autorizado pelo quantum da pena estabelecido, atendendo às
circunstâncias judiciais desfavoráveis (art. 59, CP), conforme art. 33, §3º, CP.
SÚMULAS IMPORTANTES, NO ENTANTO:
SÚMULA 440, STJ Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de
regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base
apenas na gravidade abstrata do delito.
SÚMULA 719, STF: A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena
aplicada permitir exige motivação idônea.
SÚMULA 718, STF: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não
constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o
permitido segundo a pena aplicada.
REGIME INICIAL
OBS 3: diante da precariedade dos estabelecimentos prisionais
existentes no país, além da quase ausência de casas de albergado, os
tribunais têm admitido a concessão de prisão domiciliar. É pacífico o
entendimento de que a ausência de estabelecimento prisional
adequado não autoriza a imposição de regime inicial mais severo,
tampouco sua manutenção quando possível realizar a progressão para
regime menos severo.
SÚMULA VINCULANTE 56, STF: a falta de estabelecimento penal
adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime
prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os
parâmetros fixados no RE 641.320/RS.
REGIME INICIAL
Parâmetros fixados no RE 641.320/RS:
a) a falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do
condenado em regime prisional mais gravoso; b) os juízes da execução penal
poderão avaliar os estabelecimentos destinados aos regimes semiaberto e
aberto, para qualificação como adequados a tais regimes. São aceitáveis
estabelecimentos que não se qualifiquem como “colônia agrícola, industrial”
(regime semiaberto) ou “casa de albergado ou estabelecimento adequado”
(regime aberto; art. 33, § 1º, alíneas “b” e “c”); c) havendo déficit de vagas,
deverá determinar-se: (i) a saída antecipada de sentenciado no regime com
falta de vagas; (ii) a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado
que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por falta de vagas;
(iii) o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao
sentenciado que progride ao regime aberto. Até que sejam estruturadas as
medidas alternativas propostas, poderá ser deferida prisão domiciliar ao
sentenciado. (STF – RE 641.320, rel. Gilmar Mendes, j. 11.05.2016)
REGIME ESPECIAL – art. 37, CP
CF/88: Art. 5º, XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos
distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do
apenado;
As mulheres cumprem pena em estabelecimento próprio, observando-
se os deveres e direitos inerentes à sua condição pessoal (art. 37, CP).
Além dos requisitos básicos de cada unidade celular (art. 88, LEP), a
penitenciária de mulheres será dotada de seção para gestante e
parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses
e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criança
desamparada cuja responsável estiver presa.
PROGRESSÃO
Após o início do cumprimento da pena privativa de liberdade segundo
o regime fixado na sentença condenatória, permite-se, em razão da
adoção de um sistema progressivo, a transferência do condenado para
um regime menos rigoroso.