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PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE

PROFESSORA ME. LORENNA ROBERTA BARBOSA CASTRO


SISTEMAS PENITENCIÁRIOS
São 04 os sistemas penitenciários concernentes à execução das penas
privativas de liberdade, a saber:

A) SISTEMA FILADÉLFICO (BELGA OU CELULAR): o condenado deveria


permanecer em constante isolamento celular (solitary system), vedado o
contato com o mundo exterior (proibição de visitas), possibilitando-se
apenas passeios esporádicos pelo pátio e a leitura da Bíblia, com vistas
ao seu arrependimento e à manutenção da ordem e disciplina. Não se
admitia o trabalho prisional, para que o preso se dedicasse
exclusivamente à educação religiosa.

B) SISTEMA AUBURNIANO: Permitia-se, de início, o trabalho dos presos em


suas próprias celas; posteriormente, poiam realizar suas tarefas em
grupos, durante o dia, desde que em silêncio (silent system). Com
isolamento celular noturno, proibia-se a visita de familiares, o lazer, a
prática de exercícios físicos e as atividades educacionais.
SISTEMAS PENITENCIÁRIOS
C) SISTEMAS PROGRESSIVOS (inglês e irlandês): sistema baseado em
marcas (mark system), pelo qual o condenado poderia obter marcas
conforme a sua conduta e rendimento de seu trabalho. Poderia o
sentenciado ir, pouco a pouco, melhorando sua condição e, assim, reduzir a
duração da pena inicialmente imposta.
A duração da pena dependia também do aproveitamento do preso,
demonstrado pela dedicação ao trabalho e boa conduta. Levavam-se em
conta, ainda, a gravidade e as circunstâncias do delito. O preso recebia
marcas ou vales se seu comportamento fosse positivo e perdia quando se
comportasse de modo censurável.
A princípio, o condenado passava pelo isolamento celular (período de
prova), para depois, segundo sua conduta, trabalhar em comum dentro da
penitenciária, em silêncio, recolhendo-se ao isolamento durante a noite. O
estágio seguinte consistia na semiliberdade, culminando ao fim, com a
liberdade sob vigilância até o término da pena.
SISTEMAS PENITENCIÁRIOS
D) REFORMATÓRIOS: instituições de reeducação concebidas nos Estados
Unidos, destinadas inicialmente sobretudo aos adolescentes e jovens
adultos infratores.
O sistema de reformatórios repousa na indeterminação da sentença e na
vigilância após o cumprimento da pena, com vistas à correção, educação e
readaptação social do condenado.

E qual o adotado no Brasil?: LEP, Art. 112 “A pena privativa de liberdade será
executada em forma progressiva com a transferência para regime menos
rigoroso [...]”.
A progressão se encontra subordinada ao cumprimento de certa quantidade
da pena no regime anterior e à necessidade de o preso ter mérito, aferido
pelo bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do
estabelecimento.
RECLUSÃO E DETENÇÃO
DIFERENÇA:
A diferenciação é meramente quantitativa (quantum da pena), fundada na
maior gravidade da reclusão.

Reclusão: é aplicada a condenações mais severas, o regime de cumprimento


pode ser fechado, semi-aberto ou aberto, e normalmente é cumprida em
estabelecimentos de segurança máxima ou media (penitenciária).
Detenção: Em regra a detenção é cumprida no regime semi-aberto, em
estabelecimentos menos rigorosos como colônias agrícolas, industriais ou
similares, ou no regime aberto, nas casas de albergado ou estabelecimento
adequados.
CP. Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto
ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de
transferência a regime fechado.
REGIMES PENAIS
• REGIME FECHADO: a pena será executada em estabelecimento de
segurança máxima ou média (art. 33, §1º, a, CP);

• REGIME SEMIABERTO: admite a execução da pena em colônia


agrícola, industrial ou estabelecimento similar (art. 33, §1º, b, CP);

• REGIME ABERTO: o cumprimento da pena dá-se em casa de


albergado ou estabelecimento adequado (art. 33, §1º, c, CP).
REGIMES PENAIS
REGRAS DO REGIME FECHADO: o cumprimento da pena é feito em
penitenciária, construída em local afastado do centro urbano, a
distância que não restrinja a visitação (art. 87 e 90, LEP).
O sentenciado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento
durante o repouso noturno (art. 34, §1º, CP).
A cela individual, além da infraestrutura essencial (dormitório,
aparelho sanitário e lavatório), conterá também os seguintes requisitos
básicos (art. 88, LEP):
• a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração,
insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana;
• b) área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados).
REGIMES PENAIS
REGRAS DO REGIME SEMIABERTO: o cumprimento da pena é feito em
colônia agrícola ou industrial. O condenado fica sujeito a trabalho em
comum durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou
estabelecimento similar (art. 35, §1º, CP).
O trabalho externo é admissível, bem como a frequência a cursos
supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou
superior.
Poderá o condenado ser alojado em compartimento coletivo,
observados os requisitos de salubridade ambiental, bem como as
exigências do art. 92 da LEP:
• a) a seleção adequada dos presos;
• b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de
individualização da pena.
REGIMES PENAIS
REGRAS DO REGIME ABERTO: o cumprimento da pena é feito em casa do
albergado (ar. 93, LEP). O prédio deverá situar-se em centro urbano,
separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se pela ausência de
obstáculos físicos contra a fuga (art. 94, LEP).
O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do
condenado (art. 36, CP)
O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar,
frequentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo
recolhido durante o período noturno e nos dias de folga (art. 36, §1º, CP).
O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido
como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não
pagar a multa cumulativamente aplicada (art. 36, §2º, CP).
REGIMES PENAIS
REGRAS DO REGIME ABERTO: A LEP traz ainda os seguintes requisitos:
Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que:
I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo
imediatamente;
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que
foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e
senso de responsabilidade, ao novo regime.
Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas
no artigo 117 desta Lei.
ART. 117, LEP:
• I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
• II - condenado acometido de doença grave;
• III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
• IV - condenada gestante.
REGIMES PENAIS
REGRAS DO REGIME ABERTO: A LEP traz ainda os seguintes requisitos:
Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a
concessão de regime aberto, sem prejuízo das seguintes condições
gerais e obrigatórias:
I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos
dias de folga;
II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados;
III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial;
IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades,
quando for determinado.
REGIMES PENAIS
REGRAS DO REGIME ABERTO:

O recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência


particular (art. 117, LEP) apenas será admitido em se tratando de
condenado maior de 70 anos ou acometido de doença grave, assim
como de condenada com filho menor ou que o filho seja deficiente
físico mental ou, ainda, que a condenada esteja gestante.
REGIME INICIAL
O juiz, na sentença, estabelecerá o regime inicial no qual o condenado
iniciará o cumprimento da pena privativa de liberdade (art. 59, III, CP e
art. 110, LEP).
Art. 33, §2º do CP:
• a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a
cumpri-la em regime fechado;
• b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro)
anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em
regime semi-aberto;
• c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4
(quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
REGIME INICIAL
OBS 1: Os condenados reincidentes podem iniciar o cumprimento de pena
em regime semiaberto desde que sua pena privativa de liberdade seja fixada
até 04 anos e lhes sejam favoráveis as circunstâncias judiciais – SÚMULA
269, STJ.

OBS 2: É possível que o juiz fixe regime da pena inicial mais gravoso do que
aquele autorizado pelo quantum da pena estabelecido, atendendo às
circunstâncias judiciais desfavoráveis (art. 59, CP), conforme art. 33, §3º, CP.
SÚMULAS IMPORTANTES, NO ENTANTO:
SÚMULA 440, STJ Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de
regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base
apenas na gravidade abstrata do delito.
SÚMULA 719, STF: A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena
aplicada permitir exige motivação idônea.
SÚMULA 718, STF: A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não
constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o
permitido segundo a pena aplicada.
REGIME INICIAL
OBS 3: diante da precariedade dos estabelecimentos prisionais
existentes no país, além da quase ausência de casas de albergado, os
tribunais têm admitido a concessão de prisão domiciliar. É pacífico o
entendimento de que a ausência de estabelecimento prisional
adequado não autoriza a imposição de regime inicial mais severo,
tampouco sua manutenção quando possível realizar a progressão para
regime menos severo.
SÚMULA VINCULANTE 56, STF: a falta de estabelecimento penal
adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime
prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os
parâmetros fixados no RE 641.320/RS.
REGIME INICIAL
Parâmetros fixados no RE 641.320/RS:
a) a falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do
condenado em regime prisional mais gravoso; b) os juízes da execução penal
poderão avaliar os estabelecimentos destinados aos regimes semiaberto e
aberto, para qualificação como adequados a tais regimes. São aceitáveis
estabelecimentos que não se qualifiquem como “colônia agrícola, industrial”
(regime semiaberto) ou “casa de albergado ou estabelecimento adequado”
(regime aberto; art. 33, § 1º, alíneas “b” e “c”); c) havendo déficit de vagas,
deverá determinar-se: (i) a saída antecipada de sentenciado no regime com
falta de vagas; (ii) a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado
que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por falta de vagas;
(iii) o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao
sentenciado que progride ao regime aberto. Até que sejam estruturadas as
medidas alternativas propostas, poderá ser deferida prisão domiciliar ao
sentenciado. (STF – RE 641.320, rel. Gilmar Mendes, j. 11.05.2016)
REGIME ESPECIAL – art. 37, CP
CF/88: Art. 5º, XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos
distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do
apenado;
As mulheres cumprem pena em estabelecimento próprio, observando-
se os deveres e direitos inerentes à sua condição pessoal (art. 37, CP).
Além dos requisitos básicos de cada unidade celular (art. 88, LEP), a
penitenciária de mulheres será dotada de seção para gestante e
parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses
e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criança
desamparada cuja responsável estiver presa.
PROGRESSÃO
Após o início do cumprimento da pena privativa de liberdade segundo
o regime fixado na sentença condenatória, permite-se, em razão da
adoção de um sistema progressivo, a transferência do condenado para
um regime menos rigoroso.

CP. Art. 33, §2º: As penas privativas de liberdade deverão ser


executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado [...]
Mérito = merecimento, habilitação do condenado à progressão.
Para aferir o mérito do apenado o magistrado PODE se valer do exame
criminológico, onde uma equipe multidisciplinar fornece elementos de
ordem psíquica, psicológica, moral e ético-social sobre a eventual
capacidade do acusado progredir para um regime mais brando;
atestado de boa conduta carcerária (diretor do estabelecimento).
PROGRESSÃO
REQUISITOS PARA PROGRESSÃO: ART. 112, LEP – modificada pela Lei 13.964/2019
Requisitos formais:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o
preso tiver cumprido ao menos:
• I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver
sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;
• II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime
cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;
• III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime
tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
• IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime
cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
• V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática
de crime hediondo ou equiparado [tráfico, tortura e terrorismo], se for
primário;
PROGRESSÃO
REQUISITOS PARA PROGRESSÃO: ART. 112, LEP – modificada pela Lei
13.964/2019
Requisitos formais:
• VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
• a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com
resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional;
• b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de
organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou
equiparado; ou
• c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
• VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na
prática de crime hediondo ou equiparado;
• VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em
crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento
condicional.
PROGRESSÃO
REQUISITOS PARA PROGRESSÃO: ART. 112, LEP – modificada pela Lei 13.964/2019
Requisito material: Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de
regime se ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do
estabelecimento (art. 112, § 1º, LEP).

A progressão para mulher GESTANTE ou mãe de criança ou de PcD, os requisitos


formais seguem o art. 112, §3º da LEP e são requisitos cumulativos:
• I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;
• II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente;
• III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior;
• IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor
do estabelecimento;
• V - não ter integrado organização criminosa
DIREITOS E DEVERES DO PRESO
O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da
liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua
integridade física e moral (art. 38, CP).

CF/88: Art. 5º, XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade


física e moral;

CF/88: Art. 5º, III - ninguém será submetido a tortura nem a


tratamento desumano ou degradante;
DIREITOS E DEVERES DO PRESO
• LEP, Art. 41 - Constituem direitos do preso:
• I - alimentação suficiente e vestuário;
• II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
• III - Previdência Social;
• IV - constituição de pecúlio [percentual retido do valor recebido pelo
serviço prestado pelo apenado];
• V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o
descanso e a recreação;
• VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e
desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena;
• VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
• VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
• IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
DIREITOS E DEVERES DO PRESO
• LEP, Art. 41 - Constituem direitos do preso:
• X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias
determinados;
• XI - chamamento nominal;
• XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da
individualização da pena;
• XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
• XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
• XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita,
da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a
moral e os bons costumes.
• XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da
responsabilidade da autoridade judiciária competente.
TRABALHO PRISIONAL
O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade
humana, terá finalidade educativa e produtiva (art. 28, LEP).
O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho
na medida de suas aptidões e capacidade (art. 31, LEP).
O trabalho do preso será sempre remunerado, sendo-lhe garantidos os
benefícios da Previdência Social (art. 39, CP).
A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior
a 8 (oito) horas, com descanso nos domingos e feriados (art. 33, LEP).
REMIÇÃO
Busca abreviar, pelo trabalho e pelo estudo, parte do tempo da
condenação.
Estudo = frequência escolar (ensino fundamental, médio,
profissionalizante, superior ou requalificação profissional)
O sentenciado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto
poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução
da pena (art. 126, LEP);
Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de
trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem
(art. 126, §3º da LEP).
REMIÇÃO
LEP, art. 126, §1º A contagem de tempo referida no caput será feita à
razão de:
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar -
atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante,
ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no
mínimo, em 3 (três) dias; [4h por dia]

II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.


DETRAÇÃO
CP, Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de
segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de
prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos
referidos no artigo anterior.

LIMITE DAS PENAS:


CP. Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não
pode ser superior a 40 (quarenta) anos.
§1º. Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja
soma seja superior a 40 (quarenta) anos, devem elas ser unificadas para
atender ao limite máximo deste artigo.

Sobrevindo outra condenação por fato posterior ao início do cumprimento


da pena, será feita nova unificação, desprezando-se o período de pena já
cumprido.

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