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• A picada da aranha armadeira pode causar uma dor insuportável além de uma reação um pouco
inusitada;
• Os acidentes ocorrem frequentemente no manuseio de cachos de bananas e também dentro de casa ao vestir
roupas e calçados.
• Muitos organismos produzem polipeptídeos com atividade tóxica sobre outros organismos, no caso das
aranhas do tipo phoneutria, elas produzem a toxina PhTx2;
• Essa toxina atua sobre os canais de sódio, induzindo a despolarização das fibras musculares e
terminações nervosas sensitivas, motoras e do sistema nervoso autônomo. Há liberação de
neurotransmissores, principalmente catecolaminas;
• Podem induzir tanto a contração da musculatura lisa vascular quanto o aumento da permeabilidade
vascular, por ativação do sistema calicreína-cininas e de óxido nítrico, independentemente da ação dos
canais de sódio.
PHONEUTRIA SP. – DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico é normalmente clínico, com base na história do paciente ao receber uma picada; essa
identificação é melhor realizada se a aranha é capturada; na maioria dos casos, a identificação é
realizada pelo próprio paciente, sem capturar o inseto.
• Predominam as manifestações locais. A dor imediata é o sintoma mais frequente, em apenas 1% dos casos os
pacientes se apresentam assintomáticos após a picada;
• Sintomático:
- A dor local deve ser tratada com infiltração anestésica local ou troncular á base de lidocaína a 2% sem
- Se tiver recorrência de dor, pode ser necessário nova infiltração, em geral em intervalos de 60 a 90 minutos;
- Se for necessário mais de duas infiltrações, e desde que não existam sintomas de depressão do SNC,
recomenda-se o uso cuidadoso de meperidina (em crianças 1,0 mg/kg via intramuscular e adultos 50mg -
- A dor local pode ser tratada com um analgésico sistêmico, tipo dipirona;
- Outro procedimento útil no controle da dor, é a imersão do local em água morna ou o uso de compressas
quentes.
PHONEUTRIA SP. – TRATAMENTO
• Específico:
- Nestes casos o paciente deve ser internado para melhor controle dos dados vitais, parâmetros
hemodinâmicos e tratamento de suporte das complicações associadas;
PHONEUTRIA SP. – TRATAMENTO
PHONEUTRIA SP. – TRATAMENTO
LOXOSCELES SP.
LOXOSCELES SP.
• Enzima esfingomielinase-D;
• Atua sobre os constituintes das membranas das células, principalmente do endotélio vascula e hemácias.
• A ativação desses sistemas participa da patogênese da hemólise intravascular observada nas formas mais
graves de envenenamento;
• Evidências experimentais indicam diferença de atividade dos venenos das várias espécies de Loxosceles
de importância médica no Brasil. Assim, o veneno de L. laeta tem-se mostrado mais ativo no
desencadeamento de hemólise experimental quando comparado aos venenos de L. gaucho ou L.
intermedia.
LOXOSCELES SP.- DIAGNÓSTICO
• Não existe exame diagnóstico específico. Alterações laboratoriais dependem da forma clínica do
queda dos níveis séricos de haptoglobina, elevação dos séricos de potássio, creatinina e ureia e coagulograma
alterado.
edema, hemorragia e necrose focal. Nos casos de hemólise, há lesão de membranas eritrocitárias por ativação
do sistema complemento e provavelmente por ação direta do veneno, não sendo afastada a interferência de
Forma cutânea:
-Varia de 87% a 98% dos casos, conforme a região geográfica.
- Os sintomas locais se acentuam nas primeiras 24 a 72 horas após o acidente, podendo variar sua apresentação desde:
a)Lesão incaracterísticas
b)Lesão sugestiva
c)Lesão característica
- A lesão cutânea pode evoluir para necrose seca (escara), em cerca de 7 a 12 dias , que, ao se destacar em 3 a 4 semanas,
deixa uma úlcera de difícil cicatrização.
LOXOSCELES SP.- QUADRO CLÍNICO
Forma cutâneo-visceral:
- Além do comprometimento cutâneo, observam-se manifestações clínicas em virtude de hemólise intravascular como
anemia, icterícia e hemoglobinúria que se instalam geralmente nas primeiras 24 horas;
- Os casos graves podem evoluir para insuficiência renal aguda, de etiologia multifatorial (diminuição da perfusão renal,
hemoglobinúria e CIVD), principal causa de óbito no loxoscelismo.
LOXOSCELES SP.- QUADRO CLÍNICO
• Com base nas alterações clínico-laboratorais e identificação do agente causal, o acidente loxoscélico
pode ser classificado em:
• Soroterapia (antiaracnídico),
LOXOSCELES SP.- TRATAMENTO
- Para as manifestações sistêmicas graves deve ser realizado transfusão de sangue ou concentrado de hemácias
nos casos de anemia intensa e manejo da insuficiência renal aguda, se necessário.
LOXOSCELES SP.- TRATAMENTO
COMO EVITAR ACIDENTES?
O QUE FAZER EM CASOS DE
ACIDENTES
O QUE NÃO FAZER EM
CASOS DE ACIDENTES
REFERÊNCIAS
1. NASCIMENTO, Samantha; MACÊDO, Erinaldo. Panorama dos acidentes causados por aranhas no Brasil, de 2017 a
2021. Gov, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/
epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no31. Acesso em 06 de Fevereiro de 2023;
2. ACIDENTES por aranhas. Secretaria da Saúde Paraná, 2021. Disponível em:
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Acidentes-por-Aranhas. Acesso em 06 de Fevereiro de 2023;
3. FILHO, Adebal; CAMPOLINA, Délio; DIAS, Mariana. Toxicologia na prática clínica. 2ªed. Belo Horizonte, MG:
Folium, 2013.
4. BARIONI, Éric; PROFETA, Guilherme. O Livro das Intoxicações: Educação para prevenção de acidentes. 1ªed.
Sorocaba, SP: Eduniso, 2021.
5. MANUAL de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. 2ªed. - Brasília: Fundação Nacional de
Saúde, 2001.
6. CARVALHO, Patricia. Soro antiaracnídico. Instituto Butantan, 2022. Disponível em:
https://butantan.gov.br/assets/arquivos/soros-e-vacinas/soros/Soro%20antiaracn%C3%ADdico.pdf