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TREINAMENTO

PRINCÍPIOS BÁSICOS EM VENTILAÇÃO SUBTERRÂNEA


NEXA - 2019

ESCOPO DE TREINAMENTO EM VENTILAÇÃO SUBTERRÂNEA

- VENTILAÇÃO SUBTERRÂNEA ( Necessidades e objetivos)

- CONTAMINANTES DO AR ( gases, poeira, fumos metálicos e calor)

- VENTILAÇÃO NATURAL E VENTILAÇÃO FORÇADA

- TIPO DE VENTILADORES E EXAUSTORES

- COMO É FEITA A VENTILAÇÃO DE UMA MINA SUBTERRÂNEA

- DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE VENTILAÇÃO

- SOFTWARE DE VENTILAÇÃO - VnetPc e VentSim


PRINCIPAIS OBJETIVOS DA VENTILAÇÃO

- Suprir a quantidade de oxigênio necessária à respiração do homem


e demais processos que o consomem, como detonações,
processos de oxidação, queima de combustíveis, explosivos, etc.

- Remover os gases nocivos da atmosfera subterrânea, formados


naturalmente pela deterioração da matéria orgânica, pela destilação
do carvão e pelos gases gerados na queima de explosivos,
por equipamentos a diesel, etc.

- Manter a temperatura ambiente tão baixa quanto possível


nos locais de trabalho, removendo o calor gerado pelo gradiente
geotérmico, pela compressão adiabática, maquinários, homens, etc.

- Remover a poeira criada nos processos de mineração como:


perfuração, detonação, carregamento, transporte, etc.
Composição do ar
20,8 % de volume
Oxigênio 23 % de massa

Nitrogênio: 78 % de volume
76 % de massa

Demais gases: 1% de volume


1% de massa

Peso específico: 1,2 Kg/m3 (nível do mar)

Pressão atmosférica: É o peso da coluna vertical de ar sobre um


determinado ponto definida como produto da
massa de ar x a força de aceleração.
A unidade métrica é dada em Newton (N = Kg.m/s2)
A unidade métrica básica de pressão internacional
é feita de Newton por metro quadrado, (N/m2)
também chamada de pascal (Pa)

Pressão do ar: A pressão atmosférica ao nível do mar = 101300 Pa


101300 Pa = 101,3 Kpa = 10332,6 mmca
A pressão aumenta 1 Kpa a cada 90 metros abaixo do nível do mar e
diminui 1 Kpa a cada 90 metros acima do nível do mar.
CONTAMINANTES DO AR;

-GASES

-POEIRA

-FULIGEM

-FUMAÇA

- TEMPERATURA
CONTAMINANTES DO AR
GASES
Em um ambiente subterrâneo, existem diversos tipos de gases, sendo os principais:

-Gases gerado pelos processos de detonações de explosivos.

-Gases gerado pela queima de óleo combustível.

-Gases naturais, gerados pelos processos de oxidação da rocha ou da matéria


orgânica.

Os gases nocivos à saúde humana, podem se distinguir em dois grupos principais:


Os tipo tóxicos e os asfixiantes.

Gases tóxicos: são aqueles que, independente da quantidade de oxigênio


absorvida, afetam diretamente o organismo;

Gases asfixiantes: são aqueles que diretamente pouco afetam ao organismo,


desde que a quantidade de oxigênio absorvida seja normal, considerando como limite
de tolerância mínimo a concentração de 19,5% de oxigênio no ambiente.
Entende-se por limite de tolerância (LT), a concentração ou intensidade máxima ou
mínima dos agentes nocivos , os quais relacionados com a natureza e o tempo de
exposição, não causarão danos à saúde do trabalhador durante a sua vida laboral.
PRINCIPAIS GASES ENCONTRADOS NO SUBSOLO

PRINCIPAIS GASES FORMADOS: * - PELOS PROCESSOS DE DETONAÇÕES DE EXPLOSIVOS


* - PELA QUEIMA DE ÓLEO COMBUSTÍVEL

GÁS LT Características Percepção e sintomas

Monóxido de carbono 39 ppm Tóxico Palpitações, dor de cabeça


sensação de debilidade geral.

Dióxido de carbono 3900 ppm Asfixiante Irritação nos olhos, nariz e


na boca.

Dióxido de Enxofre 4 ppm Tóxico Irritação nos olhos e vias


respiratórias.

Dióxido de Nitrogênio 4 ppm Tóxico Ação corrosiva das vias


respiratórias, irritação no
nariz e na garganta, tosse,
dor nos pulmões e edema
pulmonar.

Amônia 20 ppm Tóxico Irritação dos olhos, nariz e


garganta.
 
Tabela de efeitos do monóxido de carbono no organismo humano x tempo de exposição.
 

Concentração (ppm) Tempo de exposição (minutos) Efeito no organismo humano


100 até 180 Imperceptível
100 180 a 360 Efeitos perceptíveis ( tonteira , sonolência)
     
200 até 90 Imperceptível
200 90 até 210 Efeitos perceptíveis ( tonteira , sonolência)
200 210 até 360 Dor de cabeça e náuseas.
     
300 até 70 Imperceptível
300 70 até 130 Efeitos perceptíveis ( tonteira , sonolência)
300 130 até 210 Dor de cabeça e náuseas.
300 210 a 360 Perigo para a vida - inconsciência.
     
400 até 50 Imperceptível
400 50 até 90 Efeitos perceptíveis ( tonteira , sonolência)
400 90 até 140 Dor de cabeça e náuseas.
400 140 até 270 Perigo para a vida - inconsciência.
400 acima de 270 Morte
     
600 até 30 Imperceptível
600 30 até 60 Efeitos perceptíveis ( tonteira , sonolência)
600 60 até 90 Dor de cabeça e náuseas.
600 90 até 150 Perigo para a vida - inconsciência.
600 acima de 150 Morte
     
800 até 20 Imperceptível
800 20 até 50 Efeitos perceptíveis ( tonteira , sonolência)
800 50 até 80 Dor de cabeça e náuseas.
800 80 até 110 Perigo para a vida - inconsciência.
800 acima de 110 Morte
     
1000 até 20 Imperceptível
1000 20 até 40 Efeitos perceptíveis ( tonteira , sonolência)
1000 40 até 50 Dor de cabeça e náuseas.
1000 50 até 90 Perigo para a vida - inconsciência.
1000 acima de 90 Morte
     
1200 até 20 Imperceptível
1200 20 até 30 Efeitos perceptíveis ( tonteira , sonolência)
1200 30 até 40 Dor de cabeça e náuseas.
1200 40 até 80 Perigo para a vida - inconsciência.
1200 acima de 80 Morte
     
1400 até 15 Imperceptível
1400 15 até 20 Efeitos perceptíveis ( tonteira , sonolência)
1400 20 até 40 Dor de cabeça e náuseas.
1400 40 até 70 Perigo para a vida - inconsciência.
1400 acima de 70 Morte
     
1600 até 15 Imperceptível
1600 15 até 20 Efeitos perceptíveis ( tonteira , sonolência)
1600 20 até 35 Dor de cabeça e náuseas.
1600 35 até 60 Perigo para a vida - inconsciência.
1600 acima de 60 Morte
PRINCIPAIS GASES ENCONTRADOS NO SUBSOLO

PRINCIPAIS GASES FORMADOS ATRAVÉS DOS PROCESSOS NATURAIS


DA OXIDAÇÃO DA ROCHA OU DE MATÉRIA ORGÂNICA.

GÁS LT Características Principal Característica

Metano 1% Natural Combustão entre 5 e 15%.

Gás Sulfídrico 8 ppm Natural Cheiro forte parecido com mercaptana.

SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO:
Encurtamento da respiração.
Irritação das vias respiratórias.

EFEITOS NO ORGANISMO SOB FORTE INTOXICAÇÃO:


Paralisia respiratória.
Inconsciência.
Asfixia.
MISTURA DE GÁS EXPLOSIVO COM O OXIGÊNIO

LIE = Concentração de gás abaixo que 5% do ar ambiente

LE = Concentração de gás entre 5 e 15% do ar ambiente

LSE = Concentração de gás maior que 95%do ar ambiente

CH4 O2
5% CH4
5%
15%

O2
O2 CH4
85%
95% 95%

L.I.E L.E L.S.E


(limite inferior de explosividade) (limite de explosividade) (limite superior de explosividade)
GASES

AÇÃO NA SUSPEITA OU CONFIRMAÇÃO DE INTOXICAÇÃO POR GASES

- Retirar-se imediatamente do local, preferencialmente acompanhado.


- Procurar por socorro em local bem ventilado.
- Fazer avaliação médica.
- Manter em observação por 24 horas devido à ação dos gases ácidos no organismo :
exemplo gás NOX = NO + NO2 Gás nitroso / ácido nítroso

MÉTODOS DE PREVENÇÃO.

- Manter a frente de serviço bem ventilada.


- Usar sistema de aspersão de água nas detonações (spray).
- Molhar a rocha desmontada e todas as paredes da galeria próximas ao local da detonação.
- Manter o motor do equipamento a combustão diesel bem regulado e com filtro catalisador ou
lavador de gases na descarga do motor.
- Não deixar água acumulada e estagnada no piso da galeria.
- Tampar todos os furos de sondagem concluídos.
- Fechar as galerias abandonadas e sem ventilação ou proibir o acesso de pessoas.
- Realizar avaliação do ar no ambiente para retomada em áreas abandonadas.
MÉTODOS DE DETECÇÃO DE GASES
DETECTOR COM SENSOR ELETRÔNICO

Os sensores eletrônicos possibilitam leitura instantânea de vários gases, alarme audio visual,
gravação na memória do aparelho e impressão dos resultados em dataloger exclusivo do
equipamento.
MÉTODOS DE DETECÇÃO DE GASES
DETECTOR DE TUBOS COLORIMÉTRICOS

Os Tubos colorimétricos são constituídos de


produtos químicos introduzidos no interior,
de um tubo de vidro com uma escala numérica
grifada no corpo do tubo.

As extremidades dos tubos devem ser quebradas


e uma delas ser inserida em uma bomba de ar.

Para cada tipo de gás, deverá ser correspondente


uma certa quantidade de ar, a qual deverá ser
coletado pela bomba. O ar contaminado
com gás, ao entrar em contato com o
produto químico do interior do tubo, sofre
uma reação química, gerando uma coloração
do produto químico.
O índice da concentração será correspondente
à escala numérica grifada no tubo de vidro.
MÉTODOS DE DETECÇÃO DE GASES
SENSORES FIXOS DETECTORES DE GASES DIVERSOS

- Os sensores fixos para gases, são utilizados, onde existe constante fonte de emissão.

- Permite fazer a leitura da concentração dos gases durante todo o tempo.

- A reação é feita através de filetes elétricos e sua leitura pode ser feita em painel
remoto.

- Também são dispostos de alarme audio visual


PRINCIPAIS CONTAMINANTES DO AR
FUMOS METÁLICOS
Fumos metálicos são componentes metálicos originados
através dos processos de solda, queima e corte com maçarico.

Os possíveis riscos à saúde causada por exposições a fumos metálicos durante a soldagem a arco com
eletrodo metálico coberto, dependem do metal que está sendo soldado e da composição do eletrodo. O
principal componente do fumo gerado é oxido de ferro.
Os danos causados pela exposição ao fumo de oxido de ferro parecem ser ilimitados. A deposição de partícula
de oxido de ferro no pulmão provoca pneumoconiose malígna conhecida como siderose.

Os fumos metálicos se originam no metal, base de enchimento


e do Fundente. A concentração de fumo encontrada nas
operações de solda no local, dependem principalmente do grau
de enclausuramento da área de trabalho e da qualidade da
Ventilação local.

O risco de danos à saúde humana depende da concentração dos


elementos metálicos em espaços fechados e da formação de
dióxido de nitrogênio.

Portanto, o uso de solda e maçarico em ambientes confinados


deve ser restrito e contar ainda com a utilização
de filtro específicos.
PRINCIPAIS CONTAMINANTES DO AR
FUMOS METÁLICOS
MODELO DE FILTROS PARA COLETA DE
FUMOS METÁLICOS

FILTRO FÍXO FILTRO PORTÁTIL


PRINCIPAIS CONTAMINANTES DO AR
POEIRA MINERAL
Tipos de poeira: Poeira total - Poeira visível a olho nu

É toda partícula de poeira que pode estar presente em uma atmosfera.

Sua granulometria é caracterizada por ser formada por grãos com dimensões
superiores a 10 micra. ( 1 micra = milésima parte de um milímetro)

Por apresentar esta granulometria, é captada pelos sistemas de defesa do


organismo humano, não chegando à atingir os alvéolos dos pulmões, não
apresentando assim, qualquer risco iminente de doença ocupacional.

Normalmente suas enfermidades são:

- Pneumonia
- Alergias
- Irritações no sistema respiratório.

Limite de tolerância = 24 = mg/m3


% quartzo + 3
FONTES DE EMISSÃO DE POEIRA

Perfuração de rocha Limpeza de rocha desmontada

Transporte de rocha desmontada Rompedores / britadores


PRINCIPAIS CONTAMINANTES DO AR
POEIRA MINERAL
Tipos de poeira: Poeira respirável - Poeira invisível a olho nu

É toda partícula de poeira com granulometria inferior a 10 micra

Normalmente não existe presente na natureza, sendo encontrada apenas


em ambientes onde ocorrem grandes impactos da rocha, como exemplo,
nas detonações das rochas, nos processo de transporte e rompedores.

Por apresentar esta granulometria, não é totalmente retida pelos sistemas de


defesa do organismo, podendo atingir os alvéolos dos pulmões.
Normalmente suas enfermidades são:

- Pneumoconiose ( enfermidade pulmonar generalizada )


- Silicose ( pneumoconiose provoca pela sílica livre )
- Asbestose ( pneumoconiose provoca pelo pó de asbesto )
- Antracose ( pneumoconiose provoca pelo pó de carvão mineral)

Limite de tolerância = 8 = mg/m3


% quartzo + 2
PRINCIPAIS CONTAMINANTES DO AR
POEIRA MINERAL, NÉVOAS E FUMOS
SISTEMA RESPIRATÓRIO
SILICOSE

PNEUMOCONIOSE IRREVERSÍVEL E PROGRESSIVA, CARACTERIZADA PELA FIBROSE


PULMONAR, CAUSADA PELA INALAÇÃO DE POEIRA CONTENDO SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA.

CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS

- Fibrose generalizada nos alvéolos.


- Desenvolvimento de nódulos nos pulmões.

-SINTOMAS

- Dificuldade respiratória.
- Redução da capacidade de expansão do tórax.
- Ausência de febre.
-Suscetibilidade para doenças pulmonares, como pneumonia e tuberculose.
- Perda da capacidade física.
SILICOSE

PNEUMOCONIOSE IRREVERSÍVEL E PROGRESSIVA, CARACTERIZADA PELA FIBROSE


PULMONAR, CAUSADA PELA INALAÇÃO DE POEIRA CONTENDO SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA.
PNEUMOCONIOSE

PULMÃO SADIO PULMÃO DOENTE


MÉTODO DE DETECÇÃO DE POEIRA
E FUMOS METÁLICOS
UTILIZAÇÃO DE BOMBA GRAVIMÉTRICA E
FILTROS CASSETE DEVIDAMENTE PREPARADOS E CATALOGADOS
MÉTODOS PARA NEUTRALIZAÇÃO E PREVENÇÃO
CONTRA POEIRA NO SUBSOLO

1° ) Utilizar água nas operações de:


- Perfuração de rocha.
- Detonação (Utilizar aspersor de água no momento da detonação)
- Remoção e transporte da rocha desmontada (Manter a pilha de minério
sempre molhada.)
- Rock braker instalado no subsolo.

2° ) Utilização de sistema de ventilação.

3° ) Utilização de máscara com filtro para poeira

4° ) Utilização de capacete com filtro de ar


e pressão positiva.
CALOR

O ambiente térmico de uma mina subterrânea é fortemente influenciado pela geração


de calor no interior da mina e pelos processos de transferência térmica associados
à circulação de ar nas galerias. A corrente de ventilação que circula através de uma mina é
aquecida por vários agentes, sendo as principais fontes de calor:

-Fluxo de calor da rocha - É o fluxo condutivo de calor armazenado no maciço rochoso que
flui para a superfície das paredes da galeria, onde é daí transferido para o ambiente e para a
corrente de ventilação da mina.

-Calor gerado pela auto compressão do ar - Em minas muito profundas, `a medida que o ar
desce para a mina, fica sujeito a pressões maiores e parte de sua energia potencial é
transformada em calor. As conseqüências disto são mudanças nas suas propriedades
termofísicas, tais como aumento na pressão e temperatura e diminuição no volume específico.

-Calor proveniente do maquinário - É a maior fonte de irradiação de calor no ambiente


subterrâneo, porque toda energia absorvida por um equipamento, seja pelo motor elétrico ou
pelo motor a combustão, que não é convertida em energia potencial é convertida em calor,
sendo após transferido para o ambiente.
CALOR

-Calor proveniente do metabolismo humano - Esta fonte é inevitável, sendo que


estimativas realizadas, revelam que o calor liberado pelo metabolismo humano pode atingir
10% do calor total na mina. O organismo humano possui mecanismos internos que tentam
manter a temperatura do corpo em 37ºC, através de constantes trocas de calor entre o corpo e
o meio ambiente. Estas trocas de calor podem ser por convecção, evaporação e por radiação.

-Calor proveniente de águas subterrâneas – A água subterrânea que infiltra nas galerias
transporta calor geotérmico; a transferência do calor ocorre dominantemente por evaporação,
que aumenta o calor latente do ar de circulação.

-Calor proveniente da oxidação de materiais – O processo de oxidação consome oxigênio e


libera calor para o ambiente.

-Calor proveniente da detonação de explosivos – O calor é proporcional à quantidade de


explosivos utilizada.
CALOR

METODOLOGIA DE CONTROLE E LIMITES DE TOLERÂNCIA

Como medida de controle, são realizadas mensalmente as seguintes medições em todos os


locais de trabalho.
-Temperatura de bulbo seco.
-Temperatura de bulbo úmido.
-Umidade relativa do ar.
-Velocidade do ar.

Instrumentos utilizados para medição de temperatura

Psicrômetro digital Psicrômetro analógico Termômetro de globo


CALOR

Limite de tolerância

1. A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de
Globo" - IBUTG definido pela equação:

Ambientes internos ou externos sem carga solar:

IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

Onde:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural

tg = temperatura de globo

tbs = temperatura de bulbo seco.

2. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido
natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum.

3. As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da


região do corpo mais atingida.
O tempo de exposição ao calor é determinado conforme quadro 1 da NR15 e o
tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita consultando-se o Quadro 3 da mesma norma

QUADRO 1 QUADRO 3
Regime de Trabalho TIPO DE ATIVIDADE TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h
Intermi tente com Sentado em Repouso 100
Descanso no Próprio TRABALHO LEVE
Local de Trabalho (por Leve Moderada Pesada
Sentado, movimentos moderados com braços e 125
hora)
tronco (ex.: datilografia).
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0 Sentado, movimentos moderados com braços e 150
45 minutos trabalho pernas (ex.: dirigir).
30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
15 minutos descanso De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, 150
30 minutos trabalho principalmente com os braços.
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
30 minutos descanso TRABALHO MODERADO
15 minutos trabalho Sentado, movimentos vigorosos com braços e 180
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
45 minutos descanso pernas.
Não é permitido o De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, 175
trabalho sem a adoção acima de acima de com alguma movimentação.
acima de 30
de medidas adequadas 32,2 31,1 De pé, trabalho moderado em máquina ou 220
de controle bancada, com alguma movimentação. 300
Em movimento, trabalho moderado de levantar
ou empurrar.
TRABALHO PESADO
Definição da metabolismo por atividade Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou
_Máximo arrastar pesos (ex.: remoção com pá). 440
M (Kcal/h)
IBUTG Trabalho fatigante 550
175 30,5
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,5
400 26,0
450 25,5
500 25,0
O tempo de exposição ao calor com jornada mista.

Nesta situação, determina-se o tempo máximo de exposição correspondente à temperatura efetiva


do corpo humano considerando trabalho e descanso alternados, conforme a seguinte fórmula:

M = a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora de trabalho é determinada pela seguinte
fórmula:

M = Mt x Tt + Md x Td
60
Sendo:
Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho.
Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho.
Md - taxa de metabolismo no local de descanso.
Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.
______
IBUTG é o valor médio ponderado para uma hora, determinado pela seguinte fórmula:
______
IBUTG = IBUTGt x Tt + IBUTGd xTd
60
Sendo:
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho.
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso.
Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo Tt +
Td = 60 minutos
Controles de ventilação necessários para atender aos órgãos vigentes.

NR22 Ventilação em atividades subterrâneas


MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

PORTARIA N.º 2.037, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1999

Documentos necessários:

- Planta do layout do circuito da ventilação principal da mina. (Mensal)


- Cálculos do dimensionamento da ventilação principal. (Mensal)
- Cálculos do dimensionamento da ventilação por frente de serviço. (Mensal)
- Dimensionamento da ventilação por HP a diesel instalado no subsolo. (Mensal)
- Medição do Caudal da ventilação. (Mensal)
- Medição de temperatura seca, temperatura úmida e umidade relativa
do ar em todas as frentes de trabalho da mina. (Mensal)
- Medição dos gases CO, NO2 e O2 em todas as frentes de trabalho. (Mensal)
- Medição dos gases CO, NO2 e SO2 na descarga dos motores dos
equipamentos a diesel do subsolo. (Trimestral)
PRINCIPAIS DADOS PARA O
DIMENSIONAMENTO DA VENTILAÇÃO DA MINA.

Determinação da vazão de ar fresco conforme disposto no item 22.24.8

a) Cálculo da vazão de ar fresco em função do número máximo de pessoas


ou máquinas com motores a combustão a óleo diesel comum

QT = Q1 x n1 + Q2 x n2 = m³/min

Onde : QT = vazão total de ar fresco em m³/min


Q1 = quantidade de ar por pessoa em m³/min
( em minas de carvão = 6,0 m³/min ; em outras minas = 2,0 m³/min)
n1 = número de pessoas no turno de trabalho
Q 2 = 3,5 m³ / min/cv (cavalo-vapor) dos motores a óleo diesel comum
n2 = número total de cavalo-vapor dos motores a óleo diesel em operação
PRINCIPAIS DADOS PARA O
DIMENSIONAMENTO DA VENTILAÇÃO PARA MINA.

1° - Para o número máximo de pessoas e máquinas com motores a combustão diesel.

 QT = Q1 x n1 + Q2 x n2 (m³/min)
 
Onde :
QT = vazão total de ar fresco em m3/min
 Q1 = quantidade de ar por pessoa em m3/min (minas de carvão = 6,0 m3/min)
(outras minas = 2,0 m3/min)
 n1 = número de pessoas no turno de trabalho

 Q 2 = 3,5 m3 / min/cv (cavalo-vapor) dos motores a óleo diesel comum


Q 2 = 2,65 m3 / min/cv (cavalo-vapor) dos motores a óleo diesel S10 e teor de enxofre
máximo de 50 ppm

 n2 = número total de cavalo-vapor dos motores a óleo diesel em operação


PRINCIPAIS DADOS PARA O
DIMENSIONAMENTO DA VENTILAÇÃO PARA MINA.

2° - Em função do consumo de explosivos

  Vazão (m³/min) = 0,5 x Kg de explosivo x Volume gasoso (m³/Kg)


Tempo reentrada (min)

* - Volume gasoso do explosivo = 20 m³/kg de explosivo


PRINCIPAIS DADOS PARA O
DIMENSIONAMENTO DA VENTILAÇÃO PARA MINA.

3° - Em função da tonelagem mensal desmontada

QT = q x T (m³/min)
 
Onde:

QT = vazão total de ar fresco em m3/min


 
q = vazão de ar em m3/minuto para 1.000 toneladas desmontadas por mês
( mínimo de 180 m3/minuto/1.000 toneladas por mês)
 
T = produção em toneladas desmontadas por mês. (minério + estéril)

4° - Em da distribuição do ar na mina:
22.24.9 - O fluxo total de ar fresco na mina será, no mínimo, o somatório dos fluxos das áreas
de desenvolvimento e dos fluxos das demais áreas da mina
PRINCIPAIS DADOS PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTILAÇÃO
PARA FRENTE EM DESENVOLVIMENTO.

1) NR 22.24.7.3.1 - No caso de uso simultâneo de mais de um veículo ou equipamento a


diesel, em frente de desenvolvimento, deverá ser adotada a seguinte fórmula para o cálculo da
vazão de ar fresco na frente de trabalho:
 
Para utilização de diesel comum

QT = 3,5 ( P1 + 0,75 x P2 + 0,5 x Pn ) [ m³/min]


 
Onde: QT = vazão total de ar fresco em metros cúbico por minuto
  P1 = potência em cavalo-vapor do equipamento de maior potência em operação
P2 = potência em cavalo-vapor do equipamento de segunda maior potência em
operação
  Pn = somatório da potência em cavalo-vapor dos demais equipamentos em operação
 
Para utilização de diesel S10 e teor de enxofre máximo de 50 ppm

QT = 2,65 ( P1 + 0,75 x P2 + 0,5 x Pn ) [ m³/min]


 
PRINCIPAIS DADOS PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTILAÇÃO
PARA FRENTE EM DESENVOLVIMENTO.

2) 22.24.7.3.2 - No caso de desenvolvimento, sem uso de veículos ou equipamentos a óleo


diesel, a vazão de ar fresco deverá se dimensionada à razão de quinze metros cúbicos por
minuto por metro quadrado da área da frente em desenvolvimento.

3) Vazão de ar em função da velocidade do ar.

Velocidade do ar nas áreas de acesso e frentes de serviço


Velocidade Máxima = 8 metros / seg.
Velocidade Mínima = 0,2 metros / seg.

4) 22.24.8 - Em outras minas e demais atividades subterrâneas a vazão de ar fresco nas frentes
de trabalho será dimensionada de acordo com o volume de ar para lavra e ou desenvolvimento,
prevalecendo a vazão que for maior.
TIPOS DE VENTILAÇÃO

VENTILAÇÃO NATURAL

Realizada somente devido a diferença de


pressão barométrica e da temperatura

VERÃO

INVERNO
COMO DIMENSIONAR UM SISTEMA DE VENTILAÇÃO

1º - Determinar o volume de ar necessário

2º - Determinar o circuito da ventilação

3º - Calcular a resistência do circuito da ventilação

4º - Calcular a perda de carga do circuito da ventilação

5º - Calcular a pressão de trabalho dos exaustores/ventiladores

6º - Selecionar o tipo de exaustor/ventilador


Como é feito o dimensionamento do volume de ar
necessário para os trabalhos subterrâneos
Realizado conforme o quadro II da NR22.24
(Ventilação em atividades subterrâneas)
Prevalecendo o maior volume necessário, para:

- O número máximo de pessoas e máquinas com motores a combustão diesel.


- Em função do consumo de explosivos.
- Em função da tonelagem mensal desmontada
- Em função das velocidades mínima e máxima do ar no subsolo
- Em função da distribuição do ar no subsolo.
-Em função do volume de ar por m² da área da frente de desenvolvimento
-Em função da utilização simultânea de equipamentos em uma mesma frente
de trabalho
1 ° CALCULAR A RESISTÊNCIA DE UM CIRCUITO DE VENTILAÇÃO

A resistência de um circuito de ventilação, corresponde aos diversos fatores


que irão exercer uma carga contrária à força exercida por um ventilador para
que seu fluido de ar possa passar por um determinado local.

Resistência ( R ) = K.C.L
A3
Onde:

R= Resistência do circuito ( n.s2/m8)

K = Fator de atrito das paredes dos tubos ou galerias por onde o ar vai passar.

C = Perímetro da seção do tubo ou galeria (m)

L = Comprimento da tubulação ou da galeria (m)

A3= Área da seção do tubo ou da galeria ( m2 )


2° - CALCULAR A PRESSÃO DO VENTILADOR

Pressão estática: corresponde à pressão do circuito onde o ar irá fluir

P = R x Q2 x W

Onde:
P = Pressão estática ( Pa)

R = Resistência do circuito ( n.s2/m8)

Q2 = Volume de ar desejado ( m3/s)

W = Densidade do ar no local onde o ventilador irá trabalhar. ( Kg/m3)

Obs: 1,2 = Densidade padrão do ar ao nível do mar. ( Kg/m3)

Pressão TOTAL = Pressão estática + Pressão de velocidade


Pressão estática = Corresponde à pressão do circuito
Pressão de velocidade/pressão dinâmica = Pressão interna do ventilador
Pt (100%) = Pest. (95%) + Pd (5%)
O que é a pressão de trabalho de um ventilador:

Pressão total de trabalho = Pressão estática + pressão de velocidade (pressão dinâmica)

Pressão estática = Atua em todas as direções e é equivalente a 95% da pressão total.

Pressão de velocidade = Atua apenas na direção do fluxo de ar.

Ventilador Tubo de ventilação


(Pressão total) (Resistência do circuito)

Pressão estática Pressão de velocidade

Perdas de ar através de rasgos e buracos


devido ao trabalho da força da pressão estática
O que é a pressão dinâmica

A Pressão dinâmica, ou pressão de velocidade , é calculada conforme a seguinte


fórmula:

Pd = V² x w
2g

Onde:

Pd = Pressão dinâmica (mmca) ou Kg/m²

V = Velocidade do ar (m/seg)

g = aceleração da gravidade (m/seg²)

w = Peso específico do ar (Kg/m³)

Velocidade periférica de um ventilador

Vp ( m/seg) = ø . π . Rpm
60
3° - CALCULAR A POTÊNCIA DO MOTOR DO VENTILADOR

KW = vazão de ar (m³/seg) x pressão total (Kpa) x 100


eficiência do equipamento (%)
Em resumo:

Resistência ( R ) = K.C.L
A3

Pressão estática = R x Q2 x W/1.2

Potência consumida = Vazão de ar x pressão x 100


eficiência
Dimensionando a ventilação para uma frente de serviço
Comprimento da galeria = 250 metros
Área média da galeria = 12 m2
Quantidade de pessoas = 5
Equipamentos utilizados = 01 Carregadeira a diesel, motor de 250 hp.
Explosivo gasto por fogo = 250 Kg
Tempo de re-entrada após fogo = 60 minutos.

Cálculo do volume de ar fresco em função da velocidade do ar no interior da galeria

22.24.10 - A velocidade do ar no subsolo não deve ser inferior a zero vírgula dois metros
por segundo nem superior à média de oito metros por segundo onde haja circulação
de pessoas.
Qt = 0.2 m/s x 12 m2
Qt = 2,4 m3/s (volume mínimo possível)

Cálculo do volume de ar fresco em função do consumo de explosivos


QT = (0,5 x A) x V/ t [m³/min]

Onde:
QT = vazão total de ar fresco em m3/min
A = quantidade total em kg de explosivos empregados por desmonte
t = tempo de aeração (reentrada) da frente de trabalho em atividade em minutos
V = volume gasoso gerado por quilo de explosivo em m³/kg
QT = (0,5 x 250 Kg) x 20 m³/kg / 60 min.

Qt = 41.25 m3/min. = Qt = 0,69 m3/s


Dimensionando a ventilação para uma frente de serviço
Comprimento da galeria = 250 metros
Área média da galeria = 12 m2
Quantidade de pessoas = 5
Equipamentos utilizados = 01 Pá carregadeira a diesel, motor de 250 hp.
Explosivo gasto por fogo = 250 Kg
Tempo de re-entrada após fogo = 60 minutos.

Cálculo do volume de ar fresco em função do número máximo de pessoas ou máquinas com


motores a combustão a óleo diesel comum.

Qt = Q1 x n1 + Q2 x n2 (m3/min)
Onde:
Qt = vazão total de ar fresco em m3/min
Q1 = quantidade de ar por pessoa ( 2,0 m 3/min )
n1 = número de pessoas por turno
Q2 = 3,5 m3/min/cv dos motores a óleo diesel.
n2 = número total de cavalo vapor dos motores a óleo diesel em operação simultânea.

Qt = 2,0 m3/min/ pessoa x 5 pessoas + 3,5 m3/min/cv x 250 HP

Qt = 10 + 875

Qt = 885 m³/minuto

Qt = 14,75 m3/s
Dimensionando a ventilação para uma frente de serviço
Comprimento da galeria = 250 metros
Área média da galeria = 12 m2
Quantidade de pessoas = 5
Equipamentos utilizados = 01 Pá carregadeira a diesel, motor de 250 hp.
Explosivo gasto por fogo = 250 Kg
Tempo de re-entrada após fogo = 60 minutos.

Cálculo do volume de ar fresco em função do número máximo de pessoas ou máquinas com


motores a combustão a óleo diesel S10.

Qt = Q1 x n1 + Q2 x n2 (m3/min)
Onde:
Qt = vazão total de ar fresco em m3/min
Q1 = quantidade de ar por pessoa ( 2,0 m 3/min )
n1 = número de pessoas por turno
Q2 = 2,65 m3/min/cv dos motores a óleo diesel.
n2 = número total de cavalo vapor dos motores a óleo diesel em operação simultânea.

Qt = 2,0 m3/min/ pessoa x 5 pessoas + 2,65 m3/min/cv x 250 HP

Qt = 10 + 662,5

Qt = 672,5 m³/minuto

Qt = 11,20 m3/s
COMO CALCULAR A RESISTÊNCIA D0 CIRCUITO DE VENTILAÇÃO

Exemplo do cálculo da resistência de 250 metros de tubulação de ventilação


com diâmetro de 1200 mm.

Resistência ( R ) = K.C.L
A3
R = 0.004 x 3,7699 x 250
(1,1310)3

R = 3,7699
1,4467

R = 2,6059 n.s2/m8
COMO CALCULAR A PRESSÃO DE TRABALHO DE UM VENTILADOR

Pressão estática = R x Q2 x W/1.2

Onde:

Pe = Pressão estática ( Pa)

R = Resistência do circuito ( n.s2/m8)

Q2 = Volume de ar desejado ( m3/s)

W = Densidade do ar no local onde o ventilador irá trabalhar. ( Kg/m3)

1,2 = Densidade padrão do ar ao nível do mar. ( Kg/m3)

EX: Pe = 2,6059 x (14,75)2 x 1,2

Pe = 2,6059 x 217,5625 x 1.2

Pe = 680,34 Pa. = 69 mmca


POTÊNCIA CONSUMIDA

Potência consumida (kw) = Vazão de ar x pressão x 100


eficiência

KW = 14.75 X 0.68 X 100


80

Kw = 12.54 / 16.81 CV
VENTILAÇÃO FORÇADA

Topo de exaustor/ventilador

AXIAL CENTRÍFUGO
VENTILADOR OU EXAUSTOR TIPO AXIAL
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
- Menor pressão de trabalho.
- Menor eficiência
- Maior rotação.
- Maior consumo de energia elétrica.
- Menor custo de aquisição.
- Menor custo com instalação.
- Maior manutenção.

Modelo com pás ajustáveis Modelo com pás ajustáveis Modelo com dumper
manualmente mecanicamente para partida
Principais componentes do ventilador axial
Cone de entrada
aerodinâmica
Atenuador de ruído

Corpo ou Núcleo do ventilador

Tela de segurança

Pés para fixação


Base para instalação
Principais componentes
ventilador axial
Calota aerodinâmica Tela de segurança
Proteção dos parafusos da (Obrigatoriamente deve ser instalada na
hélice e direcionamento do entrada de ar) Em alguns ventiladores
fluxo de ar também é utilizada na saída de ar.

Hélice com pás ajustáveis Cone aerodinâmico


Permite regulagem do ventilador Reduz a turbulência na entrada de ar e

para diferentes pontos de vazão, redução da pressão estática


pressão e potência
Principais componentes do ventilador axial
Atenuador de ruído

Modelo com núcleo Modelo sem núcleo


Maior eficiência de atenuação do ruído Quando não há grandes restrições do nível de
atenuação de ruído

Atenuadores revestidos
com lã de vidro
Principais componentes
ventilador axial

Haletas direcionadoras do fluxo de ar

* - possibilita a instalação de ventiladores


em série e a soma da pressão de trabalho

Motor com alto grau de proteção contra


umidade, fuligem e particulados
Usualmente fator de proteção mínima = IPW 55
Principais componentes do ventilador axial

Registro dumper
Auxiliar para a partida mais leve do motor e impossibilita a recirculação de ar
Principais componentes do ventilador axial

Rotor do ventilador
Conjunto do cubo e das pás - Usualmente chamado de hélice

Cubo do ventilador
Peça onde são fixadas as pás

Pás curtas
Para ventiladores de alta pressão

Pás longas
Para ventilador com alta vazão de ar
Principais componentes do ventilador axial

Distâncias das pás

Quanto menor a distância da pá à carcaça


do ventilador, maior será a eficiência.
Distância recomendada = Máximo 3 mm
Característica de maior eficiência
Principais componentes do ventilador axial

Demais acessórios

Caixa de ligação elétrica bem vedada Suporte para instalação


do ventilador em teto de galerias

Motor com pés Pés removíveis Lubrificação automática


Maior estabilidade
e menor vibração
Principais componentes do ventilador axial

Demais acessórios

 Amortecedores nos pés ou na base do equipamento: Auxiliam para que não haja vibração entre
os componentes do ventilador para a obra civil.

 Sensor de vibração: Normalmente instalado junto aos mancais do motor, controlam os índices
de vibração impedindo que o equipamento sofra avarias devido desbalanceamento e ou danos na
sua estrutura.

 Sensor de temperatura no motor e rolamentos

 Sensor de variação de corrente elétrica

 Painel com variador de frequência: Controla a rotação do motor e por consequência do fluxo
de ar produzido. Representam uma economia mínima de 20% de energia elétrica. Atualmente está
sendo amplamente utilizado nos equipamentos principais

 Ventilação sob demanda : Possibilita que o controle do ventilador seja feita remotamente,
controlando sua partida e desligamento, bem como, a rotação, consumo de energia elétrica, vazão,
pressão , monitoramento e diagnóstico dos sensores.
PRINCIPAIS MOTIVOS DA PERDA DE EFICIÊNCIA DE UM
VENTILADOR

1° - Ângulo das pás incompatíveis com o ponto de operação do ventilador

2º - Carcaça do ventilador amassada.

3º - Sujeira na carcaça e nas pás da hélice.

4º - Alta umidade relativa do ar.

5º - Falta de acessórios, principalmente do cone de entrada aerodinâmica,


responsável por 5% da eficiência de um ventilador.

Entrada aerodinâmica
Principais componentes de um ventilador
Curva de trabalho
VENTILATEUR Ø 2500 C0 - 12 pales Vitesse de rotation 750 tr/min
FAN Ø 2500 C0 - 12 blades Rotation speed 750 rpm
1900

1800

1700
74%

1600
78% 76%

1500 80%

83%
PRESSION TOTALE en Pascal et Masse Volumique 1,2 kg/ m³
1400
85%
TOTAL PRESSURE Pascal and Air Density 1,2 kg/ m³

1300

1200

1100
88%
1000
+15°

900
+12°

800
+9°

700
+6°

600
+3°
500

400
-3°

300
-6°

200 -9°

-12°
100
-15°

0
0 50 100 150 200
DEBIT en m³/ s
AIRFLOW m³/ sec
Angle -15° : 75 kW ; -12° : 75 kW ; -9° : 110 kW ;-6° : 132 kW ; -3° : 160 kW ; 0° : 200 kW
Angle +3° : 200 kW ; +6° : 250 kW ; +9° : 315 kW ; +12° : 315 kW ; +15° : 355 kW
Curva de trabalho do ventilador de motor 125 cv

Área de STALL
Ponto máximo de operação do ventilador

Mmca m3/seg.
0 30,5
60 29,0
100 28,0
160 27,0
200 26,0
260 25,0
280 24,0
300 23,5
360 22,0
400 21,0
Ponto de STALL

Estol ou Stall é a perda de sustentação


que indica a separação do fluxo de ar do
extradorso da pá, resultando em perda
total de sustentação e empuxo.

Em aviação, uma aeronave em situação de estol (stall, estolando) não está voando, mas sim
caindo. Isto acontece porque o ar descola da asa (deixa de passar por cima do extradorso de forma
a gerar uma depressão e forme um vector de sustentação). Indica também a perda de velocidade e,
consequentemente, de altitude, de um corpo aerodinâmico (ave ou avião), devido à diminuição da
força de sustentação.

Em ventilação, um ventilador em situação de estol (stall) a perda de empuxo significa a perda


total da pressão de trabalho do ventilador e por consequência da produção de fluxo de ar,
podendo o equipamento estar em pleno funcionamento, mas não produzir nenhum fluxo de ar na
saída do equipamento.
VENTILADORES E EXAUSTOR TIPO CENTRÍFUGO

Principais características
- Maior eficiência
- Menor rotação.
- Menor consumo de energia elétrica.
- Maior custo de aquisição.
- Maior custo com instalação.
- Maior pressão de trabalho.
- Menor manutenção.

Modelo com polias Modelo com acoplamento Modelo com damper


e correias acoplamento direto de partida
VENTILADOR E EXAUSTOR TIPO CENTRÍFUGO
VENTILADOR E EXAUSTOR TIPO CENTRÍFUGO
VENTILADOR AXIAL X VENTILADOR CENTRÍFUGO

A definição de qual modelo mais apropriado e de menor custo, deverá ser feita
através de uma análise de custo x benefício, onde serão considerados:

1 - Custo de aquisição do equipamento

2 - Obra civil

3 - Custo de energia elétrica (horário de ponta e normal) para demanda contratada e


para consumo.

4 – Cálculo do energia consumida do equipamento, onde:

KW = vazão de ar (m³/seg) x pressão total (Kpa) x 100


eficiência do equipamento (%)

5 – Projeção de utilização

Nota: Normalmente, o custo inicial do investimento com o exaustor/ventilador tipo


centrífugo é superior ao equipamento do tipo axial, mas a relação de custo x benefício
é invertida após 3 a 5 anos de utilização.
VENTILAÇÃO FORÇADA

UTILIZAÇÃO DE DUTOS DE VENTILAÇÃO


CIRCUITO PRINCIPAL DE VENTILAÇÃO

EM UMA MINA SUBTERRÂNEA

Emboque de uma rampa

Superfície

Rampa
CIRCUITO PRINCIPAL DE VENTILAÇÃO

EM UMA MINA SUBTERRÂNEA

Priorizar a construção do raise de ventilação para o desenvolvimento

Superfície

Rampa

25
m
³/s
CIRCUITO PRINCIPAL DE VENTILAÇÃO

EM UMA MINA SUBTERRÂNEA


Após a construção do raise para exaustão do desenvolvimento

 Instalar um exaustor com capacidade para pelo menos duas frentes de serviço.
Remanejar o ventilador e dutos de ventilação
Priorizar a construção do raise de exaustão definitiva

Exaustor para
Superfície Desenvolvimento / Provisório

Rampa Raise para


ventilação do
desenvolvimento
50
m
³/s
CIRCUITO PRINCIPAL DE VENTILAÇÃO

EM UMA MINA SUBTERRÂNEA


Após a construção do raise para exaustão definitiva:

 Instalar um exaustor definitivo e manter o exaustor do desenvolvimento


Remanejar o ventilador e dutos de ventilação para o aprofundamento
Priorizar a construção do raise de exaustão dos níveis sequenciais

Exaustor para Exaustor para


Superfície Desenvolvimento / Provisório Lavra / Definitivo

Rampa Raise para Raise para


ventilação do ventilação da
desenvolvimento Lavra
50
m
³/s

Portão ou
Regulador
PORTÕES DE VENTILAÇÃO
PORTÕES DE VENTILAÇÃO
TAPUMES DE VENTILAÇÃO
PRINCIPAIS MOTIVOS DA PERDA DE EFICIÊNCIA DE UM VENTILADOR

1º - Perda de carga em tubos de ventilação:

* - Má instalação: Tubo de lona de ventilação instalado com dobras, curvas e obstruções . provoca o acréscimo
do fator de atrito e consequentemente da pressão de trabalho.

* - Tubos com muitos rasgos e furos aumentam a perda de ar devido a ação da pressão estática.

* - Quanto menor o diâmetro do tubo de ventilação, maior será a resistência do circuito,


e consequentemente será também maior a perda de carga e pressão do ventilador.

EXEMPLO:
Trabalho de um ventilador com vazão de 7 m3/seg e pressão de 200 mmca:
A - Instalado com um tubo de ventilação com d= 600 mm em excelentes condições de instalação:
Resultado: Alcance do ventilador = 120 metros

B - Instalado com a mesma tubulação de ventilação, mas com várias obstruções e má instalação.
Resultado: Alcance do ventilador = 40 metros

C - Instalado com um tubo de ventilação com d= 800 mm em excelentes condições de instalação:


Resultado: Alcance do ventilador = 504 metros

D - Instalado com a mesma tubulação de ventilação, mas com várias obstruções e má instalação.
Resultado: Alcance do ventilador = 165 metros

E - Instalado com um tubo de ventilação com d= 1000 mm em excelentes condições de instalação:


Resultado: Alcance do ventilador = 1550 metros
Uso de ventilador em série – Não recomendável
Pequena distância de dutos Ex: 50cm
= Baixa pressão inicial
= Vazão maior que o 1° ventilador

Longa distância de dutos Ex: 300 m Recirculação de parte do ar


= Perda final de pressão do ventilador. = Acréscimo da temperatura
= Possível baixa vazão provocada por = Acréscimo das concentrações
perdas ao longo da tubulação. de gases, poeria, etc..
Como colocar ventilador em série – Modo mais aplicado e correto

Atenuador Ventilador N°1 Ventilador N°2


de ruído

Atenuador
Peça especial aerodinâmica de ruído
para possibilitar perfeita soma
de pressão dos ventiladores
Como colocar ventilador em série – Modo mais aplicado e correto
Uso de ventilador em série – Modelo recomendado
VENTILADOR ES PARA ALTA PRESSÃO
Sistema de ventilação utilizando ventilador e exaustor
Instrumentos utilizados para medição de
pressão estática e total de um ventilador.

Manômetro em U
Utilizado apenas
para medir
diferença de
pressão
Manômetro inclinado.
Utilizado para medir pressão e velocidade do ar
PRINCIPAIS MEDIDAS DE CONTROLE
COM A VENTILAÇÃO NO SUBSOLO

•- ELABORAR UM SISTEMA DE VENTILAÇÃO PARA CADA ÁREA DA MINA


E MANTE-LO EM PERFEITO FUNCIONAMENTO.

* - MANTER OS PORTÕES DE VENTILAÇÃO SEMPRE FECHADOS.

* - OS VENTILADORES E OS TUBOS DE VENTILAÇÃO DEVERÃO ESTAR EM


BOAS CONDIÇÕES DE USO E SEM PERDAS DE AR.

* - MANTER OS EQUIPAMENTOS EM BOAS CONDIÇÕES DE USO E COM


CONTROLE DE EMISSÃO DE GASES E FULIGEM.

* - MANTER AS PILHAS DE MINÉRIO MOLHADAS DURANTE AS


ATIVIDADES DE DETONAÇÃO E LIMPEZA.

* - PRESERVAR AS BOAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO LOCAL DE


TRABALHO.

* - COMUNICAR AOS RESPONSÁVEIS QUALQUER ANORMALIDADE NO


SISTEMA DE VENTILAÇÃO.
PRINCIPAIS PROBLEMAS NA VENTILAÇÃO DE UMA
MINA

1º - MINA INICIADA COM CONCEPÇÃO DIFERENTE (manual / mecanizada)


- Galerias com pequenas seções.
- Alta resistência do circuito da ventilação.
- Muitos portões de ventilação (perda de ar).

2º - PLANEJAMENTO DA MINA FEITO PARA CURTO PRAZO.


- Obrigatoriedade de exaustores boosters instalados dentro da mina.
- Sucessivos trabalhos de expansão da ventilação principal (up-grade)
- Alto custo x benefício , devido grande custo de energia elétrica dos exaustores.

3º - EQUIPAMENTOS DIFERENCIADOS PARA DESENVOLVIMENTO X LAVRA


- Seção dos subníveis não comportam tubos de ventilação x carregadeira de lavra.
- Utilização de tubos de ventilação do diâmetro muito pequeno x muitos ventiladores.

4º- PRECARIEDADE DE MÃO DE OBRA PARA VENTILAÇÃO.


- Má qualidade na instalação dos tubos de ventilação.
- Falta de manutenção preventiva de ventiladores/exaustores auxiliares.
- Alto custo de manutenção corretiva de ventiladores/exaustores auxiliares.
- Frequente manutenção de portões de ventilação.

5º - CONSTANTES OBSTRUÇÕES E REDUÇÃO DE SEÇÃO DOS CAMINHOS DE


VENTILAÇÃO
NR22 Ventilação em atividades subterrâneas
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

PORTARIA N.º 2.037, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1999

22.24.23 - Devem ser executadas, mensalmente, medições para avaliação da velocidade, vazão
do ar, temperatura de bulbo seco e bulbo úmido contemplando, no mínimo, os seguintes pontos:
a) caminhos de entrada da ventilação;
b) frentes de lavra e de desenvolvimento e
c) ventilador principal.

22.24.23.1- O resultados das medições devem ser anotados em registros próprios.

22.11.7 - No subsolo, os motores de combustão interna utilizados só podem ser movidos a óleo
diesel e respeitando as seguintes condições:
a) existir sistema eficaz de ventilação em todos os locais de seu funcionamento;
b) possuir sistemas de filtragem do ar aspirado pelo motor, com sistemas de resfriamento e de
lavagem de gás de exaustão ou catalisador;
d) executar programa de amostragem periódica do ar exaurido, em intervalos que não excedam
um mês, nos pontos mais representativos da área afetada, e de gases de exaustão dos motores,
em intervalos que não excedam três meses, realizados em condições de carga plena e sem carga,
devendo ser amostrados pelo menos gases nitrosos, monóxido de carbono e dióxido de enxofre.
OBRIGADO PELA PARTICIPAÇÃO

Sander Araújo
Setembro2019

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