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O POTENCIAL DOS

AGRONEGÓCIOS CEARENSES

PROJETO LEITE CEARÁ

PRODUÇÃO
INTENSIVA DE
Pecém

LEITE EM ÁREAS IRRIGADAS

Fortaleza – CE, março de 2012


O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

ESTUDO REALIZADO PELA ADECE EM 2009

PECUÁRIA DE  Potencial de produção e


LEITE NO CEARÁ oportunidade de negócios

PORQUÊ O ESTUDO?

1. DISPONIBILIDADE DE ÁREA IRRIGÁVEL, PRINCIPALMENTE NOS


PERÍMETROS PÚBLICOS IRRIGADOS;
2. CRESCIMENTO VAGAROSO DE NOVAS ÁREAS DE OUTROS PRODUTOS
IRRIGADOS (ex: FRUTAS);
3. CONSUMO CRESCENTE x PRODUÇÃO INSUFICIENTE;
4. IMPLANTAÇÃO DE NOVAS INDÚSTRIAS X OFERTA INSUFICIENTE DE LEITE;
5. EXPERIÊNCIA LOCAL EM PASTEJO ROTACIONADO;
6. ORGANIZAÇÃO DA CÂMARA SETORIAL DO LEITE E DERIVADOS DO CEARÁ
7. CRÉDITO FACILITADO PARA A PECUÁRIA DE LEITE (BNB, BB);
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

Produção Cearense de Leite


 6o produto no Ranking dos
CEARÁ: "RANKING" DOS PRODUTOS agropecuários mais importantes do
AGROPECUÁRIOS RELEVANTES
Ceará;
(2008)
PRINCIPAIS PRODUTOS VBP (*)
EMPREGOS VBP/
CRESCI
MENTO VBP
 Responsável por uma das maiores
DIRETOS EMPREGO
2008/1999 rendas do agronegócio cearense (R$
1 Frutas Irrigadas 2 4 7 3
356,2 milhões/ano em 2008, 5a maior
2 Carne (Bovina) 1 6 3 10 renda bruta - VBP e 4a maior renda por
3 Milho 4 1 13 5 emprego gerado dos 17 principais
4 Avicultura 3 11 1 9 produtos agropecuários;
5 Ovinocaprino 7 9 6 6
6 Leite (Bovino) 5 10 4 11  Muito adaptado aos ecossistemas do
7 Camarão 10 7 11 2 Ceará, gerando renda durante todo o
8 Feijão 6 2 15 8
9 Hortaliças 9 8 10 7
ano;
10
11
Piscicultura
Flores
14
8
17
13
2
5
4
12
 É o setor primário com maior
12 Mel de Abelha 15 16 9 1
integração com pequenas, médias e
13 Castanha Caju 12 3 14 13 grandes indústrias.
14 Mandioca 11 5 12 14
15 Cana de Açúcar 13 12 8 15  Gera 4,86 mil empregos diretos no
16 Mamona 16 14 17 16 campo, com a maior abrangência
17 Algodão 17 15 16 17 territorial dos produtos agropecuários
Fonte: IBGE/GCEA, INST. AGROPOLOS, SDA, EMATERCE, IPECE
Elaboração: ADECE
do Ceará, estando presente em todos
(*) VBP - Valor Bruto da Produção os municípios do Estado;
POLOS DE O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES
PRODUÇÃO

Produção de
Leite

Leite no Ceará (2009)

· Produção: 432,5 milhões de litros


· Captação: 197,6 (45,7%)
· Vacas ordenhadas: 524,3 mil
· 8 Polos com 85 municípios
· Produção em todos os municípios
(184)
· 49 agroindústrias de leite em 26
municípios c/ cqapacidade de 1,3
milhões litros
· Valor da Produção (VBP) Leite:
R$ 282,9 milhões
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

Perímetros Públicos Irrigados (2008) Araras Norte


Área Plantada:841 ha
Área Frutas: 775 ha
PERÍMETROS IRRIGADOS
 Perímetros principais: 8 Curú-Paraipaba
Área Plantada: 3.106 ha
 Área total: 40 mil ha Área Frutas: 2.445 ha
 Área Irrigada: 20 mil ha
Curú-Pentecoste
 Área a Irrigar: 20 mil ha Área Plantada: 667 ha
Área Frutas: 450 ha

Baixo Acaraú
Área Plantada: 3.000 ha
Área total irrigável: 11.936 ha
Jaguaribe-Apodí
1ª etapa: 7.776 ha Área Plantada: 6.086 ha
2ª atapa: 4.160 ha Área Frutas: 1.113 ha
Área disponível: 8.000 ha
Morada Nova
Área Plantada: 3.073 ha
Área Frutas: 21 ha
Tabuleiros de Russas
Área Plantada: 3.000 ha
Área total irrigável: 12.804 ha
Icó-Lima Campos
1ª. Etapa: 8.226 ha
2ª etapa: 4.588 ha Área Plantada: 1.223
Área disponível: 9.000 ha ha
Área Frutas: 144 ha
O POTENCIAL
PROGRAMA DOS
DE AGRICULTURA
AGRONEGÓCIOS
IRRIGADACEARENSES

Novos produtos:
AGROPOLOS:
Frutas Alternativas:
POLOS DE PRODUÇÃO IRRIGADA
Maçã, Pera, Caqui,
Mangostão, Rambutã,
FOCO EM SETORES E PRODUTOS Cacau, Morango, Figo
maior mercado e resposta econômica
Citros:
100% importados M.I. CE
in natura: 1.000 ha plantados
Suco: 10 mil ha (projeção)

Cultivo protegido

Frutas Flores Hortaliças Leite Biomassa


O POTENCIAL
PROGRAMA DOS
DE AGRICULTURA
AGRONEGÓCIOS
IRRIGADACEARENSES

7% da Área Cultivada
 Agricultura Irrigada no Brasil
35% da Produção
4,1% da Área Cultivada
 Agricultura Irrigada no Ceará
34,5% da Produção
 Tornar o Ceará uma referência na agricultura irrigada e colocá-lo no mapa
das exportações das frutas e flores do Brasil, em 10 anos.

 Estabilizar renda agrícola na propriedade e no Estado nos anos de seca.


64.217 64.217

 Obtenção do máximo
econômico e
financeiro por m3 de
água – maior renda e
emprego por ha.

 Opção por irrigação de


máximo rendimento,
principalmente localizada.

Feijão
Verde
O POTENCIAL
PROGRAMA DOS
DE AGRICULTURA
AGRONEGÓCIOS
IRRIGADACEARENSES

Caracterização dos Pólos de Irrigação do Ceará - 2008


O POTENCIAL
PROGRAMA DOS
DE AGRICULTURA
AGRONEGÓCIOS CEARENSES
IRRIGADA

CE: Ag. Irrigada x Ag. Sequeiro


2009 (*)
Setor Área (mil ha) Produção (mil t)
Ag. Irrigada 84 4,1% 2.651 34,5%
Ag. Sequeiro 1.967 95,9% 5.043 65,5%
Agricultura total 2.051 100,0% 7.694 100,0%
Fonte: SDA / INST. AGROPOLOS / IBGE / IPECE
Elaboração: ADECE
(*) Projeção

CEARÁ: Valor Bruto da produção (VBP)


Ag. Irrigada x Ag. Sequeiro
1.600.000
1.400.000
1.200.000
R $ M IL

1.000.000
800.000
600.000
400.000
VBP IRRIGADO
200.000 VBP SEQUEIRO
0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

PRODUÇÃO DE LEITE NO CEARÁ

Evolução na Produção de leite no Ceará - 1990 a 2008

450.000 Secas no 2,1%


Nordeste 9,6%
390.384 387.990 3,3%
400.000 1,3%
3,5% 3,0%
331.873 3,9%
350.000
325.267 328.127
Produção de leite, em mil litros

304.457 313.297
293.561299.231 292.345
300.000
267.555
243.088
250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Ano
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

Produção e captação de leite no estado do Ceará - 1997 a 2008 9,59%


450.000
425.210
400.000 387.990

350.000
(mil litros de leite)

300.000
102,4%
250.000

200.000 179.395

150.000
88.635
100.000

42,2%
22,8%

50.000

0
1.997 1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004 2.005 2.006 2.007 2.008
Produção de leite 387.990 313.297 325.267 331.873 328.127 341.029 352.832 363.272 367.975 380.025 416.453 425.210
Captação de Leite 88.635 85.036 86.263 94.880 86.000 86.852 87.039 86.323 119.517 138.753 152.770 179.395
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

Produção de leite, número de vaca ordenhada e produtividade – Região Nordeste e Estados -


2008
Estado/Região Prdução de leite Vaca ordenhada (mil Prdutividade
(milhões de litros) cabeças) (litros/cabeça/ano)
Bahia 952,4 1.796 530
Pernambuco 725,8 498 1.457
Ceará 425,2 516 824
Maranhão 365,6 549 666
Sergipe 259,7 198 1.311
Alagoas 239,9 170 1.411
Rio Grande do Norte 219,3 259 847
Paraiba 193,6 218 888
Piauí 77,8 194 401
Nordeste 3.459 4.401 786
Fonte: IBGE, 2010

CEARÁ/NORDESTE: 30 - Produção de leite


20 - Número de vacas ordenhadas
60 - Em produtividade do rebanho
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

DISTRIB UIÇÃ O ESPA CIA L DA S INDÚSTRIA S


PARQUE INDUSTRIAL LATICINISTA DE LEITE NO CEA RÁ

Volume, C ru z

ITEM
J ijo ca d e
B ar ro q u in h a C a m o c im A c a ra ú Ita re m a
J e r ic o a co a ra

em litros. C ha v a l

M a rtin ó p o le
B e la C ru z
M a rc o
G ra n ja

Capacidade instalada nominal 1.253.900


M o rrin h o s
U ru o c a S e n a do r S á T ra ir i

S a n ta n a A m o n ta d a
M o ra új o d o A c a ra ú
P a r ac u ru

Capacidade instalada real 886.300


M a s s ap ê
M ir aí m a Ita p ip oc a
C o r ea ú S ã o G o n ça lo
V iç o s a d o C e a r á M e ru oc a
A lc â n ta ra s T u ru ru S ã o L u ísd o A m a ra n te
d o C u ru
U ru bu r e ta m a

Leite adquirido 679.740 Tia n g u á


F re ch e irin h a S o b ra l

F o r qu il h a
Ir a u ç u b a
Ita p a jé U m irim

P en te c os te
C a u c a ia F or tale z a

M a ra c a n a ú
U ba ja ra

Leite processado 675.314


E u s é bi o
M u c a m bo G ro a íra s A qu ir a z
Ib ia p ina Teju ç uo c a A p u ia ré s M a ra n g u ap e Ita itin g a
C a r iré P a c a tu ba
S ã o B e n e d ito P ac u já
G ra ça G e ne ra l S a m p a ío G u a iú b a P in d o re ta m a

% da Cap. real / processado 76,2% C ar n a u ba l R e r iu tab a P a ra m o ti P a lm ac ia H or iz o n te


Va rjo ta C a s c av e l
G u ara c ia ba C a r id a d e P a c o ti P a c a ju s
A c a ra p e B e b e rib e
d o No rt e R ede nç ã o
P ire s F er re ira

Fonte: SIF e SIE e pesquisa de campo.


G u a ram ir an g a
B a r re ira C ho ro z in h o
Ip ú M u lun g u B a t ur ité
S a n ta Q u ité ria C a n in d é

Elaboração: Reis Filho - L&N consultoria


C ro a tá H id ro lâ n d ia A ra tu ba A ra co ia b a
F o r tim
C a p is tr an o
O ca ra
Ip u ei ra s Ita ti ra
Ita p iú n a A ra c a ti

C atun da
N ov a R us sas P a lha n o Ita iç a b a Ic a p u í
P orang a A ra re nd á
C h o ró

Leite Número de Tam b o ril Ib a re tam a J ag u a r ua n a


M o n s en h o r M a da le n a R uss as
Ip a p o ra n g a
Tab o sa
Q u ix a d á Ib ic u i tin g a

processado/dia empresas
Q u ix e ré
B o a V ia g e m M o ra da N o v a
L im oe ir o do N o rt e

C ra te ús Q u ix e ra m o bim B a n a b u iú Tab u leiro


S ão J o ã o d o N o rte
d o J a g ua ri b e

Até 10.000 litros 43 N o v o O rien te


In d e p e n d ê n c ia
P ed ra B r a n c a
S en a d o r P o m p e u J a g u a r eta m a
A lto S a nt o

10.000 a 15.000 litros 4 Q u ite ria n óp o lis


M o m ba ça
M ilh ã

P iq u e t C a rn e iroD e p . Ira p u a n
S o lo n ó p o le
J ag u a r iba ra
Ir a c e m a P o tire ta m a

> 15.000 litros 7


P in h e iro J a g u ar ib e

E re rê
Ta u á P e r e iro

TOTAL 54
A co p ia ra
Q u ixe lô
C a ta r ina
P ar a m b u A rn e iro z O ró s

Ig u a t u
Ic ó

Fonte: SIF e SIE e pesquisa de campo. S a b o e iro


J u c ás

Elaboração: Reis Filho - L&N consultoria A iu ab a


C a r iú s C e d ro

U m ari
Ta rra fa s B a ix io
A n to n in a L a v ra s
d o N o rte d a M a n g a b e ira Ip a u m ir im
V á r ze a A le gr e

Concentração nas regiões Metropolitana,


F ar ia s
B rito G ra n jeiro
A ss a ré
A u ro r a
C a m p o s S a le s
A lta n e ir a C ar iria ç u
P ot en g i

Sertão Central e Baixo Jaguaribe –


N ov a
B ar ro
O lin d a J u a z e ir o
S a n ta na d o C a r iri d o N o rt e
A ra rip e M is sã o
C ra to M ila g re s
S a litr e
V el h a

proximidade do centro de produção com


B a r ba lh a
R A b a ia ra
P M a ur iti

B re jo S a n to
P or te ira s

mercado consumidor (Fortaleza).


J a rd im
J a ti

P e n a fo rte
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

MERCADO E CONSUMO DE LÁCTEOS

A mudança no mercado e no consumo de lácteos no


Nordeste é que vem definindo o futuro da Cadeia Produtiva
do Leite na região.
As principais direcionadores do consumo de lácteos são
crescimento da população, aumento da renda e novos
hábitos de consumo (Carvalho et al, 2008).

O incremento de renda aliado ao fato de que a região é a


segunda mais populosa do Brasil, coloca o Nordeste em 2a
posição em potencial de consumo, com participação prevista
em 18,8% no total de 1,8 trilhão de reais que a economia
nacional deve movimentar neste ano (Targer Marketing, 2009).
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

MERCADO E CONSUMO DE LÁCTEOS

A região Nordeste apresenta baixo consumo “per capta”, o segundo menor do País, apenas
96,8kg/hab/ano (recomendação: 200 litros/hab/ano).

Melhoria da renda da Crescimento da


Geração de emprego
população população

Entre 2003 e 2009 –


Aumento da renda real A região Nordeste é a
geração de 1,9 milhão
entre 2003 e 2009 foi de segunda mais populosa
empregos/carteira
15,5% , o dobro da e cresce a uma taxa
assinada – incremento
brasileira (6,8%) anual de quase 1%.
de 39% (IBGE,2009)

Programas de Processo intenso de


trasnferência de renda: urbanização - 69,0% da
cerca de 40% das população reside na
famílias no Nordeste zona urbana . Brasil:
recebem o Bolsa Família 81,25%

Relação de renda e consumo de lácteos é alta para alguns


produtos Aumento no consumo de
lácteos
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

MUDANÇA NA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE

Implantação
Exportação de
Unidades
produtos Industriais
lácteos já
na região Nordeste
processados

Proximidade do
centro produtor x
centro consumidor

Aumento na demanda de leite na


região = necessidade de
aumento da produção e oferta de
leite
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE LEITE NO CEARÁ


Temperatura para crescimento das forrageiras
Temperatura (0C)
Espécie forrageira
Mínima Ótima Máxima
Gramíneas e leguminosas
15 30 a 35 35 a 50
tropicais
Gramíneas e leguminosas
5 a 10 20 30 a 35
temperadas
Fonte: COOPER e TAINTON (1968); RODRIGUES et al (1993)

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS FAVORÁVEIS PARA A


PRODUÇÃO DE LEITE
Para produção de
Conforto animal – Condições sanitárias
forragem – principal
melhor no período – menor incidência de
alimento dos
seco doenças e parasitas
ruminantes

PRODUÇÃO DE LEITE A BASE DE PASTAGEM


DURANTE 12 MESES DO ANO
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

Comportamento da produção de forragem no sequeiro x


irrigado durante o ano no Estado do Ceará
6000

5000
Produção de MS de forragem

4000

3000

2000

1000

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Sequeiro Irrigado
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE LEITE NO CEARÁ

PROJETO PASTO VERDE – 2000 A 2006


• Difusão de novos conceitos na atividade leiteira
a) Gestão da propriedade;
b) Difusão de tecnologia para produção de leite.

Existem atualmente + de
5.000 Hectares de
pastagens irrigadas
implantados

TECNOLOGIA
CONSOLIDADA
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

PRODUÇÃO INTENSIVA DE
LEITE EM PERÍMETROS
IRRIGADOS DO CEARÁ

ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-


ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DE LEITE A BASE
DE PASTAGEM IRRIGADA EM SEIS
DIFERENTES TAMANHOS DE PROPRIEDADES
– PERÍMETROS IRRIGADOS
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

Setor Setor Perímetros


Produtivo Industrial Irrigados

Garantia da oferta de leite durante Potencialização do uso das


Aumento da produção e oferta 12 meses do ano, diminuindo a áreas dos perímetros irrigados e
de leite no estado do Ceará sazonalidade da produção de leite maximização do uso das infra-
VANTAGENS

no Estado do Ceará estruturas já existentes;

Imprimir maior grau de


Facilidade para logística de Ampliação da área implantada
segurança aos
captação de leite com redução de com atividade produtivas nos
empreendimentos voltados para
custos perímetros irrigados
produção de leite

Inserção de novos empresários Dminuição da inadimplência


na atividade leiteira, com visão Implantação de novos laticínios no referente as taxas cobradas nos
moderna e profissional na estado do Ceará, alavancando o
perímetros irrigados como: K1 e
condução da bovinocultura de processo de industrialização
leite K2,

Implantação e exploração de Maior oferta de adubo orgânico


projetos voltados para a nos perímetros irrigados, que
produção de leite de forma hoje se apresenta de alto custo
intensiva e baixa disponibilidade.

Melhoria do nível tecnológico Dinamização da economia local e regional, com geração de emprego e
da atividade leiteira no Ceará
renda no meio rural;
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

PRODUÇÃO DE LEITE EM SISTEMA INTENSIVO DE PRODUÇÃO A


BASE DE PASTAGEM IRRIGADA - 12 MESES DO ANO
 Maior eficiência no uso de concentrado;
 Maior produtividade da terra;
 Eliminação ou diminuição do uso de tratores e outros equipamentos
(pequenas e médias propriedades);
 Eliminação da estacionalidade na produção de forragem;
 Aumento da eficiência da mão de obra;
 Viabilização da pequena propriedade leiteira;
 Maximização dos fatores produtivos e diminuição do capital imobilizado;
 Diminuição no custo de produção – custo de produção mais
competitivo;
 Maior rentabilidade da atividade leiteira.
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

VANTAGENS EM PRODUZIR LEITE NOS PERÍMETROS IRRIGADOS NA


VISÃO DO PRODUTOR

1.Terreno Plano;
2.Garantia de fornecimento de água;
3.Estrutura de irrigação pronta: captação e ponto de água no lote;
4.Aproveitamento de 100% da área para produção de leite – outras
propriedades necessitam de reserva legal e áreas improdutivas;
5.Facilidade para contratação de serviços de mecanização.
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

SISTEMA DE PRODUÇÃO DE LEITE PROPOSTO


PASTEJO ROTACIONADO IRRIGADO – 12 MESES DO ANO

CANA-DE-AÇÚCAR – RESERVA ESTRATÉGICA ALIMENTAR


O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

SISTEMA DE PRODUÇÃO DE LEITE PROPOSTO


ALEITAMENTO ARTIFICIAL COM
DESMAMA PRECOCE

ORDENHA MECÂNICA E
TANQUE DE RESFRIAMENTO
DE LEITE

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

PADRÃO RACIAL: GIROLANDO


O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

DADOS DOS EMPREENDIMENTOS


Tabela 1 – Índices zootécnicos e reprodutivos do rebanho e de produtividade da atividade
em seis diferentes tamanhos de lotes.

Tamanho da área explorada (hectares)


Produto
8 16 24 50 105 210
Produção propriedade/dia* (lts) 512 1.061 1.534 3.196 6.776 13.424
Intervalo de partos (dias) 407 408 407 406 405 409
Duração da lactação (dias) 305 305 305 305 305 305
% de vacas em lactação* 75,0 74,7 75,0 75,2 75,3 74,5
Total de vacas no plantel* 40 83 120 250 530 1060
Vacas lactação no plantel* 30 62 90 188 399 790
Prod. de leite/vaca/reb/dia (kg)* 12,8 12,8 12,8 12,8 12,8 12,7
Prod. leite vaca/lact/dia (kg)* 17,0 17,0 17,0 17,0 17,0 17,0
Prod. total leite/vaca/ano (kg)* 3.888 3.873 3.888 3.899 3.904 3.862
Prod.total vaca/lactação (kg)* 5.185 5.185 5.185 5.185 5.185 5.185
Produção de leite/ha/ano (kg)* 23.360 24.090 23.360 23.360 23.725 23.360
Produção de leite/ha/dia (kg)* 64 66 64 64 65 64
Total de UA* 73 149 216 444 933 1.960
Capacidade suporte (UA/ha)* 9,48 9,6 9,3 9,25 9,15 9,6
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

DADOS DOS EMPREENDIMENTOS


Tabela 2. Investimentos previstos para a implantação de projeto de Bovinicultura de Leite em
diferentes tamanhos de lotes (em reais).

Tamanho da área explorada (hectares)


Item de investimento
8 16 24 50 105 210
1. Infra estrutura 11.400 18.200 21.400 35.500 72.000 93.000
2. Instalações e montagens 2.000 4.000 6.000 10.000 20.000 40.000
3. Edifícios e construções 33.750 47.500 61.250 82.500 137.500 220.000
4. Máquinas/equipamentos 54.786 124.743 169.005 343.763 812.276 1.492.633
5. Cobertura do solo 43.897 88.316 133.778 287.956 600.500 1.221.691
6. Efetivo animal 103.000 211.000 302.000 604.000 1.202.000 2.554.000
7. Ferramentas e utensilios 1.700 2.400 2.900 4.600 4.600 5.600
8. Outros ativos corpóreos 4.800 5.800 9.100 13.200 14.600 19.600
9. Assistência técnica 5.580 11.160 11.160 16.740 22.320 44.640
10. software 2.000 3.000 3.000 4.000 4.000 5.000
11. Terreno 16.000 32.000 48.000 100.000 210.000 420.000
Total investimentos (R$) 278.913 548.118 767.593 1.502.259 3.099.796 6.116.164
Total investimento p/ ha (R$) 34.864 34.257 31.983 32.045 29.521 29.124
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

DADOS DOS EMPREENDIMENTOS

Tabela 3 – Renda total, custo total e custo operacional da atividade leiteira a partir do sexto ano do
projeto, expressos em R$/ano, em seis diferentes tamanhos de lotes.

Tamanho da área explorada (hectares)


Indicador
8 16 24 50 105 210
Renda total 173.321 352.066 514.515 1.058.385 2.111.067 4.460.540

Custo total – (CT) 146.273 273.519 395.842 810.165 1.666.311 3.217.610

Custo oportunid. capital (6%) 16.734 32.888 46.056 90.136 185.988 366.969

Custo operacional (CO) 129.539 240.631 349.786 720.129 1.480.323 2.850.641

Depreciações 8.135 16.322 22.006 41.876 93.528 168.303

Desembolso 121.404 224.309 327.780 678.253 1.386.795 2.682.338


O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

DADOS DOS EMPREENDIMENTOS

Tabela 4 – Custo total e operacional por litro de leite produzido a partir do sexto ano do
projeto, expressos em R$, em seis diferentes tamanhos de lotes.

Tamanho da área explorada (hectares)


Indicador
8 16 24 50 105 210
Produção de leite/ano (litros) 186.660 387.328 559.980 1.166.625 2.473.245 4.899.825
Participação das despesas do leite no
total despesas/fazenda 73,1% 74,6% 73,8% 74,8% 79,3% 74,5%

Preço recebido/litro de leite 0,6539 0,6539 0,6539 0,6539 0,6539 0,6539

Custo total – (CT) 0,5728 0,5266 0,5218 0,5197 0,5344 0,4892

Custo oportunid. capital (6%) 0,0655 0,0633 0,0607 0,0578 0,0596 0,0557

Custo operacional (CO) 0,5073 0,4633 0,4611 0,4619 0,4748 0,4334

Depreciações 0,0318 0,0314 0,0290 0,0268 0,0299 0,0255

Desembolso 0,4754 0,4319 0,4320 0,4351 0,4448 0,4078


O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

DADOS DOS EMPREENDIMENTOS

Tabela 5 – Estimativas de renda líquida anual e mensal da atividade leiteira a partir do sexto
ano do projeto, expressos em R$/ano e mês, em seis diferentes tamanhos de lotes.

Tamanho da área explorada (hectares)


Indicador
8 16 24 50 105 210
Renda total (ano) 173.321 352.066 514.515 1.058.385 2.111.067 4.460.540

Desembolso (ano) 121.404 224.309 327.780 678.253 1.386.795 2.682.338

Margem bruta (MB = RT – Des) 51.917 127.757 186.735 380.132 724.272 1.778.202

Depreciações (ano) 8.135 16.322 22.006 41.876 93.528 168.303

Margem líquida (ML=MB - Dep) 43.783 111.435 164.729 338.256 630.744 1.609.899

Margem Líquida/mês 3.648 9.286 13.727 28.188 52.562 134.158

Margem Liquida/ha/mês 456 580 572 564 501 639


O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

DADOS DOS EMPREENDIMENTOS


Tabela 6 – Índicadores financeiros dos projetos nos seis diferentes tamanhos de lotes.
Tamanho da área explorada (hectares)
Produto
8 16 24 50 105 210
Taxa Interna de Retorno - TIR (%)
9,26 13,21 14,32 14,67 16,23 18,51

Periodo de Recuperação do Capital


127 101 95 94 88 79
– PRC (meses)
Valor Atual Líquido - VAL (R$)
32.878 217.246 363.956 760.495 1.964.334 4.846.506

Ponto de equilíbrio no 120 ano – PE


61,24 53,02 50,45 48,40 48,88 43,96
(%)
% Utilização máxima da capacidade
70,78 52,64 49,27 54,57 50,64 44,20
de pagamento
% Utilização mínimo da capacidade
53,29 41,46 39,27 37,36 34,60 32,65
de pagamento

NOS MODELOS DE PRODUÇÃO PROPOSTOS, OS RESULTADOS


INDICAM A VIABILIDADE ECONÔMICA DE TODOS OS
EMPREENDIMENTOS
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

DEZ MOTIVOS PARA INVESTIR NA ATIVIDADE LEITEIRA NO CEARÁ

1. Condições climáticas favoráveis para a produção de forragem;


2. Disponibilidade de terra e solos adequados a produção de forragem;
3. Baixos preços da terra;
4. Possibilidade de irrigação c/ alto poder de resposta;
5. Cultura e tradição de exploração da atividade leiteira na região;
6. Atividade menos vulnerável comparadas com agricultura;
7. Alternativa de exploração em pequenas áreas;
8. Aumento da demanda de leite no Estado;
9. Mercado demandador de matrizes e reprodutores;
10. Custo competitivo e rentabilidade atrativa – explorado em sistema
intensivo de produção de leite.
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

Produção de Leite do Ceará: Desafios


2016
2016 2016
(Projeção
INDICADORES 1999 2006 2008 (Projeção (Projeção
Perímetros)
normal) (1) total) (3)
(2)
Rebanho (cab) 2.167.525 2.352.589 2.460.523 2.866.393 51.000 2.917.393
Vacas ordenhadas (cab.) 435.254 475.988 516.353 659.693 16.000 675.693
Produção Leite (mil litros/ano) 325.267 380.025 425.206 594.194 146.000 740.194
Produção Leite (mil litros/dia) 891 1.041 1.165 1.628 400 2.028
CONSUMO LEITE 1.552 2.169 2.169
DEFICIT 387 541 141
Prod. leiteira (litros /ano/vacas ord.) 747,30 798,39 823,48 900,71 1.095,46
Empregos Diretos Total 21.675 23.526 24.605 28.664 29.174
Fonte: IBGE, SDA, INST. AGROPOLOS, EMATERCE, IPECE
Elaboração: ADECE
(1) Projeção normal Projeção com + 4 mil ha de
(2) Projeção perímetros irrigados: 1.500 há (Baixo Acaraú e Tabuleiros de Russas e 1.000 em outros locais) produção intensiva
(2) Projeção normal + produção perímetros irrigados 10765

2008: 2016:
Consumo: 1.552 mil l / dia Consumo: 2.169 mil l / dia
Produção: 1.165 mil l / dia Produção: 2.028 mil l / dia
Deficit: 387 mil l / dia (25%) Deficit: 141 mil l / dia (6,5%)
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

PROJETO: Produção Intensiva de Leite


PRINCIPAIS INDICADORES DOS EMPREENDIMENTOS -
COMPARAÇÃO COM FRUTAS
CEARÁ: INDICADORES FINANCEIROS PARA ALGUMAS FRUTAS E LEITE (50 HECTARES)

TAXA
VALOR BRUTO TAXA DE VALOR
INVESTI CUSTO DE RECEITA RETORNO INTERNA DE PAY
DA PRODUÇÃO - LUCRATI PRESENTE
PRODUTO MENTOS PRODUÇÃO LÍQUIDA FINAN RETORNO - BACK
VBP VIDADE LÍQUIDO -VPL
CEIRO TIR
R$/ano R$/ano R$/ano R$/ha R$/ano R$/mês % % anos R$
BANANA PACOVÃ 655.000 610.200 356.824 7.136 253.376 21.115 1,71 41,5 18,85% 6,06 1.138.267,53
MAMÃO FORMOSA 655.000 736.000 510.937 10.219 225.063 18.755 1,44 30,6 18,66% 5,10 968.546,69
MELANCIA 655.000 1.096.500 880.554 17.611 215.946 17.996 1,25 19,7 31,77% 3,41 1.213.402,25
MELÃO 655.000 3.065.754 2.724.604 54.492 341.150 28.429 1,13 11,1 51,73% 2,08 2.296.683,83
LEITE 1.502.259 913.588 598.001 11.960 315.587 26.299 1,53 34,5 15,06% 7,07 1.105.814,56
Fonte: IBGE, CEASA-CE, ADECE, Projeto Leite Irrigado - Leite&Negócios Consultoria e Assessoria
Elaboração: ADECE
RETORNO FINANCEIRO: Retorno financeiro por unidade investido
TAXA DE LUCRATIVIDADE: receita líquida sobre a receita total
TIR - TAXA INTERNA DE RETORNO: Custo máximo do capital para viabilizar o investimento.
PAYBACK: Tempo em que o investimento se paga.
VPL - VALOR PRESENTE LÍQUIDO: Valor Líquido ganho no projeto após recuperar o investimento inicial.
O POTENCIAL DOS
AGRONEGÓCIOS CEARENSES

Obrigado!
Sérgio Baima – Analista de Mercado e Projetos da Diretoria de Agronegócios da ADECE
Agro Especialista em Mercado e Comercialização sergiobaima@yahoo.com.br 55(85) 9610.1060

Raimundo Reis – Sócio Diretor da Consultoria Leite & Negócios


Msc Zootecnista rdoreis@leiteenegocios.com 55(85) 3253.3110

Av. Barão de Studart, 598


CEP: 60120-000 - Aldeota
Fortaleza - Ceará
Fone: (85) 3244.7927
Fax: (85) 3244-7957
adece@adece.ce.gov.br
www.adece.ce.gov.br

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