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ÉMILE DURKHEIM

PROFESSORA : MARIA THEREZA LACERDA


ÉMILE DURKHEIM (1858-1917)
• CONSOLIDA A SOCIOLOGIA
COMO CIÊNCIA

• CONSIDERADO UM DOS PAIS


DA SOCIOLOGIA

• INFLUENCIADO POR IDEIAS


POSITIVISTAS DE COMTE

• PARA ELE PRA ESTUDAR A


SOCIOLOGIA A GENTE
PRECISA TER REGRAS

• 1895: ‘’ Regras do método


sociológico’’

• 1897 : Suicídio

• FATO SOCIAL
O FATO SOCIAL

• O QUE UM SER HUMANO


APRENDE SOZINHO ?

• O QUE UM SER HUMANO


APRENDE SOCIALMENTE?
FATO SOCIAL
• FENÔMENOS QUE ACONTECEM NA
SOCIEDADE ( COMPORTAMENTOS,
PRÁTICAS, HÁBITOS…)

• NÃO É A AÇÃO DO INDIVÍDUO QUE


MOLDA A SOCIEDADE, MAS A
SOCIEDADE QUE MOLDA AS AÇÕES
INDIVIDUAIS

• SOCIEDADE ANTERIOR AO INDIVÍDUO


FATOS SOCIAS

• “Quando desempenho minha tarefa de irmão, de marido ou de cidadão,


quando executo os compromissos que assumi, eu cumpro deveres que
estão definidos, fora de mim e de meus atos, no direito e nos costumes.
Ainda que eles estejam de acordo com meus sentimentos próprios e que eu
sinta interiormente a realidade deles, esta não deixa de ser objetiva; pois
não fui eu que os fiz, mas os recebi pela educação.”

• Do mesmo modo, a s crenças e a s práticas de sua vida religiosa, o


fiel as encontrou inteiramente prontas ao nascer; se elas existiam
antes dele, é que existem fora dele. O sistema de signos de que me
sirvo para exprimir meu pensamento, o sistema de moedas que
emprego para pagar minhas dívidas, os instrumentos de crédito que
utilizo em minhas relações comerciais, as práticas observadas em
minha profissão etc. Funcionam independentemente do uso que faço
deles.
SOCIALIZAÇÃO METÓDICA

• A educação tem justamente por objeto produzir o ser


social" (DURKHEIM, 2007, p.6). E ainda, exemplifica
a educação como fato social pelo processo de
socialização da criança, na qual, o meio social
exerce a todo instante uma coerção sobre a criança
com a intenção de moldá-la a sua maneira.
O FATO SOCIAL PRECISA POSSUIR TRÊS
CARACTERÍSTICAS

EXTERIORIDADE GENERALIDADE
(AÇAO FOI O INDIVÍDUO QUE (ATINGE A MAIORIA DOS
INVENTOU, É ALGO QUE INDIVÍDUOS PRESENTES EM
EXISTE OU JÁ EXISTIA) UMA SOCIEDADE)

COERCITIVIDADE
(AÇÃO
COERCITIVA)
CORRENTES SOCIAIS
• GRANDES MANIFESTAÇÕES DE ENTUSIASMOS,
INDIGNAÇÃO, PIEDADE E ETC. CHEGAM A
CADA UM DE NÓS DO EXTERIOR E NÃO TEM
SUA ORIGEM EM NENHUMA CONSCIÊNCIA
PARTICULAR. SÃO SUSCETÍVEIS DE NOS
ARRASTAR, MESMO CONTRA A NOSSA
VONTADE. APO´S SUA PASSAGEM
PERCEBEMOS O QUANTO SOFREMOS E NÃO
PRODUZIMOS ESSE SENTIMENTOS E, POR
VEZES NOS SENTIMOS ESTRANHOS.
SOLIDARIEDADE MECÂNICA
• SOCIEDADES DITAS PRIMITIVAS OU ARCAICAS, SEM
GRANDES DISTINÇÕES SOCIAIS. NESTAS
SOCIEDADES, OS INDIVÍDUOS QUE AS INTEGRAM
COMPOATILHAM DAS MESMAS NOÇÕES E VALORES
SOCIAIS TANTO NO QUE SE REFERE AS CRENÇAS
RELIGIOSAS QUANTO AO QUE SE REFERE AOS
INTERESSES MATERIAIS NECESSÁRIOS A
SUBSISTENCIA DO GRUPO. HÁ FORTE CONSCIÊNCIA
COLETIVA E POUCA DIVERSIDADE. SÃO JUSTAMENTE
ESSAS CORRESPODÊNCIAS DE VALORES QUE IRÃO
ASSEGURAR A COESÃO SOCIAL, OU SEJA INDIVÍDUOS
SE SENTIRÃO PARTE DO TODO.
SOLIDARIEDADE ORGÂNICA
• DE MODO DISTINTO, EXISTE A SOLIDARIEDADE
ORGÂNCICA QUE É DO TIPO QUE PREDOMINA NAS
SOCIEDADES DITAS ‘’MODERNAS’’ OU ‘’COMPLEXAS’’ DO
PONTO DE VISTA DA MAIOR DIFERENCIAÇÃO
INDIVIDUAL E SOCIAL ( O CONCEITO, NO CASO, SE
REFERE AS SOCIEDADES CAPITALISTAS). ALÉM DE NÃO
COMPARTILHAREM DOS MESMOS VALORES E CRENÇAS
SOCIAIS, OS INTERESSES INDIVIDUAIS SÃO BASTENATE
DISTINTOS E A CONSCIÊNCIA DE CADA INDIVÍDUO É
MAIS ACENTUADA. ISSO SE DEVE A DIVISÃO DO
TRABALHO.A CONCIÊNCIA COLETIVA SE RESOLVE NA
PERCEPÇÃO DE QUE TODOS SÃO INDIVÍDUOS.
OBJETIVIDADE DO CAMPO
METODOLÓGICO PARA DURKHEIM

CRENÇA NA OBJETIVIDADE ABSOLUTA DO


CIENTISTA SOCIAL, QUE DEVERIA ENCARAR
A SOCIEDADE DE FORMA ABSOLUTAMENTE
DISTANCIADA, OBJETIVA E NEUTRA.
CRÍTICAS
• ÊNFASE NA COESÃO SOCIAL ( VISÃO MUITO
PARADA DA SOCIEDADE)

• ENFASE NA OBJETIVIDADE ( SEM


ENVOLVIMENTO?)

• VISÃO DE SOCIEDADE MAIS IDEAL DE QUE


REAL
CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS
SOCIAIS

• QUANDO SE ENCONTRA
GENERALIZADO NA
NORMAL SOCIEDADE OU
DESEMPENHA ALGUMA
FUNÇÃO SOCIAL
IMPORTANTE

• AQUELE QUE SE
PATOLÓGIC ENCONTRA FORA DOS
LIMITES PERMITIDOS
O PELA ORDEM SOCIAL E
PELA MORAL VIGENTE
CLASSIFICAÇÃO
• Fato social normal → são aqueles comuns a
todos, encontram-se na maior parte dos indivíduos
e apresentam poucas variações entre uns e outros
e no geral, estão presentes durante toda a vida.
• EX. ESTUDAR , CASAR, HÁBITOS DE HIGIENE,
CRIME

• Fato social patológico → São acontecimentos


excepcionais, excêntricos, que atinge somente uma
minoria, geralmente duram um determinado
período de tempo. / O QUE É NORMAL?
REBELDIAS
ANOMIA

SEGUNDO DURKHEIM UMA SITUAÇÃO DE ANOMIA PODE


SER IDENTIFICADA TODA VEZ QUE AS RELAÇÕES
SOCIAS, ASSIM COMO A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO,
ENGEDRAM CONFLITOS AO INVÉS DE SOLIDARIEDADE.
ISSO DEIXA DE EXISTIR CORRESPODÊNCIA ENTRE AS
REGRAS JURÍDICAS E MORAIS ESTABELECIDAS E AS
CONDIÇÕES GERADAS PELAS TRANFORMAÇÕES DAS
RELAÇÕES SOCIAS, PRESENTES EM DETERMINADAS
SOCIEDADES.
ADOECIMENTO DA SOCIEDADE

• DESIGUALDADE SOCIAIS
• GUERRAS E TRANSFORMAÇÕES
• INSTABILIDADE POLÍTICA

=
NÃO CONSEGUEM PERCEBER SEUS LIMITES
• FALTA DE INTEGRAÇÃO DOS INDIVÍDUOS/
INDIVIDUALIDADE
• PERDEM A NOÇÃO DE SOLIDARIEDADE
• (EMAGIS) Segundo a sociologia criminal de Emile Durkheim, o crime não
é uma doença social, mas um fenômeno inseparável dela, motivo pelo
qual, desde que dentro de uma margem de normalidade demonstrada
pela estabilidade das estatísticas, o crime possui até alguns aspectos
positivos para a evolução do grupo social.

• Certo ou Errado?

• CERTO. A teoria formulada por Emile Durkheim, cujas obras de lançaram


as bases da sociologia criminal consensual desenvolvida no século XX, foi
formulada em um contexto de profundas mudanças sociais, com o
enfraquecimento dos modelos tradicionais de sociedade e o
fortalecimento das economias industrializadas no final do século XIX.


• Na obra “Les régles de la méthode sociologique” se encontra uma das mais
importantes contribuições de Durkheim, a concepção do crime como um
fator de funcionalidade de toda e qualquer sociedade, e não uma patologia,
como era considerado até então. Constata Durkheim que em qualquer
sociedade, seja de qualquer tipo e de qualquer época, haverá crime, por
isso não é algo patológico. O delito faz parte da vida coletiva, enquanto
elemento funcional da fisiologia, e não da patologia da vida social. Somente
em caso de crescimento excessivo pode ser considerado patológico. Então,
classificar o crime entre os fenômenos de sociologia normal é afirmar que é
um fator da saúde pública, uma parte integrante de qualquer sociedade sã.

• Em suma, Durkheim assevera que o crime cumpre uma função na estrutura


social, uma vez que provoca e estimula a reação social, estabiliza e
mantém vivo o sentimento coletivo que sustenta a conformidade às normas.
O delito pode ser um papel direto no desenvolvimento moral de uma
sociedade.
REFERÊNCIAS IMPORTANTES

O conceito de anomia “Anomia” é um dos conceitos e


temas da sociologia com os quais trabalha o jurista-
sociólogo. É uma palavra grega usada em quase todos
os idiomas da cultura ocidental. A-nomia significa
literalmente ausência de lei (a = ausência; nomos = lei).
Este conceito é utilizado entre os sociólogos desde
Durkheim. Miranda Rosa (1981, p. 98) aponta que a
anomia tem três significados:
a) Quando uma pessoa vive em situação de
transgressão das normas, demonstrando pouca
vinculação às regras da estrutura social a qual
pertence. Exemplo: um delinquente. Aqui anomia significa
principalmente ilegalidade.
Quando se constata falta d e normas que vinculem as
pessoas num contexto social. 1º exemplo: nos anos 60
eclodiu o movimento d a contracultura hippie (contracultura
é um modo de vida seguido por um grande grupo de
pessoas que se opõe conscientemente e frontalmente ao
modo de vida dominante, rejeitando os seus valores e
padrões de comportamento). Por um período não se
sabia bem o que era justo , injusto, certo ou errado. Em
outras palavras, explodiu uma crise de valores, em que se
questionava tudo (moral familiar, sexual, papel da mulher,
trabalho assalariado, convenções sociais).
• Neste momento histórico, que era um período de transição, vivia-se uma situação de
anomia. No caso d a mulher, houve uma transformação com relação ao seu papel na
sociedade. 2° exemplo: o iluminismo jurídico. Pensem no momento de transição no
século XVIII: abolia-se ou não a tortura judicial? A inquisição? A pena de morte? Com
o questionamento introduzido pelo iluminismo jurídico, passou -se por um momento de
crise, de dúvidas. Encontramos obras de autores que defendem o velho sistema e
muitas outras que defendem as novas ideias iluministas. Neste processo, há um momento
de “perda de referencial”. 3° exemplo: uma guerra, onde impera uma situação de
ausência de regras entre a população d os Estados e m conflito (saques, atos de
violência). Isto acontece porque as pessoas vivem em situação extrema, com constante
perigo de vida e com quebra d o sistema d e organização social, que propicia a
transgressão de qualquer norma. Nestes três exemplos, anomia significa ausência de
normas d e referência na sociedade. Não se trata somente de um problema dos
indivíduos que transgridem as regras de comportamento, nem de uma situação de conflito
de deveres em casos concretos, mas de uma crise social de caráter amplo, onde os
membros de grandes grupos sociais “não sabem o que fazer”. Geralmente por anomia
se entende este terceiro significado, que indica uma situação de grande interesse para
o sociólogo e também para o jurista. A anomia, neste sentido, pode ser indicativa de
uma mudança social.
O QUE É
CONTROLE
SOCIAL?

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