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ENFERMAGEM EM SAÚDE DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Acidentes domésticos em Pediatria
Por isso, cabe aos mais velhos não subestimar a criança em suas capacidades e habilidades,
oferecendo-lhe supervisão constante e atenta.
• O risco é mais elevado para crianças em idade pré-escolar, de 2 a 5 anos, que costumam
sofrer traumas e lesões com maior frequência. Nessa idade ainda não possuem o menor
conhecimento dos riscos e perigos que as cercam. Se não forem bem supervisionadas e se a
casa onde moram não estiver preparada e dotada das principais medidas de prevenção,
certamente acabarão se acidentando com uma frequência ainda maior.
• Sobretudo, os pais devem adotar algumas atitudes, como supervisão constante e atenta; estar
cientes dos perigos e riscos; e conhecer as fases do desenvolvimento de seu filho. Desse
modo, podem, assim, se antecipar com a adoção de medidas corretas de prevenção, como a
criação de uma casa segura, com o uso de equipamentos adequados. Não se esqueça: a
criança ganha autonomia conforme cresce e logo terá a idade para reconhecer os riscos e
perigos aos quais está sujeita. Até lá, a supervisão e a proteção nunca serão demais.
• Algumas intervenções combinadas podem ser bastante efetivas para garantir ambientes mais
seguros, principalmente quando se associam supervisão, educação antecipada e legislação
adequada. No que se refere à prevenção, os fatores relacionados abaixo, se combinados,
obtêm melhores resultados:
• Os períodos nos quais a incidência de acidentes cresce são durante as férias escolares, nos
fins de semana e no verão, sempre no final da tarde e começo da noite.
1) Tomadas elétricas devem estar protegidas. A fiação deve estar em bom estado e fixada no alto e os fios
precisam ficar presos e recolhidos;
2) As janelas devem ser protegidas por grades ou telas. Se forem do tipo basculante, a abertura deve estar
limitada a 10 cm com corrente;
3) Nenhum móvel deve estar em baixo das janelas para desestimular tentativas de escalada e evitar quedas;
4) Os móveis devem ter cantos arredondados para evitar lesões e traumas;
7) As escadas devem ter portões ou cancelas (em cima e em baixo) para evitar quedas
Enfª Esp. Cíntia Bonfim
RECOMENDAÇÕES GERAIS DA SBP -
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COZINHA
1) Deve contar com portão para impedir o acesso da criança, em especial no momento de preparo das
refeições;
2) No momento de preparo de alimentos, utilizar os queimadores (bocas) da parte de trás do fogão;
3) Os cabos de panela devem estar virados para dentro e para trás;
4) Objetos cortantes (facas, garfos, pratos e copos de vidro) devem ficar fora do alcance, em gavetas e
armários com travas;
5) Os materiais de limpeza devem estar em suas embalagens originais e fora do alcance, em armários altos e
trancados;
6) Botijão de gás precisa ser mantido do lado de fora da cozinha e as válvulas de liberação sempre fechadas.
2) O piso deve ser mantido seco. Se tiver tapete, que seja antiderrapante;
3) O ambiente precisa ser bem ventilado, sendo que se houver aquecedor a gás, ele deve
passar por controle periódico;
4) Aparelhos elétricos não devem ser mantidos nas tomadas ou ligados após o uso;
2) O piso deve ser antiderrapante, sem tapetes ou objetos que atrapalhem a circulação.
1) TV e outros aparelhos colocados devem ser instalados sobre móveis firmes e estáveis;
3) Os aparelhos eletrônicos devem ser deixados fora do alcance das crianças;
4) Bebidas alcoólicas, fósforos e isqueiros precisam ser acondicionados em armário alto e trancado;
5) Os móveis devem ter pontas rombas, sendo que as mesas precisam ser firmes, de material
inquebrável e não ter objetos e enfeites pequenos que podem ser engolidos ou aspirados;
• Dados do Ministério da Saúde apontam que os acidentes ou lesões não intencionais são a
principal causa de morte entre as crianças de 01 a 14 anos de idade, respondendo por 4,7 mil
óbitos e 125 mil internações/ano. É um índice alarmante, especialmente se levarmos em
conta que mais de 90% dos acidentes poderiam ser evitados com medidas de prevenção.
• No Brasil, um terço das vítimas de traumas e intoxicações caseiras são crianças com idade
de até nove anos, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Aproximadamente 13% dos óbitos na infância são causados por acidentes domésticos, que
podem ser evitados com medidas simples de prevenção.
• Não é possível ter o controle total, o mais recomendável é manter um bom diálogo com os
filhos, explicar os perigos de algumas situações e quais atitudes devem ser evitadas. Os pais
não devem impedir as crianças de brincar, afinal a infância é a fase de desenvolvimento das
habilidades físicas e cognitivas, e toda atividade estimula seu processo de crescimento.
Portanto, toda brincadeira é uma descoberta e deve ser incentivada.