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História Militar

A Consolidação da Independência

COR CAV Amado Rodrigues


Professor de História Militar

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Consolidação da Independência
Escola de Sargentos do
Exército

• Agenda

• 405. Guerras Fernandinas


• 408. A Consolidação da Independência
• Crise de 1383-1385
• Batalha de Aljubarrota

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Ao serviço de Portugal e dos Portugueses
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D. Fernando D. Juan I

14 de Agosto de 1385-
Batalha de Aljubarrota

D. Nun’Álvares
D. João I Pereira
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Guerras Fernandinas
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O ano de 1367 marca a subida ao trono de D. Fernando I

A relativa estabilidade que caracterizou os reinados de D.


Afonso IV e D. Pedro e que permitiu o progresso e o
desenvolvimento económico do país não obstante a
perturbação causada pela peste, foi quebrada em 1369

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Entrou em conflito com Castela que levou à guerra em três


períodos distintos (1369-71, 1372-73 e 1381-82).

Decidiu interferir na guerra civil existente


em Castela após o assassinato do rei
legítimo D. Pedro I, o Cruel, por seu irmão
Henrique de Trastâmara.

Responde ao apelo da parte da nobreza


castelhana partidária do rei assassinado.
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D. Fernando disputou o trono de Castela invocando ser bisneto


do rei Sancho IV, por via legítima, enquanto Henrique de
Trastâmara o era por via ilegítima

Assegurou os seus direitos através de um acordo de apoio


mútuo com o rei de Aragão e ainda com o rei de Granada

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A campanha que se desenrolou no mar e em terra foi


desfavorável apesar dos apoios iniciais que obteve na Galiza e
em algumas cidades fronteiriças

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A pronta reação de Henrique II de Castela, que ocupou alguns


castelos em Trás-os-Montes e o insucesso da tentativa de
bloqueio naval do porto de Sevilha, levaram o soberano
português a aceitar as condições de paz do Tratado de
Alcoutim em 1371, ditadas pelo Papa, que implicavam a
renúncia às suas pretensões e ao seu casamento com uma
filha do rei de Castela

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A entrada em cena de João de Gante,


duque de Lencastre, de Inglaterra,
genro de D. Pedro, o Cruel e
igualmente com pretensões ao trono
castelhano, veio reacender o conflito
fazendo que D. Fernando fizesse um
acordo com os ingleses, Tratado de
Tagilde (1372) e voltasse atrás com a
sua palavra, iniciando nova guerra
com Castela.
João de Gaunt e D. João I de Portugal

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A antecipação de Henrique II invadindo Portugal e


chegando até Lisboa onde saqueou os arrabaldes
perante a passividade do nosso rei, estático em
Santarém, colocou o país numa das situações mais
críticas de sempre

A intervenção papal salvou a independência portuguesa


mas uma vez mais à custa da imposição de condições
humilhantes do Tratado de Santarém (1373)
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A terceira guerra insere-se como a anterior no âmbito


da Guerra dos Cem Anos em que a Inglaterra para obter
sucesso na sua luta com a França reconhecia ser
importante dominar a Península

Na sequência do Tratado de Westminster celebrado


entre Eduardo III e D. Fernando, em 1381, um
contingente inglês entrou em Portugal.

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Guerras Fernandinas
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D. João I de Castela, que havia sucedido a Henrique II,


ameaçava novamente Lisboa, Sintra e Palmela o que levou à
celebração de novo acordo de paz (Elvas-Badajoz 1382), pelo
qual os sobreviventes do contingente inglês puderam regressar
ao seu país a bordo de naus de Castela.

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Ao envolver-se numa guerra de


que não tirou quaisquer benefícios
o rei enfraqueceu as energias
nacionais vendo aumentada a
dificuldade da seu relacionamento
com o povo já muito tensa após
seu casamento com Leonor Teles
em 1372.
… que um Fraco Rei, faz fraca as fortes gentes.

Estrofe 138, Canto III Lusíadas


Luís de Camões 17
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Essa indignação atingiria proporções de verdadeira


rebelião que foi duramente reprimida ainda mais se
agravando a situação
A atitude do povo de
Lisboa seria
particularmente violenta
em relação à rainha
durante o período em que
por morte de D. Fernando
assumiu a regência
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A morte do Rei D. Fernando, sem


descendente varão, em 22 de Outubro
de 1383, e a cláusula do Tratado de
Paz de Salvaterra de Magos (2 de Abril
de 1383), que estabelecia o
casamento da sua filha, D. Beatriz,
com D. João I de Castela, colocava o
trono português nas mãos do rei de
Castela.

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Esta situação não desagradava a grande parte da


nobreza portuguesa, que farta dos conflitos com a coroa
castelhana, procedeu à aclamação de D. João I de
Castela como rei de Portugal
Esta situação é fortemente contestada pela burguesia e
povo que se revolta encabeçada por D. João, Mestre de
Avis
No dia 6 de dezembro de 1383, o mestre de Avis elimina
o conselheiro da rainha viúva, conde Fernão Andeiro
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D. João, Mestre de Avis, será proclamado


como “Regedor e Defensor do Reino”

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D. João, Mestre de Avis, será proclamado como
“Regedor e Defensor do Reino”, após levantamento
popular de Lisboa.

Esta revolta leva a rainha D. Leonor Teles a pedir ajuda


a Castela

Em finais de 1383, D. João I de Castela invade Portugal


com apoio de parte significativa da nobreza portuguesa

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Invasões castelhanas
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Crise de 1383-85

1ª Invasão Castelhana

Objetivo principal dos castelhanos

Conquista de Lisboa
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Invasões castelhanas
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Crise de 1383-85

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1ª Invasão Castelhana Almeida
(1384)

Fronteira

As tropas castelhanas 2

avançam segundo 3 eixos Lisboa

3 Sevilha 25
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Invasões castelhanas
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Crise de 1383-85
Eixo de Almeida –
objetivo Lisboa Almeida

Lisboa é cercada durante


vários meses (Março a Fronteira
Setembro) 2

Lisboa
A peste obriga os castelhanos
a retirar
3 Sevilha 26
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Cerco de Lisboa em 1384

Iluminura das crónicas de Jean Froissart


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Invasões castelhanas
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Crise de 1383-85
Eixo de Fronteira – objetivo
Lisboa Almeida

Travada a Batalha de Atoleiros


Fronteira
2
Os castelhanos face à derrota
retiram Lisboa

3 Sevilha 28
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Invasões castelhanas
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Crise de 1383-85
Batalha de Atoleiros

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Invasões castelhanas
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Crise de 1383-85

Eixo marítimo – objetivo Almeida


Lisboa

Fronteira
Dar apoio às tropas que 2

cercavam Lisboa Lisboa

3 Sevilha 30
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Invasões castelhanas
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Crise de 1383-85

Levantamento cerco a Lisboa


devido à peste na hoste Almeida

Castelhana

Fronteira
O Mestre de Avis é aclamado 2

Rei de Portugal nas Cortes de Lisboa


Coimbra em 1385 apesar da
oposição da nobreza
3 Sevilha 31
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Invasões castelhanas
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Crise de 1383-85
2ª Invasão
Castelhana
Muitos castelos do Minho e Guarda

Algarve estão a favor de Castela

Os Castelhanos eram ajudados


por franceses e portugueses

Incursões no Alentejo com cerco


a Elvas sem sucesso e na Beira
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Invasões castelhanas
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Crise de 1383-85
2ª Invasão
Castelhana
Guarda

D. João I de Castela reúne


todo o seu exército em
Ciudad Rodrigo

Objetivo atingir Lisboa


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Invasões castelhanas
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Crise de 1383-85
2ª Invasão
Guarda
Castelhana
Guarda

As tropas portuguesas
foram auxiliados por
ingleses

Estacionaram em Abrantes

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Invasões castelhanas
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Crise de 1383-85
2ª Invasão
Castelhana
Guarda
Duas estratégias a adotar:
- ir ao encontro do IN e combater
- ir para Lisboa e defender a
capital e executar
ofensiva sobre Sevilha (desviar
as forças castelhanas)
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Invasões castelhanas
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Crise de 1383-85
2ª Invasão
Castelhana
Nuno Álvares abandona as
forças reais AljubarrotAljubarrota
a
Estaciona em Porto Mós
Barra o eixo de progressão
dos castelhanos em
Aljubarrota
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Invasões castelhanas
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Crise de 1383-85
2ª Invasão
Castelhana
14 de Agosto de 1385
Batalha de Aljubarrota com a Aljubarrota
Aljubarrota

vitória das Forças Nacionais


Consagra a independência de Portugal,
a queda da aristocracia e a vitória da
classe que lançaria Portugal no projeto
dos descobrimentos
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Batalha de Aljubarrota
14 de agosto de 1385

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Batalha de Aljubarrota

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Batalha de Aljubarrota

As forças portuguesas estão estacionadas em


Abrantes onde se decide qual a estratégia a
adotar face à evolução castelhana

Duas estratégias a adotar:


- ir ao encontro do IN e combater
- ir para Lisboa e defender a capital e executar
ofensiva sobre Sevilha (desviar as forças
castelhanas)
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Nuno Álvares Pereira parte em direção


aos castelhanos para os impedir de
chegar a Lisboa

Posicionamento em Porto Mós

Reconhecimento da posição na Cumieira


de Aljubarrota, voltada a norte, onde irá
barrar a progressão do adversário
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Batalha de Aljubarrota

Desta forte posição dominavam a passagem


por onde os castelhanos deveriam vir

Os flancos apoiavam-se num terreno de


acesso difícil e os portugueses ficavam com o
Sol pelas costas

A hoste portuguesa possuía cerca de 6.500


homens combatentes
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Efetivos moralizados com vitórias de Atoleiros e


Trancoso
Experiência de combate de portugueses e ingleses
(guerras fernandinas e guerra dos cem anos.)

Boa disciplina entre a hoste e unidade de


comando baseada no exemplo.
Coordenação de esforços e conceitos táticos
modernos.
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Efetivos das forças portuguesas:
Efectivos
Lanças Arqueiros Besteiros Peões Soma
VANGUARDA 600 50 (a) 650

ALA DIREITA 200 (b) 100 100 750 1150

ALA ESQUERDA 200 200 650 1050


2º LINHA 700 300 (c) 1050 2050
CURRAL 200 1400 1600
TOTAIS 1700 100 800 3900 6500
(a) – Escudeiros de escolta (b) – 100 estrangeiros (c) – 100 escolha do rei

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Dispositivo das forças portuguesas:

Força de Vanguarda e outra de retaguarda,


ambas com alas e atrás, o curral de pajens e
carriagem

Cercado de homens a pé e besteiros


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Batalha de Aljubarrota

Esquema do dispositivo Português na 1ª Posição


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Esquema do dispositivo Português na 1ª Posição


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Os castelhanos tinham entrado em Portugal


com um efetivo de cerca de 31.000
combatentes

Os portugueses afetos a Castela seriam cerca


de 500 lanças, 300 besteiros e 1.000 peões

Possuíam 16 trons
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Batalha de Aljubarrota
Efetivos das forças Castelhanas:
Efectivos

Lanças Arqueiros Besteiros Peões Soma

VANGUARDA 1600 200 (a) 50 1850

ALA DIREITA 700 700

ALA ESQUERDA 700 700

2º BATALHA 3000 2000 5000

TOTAIS 6000 200 50 2000 8250


(a) – 100 na escolha do condestável e 100 nos trons
Obs.: O rei doente e a escolta (150 homens) não se integraram no dispositivo

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Hoste poderosa pelo elevado número de


combatentes e pela boa qualidade do seu
armamento e equipamento

Vulnerabilidades importantes como a falta de um


comando eficaz e a utilização de conceitos
táticos desatualizados, baseados na cavalaria

Rivalidades entre franceses e castelhanos e


tropas fatigadas com sede e fome devido às
marchas forçadas
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Quando localizaram a posição portuguesa sobre o


seu eixo de progressão e verificaram que aquela
é forte e o terreno não permitia desenvolver para
atacar

Contornaram o dispositivo português e


escolheram uma base de ataque a Sul, na
retaguarda das forças portuguesas

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O novo posicionamento permitia atacar os


portugueses de Sul para Norte, dispondo de
melhores condições de terreno e sem terem o Sol
pela frente

Os portugueses face a este deslocamento


inverteram o dispositivo

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Verificou-se um grande poder de decisão e


capacidade por parte de Nuno Álvares Pereira

Com notável disciplina, rapidez e perfeição


técnica, procedeu-se à inversão do dispositivo
(operação muito delicada e difícil)

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A vanguarda passou a retaguarda e deslocou-


se para sul, fazendo um percurso de 2km

A retaguarda deslocou-se para cerca de 220


metros por detrás da vanguarda

Este posicionamento aproveitava as vantagens


do terreno e reduzia a frente dos castelhanos
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Esquema do dispositivo Português na 2ª Posição 57


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Esquema do dispositivo Português na 2ª Posição 58


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Os castelhanos instalam a sua base de


ataque, que demorou muito tempo

A profundidade castelhana era muito grande,


cerca de 25 Km

A profundidade de 13 Km para a coluna


montada, que demorava a escoar 2 horas e
para a coluna apeada, cerca de 14 Km e
demorava 3 horas a escoar
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Esquema do dispositivo Castelhano


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Os portugueses partem para o combate com


uma vantagem significativa

Conseguiram pôr batalha aos castelhanos em


lugar afastado da fronteira, o que provocava
uma extensa linha de comunicação, tornando
a estrutura pesada, lenta e vulnerável

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Dispõe de vantagem no terreno, permitindo


uma ação defensiva (dispositivo) e tática a
seu favor (redução da frente de combate)

O alongamento e o lento escoamento da tropa


castelhana

Deficiente ação de comando por parte do rei


de Castela
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Os castelhanos atacam antes de estar o seu


dispositivo completamente ordenado

Conseguem provocar a rotura na vanguarda


portuguesa

A hoste portuguesa contra-ataca e consegue


repor o dispositivo, fechando a brecha e
encurralando os castelhanos
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A vanguarda portuguesa é reconstituída e os


castelhanos sem uma ação de comando
precipitaram-se em fuga

D. João I de Castela ao aperceber-se da


situação foge para Santarém e as forças
castelhanas retiram

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1ª Posição 2ª Posição
Portuguesa Portuguesa

1ª Fase da 2ª Fase da
Batalha Batalha

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Aljubarrota – Tempos da Batalha 66


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Tratado de Aliança e Amizade entre


Portugal e a Inglaterra é assinado e
ratificado em Windsor em 09 de Maio de
1386.

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Em consequência D. João I casa com D.


Filipa de Lencastre e obriga-se a auxiliar os
ingleses na conquista de Castela

Dadas as condições vividas por Portugal,


esse objectivo torna-se impossível de
alcançar e os ingleses desistem da
conquista de Castela
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As principais causas da vitória portuguesa:

 A unidade de comando existente entre o rei


D. João I e o condestável D. Nuno Álvares
Pereira

 A Unidade de ação do conjunto em


detrimento das proezas individuais,
consubstanciada com o facto de a maioria dos
cavaleiros terem combatido apeados
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Exército Batalha de Aljubarrota

As principais causas da vitória portuguesa:

 A decisão de ir ao encontro da hoste


castelhana, afim de a enfrentar

 A escolha de uma posição defensiva


favorável na cumeeira de Aljubarrota

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Exército Batalha de Aljubarrota

As principais causas da vitória portuguesa:

 As vantagens retiradas de uma posição


escolhida, muito afastada da fronteira
terrestre, obrigando a um alongamento das
linhas de comunicações das tropas
castelhanas, retirando mobilidade,
flexibilidade e prontidão para o combate

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Exército Batalha de Aljubarrota

As principais causas da vitória portuguesa:

 Ter levado os castelhanos a aceitar o


combate precipitadamente, e antes de terem
conseguido concentrar a totalidade das suas
forças, permitindo aos portugueses dispor de
paridade de forças

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Batalha de Aljubarrota

As principais causas da vitória portuguesa:

 A rapidez, disciplina e perfeição conseguida


na inversão do dispositivo

 Após a rotura da vanguarda portuguesa, a


perfeita articulação e atuação desta e da
retaguarda e respetivas alas que permitiram a
reconstituição

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Exército Batalha de Aljubarrota

As principais causas da vitória portuguesa:

O tiro dos besteiros da vanguarda portuguesa


e, principalmente, dos arqueiros ingleses, que
retardou, desorganizou e fragilizou os homens
de armas castelhanos.

 A conduta da defesa baseada no contra-


ataque, que após a obtenção da vitória
permitiu ainda a perseguição até aos trens
dos castelhanos
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Os princípios da Guerra em Aljubarrota:


Portugal

 Objetivo, impedir a progressão do inimigo


de chegar a Lisboa.

 Colocação do exército num terreno de difícil


acesso que lhes proporcionava Segurança

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Os princípios da Guerra em Aljubarrota:


Portugal

 Manobra no deslocamento e inversão do


dispositivo de norte para sul, colocando-se
numa nova frente face ao inimigo.

 Disposição do exército português com a


Massa concentrada num ponto.

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Os princípios da Guerra em Aljubarrota:


Portugal

 Economia de Forças com uma reserva em


2.ª linha.

 Comando Único e obediência à cadeia de


comando.

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Os princípios da Guerra em Aljubarrota:


Portugal

 Comando Único e obediência à cadeia de


comando.

 Obtenção da Surpresa utilizando a tática de


combater apeado.

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Exército

Os princípios da Guerra em Aljubarrota:


Castela

 Objetivo de conquistar Lisboa bem definido.

 Falta de Unidade de Comando e de


obediência à cadeia hierárquica por parte dos
contingentes estrangeiros.

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Os princípios da Guerra em Aljubarrota:


Castela

 A Ofensiva foi lançada numa ação frontal


num espaço afunilado, não permitiu a
Manobra de envolvimento pelas alas.

 Segurança descurada numa retirada


precipitada, permitindo a perseguição, sem
que se pudessem reorganizar.

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Após a vitória de Aljubarrota Castela passa de


invasor a invadido.

Os embates entre as tropas portuguesas e


castelhanos apoiados por portugueses renegados
mantêm-se por todo o país.

Em 16 de Outubro de 1385, a batalha de Valverde


consagra mais uma vitória dos portugueses sobre
os castelhanos.

Portugal ataca o território castelhano auxiliado por


tropas inglesas do Duque de Lencastre dadas as
pretensões dos ingleses ao trono de Castela.
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Consolidação da Independência
Escola de Sargentos do
Exército

Tratado de Aliança e Amizade entre


Portugal e a Inglaterra é assinado e
ratificado em Windsor em 09 de Maio de
1386.

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Ao serviço de Portugal e dos Portugueses
Consolidação da Independência
Escola de Sargentos do
Exército

A partir de 1388 iniciam-se as primeiras


negociações com vista à paz entre Portugal e
Castela

Os embates continuam nas regiões


fronteiriças

Em 1400 realiza-se uma Conferência de Paz


para a realização de uma trégua de 10 anos

Em 1411 estabelece-se um Tratado de Paz


(Segóvia),definitivo entre Portugal e Castela
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Ao serviço de Portugal e dos Portugueses
Consolidação da Independência
Escola de Sargentos do
Exército

Dúvidas?

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Capítulo 5 História Militar Moderna. Séc. XV a XVII.

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Ao serviço de Portugal e dos Portugueses

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