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Terapia Focada em

Esquemas para
Crianças e
Adolescentes
Psic. Vitória Rosa dos Santos
Mestranda em Gerontologia pela FCM-
Unicamp
● As consequências de estresse precoce são observadas inclusive no desenvolvimento
estrutural e funcional do cérebro (Martins, Tofoli, Baes, & Juruena, 2011; Tofoli, Baes,
Martins, & Juruena, 2011, apud Wainer, Paim, Erdos e Andriola, 2016);
● Sintomatologias psicopatológicas dessa fase, são preditoras de transtornos mentais graves na
vida adulta (Wainer, Paim, Erdos e Andriola, 2016);
01
A Especificidade do
trabalho com a criança e
adolescente
A psicoterapia cognitiva infantil tem os mesmos princípios básicos da TCC de adultos, contudo,
os aspectos ligados ao desenvolvimento afetivo, cognitivo, emocional, social e moral infantil
exigem adaptações técnicas que respeitem as especificidades dessa fase do ciclo vital (Lopes et al.,
2014).

PIAGET (1896-1980)
Quatro Estágios do Desenvolvimento da
Inteligência de Piaget
Período Sensório-Motor: 2 primeiros anos.
● As estruturas mentais restringem-se ao domínio dos objetos concretos, das percepções e
atos concretos.
● Forma-se um conjunto coordenado de atividades sensório-motoras
● quando a mamadeira é afastada do campo visual do bebê, ele chora desesperadamente
como se o objeto se tivesse desfeito
● Entre os 9 a 10 meses, o objeto escondido passa a ser procurado ativamente → “Objetos
Permanentes”
● Conceitos de “coisas”, “espaço”, “tempo” e “causalidade”, como categorias práticas do
dia-a-dia, estruturam-se ao final desse período.
Quatro Estágios do Desenvolvimento da
Inteligência de Piaget
Período Sensório-Motor: 2 primeiros anos.
● Entre 1 e ½ a 2 anos- capacidade de poder representar alguma coisa
● Desenvolvimento dos domínios dos símbolos, linguagem, sentimentos interpessoais e das
relações sociais
● brincar- principal instrumento do desenvolvimento cognitivo
Quatro Estágios do Desenvolvimento da
Inteligência de Piaget
Período Pré-operatório: 2 a 7 anos.
● Meia-lógica: operações mentais já obedecem determina
lógica (incompleta, falta noção de: reversibilidade e
conservação física)--> Erros lógicos - provas piagetianas;
● atividades semióticas e representativas (desenho, brincar e
linguagem): essenciais para o desenvolvimento
sociocognitivo;
● Palavra vai se interiorizando: surge uma linguagem
interior (base do pensamento.
Quatro Estágios do Desenvolvimento da
Inteligência de Piaget
Período Operatório-Concreto: 7 a 12 anos.
● Domínio de classes, relações e números →
aprende a raciocinar sobre eles;
● ínicio do pensamento lógico
● Desenvolvimento pleno da socialização → sentido
de cooperação social
Quatro Estágios do Desenvolvimento da
Inteligência de Piaget
Período Operatório-formal: 12 á 16 anos.
● Desenvolvimento: pensamento plenamente abstrato → ideias e
sistemas de ideias (sistemas políticos, valores éticos, filosóficos,
religiosos.
● Capacidade de analisar o pensamento próprio em relação ao dos
outros
● já pode trabalhar com relações complexas e abstratas, prever
as situações necessárias para provar ou refutar hipóteses
iniciais.
Estágio do Desenvolvimento e Intervenções
Indicadas
Estágio do Ênfase em Intervenção com Grau de limitação
Desenv. Cognitivo intervenções os pais da TCC

Pré-Operacional Comportamentais Indispensável Alto

Operatório Comportamentais e Desejável Moderado


Concreto (7 a 12 Cognitivas
anos)

Operatório Formal Comportamentais e Desejável Baixo


Cognitivas

Adolescência final + Comportamentais e Desejável Baixo


Adultos Cognitivas

(Petersen & Wainer et al.; 2011)


● Capacidade de a pessoa ter consciência de seus atos e
pensamentos ou a compreensão que as pessoas têm de
seu próprio funcionamento cognitivo.
● Condição essencial para as estratégias cognitivas
METACOGNIÇÃO

“O modelo de terapia para crianças precisa adaptar seu processo de intervenção a suas
capacidades cognitivas, principalmente através de técnicas com ações concretas, privilegiando
o aqui-e-agora através de técnicas divertidas e criativas que motivem a criança quando
o trabalho parece penoso.” (Bizinoto, 2015)
Semelhanças e diferenças da TCC com adultos e com
crianças/adolescentes
SEMELHANÇAS DIFERENÇAS
● Princípios originalmente estabelecidos ● Poucas crianças vêm para terapia por
através do trabalho com adultos ainda sua própria vontade (Leve, 1995) →
se aplicam: empirismo colaborativo, problemas que elas podem não
descoberta guiada, estabelecimento da reconhecer ou admitir (dificuldades
agenda e evocação de feedback; criam problemas para algum sistema);
● cognitiva com crianças permanece ● As crianças agem dentro de sistemas
focada no problema, ativa e orientada como famílias e escolas (Ronen, 1998),
ao objetivo (Knell, 1993), assim como o foco da TCC (terapia cognitivo-
a terapia com adultos. comportamental) está no tratamento de
crianças no interior de seu ambiente
natural, seja a família, a escola ou o
grupo de iguais. → questões sistêmicas
(Friedberg & McClure, 2007) complexas
A dimensão bioecológica do
Desenvolvimento Humano
“Uma pessoa não existe sem seu contexto” (Bronfenbrenner, 1979, 1996, 1999)
Microssistema= pessoa e sua família

Mesossistema= relações existentes entre os diferentes


microssistemas (escolas, creches, parentes, vizinhos, praça)

Exossistema= abrange as articulações entre pessoas


envolvidas nos sistemas em que a pessoa circula e que a
afetam indiretamente (trabalho, administração escolar,
assistência à saúde, serviços públicos municipais,
organizações de bairro, empresas privadas)

Macrossistema= todos os níveis. Nele estão contidos


valores, crenças, recursos, ideias, classes sociais, estilos de
vida, o tempo e as mudanças econômicas.

(Petersen & Wainer et al.; 2011)


“... a criança faz parte de um sistema que pode reforçar ou extinguir
habilidades adaptativas. Considerar o sistema familiar ou escolar no qual a
criança se insere permite que o terapeuta identifique quais habilidades
esses sistemas reforçam ou extinguem, corrigindo processos
desadaptativos”

(Friedberg & McClure, 2004, apud Bizinoto, 2015).


02
Terapia Cognitiva
Focada em Esquemas
A exposição a experiências nocivas na infância resulta em modelos desadaptativos na construção de crenças
sobre si mesmo, sobre os outros e sobre as relações (Cecero & Young, 2001; Mason, Plats & Tyson, 2005;
Younk, Klosko & Weishaar, 2008; apud Wainer, Paim, Erdos e Andriola, 2016)
Pensamentos automáticos
Introdução

Crenças
intermediárias Crenças nucleares
"...esquemas desadap­tativos remotos são ● disfuncional em nível significativo
padrões emocionais e cognitivos auto
derrotista iniciados em nosso desenvolvimento São as nossas crenças mais arraigadas
→ é familiar. Embora cause sofrimento, é
desde cedo e re­petidos ao longo da vida."
confortável.
(Young, 1999);

Quando se ativa um desses esquemas,


Esquemas são: experimentam uma for­te emoção negativa,
● um padrão amplo e difuso, como aflição, vergo­nha, medo ou raiva.
● formado por memórias, emoções e
sensações corporais,
● relacionado a si ou ao relacionamento
com outras pessoas
“Imagine que você está em uma sala. O tamanho do local é relativamente pequeno. Contém uma
mobília antiga, que faz recordar de sua infância, adolescência e das pessoas significativas com as quais
conviveu. Nas paredes, alguns quadros e suas imagens o remetem às suas memórias antigas. O piso possui
um termostato que ajuda a regular a temperatura. Ao centro do cômodo uma lareira, que mantém uma
chama contínua, por vezes pequena, em outras, avassaladora. Ao lado, um baú, com madeiras para
alimentar o fogo; sempre há lenhas disponíveis. Existe uma escada que o leva ao porão escuro, com
muitos objetos antigos. Você só conhece parte dele, onde a luz da sala permite iluminar.
A decoração é familiar e carrega um certo pesar em sua totalidade. Você sente-se ambivalente
nesta sala - incomoda-se com a decoração e temperatura, ao mesmo tempo sente-se confortável sentado
no sofá.
Frequentemente você deseja deixar esta sala, olha pelas vidraças e decide sair. O frio que encontra
lá fora o assusta, você se sente incomodado, e o primeiro local no qual se refugia é no "quentinho" da
sala. O velho e bom incômodo conhecido.”

(Canudo e Santos, 2021; In Galvão, Canudo e Roma, 2021)


Origem dos Esquemas

Necessidades
Fundamentais Temperamento
básicas Emocional

Experiências da
vida
Dominios Esquemáticos
Os 18 esquemas estão agrupados em cinco categorias amplas de necessidades emocionais não satisfeitas
a que chamamos “domínios de es­quemas”.
Em 2010 ( Loose, Graaf, Berbalk e Zarbock), desenvolveram um modelo interativo
fundamentado nos conceitos e técnicas dos esquemas para todas as fases do
desenvolvimento, incluindo as crianças (Bizinoto, 2015).
● Sabe-se que os EDIs se desenvolvem na infância e que métodos de intervenção específicos para
fortalecer padrões mais adaptativos, podem prevenir a formação de EDIs (Stallard, 2007).

Um dos principais destaques da TE para crianças e adolescentes é promover o


envolvimento dos pais em todo processo terapêutico. Considera-se primordial, nessa abordagem, a
prevenção primária que visa desenvolver um estilo parental capaz de melhorar a relação familiar (Graaf,
2013; Loose, 2010c; Loose et al., 2013).

→ A Terapia do Esquema, independentemente do sintoma, preocupa-se em reconhecer as


necessidades da criança e apoiar os pais ou cuidadores para o desenvolvimento de uma ligação
emocional saudável, fortalecendo a empatia e cuidado e enfraquecendo o agravamento do
problema apresentado (Loose, Graaf & Armour, 2013).

(Bizinoto, 2015)
7 Necessidades Emocionais
1. Nutrição emocional e amor incondicional
2. Brincadeira e abertura emocional
3. Apoio à autonomia
4. Concessão de autonomia
5. Confiabilidade
6. Valor intrínseco
7. Confiança e competência

(Galvão, Canudo e Roma, 2021)


1. Conexão/ Relações Amorosas e Estáveis relação confiável, amorosa e estável com a família. A relação familiar deve
ser coerente e empática, permitindo à criança expressar seus sentimentos
em palavras, construindo componentes psicológicos relacionados à
transparência e previsibilidade das interações, a fim de evitar contradições
e tensões psicológicas. A troca de sentimentos, constitui a base para a
maioria das capacidades intelectuais da criança e para a criatividade e
capacidade de pensamento abstrato

2. Senso de Capacidade Cada criança é única e suas particularidades devem ser respeitadas e
valorizadas. Necessidade de experiências adequadas a cada estágio do
desenvolvimento, já que a criança conforme a idade, amplia a capacidade
para determinadas habilidades. Subestimar o talento e a capacidade dela
pode gerar humilhação e autodepreciação

3. Comunidades Estáveis e de Apoio Desenvolvimento da aprendizagem social com a construção das amizades
e a participação em situações sociais (ir a casa de um colega) configuram-
se como fundamentais para o desenvolvimento das habilidades sociais.

4. Autonomia Independência, sentimentos de auto eficácia e auto determinação e


controle sob o ambiente.

5. Integridade Física e Segurança Ter acesso a uma dieta adequada, descanso, assistência médica e
odontológica, bem como momentos de relaxamento e diversão

6. Limite Aprender a respeitar regras com afeto e carinho

7. Futuro Seguro bem estar de uma criança depende da responsabilidade política,


econômica social e cultural
(Paim & Rosa, 2016; In Wainer, Paim, Erdos e Andriola, 2016)
Domínios Esquemáticos e Origem Familiar

1. Desconexão e Rejeição- A origem familiar típica é distante, fria, rejeitadora, refreadora,


solitária, impaciente, imprevisível e abusiva.

2. Autonomia e Desempenho Prejudicados- A família de origem costuma ter funcionamento


emaranhado, solapando a confiança da criança, superprotegendo ou não estimulando a criança
para que tenha um desempenho competente extra-familiar.

3. Limites Prejudicados- A origem familiar típica caracteriza-se por permissividade, excesso de


tolerância, falta de orientação ou sensação de superioridade, em lugar de confrontação, disciplina
e limites adequados em relação a assumir responsabilidades, cooperar de forma recíproca e
definir objetivos. Em alguns casos, a criança pode não ter sido estimulada a tolerar níveis
normais de desconforto e nem ter recebido supervisão, direção ou orientação adequadas.
Domínios Esquemáticos e Origem Familiar

4. Direcionamento ao Outro- A origem familiar típica caracteriza-se pela aceitação condicional: as


crianças devem suprimir importantes as­pectos de si mesmas para receber amor, atenção e aprovação. Em
muitas famílias desse tipo, as necessidades emocionais e os desejos dos pais - ou sua aceitação social e
seu status - são valorizados mais do que as necessidades e sentimentos de cada filho.

5. Supervigilância e inibição- A origem familiar típica é severa, exigente e, às vezes, punitiva:


desempenho, dever, perfeccionismo, cum­ primento de normas, ocultação de emoções e evitação de erros
predominam sobre o prazer, sobre a alegria e sobre o relaxamento. Geralmente, há pessimismo subjacente
e preocupação de que as coisas desabarão se não houver vigilância e cuidado o tempo todo.
Questionário de Estilos Parentais
Questionário de Estilos Parentais
No decorrer de todo o questionário a pessoa é solicitada a dar um juízo de valor a cada afirmação
descrevendo a mãe e o pai, isoladamente, durante a infância do participante. Esta atividade é
realizada por intermédio de uma escala do tipo Likert de seis pontos (1= Muito Falso; 2= falso;
3=Mais ou Menos; 4=Pouco Verdadeiro; 5=verdadeiro; 6=Muito Verdadeiro). Por fim, os escores
para cada uma das dezoito dimensões são gerados separadamente para os estilos paternos e os
estilos maternos.
TE com crianças e
adolescentes

Relação Terapêutica Psicoeducação dos


Reparadora cuidadores

(Wainer, 2014)
É de extrema importância identificar os EID’s dos pais que dificultam a evolução do
tratamento.

Os comportamentos e sintomas dos membros da família são examinados sob uma perspectiva funcional
dentro do sistema familiar. Dentro dessa perspectiva, há um círculo vicioso, onde o comportamento de
um serve ao outro e vice-versa, reforçando esse círculo. As alterações no comportamento de uma pessoa
geralmente provocam consequências para o ambiente (Graaf, 2013, apud Bizinoto, 2015)
Criatividade

Esquema de Arrogo e Grandiosidade


Criatividade
O trabalho com modos Esquemáticos

- Os modos surgiram como uma alternativa para aqueles pacientes mais graves, os quais apresentavam
dificuldades em absorver todo o conhecimento sobre a estrutura e funcionamento da sua
personalidade (Wainer e Wainer, 2016);
- Os ME expressam um conglomerado de EID’s e de estilos de enfrentamento que estão ativados
simultaneamente em um dado contexto, são como estados ativados em situações momentâneas
(Wainer, Paim, Erdos e Andriola, 2016) .
(Wainer, Paim, Erdos e Andriola, 2016)

Criatividade
Criatividade
- Loose (2010) adaptou os nomes dos modos para facilitar o trabalho com a criança
1 - Modo crianças: (a/o pequena/o...nome da criança)
2 - Modos punitiva: (a/o crítica/o...nome da criança)
3 - Modo imaturo: (a/o apressada/o...nome da criança)
4 - Modo inteligente: (modo competente saudável = a/o inteligente...nome da
criança)
- Embora o comportamento desafiador seja comum em uma criança de três anos,
espera-se que na idade escolar, ocorra um avanço no desenvolvimento do modo
“criança competente”, substituindo o modo criança “desafiadora”
(Bizinoto, 2015)
Criatividade
- problemas no processo de auto regulação com relacionamento com pais podem
manter o modo disfuncional (Zarbock,2013)
- Através da ativação dos modos punitivo ou exigente, o pai ou a mãe podem
reforçar padrões de enfrentamento negativos, solidificando círculos viciosos
dentro da família.

(Bizinoto, 2015)
PREVENÇÃO
03
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Referências
Lopes, R. F. F., Bizinoto, J. F. S., Rodrigues, L. B., & Neufeld, C. B. (2014). Contribuições da escola alemã para a terapia do esquema para
crianças. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 10(2), 93-102.

Young J, Klosko JS, Weishaar ME. Terapia do esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras Porto Alegre: Artmed; 2008.

Wainer R, Paim K, Erdos R, Andriola R. Terapia Cognitiva Focada em Esquemas: integração em psicoterapia. Porto Alegre: Artmed, 2016.

Bizinoto, J. F. S. (2015). O modelo alemão da Terapia do Esquema: conceituação, técnicas e aplicação clínica na Psicoterapia Infantil (Tese-
Universidade Federal de Uberlândia).

Ribeiro, Karla Carolina Silveira, & Cruz, Raiff Laurentino da. (2019). Inventário de estilos parentais de Young: validação em crianças paraibanas.
Mudanças, 27(2), 53-62.

Lopes, R. F. F., Leite, D. T., & Prado, T. P. D. (2011). Proposta psicoeducativa para crianças baseada na terapia de esquemas. Revista Brasileira
de Terapias Cognitivas, 7(2), 46-60.

Friedberg, R. D., & McClure, J. M. (2004). A Prática Clínica da Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes-2. Artmed Editora.

PETERSEN, Circe; WAINER, Ricardo. Terapias cognitivo-comportamentais para crianças e adolescentes. Artmed Editora, 2009.
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