Você está na página 1de 14

O funk ostentação e a

questão de gênero:
CIDADANIA QUE FALA OU SILENCIA?
A inauguração de um subgênero no funk
Expoentes do funk ostentação: MC Boy do Charme

“Não é imaginação é a realidade


Já virou passado miséria, necessidade
Não traz felicidade mas afasta a tristeza
E talvez minha humildade seja minha maior
riqueza”
Clipe da música disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9HB4j9t-y6s

Wellington França, MC Boy de Charme nasceu em 1985 na


comunidade do Charmes, em São Vicente e, antes de ser
cantor e compositor de funk, exerceu as funções de porteiro,
servente de pedreiro e faxineiro.
Expoentes do funk ostentação: Mc Daleste

Daniel Pedreira Senna Pellegrine conhecido


como MC Daleste;
Chegou a faturar 200 mil reais mensais,
realizando em média quarenta shows por
mês;
Assassinado em julho de 2013.

“Ostentação fora do normal


Quem tem motor faz amor
Quem não tem passa mal”
Clipe da música disponível:
https://www.youtube.com/watch?v=eblhZfAHG30
Expoentes do funk ostentação: Mc Guimé
Guilherme Aparecido Dantas, nasceu em Osasco,
em 1992, trabalhou em uma quitanda dos 13 aos
16 anos, quando começou a cantar.
Realiza em torno de cinquenta shows por mês que
gera uma renda de 500 mil reais mensais.

“Contando os plaque de 100, dentro


de um Citroën
Ai nóis convida, porque sabe que elas
vêm
De transporte nois tá bem, de Hornet
ou 1100
Clipe da música disponível: emhttps://www.youtube.com/watch?
Kawasaky, tem Bandit, RR tem
v=gyXkaO0DxB8 também”
Expoentes do funk ostentação: Mc Guimé

Airon de Lima, nascido em Pernambuco, na cidade


de Belo Jardim. Antes do funk, MC Lon era
cabelereiro e ganhava 3 reais por corte de cabelo.

“Novinha, vem que tem


Oh! Vem que tem, meu bem
Tô de Camaro, e o bolso aquário
Contando as notas de 100”
Trecho da música do seu primeiro clipe “Novinha vem que tem”,
que ultrapassou a marca de trinta e cinco milhões de visualizações
no YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=HB68xTF7k7M
Expoentes do funk ostentação: Mc Gui

Kaue Castanheira Alves, nasceu em São Paulo,


no bairro Vila Carrão, alcançou notoriedade
com sua música Ela Quer.

“Ela quer minha Lamborghini


Ela quer o meu Camaro
Ela só quer saber de tomar
O champanhe e do mais caro”
Trecho da música do seu clipe “Ela quer”, retirado da plataforma do
youtube e repostado em 2014. O novo clipe conta atualmente com
2,3 milhões de acessos:
https://www.youtube.com/watch?v=YuyaD-994Fk
“Entendida de forma crítica, a cultura
é instrumento de emancipação política
das classes subalternas, o amálgama,
o elo de ligação entre os que se
encontram nas mesmas condições e
buscam construir uma contra-
hegemonia” (SIMIONATTO, 2008, p.
94).
Mulheres: qual o espaço ocupado pelo feminino
no universo do funk ostentação?

Funk ostentação paulista


Mulheres: qual o espaço ocupado pelo
feminino no universo do funk ostentação?
“Gosto de gastar, isso não é novidade
Hoje eu já torrei mais de 10 mil com a
minha vaidade
É salão de beleza, roupa de marca,
sandália de grife no pé
Bolsa da Louis Vuitton, sonho de toda
mulher”

Viviane de Queiroz Pereira, nasceu no município de


queimados e ficou conhecida através do clipe
“mulher de poder” que atualmente conta com mais
de 5 milhões de acessos.

https://www.youtube.com/watch?v=0xTrK3QNCZI
Cultura de Mídia

“O desafio, hoje, é a interpretação do mundo em


que vivemos, uma vez que as relações imagéticas
estão carregadas da presença da mídia. Trata-se de
um mundo construído pelos meios de comunicação,
que selecionam o que devemos conhecer, os temas
a serem pautados para discussão e, mais que isso, o
ponto de vista a partir do qual vamos compreender
esses temas (BACCEGA, 2001, p. 9).”
Cultura de Mídia

“Não posso negar tudo isso, mas penso que muita coisa
aí é fantasia: uma projeção irônica e irreflexiva que
ignora, principalmente, a materialidade tanto do
símbolo como da sociedade. Ela compreende mal a
capacidade dos textos de convencer, moldar significado,
propiciar prazeres, criar comunidades; também
compreende mal as realidades da produção de
significado e os prazeres reivindicados e sustentados
diferentemente, é claro, conforme a classe, a idade, o
gênero e a etnicidade, mas, ainda assim, reais para
todos (SILVERSTONE, 2011, p. 84).”
Considerações finais
Agradecemos a atenção de
todos e de todas!

Trabalho apresentado por:


Bruna de Melo dos Santos Esteves
Isabela Almeida
Lucas Godinho

Você também pode gostar