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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DO INTERIOR
COMANDO-GERAL DA POLÍCIA
DIRECÇÃO DE DOUTRINA E ÉTICA POLICIAL

FORÇAS DE DEFESA E
SEGURANÇA.
CRIAÇÃO E HISTÓRIA DA PRM.
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INTRODUÇÃO

As FDS enquanto componente militar da Defesa


Nacional, tem como missão genérica assegurar a defesa
contra qualquer ameaça ao Estado.

As FDS devem encontrar-se permanentemente aptas para


cumprir as missões que lhes são atribuídas pelo
comandante em Chefe.

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Desenvolvimento
Segundo a CRM no seu artigo 161 Compete ao
Presidente da Republica:
a) Declarar a guerra e a cessação, o estado de sitio ou de
emergência;

b) Celebrar tratados e Presidir o conselho Nacional de


Defesa e Segurança;

c) Nomear, exonerar e demitir o Chefe e o Vice-Chefe do


Estado-Maior-General, o Comandante-Geral e Vice-
Comandante-Geral da Polícia, os Comandantes de
Ramo das FADM e outros oficiais das FDS, nos termos
definidos por lei. 3
No âmbito do domínio da defesa e da ordem pública, a
PRM pode ser colocada pelo Presidente da República na
dependência das FADM, em caso de estado guerra, estado
de sitio ou de emergência. Conforme dispõe o artigo 6 da
Lei da PRM.
ʺA Política de Defesa e Segurança do Estado visa
defender a independência nacional, preservar a soberania
e integridade do país e garantir o funcionamento normal
das instituições e a segurança dos cidadãos contra
qualquer agressão armada. ʺ
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As forças de defesa e os serviços de segurança do Estado
subordinam-se a politica nacional de defesa e segurança e
devem fidelidade á Constituição e a Nação e devem especial
obediência ao Presidente da República na sua qualidade de
Comandante-Chefe. Nos termos dos 1 e 4 do artigo 266 da
CRM

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Nos termos do artigo 11 da Lei n.º 17/97 de 1 de Outubro,
que aprova a Política de Defesa e Segurança, a Segurança
Interna é actividade desenvolvida pelo Estado para
garantir a ordem, a segurança e a tranquilidade públicas,
proteger as pessoas e bens, prevenir a criminalidade,
contribuir para assegurar o normal funcionamento das
instituições, o exercício dos direitos e liberdades
fundamentais dos cidadãos e o respeito pela Constituição e
pela legalidade.
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É responsabilidade da PRM assegurar a ordem, segurança
públicas. De acordo com o artigo 12 da lei que aprova d
Política de Defesa e Segurança.

Nos termos do artigo 13 da mesma lei, constituem missões


no domínio da ordem, segurança e tranquilidade públicas:
a) Assegurar o respeito pela legalidade, adoptando as
providencias adequadas à prevenção e combate da
criminalidade e dos demais actos contrários à lei;
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b) Garantir medidas necessárias à vigilância das
fronteiras, bem como o controlo do movimento de
pessoas e bens através das mesmas;
c) Garantir a ordem pública, a segurança dos cidadãos,
bem como a protecção dos seus bens e promover
medidas de polícia;
d) Garantir a protecção e segurança pessoal de altas
entidades nacionais e estrangeiras, assim como demais
pessoas, quando sujeitas a situações de ameaça
relevante; 8
e) Assegurar a necessária informação ao público sobre a
criminalidade e as acções desenvolvidas no âmbito da
ordem e segurança públicas e realizar programas
educativas que contribuam para elevar a participação
dos cidadãos na prevenção e combate ao crime”.

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CRIAÇÃO E HISTÓRIA DA PRM.

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Introdução

A evolução do sistema Policial em Moçambique é reflexo


imediato da evolução da história deste país desde o
período da ocupação colonial portuguesa.
Durante a vigência da Constituição da República
Portuguesa, o Sistema Policial visava defender as
instituições coloniais portuguesas, garantir a segurança do
cidadão português originário e ou assimilado e dos seus
bens. Daí que era um sistema policial predominantemente
urbanizado, concentrado nas chamadas zonas de
povoamento.
Depois da criação, a policia passou por varias fases no
que diz respeito a sua evolução, que são: 11
1ª Fase: 1975 – Criação do Corpo da Polícia de
Moçambique(Decreto-Lei n.° 54/75 de 17 de
Maio)
Nos termos dos Acordos de Lusaka, celebrados entre o
Estado Português e a FLM, em 7 de Setembro de 1974, se
estabeleceu que “o Governo de Transição criará um Corpo
de Polícia encarregue de assegurar a manutenção da
ordem e a segurança das pessoas”.
Os membros CPM durante o governo de transição
trabalhavam em conjunto com o PSP e os elementos das
FPLM. Neste contexto, teve início o processo de formação
do efectivo daquela que seria a primeira polícia
moçambicana. Este processo teve lugar tanto no interior
do país, designadamente em Maputo e Beira, bem como
no exterior, através do envio de cidadãos nacionais para as
Repúblicas da Tanzânia, da Zâmbia e na Alemanha.
No prosseguimento da transferência de poderes a todos os
níveis e preparação da Independência de Moçambique,
nos termos dos Acordos de Lusaka, O Governo de
Transição, decretou nos termos do artigo 1 do Decreto-Lei
n.º 54/75, de 17 de Maio, a criação do Corpo de Polícia de
Moçambique (CPM) e definia a sua competência e
constituição, que estava directamente dependente do
Ministério da Administração Interna que tinha como
missão:
 Assegurar em estreita colaboração com as restantes
forças policiais, a manutenção da ordem e a segurança
das pessoas;

 A prevenção e repressão da criminalidade;

 A protecção e defesa dos cidadãos e dos seus bens;

 E a defesa dos interesses do Estado e do povo de


Moçambique”.

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2ª Fase: 1979 – Criação da Polícia
Popular de Moçambique (Lei n.° 5/79 de
26 de Maio)

Em consequência imediata da revisão da Constituição da


República Popular de Moçambique, operada pela Lei n.º
11/78, de 15 de Agosto e as transformações sociais e a
mudança do paradigma político-económica do sistema de
governo de Moçambique, deram lugar á extinção e
reformulação da missão do Corpo da Polícia de
Moçambique(CPM), o que deu azo a Criação da Polícia
Popular de Moçambique (PPM) por força da Lei n.º 5/79,
de 26 de Maio e que determinava a sua subordinação no
Ministério do Interior.

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A PPM definia Como missão o seguinte:

 Garantir a ordem, segurança e tranquilidade públicas;


 o respeito da Constituição;
 a protecção das conquistas revolucionarias, da paz e da
revolução, prevenindo, investigando, reprimido as
violações da lei e ordenando a prisão dos agentes dos
crimes”.

Com a aprovação do Decreto n.º 6/79 de 26 de Maio, sobre


o Regulamento Orgânico da PPM, definia no seu Capitulo
1, o artigo 1 a composição nestes termos:

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a) Polícia de Protecção, abreviadamente designada P.P;
b) Polícia de Investigação Criminal, abreviadamente
designada PIC;
c) Polícia dos Transportes e Comunicações,
abreviadamente designada PTC;
d) Polícia de Trânsito, abreviadamente designada PT.

Foi ainda, na fase em que se intensificou a reorganização


das Forças de Defesa e Segurança, tornando-se
indispensável a introdução do sistema de patentes e
postos na Polícia Popular de Moçambique, com vista a
elevação da ética e disciplina necessária numa força
paramilitar hierarquizada.
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3ª Fase: 1992 – Criação da Polícia da República
de Moçambique (Lei n.º 19/92 de 31 de
Dezembro)
A Constituição da República de Moçambique adoptada em
1990, introduziu o Estado de Direito Democrático baseado
no sistema de governo multipartidário, interdependência
de poderes, lançando deste modo, os parâmetros
estruturais da modernização, contribuindo decisivamente
para a instauração de um clima democrático em
Moçambique.

Com adopção da CRM de 1990, foi criada a Polícia da


República de Moçambique(PRM), através da Lei n.º
19/92, de 31 de Dezembro, como organismo público e
força paramilitar integrado no Ministério do Interior, que
tinha como missão: 18
 Garantir a ordem, a segurança e tranquilidade públicas;

 O respeito pelo Estado de Direito;

 A observância estrita dos direitos e liberdades


fundamentais dos cidadãos.

A PRM estava organizada a nível central, Provincial,


Distrital, Postos Administrativos e Localidades segundo o
artigo 3 da lei da PRM. E na mesma lei no art. 4 distinguia
os dirigentes que são um Comandante-Geral, coadjuvado
por um Vice-Comandante-Geral que o substitui nas suas
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ausências e impedimentos.
Com a reforma tornou-se necessário proceder a
reorganização da PRM de modo a corresponder as
exigências de garantia da ordem, segurança e
tranquilidades públicas. Com a entrada em vigor do
Decreto n.º 27/99, de 24 de Maio, que aprova o Estatuto
Orgânico da PRM, o quadro de pessoal, o quadro de
funções de Comando, Direcção e Chefia e o Organigrama
da PRM.

A organização da PRM, compreendia, designadamente,


Unidades e Subunidades.

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São Unidades:
 Comando-Geral da PRM;
 Comandos Provinciais;
 Forças Especiais e de Reserva e
 Os Estabelecimentos de Ensino.

São Subunidades:
 Os Comandos Distritais;
 As Esquadras;
 Os Postos Policiais e
 Destacamento das Forças Especiais e de Reserva.

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4ª Fase: 2013 – Revisão da Lei da PRM (Lei n.º
16/2013 de 12 de Agosto)

Para adequar ao quadro jurídico-constitucional vigente,


houve necessidade de se proceder a revisão da Lei n.º
19/92 de 31 de Dezembro, que cria a PRM e da Lei n.º
5/88 de 27 de Agosto, que cria o Sistema de Patentes e
Postos da PRM, para actual dinâmica do desenvolvimento
organizacional e funcional da PRM, foi aprovada a Lei n.º
16/2013 de 12 de Agosto, Lei da PRM.

A PRM foi determinada no art. 1 “como um serviço público,


apartidário e paramilitar, integrado no Ministério que
superintende a área de Ordem e Segurança Públicas”.
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Os Princípios Fundamentais

 A PRM no seu funcionamento e atuação, observa os


princípios do respeito pela Constituição, e demais normas
vigentes na República de Moçambique;

 A PRM rege-se pelo principio do respeito pelas


instituições democraticamente estabelecidas e deve
especial obediência ao Presidente da República, na sua
qualidade de Comandante-Chefe das Forças de Defesa e
Segurança.

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Funções e Organização Da PRM

 Garantir a observância da lei e da ordem,


 A salvaguarda da segurança de pessoas e bens,
 A tranquilidades públicas,
 A inviolabilidade da fronteira estatal,
 O respeito pelo Estado de Direito Democrático e dos
direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos”.

No artigo 13, introduz-se a organização da PRM em


Ramos e Unidades de Operações Especiais e de Reserva.

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São Ramos da PRM, os seguintes:
 Polícia de Ordem e Segurança Pública;
 Polícia de Investigação Criminal; já extinto e passou a
SERNIC como área do MINT;
 Polícia de Fronteiras;
 Polícia Costeira, Lacustre e Fluvial.

São Unidades de Operações Especiais e de Reserva, os


seguintes:
 Unidade de Intervenção Rápida;
 Unidade de Protecção de Altas Individualidades;
 Unidade de Operações, Combate ao Terrorismo e Resgate
de Reféns;
 Unidade Canina;
 Unidade de Desactivação de Engenhos Explosivos. 25
Com a aprovação do Decreto n.º 85/2014 de 31 de
Dezembro, que aprova o Estatuto Orgânico da PRM, nos
termos do artigo 9, o Comando-Geral apresenta a seguinte
estrutura:

 Ramo da Polícia de Ordem e Segurança Pública;


 Ramo da Polícia de Investigação Criminal; extinto e
criado o SERNIC
 Ramo da Polícia de Fronteiras;
 Ramo da Polícia Costeira, Lacustre e Fluvial;
 Direcção de Inspecção da PRM;
 Direcção de Doutrina e Ética Policial;
 Direcção de Operações;
 Direcção de Informação Interna; 26
 Direcção de Pessoal e Formação;
 Direcção de Logística e Finanças;
 Departamento de Estudos e Planificação;
 Departamento de Atendimento a Família e Menores
Vitimas de Violência;
 Departamento de Tecnologias e Sistemas de Informação e
Comunicações;
 Departamento de Relações Públicas;
 Departamento de Cooperação Internacional;
 Departamento Jurídico;
 Gabinete do Comandante-Geral

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E integra, o seguinte:
 Unidade de Intervenção Rápida;
 Unidade de Protecção de Altas Individualidades;
 Unidade de Operações de Combate ao Terrorismo e
Resgate de Reféns;
 Unidade de Canina;
 Unidade de Cavalaria;
 Unidade de Desactivação de Engenhos Explosivos;
 Estabelecimentos de Ensino.

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MUITO OBRIGADO!

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