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Slide Psicopatologia
Slide Psicopatologia
Mente e Cérebro
◻ Como compatibilizar um mundo (partículas
físicas) com um mundo que contenha
consciência?
◻ Como a mente se relaciona com o cérebro?
◻ Porque a mente parece mais misteriosa que o
cérebro?
◻ Como o pensamento (intencionalidade) pode ter
algum efeito causal sobre o mundo físico?
Consciência
➢ 0 termo consciência origina-se da junção de dois termos latinos:
cum (com) e scio (conhecer), indicando o conhecimento
compartilhado com outro e, por extenso, o conhecimento
"compartilhado consigo mesmo", apropriado pelo individuo
(Zenan e cols., 1997). Na língua portuguesa a palavra consciência
tem pelo menos três acepções diferentes:
➢ A definição neuropsicológica
➢ A definição psicológica
➢ A definição ético- filosófica
Neuropsicologia da consciência
➢0 conceito de sistema reticular ativador
➢ ascendente (SRAA)
➢ A capacidade de estar desperto e agir
conscientemente depende da atividade do
tronco cerebral e do diencéfalo, os quais
exercem uma poderosa influencia sobre
os hemisférios cerebrais, ativando-os e
mantendo o tônus necessário para seu
funcionamento normal.
➢O SRAA origina-se no tronco cerebral e
sua ação estende-se até a córtex, por
meio de projeções talâmicas.
➢ Elementos do SRAA particularmente
importantes para a ativação cortical são
os neurônios da porção tegmentar, os
➢ da parte superior da ponte e os do
mesencéfalo.
➢ Embora a importância do SRAA para o nível
de consciência seja aceita até hoje, sabe-se
agora que varias estruturas do telencéfalo tem
uma participação critica na gênese da
consciência. Verificou-se, por exemplo, que a
ação sincrônica de numerosas áreas corticais
visuais, contendo amplas redes neuronais
bidirecionais, é uma pré-condição para a visão
consciente.
Campo da Consciência
➢ Ao voltar-se para a realidade, a consciência demarca um
campo, no qual se pode delimitar um ,foco, ou parte central
mais iluminada da
➢ consciência,e uma margem ( franja ou umbral), que seria a
periferia menos iluminada, mais nebulosa, da consciência
O Insconsciente
➢ Agora, porém, o caminho é escuro. Passamos da
consciência para a inconsciência, onde se faz a
elaboração confusa das ideias, onde as reminiscências
dormem ou cochilam Aqui pulula a vida sem formas, os
germes e os detritos, os rudimentos e os sedimentos; é
o desvão imenso do espirito"
➢ Machado de Assis ( O Cônego ou Metafisica do
Estilo, em Várias histórias, 1896)
Alterações normais da
Consciência
◻ Sono
◻ O sono é um estado especial da consciência, que ocorre de forma
recorrente e cíclica nos organismos superiores
● Características:
◻ estado comportamental
◻ fase fisiológica normal necessária ao organismo
◻ obedece a regulação rítmica circadiana (ritmos fisiológicos)
◻ Osciladores biológicos (“relógios vivos”) e sincronizadores
(ciclos de luz) estruturam o ciclo do sono-vigília
◻
O sono sincronizado No-REM
➢ Sono sincronizado (lento) NÃO REM
➢ sem movimentos oculares rápidos
➢ registro EEG específico (ondas lentas de grande
amplitude)
➢ diminuição da atividade do sistema nervoso autônomo
simpático
➢ Parâmetros fisiológicos estáveis (freqüência cardíaca e
respiratória estável)
O sono REM
➢ Padrão de movimentos oculares rápidos
➢ Nesta fase ocorre a maior parte dos sonhos
➢ Não é leve nem profundo, mas qualitativamente
diferente.
➢ Instabilidade do sistema nervoso simpático.
➢ Parâmetros fisiológicos instáveis (Variação
freqüência cardíaca e respiratória, pressão
arterial, fluxo sanguíneo cerebral).
O sonho
➢ 0 sonho, fenômeno associado ao sono, pode ser considerado
uma "alteração normal" da consciência. É, sem dúvida, uma
experiência humana fascinante e enigmática.
➢ Na “Interpretação dos Sonhos” (1900), Freud busca demonstrar
que o sonho não é um resíduo fisiológico do funcionamento
cerebral (produto aleatório) tão pouco uma “mensagem do além”.
Ele afirma que o sonho tem uma lógica interna, o sonho tem um
sentido.
➢ O sonho é a realização de desejos inconscientes. É uma
solução de compromisso, resultado de intensas “negociações”
entre as instâncias do Incs e Cs
Alterações Patológicas da
Consciência
➢ ALTERACOES QUANTITATIVAS DA
CONSCÊNCIA: REBAIXAMENTO DO NÍVEL D E
CONSCIÊNCIA
➢ Obnubilação da consciência
➢ Sopor
➢ Coma
➢ Síndromes psicopatológicas associadas ao
➢ rebaixamento do nível de consciência:
➢ delirium
➢ estado onírico
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS DA
CONSCIÊNCIA
➢ Estados crepusculares
➢ Dissociação da consciência
➢ Transe
➢ Estado hipnótico
Atenção e suas alterações
➢ A atençãopode ser definida como a
direção da consciência, o estado de
concentração da atividade mental sobre
determinado objeto (Cuvillier, 1937)
NEUROPSICOLOGIA DA
ATENÇÃO
➢ A atenção resulta da interação de diversas
➢ áreas do sistema nervoso
➢ Sistema reticular ativador ascendente
➢ áreas corticais pré frontais (seleção e
concentração)
➢ Estruturas límbicas mesotemporais (interesse
afetivo)
Psicologia da Atenção
➢ natureza : voluntária e espontânea
➢ Direção: interna e externa
➢ Amplitude: focal e dispersa
➢ atenção seletiva e atenção sustentada
➢ Tenacidade: capacidade do indivíduo de fixar sua
atenção sobre determinada área ou objeto
➢ A vigilância: qualidade da atenção que permite ao
individuo mudar seu foco de um objeto para outro
Alterações da Atenção
➢ Hipoprosexia, hiperprosexia e aproxesia
➢ Distrabilidade, ao contrario da distração, é
um estado patológico que se exprime por
instabilidade marcante e mobilidade
acentuada da atenção voluntária
Orientação e suas alterações
➢ A capacidade de situar-se quanto a si
mesmo e ao ambiente é um elemento
básico da atividade mental
➢ A orientação autopsíquica é a orientação
do individuo em relação a si mesmo
➢ A orientação
alopsíquica diz respeito a
capacidade de orientar-se em relação ao
mundo (temporal e espacial)
Neuropsicologia da atenção
➢ Transtornos da orientação são frequentes
em pacientes com lesões cerebrais.
➢ Alzheimer: lesões corticais difusas
➢ Delirium: lesões cerebrais bilaterais
➢ Síndrome de Korsacoff: lesões do sistema
límbico
Alterações da Orientações
➢ Desorientação em relação ao nível de consciência
➢ Desorientação por déficit de memória
➢ Desorientação apática ou abúlica
➢ Desorientação delirante
➢ Desorientação oligofrênica
➢ Desorientação histérica
➢ Desorientação por desagregação
➢ Desorientação quanto à própria idade
Vivência do tempo e espaço
➢ As vivências do tempo e do espaço
constituem dimensões fundamentais de todas
as experiências humanas. O ser, de modo geral,
só é possível nas dimensões reais e objetivas
do espaço e do tempo. Portanto, o tempo e o
espaço e são, ao mesmo tempo, condicionantes
fundamentais do universo e estruturantes
básicos da experiência humana.
➢ Tempo subjetivo
➢ Tempo objetivo
Anormalidades da vivência do
tempo
➢ Bradpsiquismo
➢ Taquipsiquismo
➢ Ilusão sobre a duração do tempo
➢ Atomização do tempo
➢ Inibição do fluir do tempo
Anormalidades da vivência do
espaço
➢ Estado de êxtase
➢ Vivência do espaço nos transtornos da
afetividade
➢ Vivência do espaço nos quadros
paranóides
➢ Agorafobia
sensopercepção
➢ Todasas informações do ambiente,
necessárias à sobrevivência do individuo,
chegam até o organismo por meio das
sensações
sensação
➢ Define-sesensação como o fenômeno
elementar gerado por estímulos físicos,
químicos ou biológicos variados,
originados fora ou dentro do organismo,
que produzem alterações nos orgãos
receptores, estimulando-os
percepção
➢ Por
percepção entende-se a tomada de
consciência, pelo individuo, do estímulo
sensorial.
➢O elemento básico do processo de
sensopercepção é a imagem perceptiva
real
imagem perceptiva real
➢ Nitidez
➢ Corporeidade
➢ Estabilidade
➢ Extrojeção
➢ Ininfluenciabilidade voluntária
➢ completitude
imagem representativa
➢ Pouca Nitidez
➢ Pouca Corporeidade
➢ Instabilidade
➢ Introjeção
➢ Incompletude
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS
DA SENSOPERCEPÇÃO
● Hiperestesia: aumento global da intensidade
perceptiva.
● Hipoestesia: diminuição global da
intensidade perceptiva.
● Agnosias: distúrbio do reconhecimento de
estímulos visuais, auditivos ou táteis, na
ausência de déficits sensoriais.
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS
DA SENSOPERCEPÇÃO
●
Ilusão: Percepção falseada, deformada, de
um objeto real presente.
● Nos estados de rebaixamento do nível de
consciência
● Nos estados de fadiga grave
● estados afetivos
➢ Alucinação: Percepção clara e definida de um
objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença
objeto estimulante real. Possuem todas as
características de uma imagem perceptiva
real: corporeidade, localização no espaço
externo, estabilidade, irresistível força de
convencimento.
VIVÊNCIAS ALUCINATÓRIAS
●
Alucinações auditivas : são consideradas as mais comuns.
Elas podem ser simples (ruídas, estalidos) ou complexas
(alucinação audio-verbais). São vozes que ameaçam,
conteúdo depreciativo e/ou perseguição, alguns casos
ordenam (vozes de comando).
● Alucinações visuais: podem ser simples ( pontos brilhantes,
chamas) ou complexas ( figuras, objetos, cenas em
movimento).
● Alucinações olfativas e gustativas.
● Alucinações táteis (cutâneas)
●
● Alucinações cenestésicas (viscerais)
● Alucinações cinestésicas (movimento)
● Alucinações sinestésicas (combinadas)
● Alucinações visuais extracampinas: objeto
percebido encontra-se fora do campo
perceptivo.
●
● Alucinações funcionais: desencadeada por
estímulos sensoriais reais.
● Alucinações liliputianas
● Heutoscopias: percepção externa de si
mesmo.
● Sonorização de pensamentos: o paciente
ouve o próprio pensamento.
➢ Alucinoses:fenômeno pelo qual o
paciente percebe tal alucinação como
estranha à sua pessoa. São
imediatamente criticadas pelo indivíduo,
que reconhece o fenômeno como algo
patológico.
➢ Curiosamente,a pesar de as alucinações serem
➢ estudadas há quase 200 anos pelos médicos
➢ e cientistas, ainda são controversas as suas
➢ possíveis causas e mecanismos fisiológicos,
➢ neuropsicológicos e psicológicos
ALTERACOES DA REPRESENTACÃO
OU DAS IMAGENS REPRESENTATIVAS
➢ Pseudo-alucinações: é um fenômeno que,
embora se pareça com a alucinação, dela
se afasta por não apresentar os aspectos
vivos e corpóreos de uma imagem
perceptiva real. A pseudo-alucinação tem
mais as características de uma imagem
representativa.
➢ Alucinações negativas: ausência de
visão de objetos reais, presentes no
campo visual do paciente (falha
perceptiva correlacionada com fatores
psicogênicos)
O EXAME DA SENSOPERCEPÇÃO
Pensamento mágico
Pensamento concreto
Pensamento inibido
Pensamento prolixo (tangencialidade)
Pensamento confusional
Pensamento demencial
Pensamento desagregado
Pensamento obsessivo
O PROCESS0 DO PENSAR
Curso do Pensamento
Aceleração do pensamento
Lentificação do pensamento
Bloqueio ou interceptação do pensamento
Forma do Pensamento
Fuga de idéias
Afrouxamento das associações/descarrilhamento
Desagregação do pensamento
Conteúdo do pensamento
Características:
certeza extraordinária
Impossível modificação pela experiência
Conteúdo impossível (improvável)
Produção associal
Não se confunde com o erro que é originado da ignorância,
no julgamento apressado, e por passível de correção
pelos dados da realidade.
Dimensões do delírio
Grau de convicção
Extensão
Bizarrice ou implausibilidade
Desorganização
Pressão ou preocupação
Resposta afetiva ou afeto negativo
Comportamento desviante
Delírio Primário
É a idéia delirante autêntica. Está relacionada com
uma profunda transformação da personalidade, uma
quebra radical na biografia, transformação qualitativa
de toda a existência.
Delírios persecutórios
Delírio religioso
Delírio de grandeza
Delírios de ciúmes
Delírio de ruína
Delírio de influência
Delírio de auto-referência
Delírio de reivindicatório
Delírio compartilhado
Delírio sexual (erotomania)
Delírio de filiação
Percepções delirantes
Idéias obsessivas
Mitomania
Possíveis causas e teorias
etiológicas dos delírios
sintonização afetiva
Irradiação afetiva
rigidez afetiva
ALTERAÇÕES DO HUMOR
Definição: é um processo psíquico de escolha de uma entre várias possibilidades de ação, uma
atividade consciente de direcionamento. Trata-se de uma elaboração cognitiva realizada a
partir de impulsos (Pulsão x instinto)
Processo Volitivo (Ação voluntária)
fase de intensão
fase de deliberação
fase de decisão
fase de execução
Ato Impulsivo: “curto circuito” do ato voluntário
Ser realizado sem fase prévia de intenção, deliberação e decisão.
Realizado de forma egossintônica
Ser associado à impulsos patológicos de natureza inconsciente, incapacidade de tolerância à
frustração.
Ato Compulsivo
Vivência de desconforto subjetivo
Egodistônico
Tentativas de resistir
Sensação de alívio
Associados à idéias obsessivas
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS DA
VONTADE
Hipobulia
Abulia
ALTERAÇÕES QUALIITATIVAS DA VONTADE
Fetichismo
Exibicionisrno
Voyeurismo
Pedofilia
Pederastia
Zoofilia
Necrofilia
Coprofilia
Ninfomania/satiríase
OUTRAS ALTERAÇÕES DA VONTADE
Negativismo
Obediência automática
Fenomênos de eco (ecopraxia, ecolalia,
ecomimia, ecografia)
automatismo mental
PSICOMOTRICIDADE
Ações psicomotoras são uma expressão do psiquismo. Encontram-se diretamente relacionadas à
etapa final do ato volitivo (fase de execução).
Agitação psicomotora
Lentificação psicomotora
O estupor é a perda de toda atividade
espontânea, que atinge o indivíduo globalmente,
na vigência de um nível de consciência
aparentemente preservado e da capacidade
sensitivo-motora para reagir ao ambiente.
Flexibilidade Cerácea: rigidez muscular
Esteriotipias: ações motoras desprovidas de finalidade e sentido repetidas de maneira uniforme
e com freqüência.
Maneirismo: movimentos expressivos que se tornam exagerados, rebuscados e extravagantes.
Na conversão há o surgimento abrupto de
sintomas físicos (paralisias, anestesias,
parestesias, cegueira, etc.) de origem
psicogênica. A conversão motora (paralisias,
contraturas conversivas) ocorre geralmente em
uma situações estressante, de ameaça ou
conflito intrapsíquico ou interpessoal
significativos para o individuo
A marcha do paciente histérico é descrita como
irregular, mutável, bizarra, podendo ter
elementos de ataxia (deficiência de
coordenação) , espasticidade (aumento do
tônus muscular) e outras alterações, mas
raramente revela um padrão preciso e estável
de determinada "marcha neurológica“ (Marcha
espástica
Apragmatismo (ou hipopragmatisrno) e a
dificuldade ou a incapacidade de realizar
condutas volitivas e psicomotoras minimamente
complexas, como cuidar da higiene pessoal,
limpar o quarto, participar de trabalhos
domésticos, envolver-se em qualquer tipo de
atividade produtiva para si ou para seu meio
(ausência de déficit neurológico).
Apraxia (lesões neuronais): é a impossibilidade ou
grande dificuldade de realizar atos intencionais,
gestos complexos, voluntários, conscientes,
sem que haja paralisias, paresias (disfunção ou
interrupção dos movimentos ) ou ataxias que o
impossibilitem, e sem que falte também o
entendimento da ordem para fazê-lo ou a
decisão de fazê-lo.
Os psicofarmácos, principalmente os
neurolépticos de primeira geração
(haloperidol/Haldol, Clorpromazina/Amplictil )
utilizados no tratamento das psicoses,
produzem uma série de alterações do tônus
muscular, da postura e da movimentação
voluntária e involuntária.
Distonia aguda (Contração muscular lenta)
Acatisia (Inquietação motora)
Discinesia tardia: Síndrome conseqüente ao uso prolongado de neurolépticos, que se expressa por
movimentos bucolínguo-mastigatorios
Avaliação da Psicomotricidade
Consciência da Unidade do Eu
Consciência da Identidade do Eu
Consciência da Atividade do Eu
Consciência dos Limites do Eu
Alterações da Consciência da
Unidade do Eu
O indivíduo vivencia uma divisão do seu eu em
duas ou mais partes de forma conflituosa; ou
então ele sente ser duas ou mais pessoas ao
mesmo tempo. “o meu lado direito está feliz ,
mas o meu lado esquerdo está triste.
Dupla orientação alopsíquica pode expressar uma
alteração da Consciência da Unidade do Eu.
Alterações da Consciência da
Identidade do Eu
O indivíduo vivencia profunda transformação de sua personalidade e de seu corpo. Sente-se como
se não fosse mais a mesma pessoa, especialmente em comparação à pessoa que era antes do
primeiro surto psicótico.
Alterações da Consciência da
Atividade do Eu
O indivíduo torna-se um mero observador passivo de suas vivências psíquicas, as quais não
reconhece como próprias.
Imposição de pensamentos, delírios de influência, roubo de pensamentos e etc.
despersonalização