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SLIDE 1 – Apresentação Projeto

O Mágico de OZ, apresentação equipe Erika e Suellen

SLIDE 2 - Sensibilização

Ao longo da construção deste artigo, diversos autores nos mostraram como histórias são importantes
para nos conectar uns com os outros e a partir desta conexão, nos colocamos dentro da história e
aprendemos através dela.

Isto não é diferente nos contos de fada, Para Bettelheim (2013), um dos maiores psicólogos infantis, os
contos de fada e literatura infantil, são fundamentais pois, divertem as crianças e ao mesmo tempo, as
ajudam a interpretar situações, favorecendo seu desenvolvimento e a construção de sua personalidade,
ou seja, amplia a base imagética das crianças, proporcionando a elas inumeras possibilidades.

Além disso, segundo o autor, ajudam as crianças a reconhecerem conflitos e buscarem soluções para
eles. e Isso é essencial para que nossas crianças se tornem adultos funcionais.

SLIDE 3 – Síntese

Como as histórias trazem a nós seres humanos tamanha conexão, eu convido vocês a entrarem com a
gente dentro de O Mágico de OZ.

Dorothy vivia em uma fazenda com seus tios, vivia no meio de adultos e com seu cachorrinho de
estimação, não tinha contato com outras crianças, porém sempre encontrava alguma brincadeira.

Em um determinado momento, a sua vizinha, considerada má pela garota, queria levar seu cachorro
embora, pois de acordo com a vizinha, o cachorro causava grandes estragos em sua fazendo. Dorothy foi
apoiada pela tia a não dar o cachorro, porém a vizinha apresentou um intimato enviado pelo delegado
para que o cachorro fosse levado.

Com todo este contexto, Dorothy sentiu-se amedrontada e resolveu fugir, porém no caminho, houve um
grande vedaval que levou a garota e o cachorro para a Terra de OZ.

Um mundo totalmente diferente daquele que ela conhecia, pois OZ era muito colorido e cheio de
personagens infantis, diferente da fazenda, onde tudo era sem cor e sem graça.

SLIDE 4 – caracterização dos personagens

Dorothy tinha uma aventura pela frente, voltar para casa.


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Porém para isso ela acreditava que teria que encontrar o Mágico de OZ, e pelo caminho fez 3 novos
amigos que eram representados por seus vizinhos, porém na Terra de OZ, eles não eram pessoas
normais e sim um homem de lata, um leão e um espantalho, todos os personagens estão em busca de
algo que acreditavam que apenas poderia ser dado pelo Mágico de Oz.

O Homem de Lata queria um coração

O Espantalho queria um cérebro e

O Leão queria coragem

Ao longo da história, vamos percebendo que eles foram perseguidos e os atacados pela Fada Má,
dificultando a aventura e a fortalecendo o laço entre os personagens.

E o mais legal, é que em cada um destes episódios, ficava mais evidente que eles já tinham aquilo pelo
que tanto buscavam, porém não tinham o símbolo que representava aquilo.

Por exemplo, o Espantalho era alguém muito inteligente, que fazia ótimos planos, mesmo sem ter um
“cérebro”, o Homem de Lata era alguém bastante emotivo e sentimental, mesmo sem ter um “coração”,
já o Leão, tinha medo, mesmo sendo nomeado de “rei da selva”, porém quando incentivado pelos seus
amigos, ele conseguia enfrentar tais medos.

SLIDE 5 – A importância dos símbolos

Segundo White (1957), além de podermos ser condicionados por símbolos, o ser humano diferente de
outros animais, usam os símbolos para existirem, e estes símbolos são criados, inventados e construídos
pelos próprios humanos. Segundo ele, símbolo é algo cujo valor ou significado é atribuído pelos seus
usuários e este valor não é determinado pelas características físicas do objeto em questão, mas vai além
disso, é valorizado pelas atribuições culturais e sociais aprendidas pelo seu usuário através de
conhecimentos e experiências vivenciados por ele no ambiente e repassado para ele através da
sociedade. Conteúdo que vimos o tamanho da importância durante este semestre na disciplina de
Psicanálise Pós Freudiana, como é importante o significante atribuido por cada indivíduo durante a sua
construção.

SLIDE 6 – Análise da História

A história do Mágico de Oz está repleta de alegorias, representatividade, simbologias e lições de vida.

De acordo com Sales e Furtado (2009), ao analisarmos a narrativa de histórias e contos, podemos
perceber que muitas das lições escritas pelos autores, têm alusão ao que acontece na sociedade no
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decorrer de sua criação, mostrando a forte influência da sociedade, das experiências e da cultura do
autor para criação desta história.

Em O Mágico de Oz, a fazenda que ficava no Texas, foi atingida por uma forte ventania.

No ano de 1.900 uma cidade do Texas foi atingida por um furacão e acabou matando 8.000 pessoas.
Além disso, em O Mágico de Oz aparecem diversas batalhas e superações, busca por liderança,
diferentes ferramentas que apareciam no decorrer da história, além de uma grande necessidade de
aprovação e reconhecimento por parte dos personagens.

SLIDE 7 – Continuação análise

De acordo com Linehan (1997), Quando sentimentos e pontos de vista são frequentemente invalidados
pela família, ou pelas expectativas impostas pela sociedade num ambiente cultural (JACOBSON &
CHRISTENSEN (1996), vem nos dizer que a partir disto, a pessoa se torna dependente da aprovação
externa, não tendo confiança nela mesma.

Neste contexto de busca por aprovações externas, podemos ver que cada um dos personagens
buscavam por algo que acreditavam não ter, porém como foi dito anteriormente, todos eles
apresentavam, mas não enxergavam.

Como no caso do Espantalho, que queria um cérebro, porque acreditava que sem o cérebro ele seria
alguém sem inteligência, porém ele era o mais desenvolto dos personagens, conseguindo fazer rápidas
conexões e traçar planos para eles agirem rapidamente e resolver seus problemas, porém culturalmente
apenas um cérebro faz com que alguém seja inteligente, portanto, para ele, qualquer coisa diferente do
cérebro o faria desprovido de inteligência, mostrando falta confiança devido a não um símbolo social
para validação, e isso se torna evidente em cada um dos personagens.

Segundo Linehan (1997), é de suma importância que a criança tenha a validação por parte de seus pais e
pessoas que ela considera importantes em sua vida, pois isso as ajuda a desenvolver uma conexão
saudável com o mundo externo e principalmente a ajuda a criar autoconfiança.

SLIDE 7 – Crenças

De acordo com Lane (2006) o processo de construção das nossas crenças se dá pela socialização. A
socialização primária ocorre quando a criança entende o mundo a partir do que é apresentado para ela
pela família, que instruiu valores, normas, crenças e muitos significados que vão ser para ela a
representação do mundo, possibilitando a inserção da criança na sociedade. Na socialização secundária
a criança aprende a ter contato com o mundo fora das suas relações interpessoais, como ocorre nas
escolas
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SLIDE 8 – Fechamento do Conto

Outro ponto interessante levantado no filme foi o fato da Fada Boa dizer para Dorothy que não
adiantaria ninguém dizer a ela como deveria fazer para alcançar seu objetivo, mas que este sempre
esteve ao seu alcance. A única coisa que poderiam fazer era apoiá-la e mostrar ferramentas para que ela
aprendesse por ela mesma que tudo o que ela precisava para alcançar seus sonhos e objetivos era olhar
para dentro, não adiantaria conseguir um símbolo ou objeto externo, afinal isso de nada ajudaria, pois
era dentro dela que estariam as ferramentas e a determinação para alcançar seus sonhos. Sendo assim,
a personagem precisou passar por uma jornada junto de seus novos amigos que a ajudaram a
amadurecer, criar "consciência de si” e autoconhecimento. Segundo Vygotsky (1991), o contexto social
é determinante para promover ou regredir o desenvolvimento cognitivo e amadurecimento do
indivíduo, podendo trazer a ele experiências que o beneficiem para seu desenvolvimento e pensamento
crítico, mas também tem o poder de empobrecer seu repertório. Nesta história, o repertório de todos os
personagens tiveram enriquecimento a partir de sua interação.

SLIDE 9 - Considerações Finais

O desenrolar desta história nos mostra a importância da ambiente social para o amadurecimento do
indivíduo e Segundo Vygotsky (1991), o contexto social é determinante para promover ou regredir o
desenvolvimento cognitivo e amadurecimento do indivíduo, neste contexto, foi muito positivo para cada
um dos personagens, em especial para Dorothy.

O autor também nos levou para situações e que nos fez refletir sobre temas atuais, e recorrentes,
embora o conto tenha sido escrito no ano de 1900.

Dentre os temas abordados, um dos mais evidentes como mostrado neste artigo, foi a necessidade de
validação externa e como isto é muitas vezes atrelado ao TER.

Segundo com White (1957), o ser humano diferente de outros animais, usam os símbolos para
existirem, símbolos estes com significados criados pelo próprio ser humano. Tais símbolos têm utilidade
que vai além dos atributos físicos, sendo valorizados pelas atribuições culturais e sociais aprendidas pelo
seu usuário através de conhecimentos e experiências vivenciados por ele no ambiente e repassado para
ele através da sociedade.

De acordo com Maslow (1943), o ser humano tem uma necessidade de pertencimento, e como afirmado
por Piaget (2013), na fase do Operatório Concreto, os indivíduos começam a ter necessidade de
sentirem-se pertencentes a um grupo de semelhantes, ou seja, pessoas com idades e interesses
parecidos, eles tendem a imitar as práticas deste grupo a fim de ser aceito.
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SLIDE 10 – Referências

BAUM. L, Frank. O Mágico de OZ. 1. Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2013. (Obra original publicada em 1901)

BAUM. L, Frank. O Mágico de OZ. Direção: Victor Fleming. Produção: Mervyn LeRoy. Califórnia. MGM.
1939.

BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas. 1980. Tradução de Arlene Caetano 16a Edição.
Paz e Terra . 2013. Disponível em:
<http://www.andreaserpauff.com.br/arquivos/disciplinas/contacao_de_historia/abri-A%20PSICANALISE
%20DOS%20CONTOS%20DE%20FADAS.pdf > Acesso em 15 novembro de 2022

JACOBSON, N. S., & CHRISTENSEN, A. (1996). Integrative couple therapy: Promoting acceptance and
change. New York: Norton.

LANE, Silvia T. Maurer. O que é psicologia social?. São Paulo. Brasiliense. 2006. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/139985/mod_resource/content/1/O-que-%C3%A9-
Psicologia-Social.pdf>. Acesso em 27 de novembro de 2022.

LINEHAN, Marsha M. (1997). Validation and psychotherapy. In A. C. Bohart, & L. S.

MASLOW, A. H.. A theory of human motivation. Psychological Review. 1943

PIAGET, Jean. A Psicologia da Inteligência. Petrópolis-RJ. Ed. Vozes. 2013. Traduzido por TEIXEIRA,
Guilherme J. de Freitas.

SALES, Maria Germana Araújo. Teoria de texto narrativo. Bélem, Pará. UFPA: Licenciatura em Letras.
2009. Disponível em: <https://webcache.googleusercontent.com/search?
q=cache:lu6rceV0aVkJ:https://aedmoodle.ufpa.br/mod/resource/view.php%3Fid
%3D183628&cd=7&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br> Acesso em 27 de novembro de 2022.

VYGOTSKY, Lev Semionovitch. A Formação Social da Mente; Ed. Martins Fontes. 1991

VYGOTSKY, Lev Semionovitch. O desenvolvimento Psicológico na Infância. São Paulo: Martins Fontes,
1999.

WHITE, Leslie A. . Conceito De Cultura. (1957); Traduzido por DILLINGHAM, Beth. Rio de Janeiro:
Contraponto, 2009.

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