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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO

NORTE
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
CAMPUS AVANÇADO DE PATU
DEPARTAMENTO DE LETRAS

CRÍTICA SOCIOLÓGICA

Roberta Bezerra Marinho


Hélia Caroline do Nascimento
Sebastiana Braga Ferreira
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Senhora- A compra de um marido

Capítulos: Forma do mecanismo de compra e venda

Quitação Resgate
• O preço • Posse
• Aurélia e • Aurélia • Fernando • Seixas
Lemos paga o Seixas pede o
dote de 100 dote. Marido divórcio.
mil réis comprado

Estrutura da Sociedade fluminense: Capitalismo


O PREÇO

- O Sr. Ramos mantém a proposta que me fez anteontem em


minha casa? perguntou Seixas. Lemos fingiu que refletia.
- Um dote de cem contos no ato do casamento, é isto?
- Resta-me conhecer a pessoa.
- Ah! Este ponto, parece-me que deixei-o bem claro. Não tenho
autorização para declarar, senão depois de fechado nosso
contrato.
- O senhor nada me disse a este respeito.
- Estava subentendido. (ALENCAR, 1990, p. 24).
QUITAÇÃO

[...], a moça tirou o papel que trazia passado à cinta, e abriu-o


diante dos olhos de Seixas. Era um cheque de oitenta contos
sobre o Banco do Brasil.
- É tempo de concluir o mercado. Dos cem contos de réis, em que
o senhor avaliou-se já recebeu vinte; aqui tem os oitenta que
faltavam.
Estamos quites, e posso chamá-lo meu; meu marido, pois é este o
nome de convenção. ( ALENCAR, [1990], p. 63).
POSSE

Prove desta lagosta. Está deliciosa, insistiu Aurélia.


- Ordena? perguntou Fernando prazenteiro, mas com uma
inflexão particular na voz. Aurélia trinou uma risada.
- Não sabia que as mulheres tinham direito de dar ordens aos
maridos.
Em todo o caso eu não usaria do meu poder para cousas tão
insignificantes.
- Mostra que é generosa.
- As aparências enganam.
RESGATE

-Tenha a bondade de contar.


A moça com a fleuma de um negociante abriu os maços um
após outro e contou as células pausadamente. Quando acabou
essa operação, voltou-se para Seixas e perguntou-lhe como se
falasse ao procurador incumbido de receber o dividendo de
suas apólices.
- Está certo. Quer que eu lhe passe um recibo?
- Não há necessidade. Basta que me restitua o papel de venda.
- É verdade. Não me lembrava. (ALENCAR, [1990], p. 130).
REFERÊNCIAS

ALENCAR, José de. Senhora. Ministério da Cultura: Fundação


Biblioteca Nacional — Departamento Nacional do Livro.
Disponível em: <
http://www.dominiopublico.gov.br/ pesquisa/DetalheObraForm.d
o?select_action=&co_obra=2026
>. Acesso em: 23 de dezembro de 2019.

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