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Sara Ester
1ª Edição
Outubro — 2021
Jonathan Hughes era conhecido por sua fortuna e seu jeito implacável
de fazer negócios, considerando que não estava acostumado a perder.
Nunca. Jamais.
Entretanto, tudo mudou quando ele tentou realizar seu mais novo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Epílogo
SINOPSE
SINOPSE
Jonathan Hughes
Mordeu os lábios.
— Posso fazer algo para te agradecer por estar sendo tão generoso
Era uma loira linda, toda cheia de curvas, embora eu desconfiasse que
boa parte fosse superficial.
claro que havíamos tido um pequeno empecilho; mas que podia ser
facilmente resolvido.
Ele era, além de sócio, um bom amigo e, de longa data. Desde que nos
conhecemos, iniciamos sociedade em alguns empreendimentos.
Por longos meses, nós lutamos... lutamos contra aquela maldita doença;
o câncer levou meu pai de mim, assim como também levou minha mãe, há
alguns anos.
Meu lar.
***
atenção devido ao forte timbre de voz. Quando virei a cabeça em sua direção
me deparei com um homem que carregava um ar imponente, berrando poder
por todos os poros.
Vi que ele não gostou muito das minhas palavras, mas eu não me
importava.
fácil, senhorita... — parou de falar, como se me pedisse para dizer meu nome.
Rolei os olhos.
— Não finja que não sabe meu nome. — Sacudi a cabeça, impaciente.
— Vocês, ricos, não estão acostumados a serem contrariados, então, quando
isso acontece, tenho certeza de que cavam até as doenças que a pessoa tem,
ou que já teve.
Idiota!
***
Neguei.
Bati a porta do quarto de hotel com força assim que retornei da casa da
garota; minha frustração estava no limite, considerando a maneira grosseira
como ela me tratou, tanto no seu quiosque quanto em sua casa.
Honestamente, desde que saí de Londres, dois dias atrás, não imaginei
que fosse encontrar tanta resistência nessa garota. Qual a dificuldade em
assinar a porra de uma venda que poderia mudar sua vida? Caramba! Ela
trabalhava num maldito quiosque, vendendo suco e bebida para as pessoas,
quem iria gostar dessa vida?
Fiquei pensativo.
— Você sabe ser pior que eu, Jonathan — murmurou, entre risos.
vida.
***
Ada Castillo era uma garota linda, eu não podia negar; os cabelos
escuros eram crespos, daqueles que se enchiam de pequenos cachinhos. Os
— É desse jeito que trata seus clientes? — Gesticulei contra seu rosto.
— Com toda essa má vontade?
Bufou.
em cima do balcão.
aqui? Eu não vou vender minha casa. Não quero conversar com você ou com
seu sócio. Já não estão satisfeitos com a compra das casas de toda
vizinhança?
Permaneci calado, apenas a observando. Ela não deveria ser tão linda.
Sorri, cínico.
***
Um mês.
iniciava o trabalho às nove da manhã e largava perto das quatro da tarde. Por
vezes, eu a vi almoçando algum lanche, no quiosque mesmo. Não possuía
mais nenhum parente vivo, tinha apenas alguns amigos na vizinhança. Um
deles até próximo demais, mas vi que ela não queria nada sério com o tal
rapaz.
cansou ainda?
Respirei fundo.
— Me dê alguns minutos do seu tempo para conversar — pedi, a
encarando nos olhos. — Eu só quero conversar. Só isso.
— Combinado.
— Aquele homem não sai mais daqui, hum? — rosnou Yadiel, rapaz
que cresceu comigo, nitidamente incomodado. Eu e ele éramos bons amigos,
embora Yadiel almejasse algo mais, almejava ultrapassar uma linha que eu
não estava pronta. — Por acaso ele está importunando você?
O encarei, enquanto limpava meus materiais.
— Por que não aceita vender a casa de uma vez e venha morar
comigo? — convidou. Na verdade, já fazia tempo que ele insistia nisso. —
Podemos nos casar e ir embora daqui, Ada. Construir uma vida, juntos. —
Afirmou, me encarando nos olhos. — Você sabe que eu a amo.
Inspirei devagar, absorvendo suas palavras.
— Não será justo com você — fui sincera. — Eu não o amo da mesma
forma, Yadiel. E eu nunca iria me perdoar se o fizesse infeliz.
— Bobo. — Sorri.
Eu notei que ele ficou triste com minhas palavras, apenas não quis
demonstrar.
***
espantada, porque aquele visual não fazia parte do meu cotidiano. Eu estava
usando um “top” vermelho, com decote em formato coração, que abraçava
meus seios perfeitamente. A parte de baixo era uma saia longa, também em
tom vermelho, porém com alguns detalhes transparentes.
Me senti bonita.
“Sexy”.
No fundo, eu não conseguia entender o motivo para toda aquela
preocupação em me arrumar para ter uma simples conversa com um homem
Talvez fosse pelo fato de que algo nele mexia comigo de uma forma
inexplicável. Ou, talvez fosse apenas um lado meu, que estivesse curioso para
ouvir o que ele tinha a dizer.
Tentei não ruborizar, embora meu tom de pele disfarçasse isso muito
bem.
costas com uma das mãos, enquanto com a outra, abria a porta do passageiro.
Estava odiando todas essas reações esquisitas, visto que nunca me senti
assim com nenhum outro homem.
***
Sorri também.
— Consegue?
Assentiu.
declarei. — Representa a luta diária dos meus pais. O suor e o sangue deles.
— Suponho que vai destoar da elegância que imagino que deva ser a
ideia do projeto — comentei, sacudindo a cabeça.
***
Quando seu carro parou em frente à minha casa, já passava das dez da
noite.
Pegando minha mão, levou-a aos seus lábios, onde beijou, sem deixar
de me encarar.
Sorri, tímida.
— Julgo que não seja uma boa ideia — declarei, mordendo os lábios.
— Foi uma noite agradável, mas... apenas isso.
— Boa noite.
E, pelo visto, meu tempo de penitência naquela Ilha seria ainda maior.
Não o deixei concluir a frase nojenta, pois meti a porrada na sua cara,
fazendo-o cair no chão.
Assim que me voltei para Ada, ela estava chorando, toda encolhida.
Algo em meu peito se apertou com sua vulnerabilidade.
***
consolar pessoas.
— Você está bem? — perguntei, quando ela abriu a porta da sua casa.
A maneira como ela me olhou foi tão intensa que cheguei a perder o ar.
mas ignorei.
Assim que virei em meus calcanhares, fui parado pelas suas palavras
que saíram quase atropeladas:
— Aceita...?
Não entendi se pelo fato de que teria a oportunidade de estar perto dela
outra vez, ou se porque poderia dar continuidade ao meu plano de seduzi-la
até fazê-la assinar a papelada de venda.
Ada
confrontos.
atrapalhar nada.
Quando aceitei sair com ele uma segunda vez, decidi que o próximo
encontro seria na minha casa, pois queria fazer algo com minhas próprias
comentou.
— Mas pelo pouco tempo que estou aqui notei que tem uma
característica que une a gastronomia de todo país — rebateu ele, me fazendo
encará-lo.
Apontei. — Minha casa não é nenhum restaurante luxuoso, mas espero que
meu tempero seja do seu agrado.
Voltou a sorrir.
como você está em relação àquele assunto? Você deveria dar queixa na
polícia.
Suspirei.
Fiquei pensativa.
— Por que não me fala um pouco sobre seus pais? — pediu ele,
mudando o assunto.
Agradeci mentalmente.
apenas rolei os olhos, mas não deixei de acreditar que fosse verdade.
— Você é cativante e doce ao mesmo tempo; é inteligente e sabe se
impor quando necessário...
Sem pensar muito, colei nossas bocas, ansiosa demais para sentir
a textura dos seus lábios.
Doce e saborosa.
Eu estava ruborizada.
Antes não tivesse falado nada, pois seu rosto ficou pálido na
mesma hora.
Ele me olhou tão intensamente que cheguei a ficar sem ar. Sua
mão tocou meu rosto com um carinho cortante.
Franzi o cenho.
taxativo.
— Richard...
***
construção do resort.
Sorri.
Com meu silêncio, ela apenas sorriu, o que a deixou ainda mais
encantadora.
E vulnerável.
— Ada...
— Fazer o quê?
— Magoar você.
Com isso, sua boca tomou a minha de assalto, porém, com calma
e, carinho.
Sorri, eufórica.
Dias depois
— É ela quem está aí? Ouvi uma voz feminina — ouvi a voz do
Richard, seguida de uma risada. — E eu pensando que você estava
fraquejando... — gargalhou ainda mais, parecendo deliciado — Você
sempre foi mais cretino do que eu.
da camiseta larga.
seus braços e beijou meu ombro. Senti meu coração acelerado com seu
gesto.
— Também estou.
Tesão.
Culpa.
Euforia.
Culpa.
Paixão.
Culpa.
Eu não fazia ideia do que estava fazendo, mas a certeza de que
precisava dela, como precisava do ar para respirar, vibrava em cada
lindamente.
Foi impossível ignorar o desejo que a visão do seu corpo ali, tão
E, saber que ela era virgem deixava tudo pior, porque meu lado
predador berrava aos meus ouvidos.
Não fazia ideia do tempo que se passou desde que Ada e eu nos
deitamos no chão da lancha e começamos a trocar carícias; em
determinado momento, quando parei de beijá-la, permaneci olhando
para seu rosto; ela estava com os olhos fechados, respirando com
dificuldade.
no peito.
encarando.
Sacudi a cabeça.
Não fazia ideia do porquê estava contando tudo aquilo, mas Ada
me fazia sentir vontade de me abrir.
Eu não a merecia.
que isso foi o detalhe que nos colocou na vida um do outro, então
passávamos nosso tempo, juntos, rindo e nos conhecendo melhor.
Jonathan chegava a planejar um futuro para nós dois, mas eu não
ousava ir tão longe. Estava apaixonada por ele sim, mas tinha meus pés
no chão.
crescer, era quase como uma necessidade íntima. Talvez fosse pelos
seus pais falecidos, considerando que quis sempre que os dois tivessem
orgulho dele.
e olhos, cor de caramelo. Ele e sua família, assim como outras, ainda
não tinham se mudado da Ilha.
— Só está dizendo isso, porque não estou com você, mas com
ele — declarei, frustrada. Minhas palavras pareceram magoá-lo,
porque a dor ficou evidente em seus olhos. Suspirei, sentida com nosso
desentendimento. — Me desculpe... — peguei sua mão — sei que só
está preocupado comigo, mas não precisa.
Sorri, emocionada.
indicador. — Mas sou tão especial para Ada... — apontou para mim —
quanto ela é para mim. — Meu coração estava aos pulos, temendo pelo
pior. — Então, fique sabendo que não vou admitir que você a magoe.
Tenha ciência da preciosidade que tem em mãos, pois essa garota é mil
— E por acaso pensa que não sei disso? — Jonathan revidou tão
feroz quanto.
sofreguidão.
O beijei de volta.
— Por quê?
olhos da mesa de jantar, com flores e velas. — Que coisa mais linda!
— Me encarou, com os olhos brilhantes.
expostas. O decote não era tão fundo, mas as alças do vestido deixaram
a visão extremamente agradável aos meus olhos.
Minha garota...
A música escolhida foi, Just The Way You Are — Bruno Mars.
Amparando meu rosto, ela uniu nossos lábios num beijo cálido.
em meus dias.
pudesse dar.
para ele, que desceu a boca sobre a minha, fazendo-me sentir meu
próprio gosto em sua língua.
***
Abri os olhos, sendo presenteada pela luz do sol que invadia o
luxuoso quarto de hotel. Olhei para o lado, na cama, mas não encontrei
ao lado da cama.
— Ada...
celular contra ele, que segurou antes que o aparelho caísse no chão.
— Ada...
Praticamente corri.
Só queria ela.
Após estar pronto, peguei minha carteira e meu celular. Dei uma
breve fuçada no aparelho, lendo o teor das mensagens que o Richard
mandou para mim. Fúria invadiu minha corrente sanguínea com a
***
E minha...
***
Olhei dele para Ada, que não dizia nada, apenas chorava. O
simples detalhe de vê-la se esgueirando para trás das costas dele fez
Eu estava sobrando.
Esse era o tempo que fazia desde que caí do cume mais alto e,
simplesmente, me esborrachei no chão, sem anestesia.
Tudo em mim doía, e eu não sabia o que fazer para mudar isso.
Queria voltar no passado e desfazer o que havia feito, mas não podia.
Um a um...
quando saí do hotel, perdida sobre para onde ir. E eu sabia que
precisaria me refugiar em um lugar que Jonathan não pudesse me
encontrar; ao menos naquele momento.
— Você foi meu escudo nas últimas horas, e eu não podia estar
mais grata por ter você como amigo, Yadiel. — Fui até ele e o abracei
apertado, sentindo os seus acariciando minhas costas.
que você precisar que eu seja apenas para fazê-la sorrir. — Tocou meu
rosto com carinho.
De repente, suspirei.
Magoada.
Constrangida.
Ferida.
Ele sorriu, levando minhas mãos aos seus lábios para beijá-las.
Nem o culpava por isso, pois Jonathan merecia todo aquele ódio.
De dor.
De coração ferido.
***
enfrentá-lo ainda.
Travei no lugar.
— Ada?
Era ele...
Era difícil acreditar... assim como também era difícil aceitar que,
numa questão de horas, tudo o que vivemos se desmoronou como num
passe de mágica.
Jonathan me devastou. Me destruiu. E eu temia não ter
paletó.
falar da Ada. Não queria nem sequer mencionar o nome dela ali, com
ele.
documento...
— Ela está fora dos limites — apontei o dedo contra ele — Ada
está fora de joguinhos e de qualquer porra de ameaça. Deixe-a no
canto dela. Esqueça aquelas terras. Só a deixe em paz, Richard.
Assenti, aliviado.
Foi difícil me manter afastado nos últimos três dias, mas entendi
ido atrás dela algumas vezes naquele mesmo dia, ansiando implorar
pelo seu perdão.
Vazios.
— Podemos conversar?
Ela não disse nada, entretanto, deu espaço e gesticulou para que
eu entrasse em sua casa.
perfume.
dê mais uma oportunidade. É só disso que preciso para lhe provar meu
amor, para lhe provar que sou o homem certo a estar do seu lado.
Lhe ofereci o buquê, mas ela apenas olhou para minha mão,
deixando nítido que não aceitaria as rosas. Murchei, mas não insisti.
— Ada, por favor, isso não é... — tentei tocá-la, mas se afastou
num rompante.
sentir sua dor. — Você perdeu esse direito no momento que descobri
que tudo o que vivemos foi uma mentira, um joguinho sujo para me
ludibriar e, no final, conseguir minha assinatura. — Cruzou os braços,
nervosa.
Suspirei e dei alguns passos até ficar frente a frente com ela.
Ambos estávamos magoados e feridos.
Não.
ele, quebrando o silêncio. — Aquela garota, por mais linda que seja,
não passa de uma espertalhona. Assim que a conheci percebi suas
intenções; se recusou a vender a casa, porque enxergou uma
oportunidade melhor quando viu você. Não percebe isso? Eu te protegi
de um golpe.
atitude com ela, quando eu pedi para deixá-la em paz. Você não
respeitou minha decisão, não respeitou meu pedido. — Expliquei, me
colocando de pé. Sentia-me todo dolorido. — E com tudo isso,
descobri que você é alguém que não quero ter por perto nunca mais.
Não é confiável.
sempre!
Não tinha mais forças para brigar. Aliás, não tinha forças para
fazer mais nada, além de me afastar dele e de toda sua aura negra.
Ada
ferido que era impossível enxergar algo além da minha própria mágoa.
E já estava mais que na hora de eu pensar em mim. Me escolher antes
dos outros.
Jonathan desfez a sociedade comigo. Por sua causa, ele mudou da água
para o vinho e se transformou em um homem fraco. Você fez isso com
ele. Você estragou tudo, porra!
ALGUÉM ME AJUDA!
possuídos por uma fúria homicida, fazendo meu sangue gelar. Entendi
que aquele homem estava disposto a tudo para se vingar.
Seus gritos podiam ser ouvidos por todos ali. Fiquei espantado
com seu descontrole.
Era surreal quão visível sua verdadeira face ficou para mim.
Como demorei para enxergá-lo como ele realmente era? Um homem
arrogante, ruim?
***
***
Vi vermelho.
móvel, que se espatifou. Cada vez que ele tentava se levantar, era mais
um tombo causado pelos meus golpes.
de sangue.
— Ada...
seu país; em minha última conversa com Jonathan, ele contou que faria
o que estivesse ao seu alcance para que seu antigo sócio mofasse na
prisão.
Mas me contive.
desviou seus olhos para a água sob nossos pés. Fiz o mesmo.
Sorri, emocionada.
— Como assim?
coração se tornava enorme cada vez que sentia o vibrar da gratidão em poder
ajudá-los a conquistarem seus sonhos e ideais. Meu pai sempre me dizia que
nós tínhamos de realizar grandes feitos na vida, mudar a vida de alguém,
positivamente. E eu estava me esforçando para isso.
Um homem melhor.
Dias atrás, quando Ada e eu nos encontramos no seu lugar secreto, meu
coração se encheu de euforia ao perceber que ela havia facilitado minha
aproximação. Na ocasião, desejei puxá-la contra mim para envolvê-la em
meus braços ansiosos, mas me contive. Eu sabia que ainda não era o
momento.
E eu continuaria esperando.
jogando em cima dela. Enchi seu pescoço de beijos. Senti suas mãos em
minhas costas, deslizando-as para meus cabelos.
De acariciá-la.
De niná-la.
ralhou, brincando.
Ada se levantou e seguiu para o banheiro, onde fez sua higiene matinal.
Em seguida, veio para perto, usando um robe de seda. Ela ficava magnífica
na cor branca.
comecei a falar —, pois eis que esse tubarão — gesticulei para mim mesmo
— veio parar numa piscina, dentro de um recife, e assim encontrei uma
predadora a minha altura que, impiedosamente, com seu olhar e uma linda
alma arpoou meu coração me deixando totalmente em suas mãos — declarei,
visualizando suas lágrimas. — Você me fez totalmente seu, Ada. E me
sentirei ainda mais completo se você aceitar se tornar a minha esposa.
Acordei com uma carícia entre as pernas. Levei as mãos para baixo,
esfregando os cabelos do Jonathan, que decidiu iniciar meu dia de maneira
deliciosamente torturante.
Gemi enquanto mordia os lábios num esforço para não gemer tão alto,
o que era uma tarefa bem difícil. Meu marido adorava ouvir meus escândalos
de seus negócios. Porém, óbvio que precisava viajar com frequência, visto
todos os empreendimentos que necessitavam de sua atenção e controle. Além
disso, ele amava viajar comigo, mostrar todos os lugares e me mimar de todas
as formas.
Subiu com beijos pelo meu corpo seminu — pois eu tinha o hábito de
dormir de ‘lingerie’ — e pairou o rosto sob o meu. O sorriso em seus lábios
avermelhados era a coisa mais linda desse mundo.
Não havia um dia sequer que eu não me orgulhasse dele, e de mim por
ter nos dado essa oportunidade. Aceitá-lo no meu coração e na minha vida foi
minha melhor escolha.
tornaram mais intensas, atingindo um ponto mais sensível dentro de mim. Foi
impossível segurar os gemidos mais altos.
Não segurei o sorriso animado que tomou conta dos meus lábios.
***
— Levou pouco mais de quatro anos para que esse resort de luxo à
beira-mar fosse construído. Com cerca de 23.000 metros quadrados o
empreendimento oferecerá o conceito de hospedagem all-inclusive. O hotel
terá 313 quartos e todo o conforto esperado de um resort com classificação
AAA-4 Diamond. Os hóspedes terão acesso a cinco restaurantes e três bares,
serviços de ‘spa’ completos, centro de ‘fitness’, e várias outras opções de
lazer para todas as idades...
Eu não conseguia parar de olhar para meu marido, admirando-o
enquanto discursava para uma enorme plateia, desde pessoas da comunidade
até as mais influentes. Era impossível impedir que minha mente retornasse ao
passado, somente para contemplar nosso crescimento e amadurecimento. Eu
sempre dizia que nós dois aprendíamos um com o outro, porque ambos
tínhamos nossos próprios medos e receios. Era parte do percurso.
— Não...?
SINOPSE
por onde passa, mas a última coisa que pensa é se envolver com alguém.
Após sua última decepção amorosa, decidiu focar somente nos seus projetos.
No entanto, tudo isso muda, quando em meio a uma seleção que ocorrerá em
sua empresa, resolve usar um método completamente diferente para poder
conhecer de perto cada candidato.
Por obra do destino, se depara com um anúncio para disputar uma vaga
de estagiária na grande empresa AppSalazar; confiante, ela resolve tentar e
dar o máximo de si para ser uma entre os escolhidos.
SINOPSE
Uma bela oportunidade surge, porém, nada será tão fácil, pois uma
pedra vem junto, trazendo consigo muitos impedimentos para nosso casal.
Duas pessoas com passados tristes, mas que sonham com um final feliz
para suas vidas. Como eles se sairão diante disso?