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Participantes:

. Alex Timóteo
. Ana Deis
Rep
r
Assi odução . Camila Barbosa
stid . Felipe Martins
a
. Taynara Marinho

Professor: Phelipe Oliveira


ESTUDO DE
CASO:
DOAÇÃO DE
ÓVULOS
1º CASO
(Revista Superiteressante
EditoraAbril)

“Eu doei meus óvulos – e descobri algo


que não queria” (* Catherine Lacey escritora
americana. Em depoimento a Eduardo Szklarz)
O caso fala de uma jovem americana de 23 anos, estudava
escrita criativa na faculdade e ganhava um salário razoável como
assistente de uma família rica. Tendo publicado alguns textos,
tinha noção de que para sua carreira deslanchar precisava de
tempo para escrever. Foi aí que então resolveu vender seus
óvulos que traria um rendimento remunerário de U$ 8 mil (R$
40.000,00), o que com essa renda ficaria meses escrevendo o
livro.

Então Catherine procurou uma agencia de fertilização in vitro de


boa reputação e iniciou uma maratona de exames de sangue,
genéticos e de personalidade. Preencheu questionários de mais
de 30 páginas com tudo sobre si: infância, preferencias
alimentares, a escola onde estudou. Fez entrevista com uma
psicóloga por telefone e logo após um encontro com uma
médica da agencia, onde foi alertada como deveria tomar as
drogas antes do procedimento e se gostaria de desistir da
doação. Segui a diante...
Semanas após, Catherine foi contatada pela agencia, sendo
informada que teria seus exames aprovados. E que um casal estava
interessado em seus óvulos, tendo em vista que se tratava de uma
escritora.

O contrato orientava que durante 3 semanas seguintes a doadora


não poderia fazer uso de bebida alcoólica, fumar, ter sexo, nem
consumir drogas, a não ser as receitadas. Também não poderia
entrar em contato com a mulher receptora e nem seria informada
do nascimento.
•No dia seguinte, tomou várias injeções como:

- Lupron (droga que reduz os hormônios sexuais


estradinol e testosterona).
- Menopur, feito com urina de mulheres na pós-
menopausa. Esse remédio estimula o ovário a
produzir múltiplos folículos (onde crescem os
óvulos), em vez de um folículo que amadurece a
cada mês.
- Na ultima noite fez uso do Gonal-F, um hormônio
estimulante de folículos de origem bovina.
Precisando de tomar na hora precisa para ovular
exatamente na mesa de cirurgia.
A operação teve anestesia geral e durou
20 minutos. A doadora acordou bem, não
sentindo grandes efeitos colaterais,
apenas um choro contínuo. Não por
tristeza, mas pela sensibilidade do
momento. Efeitos esses que pararam
quando foi finalizado o uso das drogas
receitadas.
• Catherine, fez uma outra doação de
óvulos dois meses depois. Pensando em
doar pela Terceira vez, teve uma surpresa:
a agência detectou que ela carregava um
gene raro, chamado X Frágil.

• Cerca de 20% das mulheres tem um


resultado positivo baixo para esse gene.
“Hoje, não sinto que tenho filhos só porque doei óvulos. Não criei
as crianças que possam ter nascido. Não me sinto mãe delas. Se
eu tivesse uma ligação mais espiritual com os óvulos e sentisse
que essas crianças são meus filhos, certamente não doaria. E
também não acho que a experiência seja boa para todos, nem
que as pessoas devam fazer pelo dinheiro. Para mim, foi bom.
Além do dinheiro para escrever, arranjei um assunto para o livro:
é a história de uma mulher que deixa o companheiro após
tentativas frustradas de conceber uma criança. Talvez eu tenha
impedido um caso desses na vida real.”

(Catherine Lacey é escritora americana. Em depoimento a Eduardo Szklarz).


Aspectos Éticos e Legais
- As doadoras devem ser informadas sobre os
riscos da hiper-estimulação ovariana, bem
como sobre outras possíveis complicações da
fertilização in vitro, como gestação múltipla,
sangramento, infecção e anestesia.

No Brasil, não há necessidade da contratação


de um advogado para acompanhar o
tratamento, a não ser em alguns casos
específicos, como, por exemplo, útero de
substituição (comumente chamado de
barriga de aluguel.

As receptoras devem saber que, apesar de


as doadoras serem mulheres com idade de
chances mínimas para malformações
cromossômicas, essa possibilidade não
pode ser excluída.
LEGISLAÇÃO
VIGENTE NO
BRASIL
O Brasil não possui leis que regem a doação
de óvulos. As resoluções do Conselho
Federal de Medicina (CFM) preenchem
lacuna legal, pois não existe regra específica
que regulamente a prática da Reprodução
assistida no Brasil.
RESOLUÇÃO CFM n 2.168|2017 (vigente até os dias de hoje

• 1º A idade máxima das candidatas à gestação por técnicas de RA é de


50 anos

• 2º As exceções a esse limite serão aceitas baseadas em critérios


técnicos e científicos fundamentados pelo médico responsável quanto
à ausência de comorbidades da mulher e após esclarecimento ao(s)
candidato(s) quanto aos riscos envolvidos para a paciente e para os
descendentes eventualmente gerados a partir da intervenção,
respeitando-se a autonomia da paciente.
LEGISLAÇÃO
VIGENTE NO
EXTERIOR
A prática da doação de
óvulos no mundo está
diretamente ligada á
cultura e á regulamentação
local.

• Na Alemanha, por exemplo, a doação de


óvulos não é permitida, enquanto em
outros lugares da Europa (França, Grécia,
Hungria, Itália, Polônia, Portugal,
Eslovênia e Espanha) é permitido com o
anonimato das doadoras ou não-
anonimato (como na Áustria, Finlândia,
Países Baixos, Suécia e Reino Unido).
(ESHRE,2017)
Nos países que permitem a remuneração das doadoras
existem também variações nos montantes de
compensação. Uma pesquisa da ESHRE (European
Society for Human Reproduction and Embryology)
com 63 centros realizando doação de óvulos em 11
países europeus encontrou diferenças substanciais: Na
França apenas o reembolso de despesas comprovadas é
fornecido; em Portugal, foi pago o valor aproximado
de 600 euros; no Reino Unido, um quantia fixa de 750
euros foi dada para cobrir quaisquer perdas financeiras
decorrentes da doação; e, na Espanha, o montante fixo
era em torno de 900 euros.
• Nos países que permitem a remuneração das doadoras existem
também variações nos montantes de compensação. Uma pesquisa da
ESHRE (European Society for Human Reproduction and Embryology)
com 63 centros realizando doação de óvulos em 11 países europeus
encontrou diferenças substanciais: Na França apenas o reembolso de
despesas comprovadas é fornecido; em Portugal, foi pago o valor
aproximado de 600 euros; no Reino Unido, um quantia fixa de 750
euros foi dada para cobrir quaisquer perdas financeiras decorrentes
da doação; e, na Espanha, o montante fixo era em torno de 900
euros.
Nos EUA, a indenização á doadora deve
estar em conformidade com o relatório do
Comitê de ética da ASRM – American
Society for Reproductive Medicine
(ARSM,2013). O comitê determina que a
compensação monetária do doador deve
refletir o tempo, a inconveniência, e as
demanda físicas e emocionais e riscos
associados á doação de óvulos. Deve-se
minimizar a possibilidade de indução
indevida de doadoras e sempre evitar a
sugestão de que o pagamento seria pelos
óvulos. Há relatos informais de
pagamentos de até US$ 50.000 para óvulos
de doadoras com características
específicas.
Vamos tirar as dúvidas
Turma???
Como acontece o procedimento?

O processo pode ser dividido


em três etapas, sendo que as
duas primeiras tratam da
doadora e a terceira da
receptora:
1ª ETAPA: Indução
da ovulação

A doadora deve passar por um


processo que vai estimular os
ovários e induzir a um maior
recrutamento de óvulos. Para
acontecer este estímulo são
administrados medicamentos a
partir do início do ciclo
menstrual, e através de injeções
subcutâneas, que agem
diretamente nos folículos do
ovário.
2ª ETAPA: Coleta dos
óvulos

Entre 6 e 14 dias depois do início


da indução, são realizados
exames de sangue e
ultrassonografia para avaliar a
evolução da ovulação da mulher.
Caso a evolução esteja de acordo
com o esperado será aplicado o
hormônio de maturação e então
acontecerá a coleta ou aspiração
dos óvulos.
3ª ETAPA: Fecundação e
transferência embrionária

Após a coleta, o embriologista irá


avaliar se o líquido retirado
realmente possui óvulos e então
alguns deles serão selecionados
para a fecundação. No
procedimento de doação de
óvulos, a fecundação acontece
em ambiente laboratorial e a
evolução dos embriões gerados é
observada pela equipe técnica.
QUEM PODE DOAR
ÓVULOS?
Estão aptas para doar óvulos
mulheres entre 18 e 35 anos com
histórico genético saudável e que não
possuam doenças transmissíveis.
O
PROCESSO
É
DOLORIDO?
DOADORA:
Durante a da coleta de óvulos a doadora estará
sob o efeito de anestesia, portanto o
procedimento será indolor. Algumas mulheres
costumam sentir leves dores na região abdominal
depois do procedimento, por isso é recomendável
o repouso após a coleta e não fazer movimentos
intensos ou exercícios pesados nos próximos dois
dias.

RECEPTORA:
Para a receptora, a transferência embrionária é
indolor.
QUANTOTEMPO DURAO
PROCESSO?

Para a doadora, o processo tem início quando


acontece a indução ovariana por meio de
medicamentos e termina com a coleta dos
óvulos, esse intervalo costuma durar entre 10 e
14 dias.

No caso da receptora, podemos considerar que


o processo vai desde a fecundação do óvulo
recebido até a transferência embrionária e
costuma demorar entre 12 e 15 dias.
• Essa técnica tem se popularizado
mundialmente devido ao estilo
de vida atual, onde as mulheres
por sua vez decidem ter filhos
numa idade mais avançada.

• Incrementando os casos de
mulheres solteiras ou pares
homoafetivos.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
• https://super.abril.com.br/saude/eu-doei-meus-ovulos-e-descobri-algo-que-nao-queria/
• https://ipgo.com.br/aspectos-eticos-e-legais/
• file:///C:/Users/adima/Downloads/17603-Texto%20do%20artigo-67036-2-10-20181205.
• http://www.scielo.br/pdf/csp/v35n2/1678-4464-csp-35-02-e00122918.pdf
• https://www.ufrgs.br/bioetica/biorepr.htm

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