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Cidades

inteligentes
Índice
• O que são cidades inteligentes
• Anatomia das cidades inteligentes
• Esgoto monitorado via sensores
• Iluminação pública eficiente
• Economia circular do lixo
• Redes inteligentes economizam energia
• Mobilidade urbana do futuro
O que são cidades
inteligentes
De fato, cidades inteligentes são aquelas que utilizam tecnologia para melhorar a
eficiência político-econômica e para amparar o seu desenvolvimento. Mas esse conceito
é tão amplo, que abarca desde uma cidade que implanta sensores de Internet das Coisas
(IoT) conectados nas ruas para monitoramento do trânsito em tempo real, como também
cidades que passam a privilegiar espaços verdes e meios de transporte públicos e
alternativos à gasolina.
Dessa forma, acaba fazendo mais sentido entender uma cidade inteligente como um
espaço onde vivem governos e sociedades mais inteligentes, na qual a tecnologia é
apenas um instrumento. Portanto, uma cidade inteligente é mais que um espaço urbano
que utiliza tecnologia de ponta, mas um lugar que é pensado para as pessoas, com foco
na inclusão social, na diminuição da desigualdade e pautada pela sustentabilidade. Uma
cidade segura, resiliente e autorregenerativa, capaz de responder rapidamente a
mudanças climáticas, evitando impactos sociais graves.
Anatomia das cidades inteligentes

Como destaca o Thales Group, as cidades inteligentes não são apenas um conceito ou um sonho do
futuro, mas muitas delas começam a ganhar corpo graças a soluções inovadoras baseadas, por
exemplo, na Internet das Coisas (IoT). Outro caminho possível é o uso de tecnologias celulares e
sem fio de baixa potência (LPWAN) para conectar e melhorar a infraestrutura, eficiência,
conveniência e qualidade de vida para residentes e visitantes.
Exemplos não faltam: semáforos conectados recebem dados de sensores e carros,
podendo ajustar a cadência e o tempo da luz para responder ao tráfego em tempo real,
reduzindo o congestionamento nas estradas. Carros conectados podem se comunicar
com parquímetros e plataformas de carregamento de veículos elétricos (EV) e direcionar
os motoristas para o local disponível mais próximo. E mais: latas de lixo inteligentes
enviam dados automaticamente para empresas de gerenciamento de resíduos e agendam
a coleta conforme necessário em comparação com um cronograma planejado
previamente.
Esgoto monitorado via sensores
Esgoto monitorado via sensores
Uma cidade inteligente é também sustentável e a norte-americana South Bend é exemplo disso. Ela
deverá economizar US$ 400 milhões com um projeto de esgoto inteligente, que inclui um sistema
com 165 sensores e softwares ativados em toda a bacia hidrográfica da cidade, gerenciando 13
portões e válvulas automatizadas.
O projeto foi endossado pela Autoridade de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) e pelo
Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ). A EPA, o Departamento de Justiça e a cidade de
South Bend assinaram originalmente um decreto de consentimento em 2012, em resposta à
envelhecida infraestrutura de esgoto da cidade que frequentemente transbordava, descarregando
milhões de litros de esgoto e águas pluviais no histórico Rio St. Joseph a cada ano.
O plano para resolver o problema foi definido para custar aos contribuintes de South Bend US$ 713
milhões em melhorias de capital. Mas as partes anunciaram que estão alterando o acordo original
com um plano revisado baseado na tecnologia de “esgoto inteligente”. A nova abordagem da cidade,
usando a solução de otimização de rede de águas residuais, oferece “melhor proteção com custo
mais baixo”, de acordo com a EPA.
Iluminação pública eficiente
Investir na melhoria da eficiência da iluminação pública pode gerar economia
de energia de até 70%. Além disso, parte da tecnologia que aumenta a
eficiência pode servir também como base, no futuro, para soluções de smart
cities.
A principal medida para melhorar a eficiência da iluminação pública é a troca
das tradicionais lâmpadas de vapor metálico pelos modelos de LED. A opção
pelo LED gera economia de, no mínimo, 50%, e, dependendo do caso, pode
chegar a 70% da conta de energia do município com iluminação pública.
Além de menos eficientes, as lâmpadas de vapor metálico são um poluente,
especialmente as de mercúrio. Outra vantagem do LED é que ele tem menos
falhas. Então, é menor a chance de os postes se apagarem de repente — o
que representa também uma questão de segurança.
Economia circular do lixo
Uma novidade é o projeto para digitalizar a coleta de lixo e torná-la econômica e
ecologicamente correto, iniciado em cooperação com a Sensoneo, fornecedora de
soluções inteligentes de gestão de resíduos para cidades e empresas.
Apoiada por uma subvenção do Conselho Europeu de Inovação, a iniciativa inclui a
instalação de sensores Sensoneo em recipientes de lixo de vidro e lixeiras
subterráneas em Bratislava, colocando dispositivos em caminhões de lixo para
verificar automaticamente as coletas e otimizar a rota. Com este projeto, a cidade
espera economizar na quilometragem e emissões relacionadas à coleta de lixo, além
de melhorar sua capacidade de intervir rapidamente no caso de contêineres
sobrecarregados.
Redes inteligentes economizam
energia
Um novo estudo da Juniper Research descobriu que as implantações globais de redes inteligentes
levarão a uma economia anual de energia de 1.060 terawatts-hora até 2026, É um aumento de 774
terawatts- hora em relação aos números de 2021 A pesquisa identificou o aumento da
sustentabilidade e da segurança energética como essenciais para o apelo das redes inteligentes
com análises e redes responsivas à demanda capazes de ter um impacto importante em um futuro
repleto de energias renováveis.
No caso de cidades inteligentes e sustentáveis, o destaque do estudo são os medidores de nova
geração. O estudo descobriu que as implementações desse tipo de dispositivos
estão aumentando, com medidores inteligentes globais em serviço definidos para alcançar mais de 2
bilhões em 2026 (comparados com os 1,1 bilhão em 2021). Embora isso represente um crescimento
de 95%, a adoção global é muito desigual com mercados como América Latina, África e Oriente
Médio que ficam significativamente atrás da Europa Ocidental, Extremo Oriente e China.
Mobilidade urbana do futuro
Assim como o uso eficiente de energia e a economia circular do lixo, entre outras iniciativas, a mobilidade
futura também moldará as cidades inteligentes. E trés forças estão envolvidas nesse assunto: provedores de
serviços de mobilidade, operadoras de transporte público e municipios. Todas as três podem se beneficiar do
conceito de uma cidade inteligente, segundo artigo da revista Automotive World.
De acordo com duas pesquisas recentes da Accenture, os serviços de mobilidade têm o potencial de criar um
enorme valor econômico. O mercado de serviços de mobilidade na China, nos EUA e na Alemanha cresceu
para mais de US$ 140 bilhões na última década, e esse número mais que triplicará até 2030. Além da
vantagem financeira, os serviços de mobilidade podem se tornar essenciais para enfrentar duas das questões
mais urgentes da vida urbana: emissões de carbono e cidades superlotadas. As municipalidades, aliás, têm um
papel fundamental, pois podem estabelecer regulamentos como preços para vagas de estacionamento ou
pedágios. Ou seja: tornam- se um facilitador-chave para serviços de mobilidade

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