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AS
EUROPEIAS
Relembrando o impressionismo
■ Foi uma escola de pintura que surgiu na França em meados do século 19, desenvolvendo
um estilo inteiramente original. Os artistas abandonaram regras tradicionais para retratar
as coisas da maneira como as viam, de acordo com suas impressões.
■ “O impressionismo causou uma ruptura em relação à maneira de figurar a realidade tal
como se estabeleceu no mundo das artes desde o início do Renascimento, no século 15″,
diz a crítica de arte Magnólia Costa, do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).
■ Características marcantes das pinturas renascentistas, como a grande preocupação com
perspectiva e proporcionalidade, foram abandonadas; os retratos e os motivos religiosos,
até então os temas mais comuns nos quadros, deram lugar a telas que mostravam
paisagens. O precursor de todas essas mudanças foi o pintor francês Claude Monet.
■ O movimento nas pinturas criou uma nova visão conceitual da natureza utilizando
pinceladas soltas dando ênfase a luz e no movimento.
■ Impulsiona os movimentos de vanguarda, que surgem posteriormente.
Impressão, nascer do sol (1872), de Claude Monet
As vanguardas europeias
■ A efervescência da arte faz surgir diversas tendências artísticas que floresceram no continente
europeu no início do século XX e que acabaram por influenciar todo o mundo ocidental.
■ Buscando a ressignificação do que era considerado arte, os artistas das
vanguardas romperam com todas as tradições anteriores, fazendo diversas
experimentações com materiais e técnicas diversos, o que abrirá caminho para a arte
moderna. São cinco, a saber:
■ Futurismo
■ Surrealismo
■ Cubismo
■ Expressionismo
■ Dadaísmo
vanguarda (do francês avant-
■ garde)
“Vanguarda” é o nome dado às tropas militares que vão à frente em um exército, àqueles que
são os primeiros – por isso a palavra metaforicamente também significa “pioneirismo”,
justamente o que esses artistas representaram.
■ CONTEXTO HISTÓRICO
– Início do século XX;
– Segunda Revolução industrial que traz grandes invenções como a luz elétrica e o carro
movido a gasolina, além da produção em larga escala de bens de consumo, acelerando
o ritmo da vida como um todo. As cidades cresciam como grandes metrópoles.
– As ciências avançavam: Einstein publicava sua teoria da relatividade, em 1905, e Freud
propunha uma análise dos processos mentais, o que desembocou no surgimento de
uma nova ciência, a psicanálise.
– Aprimoramento da fotografia e do cinema (cinematógrafo – 1895)
– Primeira guerra mundial - 1914
Expressionismo
■ Surgiu em 1910 (Alemanha); tem como herança a arte do final do século 19 e valoriza aquilo
que chama de expressão: a materialização criativa (na tela ou no papel) de imagens geradas
no mundo interior do artista. Assim figuras deformadas, cores vibrantes e estética do
grotesco são algumas de suas características.
■ Valorizavam a arte primitiva e a gravura. Foram os primeiros a postular que a arte não deveria
seguir uma representação mimética da realidade, algo em comum com todas as outras
vanguardas.
■ “ao contrário de outras vanguardas, que refletem otimistamente sobre a técnica e o
progresso, como por exemplo os futuristas, os expressionistas são mais afetados pelo
sofrimento humano que pelo triunfo”. (Lúcia Helena em movimentos de vanguarda europeia);
■ Possuía um caráter deveras subjetivo, irracional, pessimista e trágico, justamente
por enfatizar as mazelas e os problemas do ser humano.
■ Pintura: Van Gogh, Cézanne e Gauguin.
■ Die Brücke - que em português significa "A ponte". - Edvard Munch - precursor
O Grito (1893) de Edvard Munch
■ Futurismo foi um movimento que produziu mais manifestos do que obras propriamente
ditas.
■ O primeiro manifesto foi publicado em 20 de fevereiro de 1909, assinado por Filippo
Marinetti (1876 -1944).
■ Pontos fundamentais: exaltação da vida moderna; da máquina, da eletricidade,
do automóvel; da velocidade e uma inevitável ruptura com os modelos do passado.
Trechos do manifesto futurista
1 - “ Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e à temeridade.
2 - Os elementos essenciais de nossa poesia serão a coragem, a audácia e a revolta.
3- Tendo a literatura até aqui enaltecido a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono, nós queremos exaltar o
movimento agressivo, a insônia febril, o passo ginástico, o salto mortal, a bofetada e o soco.
4- Nós declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um
automóvel de corrida com seu cofre adornado de grossos tubos como serpentes de fôlego explosivo... um
automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais belo que a Vitória de Samotrácia.
5- Não há mais beleza senão na luta. Nada de obra prima sem um caráter agressivo. A poesia deve ser um assalto
violento contra as forças desconhecidas, para intimá-Ias a deitar-se diante do homem.
6- Nós estamos sobre o promontório extremo dos séculos!... Para que olhar para trás, no momento em que é preciso
arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós vivemos já no absoluto,
já que nós criamos a eterna velocidade onipresente.
7- Nós queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo - o militarismo, o patriotismo, o gesto destrutor dos
anarquistas, as belas ideias que matam, e o menosprezo à mulher.
8- Nós queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater o moralismo, o feminismo e todas as covardias
oportunistas e utilitárias.”
• Vida moderna em pinturas cheias de
movimento, dinamismo e força;
• Mulher ouve os sons vindos do
exterior