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LACTAÇÃO E ALEITAMENTO MATERNO

DISCIPLINA: NUTRIÇÃO MATERNO INFANTIL


DOCENTE: PAULA CAROLINA SANTOS SOLEDADE
LACTAÇÃO E ALEITAMENTO MATERNO

COMPONENTES DA EQUIPE:

Carolina Gomes Costa


Daniel Santos Souza
Estéfane Lima de Souza
Luciana Silva Libarino
Maria Alice Maciel Machado
Rebeca Fernandes Trindade
ARTIGOS UTILIZADOS

 Fatores associados à autoeficácia da


amamentação no puerpério
imediato em maternidade pública
INTRODUÇÃO
• A atitude de amamentar está atrelada a um cenário histórico,
sociodemográfico e emocional, tendo definições peculiares
para cada mulher;

• Apesar de iniciar o aleitamento materno exclusivo (AME) no


período do puerpério imediato, muitas mães complementam
ou abandonam essa prática nas primeiras semanas.
INTRODUÇÃO
Fatores:

• Problemas mamários;
• Produção insuficiente de leite;
• Dificuldade do bebê na sucção;
• Condição socioeconômica;
• Grau de escolaridade;
• Fatores emocionais da mãe;
• Falta de encorajamento familiar;
• Genuína intenção de amamentar e desconhecimento sobre o
assunto por parte da mãe.
MÉTODO
 Trata-se de uma pesquisa transversal, exploratória e com
abordagem quantitativa realizada no período de outubro de
2020 a julho de 2021, e a coleta de dados ocorreu entre
janeiro a março de 2021.

 Realizada em uma maternidade pública de grande porte, no


sudoeste do Estado do Maranhão;

 Foram incluídas puérperas com idade a partir de 18 anos e


máxima de 46 anos, em puerpério imediato, entre 8 a 48
horas pós-parto, internadas no alojamento conjunto, que
estivessem em AME e no período de, pelo menos, seis horas
de pós-parto.
MÉTODO
 Utilizou-se instrumento de pesquisa composto de 22 questões
fechadas, contendo características:

- Sociodemográficas (idade, raça, estado civil, escolaridade,


ocupação e renda familiar) e;

- Dados obstétricos (número de filhos, paridade, história de


prematuridade, prática de amamentação anterior, principais
motivos para amamentar, se houve interrupção da amamentação e
fatores que dificultaram ou impediram de amamentar.
MÉTODO

 Depois da verificação de erros e inconsistências, realizou-se análise


descritiva por meio de frequências absolutas e relativas para todas
as variáveis investigadas e de auto eficácia.

 Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da


Universidade Federal do Maranhão.
RESULTADOS

46,7%
52,9% participantes ou
apresentaram puérperas
renda familiar apresentaram
entre um e dois idades entre 26
salários mínimos e 35 anos

62,1% tinham 81,2% eram 80,0% não


escolaridade casadas ou tinham
entre oito e estavam em vínculo
12 anos união estável
empregatício
RESULTADOS

53,9% que
deixaram de
62,1% delas amamentar o
possuíam entre motivo foi de
dois e três filhos produção de
leite
69,6% insuficiente
amamentaram
em gestação
anterior
67,5% não
interromperam
a
amamentação.
 221 (92,1%) realizaram pré-natal,
 144 (62,1%) foram acompanhadas por enfermeiros e médicos,
 214 (89,2%) receberam orientações sobre amamentação,
 94 (43,9%) receberam orientação sobre amamentação na maternidade,
 123 (57,5%), por profissional enfermeiro,
 226 (94,2%) amamentaram na primeira hora de vida do bebê,
 135 (56,6%) manifestaram pretensão de amamentar exclusivamente até o sexto mês e
 202 (84,2%) forneceram como alimentação apenas leite materno.

A maior proporção das entrevistadas 200 (83,3%) apresentou alta auto eficácia em
amamentar

Na análise multivariada (ajustada), as variáveis: idade de 26 a 35 anos; acima de 36 anos;


casada ou em união estável; sem vínculo empregatício; amamentação na primeira hora de
vida do RN; orientação sobre amamentação na UBS; e apenas leite materno como
alimentação do RN na maternidade permaneceram associadas à alta auto eficácia em
amamentar em mulheres no puerpério imediato
Pontos Relevantes
• 1- Com o aumento da idade, observaram-se três vezes mais
chances de ocorrência da alta autoeficácia em amamentar
quando comparadas às puérperas de menor faixa etária;

• 2- Puérperas adolescentes mostrou que a maioria apresentou alto


nível de autoeficácia na habilidade para amamentar em virtude
do recebimento de ajuda da mãe e da sogra;

• 3- Receber apoio e iniciar a amamentação na primeira hora de


vida influenciam o aumento da autoeficácia materna na
amamentação;
Pontos Relevantes
• 4- Estudo conduzido em Uganda na África Ocidental, com a
participação de 84 puérperas apontou que 6 em cada 10
mulheres apresentaram elevada autoeficácia para a
amamentação, e os fatores associados foram a presença de
companheiro e receber apoio dos profissionais de saúde na
amamentação no pós-parto imediato;

• 5- Ser dona de casa é considerado fator protetor do AM, pois o


retorno ao trabalho é a principal causa de desmame precoce por
algumas mães, além de antecipar a complementação alimentar;

• 6- O resultado do estudo detectou associação estatisticamente
significativa entre o baixo peso e a não amamentação na primeira
Pontos Relevantes
7- Não houve associação entre o tipo de parto e a amamentação
na primeira hora de vida;

8- O poder decisório da mãe é limitado, pois os conhecimentos


dos profissionais e as práticas instituídas no serviço hospitalar se
configuram como fatores determinantes para o início da
amamentação ainda na sala de parto.

O início precoce do aleitamento traz benefícios para a mãe e o bebê e está


relacionado com a maior satisfação e a confiança da mulher em sua
capacidade de amamentar e cuidar de seu bebê
Conclusão
 No puerpério imediato, a mulher deve ser acompanhada pelos
profissionais de saúde no alojamento conjunto e apoiada em sua prática
da lactação, para que tenha suporte em suas dificuldades;

 Na análise univariada e multivariada (ajustada), as variáveis que se


mostraram significativas para a alta autoeficácia foram de 26 a 35 anos e
maior que 36 anos, casada ou em união estável, sem vínculo
empregatício;

 Conhecer o perfil sociodemográfico e obstétrico dessa população


contribui para orientar os profissionais de saúde a uma assistência de
qualidade superior à gestante, puérpera e lactante, com o objetivo de
aumentar a autoeficácia em amamentar.
ARTIGOS UTILIZADOS

 Benefícios do aleitamento
materno para a mulher e o
recém nascido
INTRODUÇÃO

 Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve


interação profunda entre mãe e filho.

 Nos últimos 30 anos, o Brasil tem promovido ações de promoção, proteção e


apoio ao aleitamento materno, tendo em vista aumentar os índices de
aleitamento exclusivo e complementar no país e inibir o desmame precoce

 A Política Nacional de Aleitamento Materno (PNAM) como, por exemplo, o


Incentivo ao Aleitamento Materno na Atenção Básica - Rede Amamenta
Brasil e a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.

 As estratégias assistenciais do enfermeiro frente as orientações em saúde


quanto ao benefício do aleitamento materno para a mulher e para o recém-
nascido.
METODOLOGIA
 Trata-se de um estudo descritivo, do tipo revisão integrativa
de literatura, de caráter qualitativo;

 A análise dos dados foi realizado entre setembro de 2020 a


janeiro de 2021, mediante a revisão sistemática de artigos
indexados e publicados na Plataforma da Biblioteca Virtual da
Saúde (BVS);

 Foram usados os seguintes descritores: Aleitamento materno;


Saúde da Criança; Saúde da Mulher; Promoção da Saúde;
Combinados com o operador booleando “AND”
METODOLOGIA
 Os critérios de inclusão para a seleção dos conteúdos foram
os artigos científicos publicados de acordo com a temática
proposta, nos referidos bancos de dados compreendendo os
anos de 2015 a 2021.

 Os critérios de exclusão foram, artigos que não tivessem


relevância com a temática, materiais duplicados, incompletos,
resumos, resenhas, debates, relato de caso, relato de
experiência, publicados em anais de eventos e materiais
indisponíveis na íntegra.
IMPORTÂNCIA DO
ALEITAMENTO MATERNO

 É através da amamentação que a criança vivencia estímulos


diversos e a interação estabelecida a cada mamada propicia-
lhe a consolidação de sentimentos de segurança, proteção e
bem estar.

 Forma-se, um verdadeiro elo de afetividade, o qual é


imprescindível para desenvolvimento mental, psíquico e
emocional do lactente.

 Para a mulher, ocorre diminuição da dor causada pelo


ingurgitamento mamário, sentimento de alívio, segurança e
diminuição da ansiedade desenvolvida ao longo da gestação.
BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO
PARA O BEBÊ
 O leite humano contém água, proteína e gordura, além de vitaminas em
quantidades suficientes, protegendo contra alergias e infecções,
favorecendo o crescimento e desenvolvimento da criança.

 O aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida do bebê


previne morbidade e mortalidade neonatal, ajuda no desenvolvimento das
estruturas orais, como lábios, língua, bochechas, palato duro e mole,
responsáveis pelo funcionamento adequado das funções de respiração,
sucção, mastigação, deglutição e fonoarticulação, além de propiciar o
padrão de respiração nasal

 A amamentação é recomendada de forma exclusiva até o sexto mês de


vida e após esse período poderá ser complementada com outros tipos de
alimentos até dois anos ou mais.
BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO
PARA A MÃE

Mulheres que amamentam:

 recuperam mais rapidamente o peso que possuíam antes da gravidez;

 possuírem menor risco de hemorragias no puerpério imediato e


consequentemente anemia por perda sanguínea;

 favorece a liberação de ocitocina e tem efeito protetor nos


transtornos do estado de ânimo materno;

 uma maior proteção contra o desenvolvimento de câncer de mama.


LACTAÇÃO E ALEITAMENTO MATERNO

 A lactação é o resultado direto e natural da gravidez e do


nascimento e parte integrante do processo reprodutivo que
beneficia mãe e filho simultaneamente.

 A síntese e a secreção do leite são processos bioquímicos e


neuroendócrinos complexos sob controle hormonal e
envolvem os terminais sensíveis da aréola e do mamilo.
ORIENTAÇÕES SOBRE AMAMENTAÇÃO
DESDE O PRÉ-NATAL

 Deve-se respeitar os desejos e decisões maternas, orientando-as


visando garantir a melhor alimentação para o recém-nascido.

 O manejo clínico da amamentação deve ser iniciado ainda no pré-


natal, período em que a mulher já vai compreendendo a fisiologia da
lactação, os benefícios para si e para o bebê durante a amamentação,
dos intervalos entre as mamadas, dos sinais de hipoglicemia, o que lhe
permite chegar à maternidade com esses conhecimentos.

 Cabe aos profissionais da saúde a tarefa de garantir, a cada mãe, uma


escuta ativa, ou seja, saber ouvi-la, diminuir suas dúvidas, entendê-las
e esclarecê-las sobre suas crenças e tabus, de modo a tornar a
amamentação um ato de prazer e não o contrário.
CONCLUSÃO
 O leite materno é o alimento adequado para a criança tanto
do ponto de vista nutritivo e imunológico, sendo essencial
para o lactente até o sexto mês de vida como alimento único
e exclusivo, a partir de então, complementado com outras
fontes nutricionais até pelo menos dois anos de idade.

 O aleitamento materno favorece o vínculo mãe-filho e traz


benefícios para mulher e o recém-nascido

 É importante que os profissionais da saúde incentivem e


orientem as mães quanto aos benefícios do aleitamento
materno, fornecendo as informações necessárias para que a
prática do aleitamento seja fortalecida.
DÚVIDAS?
REFERÊNCIAS
Siqueira LS, Santos FS, Santos RM de MS, Santos LFS, Santos LH dos, Pascoal LM, et al.
Factors associated with breastfeeding self-efficacy in the immediate puerperium a
public maternity hospital. Cogitare Enferm. [Internet]. 2023.

Sousa, Francisco Lucas Leandro de; Alves, Rayssa Stéfani Sousa; Leite, Airton César
Leite; et al. Benefícios do aleitamento materno para a mulher e o recém nascido.
[Internet]. 2021.

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