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Aula 4

Transpiração e Fisiologia dos


Estômatos
Fisiologia Vegetal
Curso de Engenharia Florestal - UNEMAT
Profº. Dr. Marcos José Gomes Pessoa
Transpiração: um “mal” necessário!
Transpiração: processo biofísico
de perda de vapor de água pelas
plantas para a atmosfera.

Água e sais minerais são


conduzidos por vasos
condutores ao longo do
caule devido ao processo
de transpiração das
plantas.

Fonte:Freepik
AULA 11. Transpiração

Como ocorre a transpiração?

Estômatos

Transpiração
Fotossíntese
Respiração
Termorregulaçã
o
Transpiração H2 O – é puxada pelo xilema para as
paredes celulares do
evaporando para mesófilo, os
5% intercelulares.
da
perdida
água espaços
épela
O vapor de água sai da
folha
através da fenda estomática!

Transporte na fase de vapor:


Difusão

Fonte: Taiz e
Zeiger
Transpiração

Tipos de transpiração vegetal


Transpiração Estomatal Transpiração Cuticular

Fonte:Freepik
Transpiração

As folhas possuem resistência


hidráulica
Fonte: Caetano Albuquerque

Fonte: Caetano Albuquerque


- Número, distribuição e o tamanho dos
condutos xilemáticos;
- Propriedades hidráulicas das células
do mesófilo;
- Densidade das nervuras dentro da folha e sua
distância da superfície.
- Crescimento e exposição a baixos potenciais
hídricos foliares.
Transpiração

Outros fatores que influencia a Resistência


hidráulica nas folhas!
Luminosidade e sombreamento no ambiente

Idade foliar;

Cavitação de condutos xilemáticos de


nervuras foliares
Transpiração

Quais os fatores que afetam a transpiração?


- Diferença de concentração de vapor de água
- Resistência à difusão do vapor de água
- Umidade Relativa do Ar

- Temperatura
- Velocidade do Vento

- Horário do dia

Fonte:Freepik
- Condições hídricas do solo
Transpiração
Relação do metabolismo vegetal com a
transpiração

Soj Cactos
a

Milho

Fonte: Arquivo pessoal


Planta C3
Cerca de 85% das espécies de
plantas do planeta Planta CAM
Taxas de fotorrespiração maiores. Minimizam a fotorrespiração e
Composto de três carbonos (3- armazenam água.
PGA) produzido pela reação. Planta C4
4 carbonos simples (oxaloacetato)
Minimizam a fotorrespiração
Transpiração

Relação do metabolismo vegetal com a


transpiração

Fonte: khanacademy.org
Transpiração
Processo que elimina gotículas de
Isso é transpiração? água pelos hidatódios nas bordas das
folhas.
Quando ocorre? Qual a causa?
Pressão positiva da raiz, alta umidade relativa,
baixas taxas de transpiração...
Fonte: Arquivo
pessoal

Eliminação da água permite que haja um fluxo de solutos pela


planta.
Transpiração

Transpiração: Como medir/observar?


Analisador de gases por infravermelho (IRGA)

Fonte: Janivan Fernandes


Transpiração

EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Transferência de água para a atmosfera, no estado de
vapor,
pela evaporação de
superfícies líquidas e
úmidas (solo) ;
pela transpiração
vegetal.
Transpiração
Considerações Finais
Transpiração
A eficácia das plantas em limitar a
perda de água enquanto permitem
Movimento da perda de água da folha para a absorção de CO2 é dada pela
a atmosfera. razão de transpiração.

A água é puxada a partir do Rota fotossintética para


xilema para as paredes O vapor de água sai da fixação de CO2 reduz a razão
celulares do mesófilo, de onde folha, através da fenda de transpiração.
evapora para os espaços estomática.
intercelulares foliares.
As folhas possuem resistência
O transporte na fase de vapor hidráulica de acordo
é por difusão! com
alguns fatores
morfológicos
anatômicos, e do ambiente.
Transpiração estomatal
e Transpiração cuticular
( apenas 5%)
Transpiração
Bibliografia recomendada
Refletir e revisar!
 Qual a importância da existência da transpiração
foliar?

 O que consiste e quais as formas


de transpiração?

 Quais os fatores que influenciam na resistência


hidráulica?

 Quais os fatores ambientais afetam a


taxa transpiratória das plantas?

 Como podemos medir e analisar a taxa


de
transpiração dos vegetais?
Fisiologia dos Estômatos
Definição
Derivado do grego “boca”.

Estômato
Fenda microscópica ou ostíolo através
da superfície do órgão vegetal que
permite a comunicação entre o seu
interior e o ambiente externo.

- Encontrado nos órgãos aéreos

- Circundado pelas células -guarda


Morfologia dos estômatos
Células - guarda

- Respondem a sinais ambientais.


- Alteram suas dimensões.
- Regulam o tamanho da fenda estomática.
- Estão continuamenteintumescendo-se ou
contraindo-se.
- Percepções dos sinais ambientais.

As alterações de turgor nas células-guarda fornecem


a força mecânica para as mudanças na fenda
estomática (Hugo von Mohl, 1856).
Características das células - guarda

- Presença de cloroplastos funcionais.


- Grande número de mitocôndrias.
- Núcleo proeminente.
- Grande ocorrência de enzimas.
- Teores de cálcio e potássio.
- Corrente citoplasmática.
- Maior resistência.
Particularidades das células - guarda

- Contrações e expansões desuniformes.

- Distribuição radial das microfibrilas de celulose.


Localização e distribuição dos estômatos

Por que os estômatos são


necessários nas superfícies
foliares em contato com o ar?
Não possuem

Evitar dessecação!

Superfície superior Ambas as faces


Localização e classificação dos estômatos

Anfiestomática: ambas as faces

Hipoestomática: face abaxial

Epiestomática: face adaxial


Número, ocorrência e índice estomático

- Pode Variar de 1.000 à 100.000 / cm2

- Corresponde de 1 a 2% da área total foliar

Índice estomático (Cutter, 1986): IE =[NE/(CE + NE)] x 100

NE: Nº de estômatos

CE: Nº de células epidérmicas


Funcionalidade

Solução temporal à difusão do CO2

Fecham a noite e abrem durante o dia.

Fecham-se quando a água é limitante, abrem-se em condições


favoráveis.

Força motriz  Pressão de turgor

Demanda por CO2 < pressão de turgor  intumescência da


célula-guarda  alargamento da fenda estomática
Controle estomático e transpiração
O controle estomático liga a transpiração foliar à fotossíntese foliar.

As fendas estomáticas microscópicas


proporcionam uma rota de baixa resistência
para o movimento de difusão de gases através
da epiderme e da cutícula.
Tipos de estômatos

Anomocítico Anisocítico Paracítico

Diacítico Tetracític Halteres


o
Abertura estomática

Dependente de luz  Células – guarda respondem à luz

Fatores
Tratamento com luz azul
- A fotossíntese nos cloroplastos das células-guarda.
- Resposta específica à luz azul.
- Fotossíntese no mesofilo [ ] CO2  abre
estômatos
Respostas à luz azul

- Rápida e reversível.

- Localizada exclusivamente nas células – guarda.

- Regulam os movimentos estomáticos ao longo de toda a vida da planta.

- Diferente do fototropismo e alongamento do hipocótilo (apenas nos


estádios iniciais).

- Luz azul incide: Abertura


- Luz azul reduz: Fechamento
Osmorregulação nas células - guarda
Aníons Cl– e seus contraíons são trazidos do apoplasto para dentro das células-guarda
durante a abertura dos estômatos e expelidos no fechamento.
Osmorregulação nas células - guarda
Acumulo de sacarose a partir da hidrolise do amido.
Osmorregulação nas células - guarda
Acumulo de sacarose a partir da fixação fotossintética do carbono.
Movimentos estomáticos diários

K+
nas células-guarda aumenta paralelamente a
abertura estomática no inicio da manhã, mas
decresce no inicio da tarde.

Sacarose aumenta lentamente pela manha 


torna-se o soluto osmoticamente ativo dominante
nas células-guarda.

Fechamento estomático no final do dia 


decréscimo no conteúdo de sacarose.

A abertura dos estômatos esta associada


primordialmente a absorção de K+, e o
fechamento, a um decréscimo no conteúdo de
sacarose.
Déficit Hídrico

Gradiente de Potencial Hídrico


Ψfolha

gs

Ci
A
25
YARDANOV et al., 2003; GHANNOUM et al., 2003; GHANNOUM et al., 2009; XU et al., 2010

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