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Infância
Prof. Daniel Ledo
Medicina Uninove
SBC
Os acidentes constituem a principal causa de
óbito durante o primeiro ano de vida,
especialmente em crianças de 6 a 12 meses.
Afecções período
1ª Causa perinatal Acidentes Os acidentes
representam a
principal causa de
morte de crianças
Malformações e adolescentes de 1 a
2ª Causa Doenças respiratórias
congênitas 14 anos
Fig. 5 – Afogamentos por Mortalidade por afogamento, segundo tipo - 0 a 14 anos - 2005
tipo, 2005:
Banheira
Piscina
0,4%
6,7%
NE
44,1%
Águas Naturais
41,9%
Outros
7,0%
Fig. 6 – Quedas por idade, 2005:
56 83 75 96 310
Fig. 7 – Quedas por tipo, Mortalidade por quedas acidentais, segundo tipo - 0 a 14 anos - 2005
2005:
Leito
9,3%
Escada
NE 4,5%
33,8%
Edifício/Lage
11,6%
Árvore
9,3%
Outros
31,5%
Fig. 8 – Queimaduras por idade, 2005:
56 160 76 81 373
Fig. 9 – Queimaduras por Mortalidade por queimadura, segundo tipo - 0 a 14 anos - 2005
tipo, 2005: Líquidos quentes e
outras fontes de
calor
4%
Fogo
Fogo
Choque Elétrico
45%
Lactentes de 7 a 12 meses
- não deixar copos com líquidos quentes ao
alcance do bebê, nem beba líquidos quente
com seu filho no colo.
- não deixar a criança na cozinha no momento
do preparo da refeição.
l -Queimaduras
Cozinha – área de alto risco
no colo.
2 - Quedas
Lactentes de 7 a 12 meses
- não deixar sozinho em lugares altos.
- colocar portões nas escadas.
- baixar o estrado do berço quando a criança
já ficar de pé.
- retirar móveis com quinas.
2 - Quedas
Crianças de l a 6 anos
- colocar portões nas escadas.
- instalar grades em todas as janelas no caso
de se morar em sobrados ou edifícios.
- use pratos e copos de plástico.
- remova móveis com bordas cortantes.
3 - Sufocação
Lactente até 6 meses
- devido aspiração de corpo estranho.
- não deixar objetos pequenos ao alcance da
criança.
- não dar alimentos em pedaços grandes e
duros.
3 - Sufocação
Lactentes de 7 a 12 meses
- nunca deixar objetos pequenos que possam
ser engolidos ao alcance das crianças.
- não oferecer grandes pedaços de alimentos
duros.
- não colocar cordão de chupeta em torno do
pescoço do bebê.
3 - Sufocação
Brinquedos
- Devem ser grandes o bastante para não
serem engolidos.
- Resistentes para não quebrarem.
3 - Sufocação
Lactentes de 7 a 12 meses
Objetos Perigosos
- Use protetores de tomadas
- Mantenha tesouras, facas, objetos quebráveis
fora do alcance
- Remova móveis de bordas cortantes da área
de brincar.
3 - Sufocação
Crianças de l a 2 anos
- não deixar a criança brincar com lata de talco
ou balões.
- não oferecer alimentos como: amendoim,
pipoca, goma de mascar e balas
escorregadias.
4 - Intoxicação
Crianças de 2 a 6 anos
- só tenha em casa os remédios e produtos
tóxicos absolutamente necessários.
- mantenha remédios e produtos perigosos
fora da visão e do alcance das crianças.
- jogue fora restos de remédios.
- não tome remédios na frente das crianças
(elas tendem a imitar os adultos).
- não transfira produtos tóxicos para garrafas
de refrigerantes.
Acidentes por Submersão
Segundo OMS: 4ª causa de morte entre 5 -14
anos
No Brasil:
Crianças de l a 2 anos
- não deixar a criança sozinha na banheira.
- nunca deixar a criança sozinha perto de
piscinas e lagos, mesmo rasos.
- Iniciar se possível aulas de natação para os
maiores.
6 - Mordida de Animais
- ensine a criança a não acariciar animais estranhos nem
provocar qualquer animal.
- ensine a criança a não acordar um cão que esteja dormindo
nem se aproximar de cão que esteja comendo.
- vacine os cães de casa.
Crianças de l a 2 anos
- não permitir que as crianças brinquem na
rua.
- segurar a mão da criança para atravessar a
rua.
- transportar a criança no banco traseiro do
carro e em assentos apropriados.
7 - Acidentes de automóvel
Crianças de 2 a 6 anos
- transportar a criança no banco traseiro do
carro e em assentos apropriados.
- só deixe andar de bicicleta em lugares
seguros.
7 - Acidentes de automóvel
Crianças de 2 a 6 anos
- não permita que a criança ande de bicicleta
na rua.
- no carro devem ficar sempre no banco
traseiro.
- usar cintos de segurança (dê o exemplo) em
crianças de mais de 20 Kg.
- ensine regras de trânsito.
Obrigado!
1. Adolescente, sexo masculino, 13 anos é encaminhado pela
escola pois “vem brigando com os colegas” porque o chamam
por termos pejorativos. Na consulta ele relata que não
consegue dormir há cinco dias e diz chorando que colocaram
uma foto dele na rede social, de forma ofensiva. O
diagnóstico e conduta respectivamente são:
A) Cyberbullying / orienta a reagir sempre que for provocado.
B) Cyberbullying / encaminha para um atendimento
psicológico.
C) Bullying e cyberbullying / programar conversa com os
professores.
D) Bullying e cyberbullying / conversar com os pais e
professores da escola.
Resposta correta: D
A) 0,07% B) 8,26% C) 1,6% D) 90%
Comentário: diagnóstico de bullying e cyberbullying com
reação de stress pós-traumático com necessidade de apoio
emocional. Conversa com os pais e a diretoria da escola
sobre o que está ocorrendo. Programa atividades de
prevenção da violência, humilhação e discriminação entre
todos os colegas do garoto, além de fazer uma notificação
compulsória sobre a violência sofrida na escola.
SBP. Manual de Orientação. DC DE Adolescência . Saúde de
Crianças e Adolescentes nas era Digital
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/
2016/11/19166d-MOrient-Saude-Crian-e-Adolesc.pdf
2. Adolescente, 15 anos, sexo feminino
vítima de estupro é levada à emergência
acompanhada dos pais. Além de notificar o
Conselho Tutelar o médico deve
obrigatoriamente:
A) pesquisar sífilis e outras DST.
B) solicitar marcadores virais para hepatites.
C) prescrever anticoncepção de emergência.
D) confirmar violência sexual com avaliação
ginecológica.
Resposta correta: C
A) 20,67% B) 1,11% C) 46,07% D) 32,15%
Comentário: O Ministério da Saúde estabelece
um esquema de profilaxia para DST não
virais, HIV e hepatite B pela Norma Técnica:
Prevenção e tratamento dos agravos
resultantes da violência sexual contra
mulheres e adolescentes”, incluindo também
a contracepção de emergência.
3. Escolar, sete anos, sexo masculino, foi mordido por um
cão e levado duas horas depois por seus pais à emergência.
O cão é conhecido e está com as vacinas em dia. A criança
tem esquema vacinal atualizado incluindo DPTa e VIP com
cinco anos. A mordedura ocorreu na região abdominal.
Exame da pele: lesão de 4 cm de diâmetro, bem superficial
sem sinais inflamatórios na região abdominal. Além da
limpeza da ferida com água e sabão deve-se:
A) observar o animal por dez dias pós exposição.
B) administrar imunoglobulina anti-rábica e toxoide tetânico.
C) administrar esquema de cinco doses de vacina anti-rábica.
D) observar o animal e administrar 1a dose de vacina anti-
rábica.
Resposta correta: A
A) 91,56% B) 0,22% C) 0,44% D) 7,7%
Comentário: Acidentes leves como ferimentos
superficiais, pouco extensos e únicos em
tronco, abdômen e membros (exceto mãos,
polpas digitais e planta dos pés) devem ser
acompanhados clinicamente por 10 dias. Se o
animal morrer, desaparecer ou se tornar
raivoso, administrar 5 doses da vacina anti-
rábica.
4. Lactente, dois anos e seis meses, sexo masculino,
previamente hígido, é levado pela mãe ao pediatra por
apresentar quadro de tosse e chiado no peito nos últimos
sete dias. Exame físico: ativo, discreta dispneia, sem sinais de
toxemia. AR: roncos e sibilos disseminados, discreta
diminuição do murmúrio vesicular em todo hemitórax direito.
Radiografia do tórax: hiperinsuflação à direita com discreto
desvio das estruturas do mediastino para a esquerda. A
hipótese diagnóstica e conduta são:
A) aspiração de corpo estranho / broncoscopia.
B) enfisema lobar congênito / tomografia de tórax.
C) síndrome do lactente sibilante / prednisolona 1mg/kg/dia
por cinco dias.
D) asma / salbutamol 2 jatos, com espaçador, com intervalos
de 20 minutos, três vezes.
Resposta correta: A
A) 74,15% B) 10,74% C) 4,67% D) 10,37%
Comentário: A aspiração de corpo estranho
ocorre acidentalmente, com maior frequência,
em lactentes. Pode-se presenciar o momento
da aspiração (engasgo, tosse, sufocação,
cianose), mas em grande parte, estes
episódios não são observados ou não
valorizados. Podemos ter os sintomas
respiratórios após semanas ou meses do
ocorrido.
5. É característica da síndrome de Munchausen por
procuração:
A) deixar sequelas físicas e psíquicas, com a criança
assumindo o papel de doente, frágil e dependente de seu
agressor
B) agressor com psicopatologia diagnosticada, compulsivo,
que utiliza a criança para seus rituais sadomasoquistas
C) forma de autoagressão, com a simulação de doença para
obtenção de vantagens financeiras, como salário por
invalidez
D) classificada como transtorno somatoforme, em que a
criança simula a doença para chamar a atenção dos pais e do
meio médico
Resposta correta: A
A = 79,32% B = 6,62% C = 3,22% D = 10,85%
Comentários: A segunda apresentação da síndrome,
Münchausen por Procuração, descrita em 1977 pelo médico
pediatra Roy Meadow, diz respeito ao universo infanto
juvenil, como forma de violência imposta por um adulto
responsável ou cuidador, de difícil diagnóstico. Na maioria
dos casos a mãe ou quem exerce a função de cuidador(a),
inventa ou fabrica sinais e sintomas de doenças na criança ou
adolescente, em graus variados de severidade, os colocando
na posição de doentes frágeis e dependentes, podendo levá-
los à morte. Na SMPP, o agressor inventa ou produz os
sintomas no outro, habitualmente a mãe em seu filho, tendo
conhecimento pleno do que faz. É preciso avaliar o que está
por trás deste uso perverso do corpo e mente da criança ou
adolescente com o qual deveria se ter o laço do cuidar e
proteger.
6. Pré-‐escolar de cinco anos e levado a unidade de pronto-
atendimento pela mãe que relatou quadro de febre, tosse e
cansaço há 48 horas. O exame físico revela ausculta
pulmonar com estertoração localizada à direita. Raio-X de
tórax: hipotransparência em hemitórax direito. Nos últimos
seis meses, é a terceira vez que apresenta os mesmos
sintomas e imagem pulmonar no mesmo local. A mãe referiu
que a criança sempre foi saudável. Na família, só a criança
tem apresentado esses sintomas. O diagnóstico mais
provável para esse caso é:
(A) síndrome de Loeffler
(B) tumor endobrônquico
(C) tuberculose pulmonar
(D) aspiração de corpo estranho
Resposta correta: D
A = 10,94% B = 8,64% C = 6,07% D = 74,26%
Comentários: as manifestações de aspiração
de corpo estranho podem ser tardias,
demorando meses para se caracterizarem. A
recidiva no mesmo local, sem história de
asma na família ou na criança direcionam
para a suspeita de corpo estranho. Esta
indicada a broncoscopia.
7. Escolar, 7 anos, é trazido à sala de
emergência com quadro de dor decorrente de
queimaduras em membros superiores. Ao
longo da consulta, o pediatra suspeitou de
lesão intencional. A característica que sugere
lesão por queimadura, decorrente de
agressão física é:
(A) lesão em forma de luva
(B) lesões assimétricas e abrasivas
(C) lesão causada por líquido quente
(D) acometimento de áreas descobertas
(E) presença de sinais de infecção secundária
Resposta correta: A
A = 59,98% B = 24,35% C = 2,19% D = 9,77% E = 3,71%
Comentário: Lesões de pele são frequentes em crianças vítimas
de violência física. Queimaduras fazem parte do rol de lesões,
com características próprias que as diferenciam das lesões não
intencionais, como:
• queimaduras que reproduzem o instrumento agressor (marcas
de fios, cinto, mãos, cigarro). • queimaduras por líquidos
quentes cuja distribuição na pele não respeita a ação da
gravidade.
• queimaduras em forma de luvas (nas mãos) ou meias (nos
pés).
• queimaduras em região de nádegas ou períneo: castigo
aplicado em crianças que não conseguem controlar esfíncteres.
As queimaduras intencionais podem ser decorrentes de líquidos
quentes, fios elétricos ou outros agentes, podendo levar a
diferentes níveis de gravidade (primeiro até terceiro grau).
8. Pré-escolar, sexo masculino, 2 anos, é trazido à
emergência por seus pais que acham que ele engoliu uma
bateria de telefone celular há uma hora, mas não têm certeza
do fato. Exame físico: sinais vitais estáveis, sem sinais de
sofrimento respiratório. Rx de tórax: bateria de 20mm
alojada no esôfago.
Nesse caso, a conduta indicada é:
(A) estimular emese com xarope de ipeca
(B) remover por endoscopia imediatamente
(C) observar e repetir a radiografia em seis horas
(D) forçar deslocamento do objeto com ingesta de bário
(E) forçar deslocamento do objeto com ingesta de óleo
mineral
Resposta correta: B
A = 0,17% B = 92,08% C = 7,41% D = 0,08% E = 0,25%
Comentário: As baterias de lítio são usadas em diversos
eletrônicos e após a ingestão acidental, corrente elétrica da
bateria em contato com tecido e fluidos dos tecidos gera
formação de hidróxido, que pode levar a queimaduras
alcalinas e perfuração esofágica. Essas lesões agudas
ocorrem em até 2-3 horas após a ingestão. Crianças abaixo
de 4 anos e aqueles que ingerem baterias maiores (15‐20
mm) têm risco aumentado de que se aloje no esôfago. Assim,
recomenda-se a remoção imediata por endoscopia alta.
Naqueles acasos em que a bateria só é observada após ter
passado o esôfago e não há sintomas clínicos, recomenda-se
exames diários das fezes para confirmar a eliminação.
9. Pré-escolar de cinco anos, sexo masculino, é levado à consulta por sua mãe,
que afirmando que o “pai da criança estaria mexendo nos genitais do filho”.
Relata que está separada do esposo há um ano e que há quatro meses percebeu
alterações de comportamento do filho, como dificuldades no sono, irritabilidade,
enurese, mexer no pênis e a querer ficar sem roupa. Na noite anterior, ao
repreender o filho por estar repetindo esse comportamento, ele disse que “o pai
tinha ensinado a fazer isso”. A mãe pede ao pediatra um atestado com o
diagnóstico de abuso sexual, no qual conste que seu filho não pode mais ficar
sozinho com o pai pelo risco de repetição do suposto abuso. Frente a este
relato, além do atendimento a criança, o pediatra deve: