Você está na página 1de 21

Crise de legitimação?

Sobre as contradições
políticas do capitalismo financeirizado

Nancy Fraser

Apresentação: Daniele de Araujo Ferreira


Introdução

• Nancy Fraser inicia o artigo com argumentos que demonstram que os problemas crônicos de
democracia demonstram o estágio de crise do capitalismo;

• Cita exemplos, como: declínio no comparecimento eleitoral, elevação do extremismo de direita,


proliferação da violência política, indivíduos insatisfeitos;

• Diz que é possível notar que a atual crise da democracia está ligada ao advento do capitalismo
neoliberal (mutação na natureza do capitalismo);

• Para desenvolver melhor a ideia ela apresenta três teses referentes as “contradições políticas do
capitalismo financeirizado”(terceira fase do desenvolvimento do capitalismo) que desenvolverá
no artigo.
Contradições Políticas do Capitalismo Financeirizado

• 1ª tese: O advento da “pós-democracia”não é mero acidente e sim uma ocorrência com profundas
raízes sistêmicas na estrutura de nossa ordem social;

• 2ª tese: O que esse desenvolvimento sinaliza não é uma mera crise política, mas sim algo mais
amplo, uma crise geral do que ela chama de “capitalismo financeirizado”;

• 3ª tese: Os atuais processos de desdemocratização indicam um problema na sociedade capitalista


como um todo, não apenas na atual forma do capitalismo (financeirizada).
• Nancy Fraser inicia com a terceira tese e apresenta a Contradição Política do Capitalismo - “toda formação
social capitalista incuba uma “tendência de crise”, ou “contradição” política profundamente arraigada”. Ou
seja, de um lado é necessário ter um poder público eficaz e legítimo como condição de possibilidade da
acumulação continuada do capital, por outro lado, o impulso do capitalismo para acumular indefinidamente
tende a desestabilizar o próprio poder público, do qual depende.

• Para comprovar seu argumento de que a contradição política do capitalismo está na origem da atual crise
política e para explicar a hipótese da crise democrática que vivenciamos hoje ela desenvolve três passos:

• 1º) Explicar a contradição política do capitalismo, sem referência histórica;

• 2º) Reconstruir Problemas de Legitimação no Capitalismo Tardio (Habermas, 1973) explicando o


desdobramento da contradição política no capitalismo no período posterior a Segunda Guerra Mundial; e

• 3°) Utilizar categorias desenvolvidas por Habermas no livro citado para analisar os problemas
contemporâneos da democracia como expressões da contradição política do capitalismo em sua fase atual
(financeirizada).
A contradição do capitalismo enquanto tal
• O capitalismo passa periodicamente por crises econômicas – condição intrínseca a ele;
• Da perspectiva da teoria crítica o capitalismo é melhor compreendido como uma ordem social
institucionalizada;
• Para conceituar e criticar toda variedade de tendências de crise do capitalismo, incluindo o processo de
desdemocratização é necessário ter uma compreensão do capitalismo que avalie tanto sua economia oficial
como as condições não econômicas;
• Para tanto a Autora apresenta três condições essenciais do subsistema econômico do capitalismo externas a
ele:
• 1ª) Reprodução Social –> Atividades (subvalorizadas) geralmente não remuneradas e exercidas por
mulheres, que produz um tipo de “mercadoria não reificável”, mas essencial a manutenção do capitalismo;
• 2ª) Ecológica –>Relacionada a natureza que é a fonte dos insumos materiais e energéticos necessários à
produção de mercadorias;
• 3ª) Dependência do capitalismo aos poderes públicos –> Para existência de acumulação de capital é
necessário uma estrutura jurídica que sustente a empresa privada e a troca no mercado. O capitalismo
depende do poder púbico para garantir seus direitos (propriedade, cumprimento de contratos, manter a
ordem, etc);
• As duas primeiras são consideradas não econômicas e estão fora da economia monetizada, mas são cruciais
para a ordem social capitalista; a terceira- poder estatal eficaz - é necessária para sustentar a acumulação a
longo prazo.
• A Autora sustenta que ao longo da história a economia do capitalismo depende da capacidade militar e
organizacional de uma série de estados globalmente hegemônicos que visam promover a acumulação
numa escala cada vez maior dentro da estrutura de um sistema político multiestatal (condições
políticas).
• A economia capitalista depende de poderes externos a ela tanto no nível estatal-territorial como no
geopolítico;
• A Autora então apresenta a expressão “poder público” para explicar essa dupla dependência, por ser
em seu entendimento mais ampla que “poder estatal”;
• Ensina que poder público é condição imprescindível para a exploração do trabalho, para a produção e
troca de mercadorias e para acumulação de mais-valor;
• Conclui que a reprodução social, a ecologia natural e a organização do poder público são componentes
de uma concepção alargada do capitalismo como uma ordem social institucionalizada. Mediante essa
concepção é possível entender a variedade de contradições e tendências de crise do capitalismo;
• Caracteriza o capitalismo como um distintivo conjunto de separações institucionalizadas: da produção
econômica em relação à reprodução social, a da sociedade humana em relação à natureza não humana
e, a que em seu ver é a mais relevante para seu artigo, a do econômico em relação ao político.
• Essa última diferencia economia e política, poder privado e poder público, coerção econômica em
relação à coerção política.
Contradição entre Economia e Política
Economia Política
• Dinâmica centrada na acumulação • Desenvolver capacidades de ação
ilimitada e na apropriação privada pública e reservas de apoio público para
de mais-valor; legitimar o uso de tais capacidades;

• Valoriza o crescimento, a • Apela ao interesse público, à igual


eficiência, a escolha e a liberdade cidadania, à liberdade democrática e à
negativa; soberania popular;

Conclui ensinando que esforços para “liberar” a economia da política tendem, em


longo prazo, a ser contraproducentes´, ou seja, há maior probabilidade de
desencadear crise política inerente ao capitalismo do que contorná-la.
• A crise política se torna aguda quando o impulso do capital para acumulação sem
limites se desprende do controle político e se volta contra suas próprias condições de
possibilidade. Ocasião em que a economia invade a política e destrói gradualmente o
poder público, desestabilizando as próprias agências políticas das quais depende;
• Apresenta duas potenciais ramificações dessa contradição política inerente à sociedade
capitalista:
• 1ª) Crise Administrativa – Os poderes públicos são impedidos de criar e implementar
políticas necessárias à resolução de problemas sociais, inclusive de problemas que
caso negligenciados podem colocar em risco a chance de sucesso duradouro da
acumulação de capital; e
• 2ª) Crise de Legitimação – As forças populares se mobilizam para opor-se à captura e
ao esvaziamento dos poderes públicos. Está ligada às compreensões vividas dos atores
sociais que experenciam as consequências daquele sistema e que agem, ou não agem,
para mudá-lo.
• Finaliza esse tópico reforçando a ideia de que a sociedade política tem uma
contradição política endêmica enraizada e, portanto, tem uma tendência inerente à
crise política, que torna a economia dependente da política, mas também as separa
uma da outra.
Contradições políticas do capitalismo estatalmente administrado
• A Autora inicia explicando que a sociedade capitalista não existe só e formas ou regimes
historicamente específicos de acumulação e passa a explicar a contradição política do capitalismo
em relação às fases específicas do seu desenvolvimento.
• As divisões constitutivas do capitalismo são passíveis de contestação e de mudança,
especialmente em períodos de crise.
• A mudança no século XX e no XXI resultou em revisão das fronteiras previamente estabelecidas
entre produção e reprodução, entre a sociedade humana e o ambiente natural e entre economia e
política.
• No atual capitalismo (financeirizado e em crise) o poder estatal aumentou seu aspecto repressivo
e é utilizado para dirigir o desenvolvimento econômico, para compensar as falhas de mercado e
para administrar crises econômicas e políticas, indispensável para acumulação
• O poder estatal era usado para compensar falhas de mercado e para administrar crises
econômicas e políticas;
• Teve curta duração, do fim da 2ª Guerra Mundial até meados da década de 1970, mas forneceu
ao centro capitalista um crescimento consumista e uma relativa paz de classes, enquanto
exportava golpes de Estado e ditaduras militares para a periferia .
Problemas de Legitimação do Capitalismo Tardio
• A tese principal do livro aborda as tendências a crise política do capitalismo
estatalmente administrado, ou seja, mesmo quando o regime contorna a tendência
à crise econômica -inerente ao capitalismo- ela não se resolve. Ao contrário, essas
contradições são deslocadas mudando seu local do campo econômico para o
campo político.
• O Estado assumiu a tarefa de administrar a crise e aceitou a responsabilidade para
assegurar o crescimento econômico, prover o bem estar social e garantir
estabilidade salarial e emprego, tarefas antes deixadas para o mercado. Entretanto,
dessa forma, o Estado estava assumindo a possibilidade de fracasso e de crise
administrativa.
• Habermas perguntava se o Estado poderia ter respaldo público para exercer essas
funções administrativas e preservar a dominação de classe sem provocar uma crise
de legitimação. Para ele, dependia da psicologia moral e social, da força da
socialização dos cidadãos as ordens institucionais que estavam sujeitos.
Diferença entre Habermas e Gramsci
Crise Administrativa e Crise de Legitimação
• Habermas – A crise administrativa se traduz numa crise de legitimação se e somente
se ela passa pelo intermediário de uma crise de motivação.
• Habermas – O fator decisivo é a força de disposição da população para exigir uma
justificação normativa dos arranjos sociais aos quais está sujeita.
• Gramsci – Apresenta o conceito de hegemonia e contra-hegemonia para mediar
aspectos políticos faltantes entre crise administrativa e crise de legitimção
• Hegemonia -> Face discursiva da dominação, o processo pelo qual a classe dominante
estabelece sua autoridade e naturaliza sua dominação;
• Contra-hegemonia -> Face discursiva de uma oposição forte e autoconfiante para contestar as
supocições dominantes sobre a realidade social

• Para a autora o que determina se a crise administrativa se torna crise de legitimação


é o modo concreto pelo qual essa disposição é vivida, por via de suposições do
senso comum, do respeito do agir, do poder púbico, da sociedade, da justiça e da
história. Depende da forma como a sociedade via o Estado e seu papel.
• Nesse período os membros da Nova Esquerda tiveram um papel de questionar o
capitalismo, contribuindo para a crise de legitimação:

• exploraram brechas do senso comum oficial do sistema para avaliar a legitimidade do regime.
• condenavam o consumismo e o clientelismo do capitalismo estatalmente administrado
interpelando os sujeitos subalternos como cidadãos ativos;
• condenavam a sociedade e deram nova percepção às interpretações hegemônicas da justiça
social;
• apresentaram uma compreensão ampliada de cidadania social com seus ideiais democrático-
radicais de igual participação e não denominação

• Sobre a pressão da mobilização da Nova Esquerda, que por um momento


conseguiu construir um senso comum contra-hegemônico, os fracassos do
capitalismo estatalmente administrado ocasionaram uma crise de legitimação.
Contradições Políticas do Capitalismo Financeirizado
• Nesse regime os bancos centrais e instituições financeiras substituíram os Estados
como os árbitros de uma economia cada vez mais globalizada, ditando as regras
que governam as relações centrais da sociedade capitalista.
• A dívida passou a ser o elemento chave de controle do capital, mediante a
precarização do trabalho, disciplinamento dos Estados, transferência de riqueza da
periferia para o centro e sugando o valor da sociedade e da natureza, tudo em prol
dos interesses imediatos dos investidores privados.
• Dessa forma o capital ampliou seu domínio sobre a reprodução natural, sobre o
ambiente natural e, sobre os poderes públicos que sempre foram indispensáveis a
economia capitalista.
• Como resultado as instituições estatais são cada vez menos capazes de resolver
seus problemas e necessidades e os bancos centrais e instituições financeiras
globais são politicamente independentes, não prestando contas ao público e livres
para agir em prol de investidores e credores. Ou seja, o poder público não tem
controle sobre o poder privado.
• A nova ordem global redefiniu as fronteiras entre economia e política em todos os
níveis.
• Dessa forma, facilitaram a transnacionalização da produção, ou seja, empresas
foram para as periferias, diminuindo seus custos (tributários e salariais) e fugiram
das regulações. Ocorreu a “desindustrialização”, com países do sul global
submersos em sweatshops (condições de trabalho precárias e socialmente
inaceitáveis), poluição e megafavelas produzidas pela expropriação e
endividamento da população.
• Enquanto isso, as cidades desindustrializadas do centro dependem cada vez mais
da exploração da periferia (dívidas com juros altos, trabalhos precários e mal
remunerados no setor de serviços e o trabalho reprodutivo, realizado em sua
maioria por mulheres, em especial pelos cortes na área de bem estar social.
• Nessa nova fase do capital, as conhecidas formas de acumulação via exploração
do trabalho se entrelaçam com as novas formas financeirizadas de acumulação por
expropriação.
• Nesse período os governos encorajaram o endividamento do consumidor
(financiamentos de casa, de cartão de crédito, de automóvel, de linha de crédito,
empréstimo estudantil, dentre outros) para manter os elevados níveis de consumo
em condições que normalmente seriam desfavoráveis (queda do poder aquisitivo,
aumento do desemprego)
• Para a autora o capitalismo financeirizado é a era da “governança sem governo”,
ou seja, da dominação das estruturas de governança transnacional, como a OMC,
que criam regras coercitivas para regir a interação social em todo o mundo,
focadas quase que exclusivamente no interesse do capital, sobre os Estados.
• A autora apresenta o conceito de Stephen Gill (1998), sobre o “novo
constitucionalismo” destinado a reduzir o alcance da política democrática,
estabelecendo firmemente o livre comércio e os direitos de propriedade (privada)
como trunfos que impedem que as leis criadas democraticamente restrinjam a
liberdade do capital para abusar do trabalho e pilhar o meio ambiente.
• O novo regime promove a captura do poder público pelo poder privado
(empresarial) em todos os níveis, o poder público é internamente colonizado.
• Com isso, o resultado é o esvaziamento da democracia em todos os níveis. A
política deve adaptar-se às leis da economia, o poder público não apresenta
solução para aqueles para quem governam. Estamos então diante da
desdemocratização, que é estrutural nesse regime.
• Com a incapacidade dos poderes públicos em prover resultados dos quais o capital
e a sociedade precisa, há espaço para crise administrativa, que por sua vez poderia
desencadear em uma crise de legitimação na qual a opinião pública se voltaria
contra esse sistema disfuncional e clamaria por transformação social.
• Dessa forma o senso comum incorpora traços de lutas anteriores e referências a
visões de mundo alternativas, com apoio dos “novos movimentos sociais”.
• O atual senso comum tenta libertar a economia da política, ao mesmo tempo que
insiste que “não existe essa coisa de sociedade”. Essa ideia encontra suporte em
dois modismos intelectuais atuais:
• Teoria da escolha racional – reduz processos sociais de média e larga escala a transações de
pequena escala entre indivíduos; e
• Correntes do pensamento pró-estruturalista – que invocam a unidade do discurso para
desautorizar a análise institucional e a crética estrutural.

• O senso comum neoliberal, descarta a ideia de sociedade e fornece a visão de que


a justiça é individualista e centrada no mercado. Essa visão, apesar de ser a
antítese do pensamento da Nova Esquerda permanece não contestada pelos
movimentos que a sucedem, em especial pelas:
• vertentes identitárias (que abandonam o terreno da (in)justiça distributiva para focar-se no
unilateralmente no terreno do (não) reconhecimento; e
• Vertentes liberais que identificam a emancipação com surgimento de empresas.
• Com isso, pouco resta da mentalidade radical de outros tempos que exerceria
oposição aos ideais hegemônicos da “justiça do mercado”.
• Dessa forma, o grande aumento do poder repressivo do Estado, que é parte
essencial de toda crise, ocorre ao mesmo tempo que outras funções estatais vão
sendo eliminadas, diminuídas ou terceirizada para empresas privadas ou passadas
para estruturas de governança transnacional.
• A autora apresenta pontos que poderiam ser base para uma ressignificação contra-
hegemônica propícia a luta emancipatória, como por exemplo:
• O resgate do conceito de sociedade capitalista com desconstruções culturalistas e economicistas e sua
reelaboração como uma ordem social institucionalizada;
• A desvinculação do ideal de justiça centrado no mercado;
• A participação de todos como iguais na vida social.

• Finaliza a Autora esse item com uma análise de que as diversas correntes tem
falhado até o momento por não se unificarem. Elas são dispersas e de oposição,
mas não contra-hegemônicas e ainda precisam traçar um novo senso comum
político que possa rivalizar com as depressivas platitudes do neoliberalismo.
Reflexões finais sobre a anatomia de um complexo de crise
A autora elenca três aspectos de diferença entre o capitalismo financeirizado e o capitalismo
estatalmente administrado:

Capitalismo estatalmente administrado Capitalismo Financeirizado


• 1º - A crise central era política; • 1º - A crise política anda de mãos dadas com
uma crise econômica aberta e cuja severidade
é visível para todos, com crises de ecologia
reprodução social evidentes;
• 2º - Disfunções sistêmicas agudas, tanto
• 2º - Foi uma crise na qual as perturbações políticas como econômica, não são
sistêmicas impeliram uma massa crítica a experenciadas pelo prisma de um senso
retirar seu apoio do regime (pelo menos por comum contra-hegemônico. A oposição, por
algum tempo) ser dispersa e não hegemônica, não consegue
contestar a estrutura básica do capitaliso,
enquanto ordem social organizada
Reflexões finais sobre a anatomia de um complexo de crise
A autora elenca três aspectos de diferença entre o capitalismo financeirizado e o capitalismo
estatalmente administrado:

Capitalismo estatalmente administrado Capitalismo Financeirizado


• 3º - O problema era arregimentar • 3º - O problema é o poder público
legitimação suficiente para o uso enquanto tal: sua legitimidade como um
ampliado da capacidade estatal de meio de coordenação, sua capacidade de
assegurar as condições para a controlar o poder privado, sua
acumulação continuada e a apropriação capacidade de resolver problemas
privada do excedente social, conforme a sociais e a escala na qual ele pode ser
interpretação de Habermas. empregado de modo efetivo e adequado
à prestação de contas.
• A lógica estruturada da economia
capitalista perfura profundamente a
substância do político, consumindo o
poder público a partir de dentro.
• Com o terceiro aspecto surge o dilema: como as forças democráticas podem
consertar um sistema disfuncional quando o próprio instrumento necessário à
reparação está sendo pulverizado pelas dinâmicas desse mesmo sistema? Na
opinião da autora, nessa questão reside a chave para a ausência de uma crise de
legitimação atualmente.
• A autora aponta elementos sobre a contradição apresentada:
• que essa contradição não é a única inerente a sociedade capitalista;
• que a desdemocratização não é o único fenômeno da crise atual do capitalismo;
• que objetivou apresentar a vertente especificamente política de uma crise multifacetada e mais
ampla, que tem como outras vertentes importantes a econômica, a ecológica e a social, todas
em conjunto resultam em uma crise geral;
• que a crise é da forma atual do capitalismo: forma financeirizada, globalizada e neoliberal.
• Finaliza a autora dizendo que:
• sem uma reinvenção do poder público não há qualquer esperança de lidar exitosamente com
as dimensões social, econômicas e ecológica da crise; e
• A desdemocratização expressa contradições sistêmicas profundamente arraigadas, embutidas
na estrutura institucional do capitalismo financeirizado.

Você também pode gostar