INSTITUIÇÃO E ATUALIZAÇÃO DO CADASTRO TERRITORIAL MULTIFINALITÁRIO NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS CAPÍ TULO II DO CADASTRO TERRITORIAL MULTI FI NALI TÁRI O-CTM ALUNAS: Gabriela Dayse e Thaise Araújo.
MACEIÓ- AL, 26 de Fevereiro de 2016.
CAPÍTULO II - DO CADASTRO TERRITORIAL MULTIFINALITÁRIO Na por taria 511/09, o Cadastro Territorial Multifinalitário é “ o inventário territorial oficial e sistemático do município [...] embasado no levantamento dos limites de cada parcela, que recebe uma identificação numérica inequívoca”.
Art. 7º O CTM é constituído de:
I - Arquivo de documentos originais de levantamento cadastral de campo;
II - Arquivo dos dados literais
(alfanuméricos) referentes às parcelas cadastrais;
III - Carta Cadastral.
DOCUMENTOS ORIGINAIS
Os documentos originais de levantamento cadastral de campo são
aqueles que retratam a origem de todas as informações referentes às parcelas cadastrais. São compostos basicamente de três produtos:
a) croquis, contendo as medidas da parcela;
b) as planilhas de cálculos realizados, e c) as referências aos equipamentos utilizados para o levantamento.
Acompanham também em cada documento de levantamento, a
assinatura do responsável técnico, o local e a data do levantamento e/ou da demarcação. Os documentos são arquivados com evidência original e formam a base oficial para a comprovação dos limites determinados, para a confecção e a atualização das car tas cadastrais, além de possibilitar o acompanhamento histórico da dinâmica de transformação dos limites legais ao longo do tempo. DADOS ALFANUMÉRICOS
Os dados literais antigamente eram arquivados em livros, depois em
fichas cadastrais e, atualmente, na grande maioria dos municípios, são guardados em bancos de dados eletrônicos. Nestes sistemas digitais, encontram-se os dados descritivos das parcelas e das pessoas a elas relacionadas, tais como o identificador das mesmas e as especificações e atributos técnicos (físicos, econômicos e jurídicos), o nome do proprietário ou posseiro, a área, o uso real e potencial da parcela e o valor, entre outros.
O armazenamento digital agiliza a atualização e também a
recuperação dos dados, além de permitir procedimentos computacionais que visem à proteção da sua integridade (por exemplo: utilização de senhas e definição/restrição de acesso aos arquivos), bem como sua preser vação (cópias de segurança, backups). Cada unidade administrativa municipal deve ter sua própria forma de gerenciamento dos dados cadastrais parcelares; entretanto, é fundamental que haja um código único de acesso aos dados literais que permita relacioná-los entre si e com a representação gráfica da parcela. Também é importante que haja um procedimento constante de atualização dos dados, seja por meio de levantamentos periódicos massivos, levantamentos contínuos ou troca de dados entre o CTM da prefeitura e o cartório de registro de imóveis, as concessionárias de prestação de serviços e outras dependências. Desse modo, é possível reconhecer rápida e eficientemente as parcelas que sofreram alguma alteração na área construída, ou então na mudança de proprietário. Um cadastro que apresente o banco de dados integrado com outros órgãos gestores da administração municipal, aliado aos prestadores de serviços, é sinônimo de sucesso e eficiência administrativa, bem como de rapidez no atendimento à demanda da população. CARTA CADASTRAL
Ar t. 8º Define-se Car ta Cadastral como sendo a representação
car tográfica do levantamento sistemático territorial do Município.
A carta cadastral deve conter uma descrição detalhada do território por
meio da representação gráfica das parcelas, realizado em escala grande, constituindo um importante referencial para caracterização da posse e da propriedade. É um instrumento de base fundamental para o reconhecimento do território, para a definição das políticas de planejamento e gestão territorial municipal, dá suporte ao desenvolvimento social, ambiental e econômico e é um instrumento essencial para o reordenamento do espaço territorial. Cartografia cadastral é fundamentalmente representar o levantamento “sistemático” dos limites das parcelas territoriais, de modo que estas apresentem localização geográfica única. Entre os elementos cartográficos essenciais, encontram-se o sistema de coordenadas, o sistema de projeção, as escalas gráfica e numérica, bem como o mapa de localização. É na cartografia cadastral que os limites fundiários ficam amarrados ao Sistema Geodésico Brasileiro. Dessa forma, a cartografia também pode representar os serviços de infraestrutura, bem como os loteamentos, as áreas informalmente ocupadas e ainda os limites de área urbana e rural, de forma a possibilitar a análise do uso do solo, bem como os logradouros e qualquer outro elemento que se considere essencial à gestão do espaço municipal. SIG