• ARTE REBUSCADA E EXAGERADA; • VALORIZAÇÃO DO DETALHE; • DUALISMO E CONTRADIÇÕES; • OBSCURIDADE, COMPLEXIDADE E SENSUALISMO; • BARROCO LITERÁRIO: CULTISMO E CONCEPTISMO. ITÁLIA Caravaggio (1571-1610))
A CEIA DE EMAÚS (1601)
Bernini (1598-1680)
O Êxtase de Santa Teresa (1647-1652)
Borromini (1599-1667)
Sant'ivo alla Sapienza (1642-1660)
ESPANHA ) Diego Velázquez
As meninas (1656) PORTUGAL ) Padre Antônio Vieira
Sagrada Família (1664)
BARROCO NO BRASIL O BARROCO NO BRASIL FOI INTRODUZIDO POR INTERMÉDIO DOS JESUÍTAS, NO FIM DO SÉCULO XVI. SÓ PARTIR DO SÉCULO XVII, GENERALIZA-SE NOS GRANDES CENTROS DE PRODUÇÃO AÇUCAREIRA, ESPECIALMENTE NA BAHIA, ATRAVÉS DAS IGREJAS. ESCULTURA PASSADA A FASE DO BARROCO BAIANO, SUNTUOSO E PESADO, O ESTILO ATINGIU NO SÉCULO XVIII A PROVÍNCIA DE MINAS GERAIS. FOI ALI QUE ALEIJADINHO (1738-1814) ELABOROU UMA ARTE PROFUNDAMENTE NACIONAL. Aleijadinho (1738-1814)
Cena da Paixão de Cristo no Santuário de Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas (MG).
NESSA ÉPOCA, NÃO HAVIA NO BRASIL CONDIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA ATIVIDADE LITERÁRIA PROPRIAMENTE DITA. O QUE SE VIU FOI ALGUNS ESCRITORES SE ESPELHANDO NAS FONTES ESTRANGEIRAS, GERALMENTE NOS PORTUGUESES E ESPANHÓIS. LITERATURA BENTO TEIXEIRA (1561-1618)
GREGÓRIO DE MATOS (1633-1696)
MANUEL BOTELHO DE OLIVEIRA (1636-1711)
FREI VICENTE DE SALVADOR (1564-1636)
FREI MANUEL DA SANTA MARIA DE ITAPARICA (1704-1768)
) BENTO TEIXEIRA
Sagrada Família (1664)
) I Cantem Poetas o Poder Romano, Sobmetendo Nações ao jugo duro; O Mantuano pinte o Rei Troiano, Descendo à confusão do Reino escuro; Que eu canto um Albuquerque soberano, Da Fé, da cara Pátria firme muro, Cujo valor e ser, que o Céu lhe inspira, Pode estancar a Lácia e Grega lira.
II
As Délficas irmãs chamar não quero,
Que tal invocação é vão estudo; Aquele chamo só, de quem espero A vida que se espera em fim de tudo. Ele fará meu Verso tão sincero, Quanto fora sem ele tosco e rudo, Que por razão negar não deve o menos Quem deu o mais a míseros terrenos.
(...) GREGÓRIO DE MATOS GUERRA – “BOCA DO INFERNO”
É considerado um dos maiores poetas do barroco em Portugal e no Brasil e
o mais importante poeta satírico da literatura em língua portuguesa no período colonial. A obra de Gregório de Matos reúne mais de 700 textos de poemas líricos, satíricos, eróticos e religiosos. ) À cidade da Bahia
“A cada canto um grande conselheiro.
que nos quer governar cabana, e vinha, não sabem governar sua cozinha, e podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um frequentado olheiro, que a vida do vizinho, e da vizinha pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha, para a levar à Praça, e ao Terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, trazidos pelos pés os homens nobres, posta nas palmas toda a picardia. Estupendas usuras nos mercados, todos, os que não furtam, muito pobres, e eis aqui a cidade da Bahia.” O amor é finalmente um embaraço de pernas, uma união de barrigas, um breve tremor de artérias Uma confusão de bocas, uma batalha de veias, um reboliço de ancas, quem diz outra coisa é besta! Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, Da vossa alta clemência me despido; Antes, quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida já cobrada, Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na Sacra História: Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,