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Sistema Imunitário e

vacinação

Módulo 12 - Prof. Leo


Sangue
"O sangue é composto por plasma sanguíneo, dois tipos celulares (eritrócitos e
leucócitos) e fragmentos celulares nomeados plaquetas. Os eritrócitos, leucócitos
e plaquetas são chamados elementos figurados do sangue. Esses elementos
constituem 45% do volume do sangue, enquanto o plasma constitui 55% do seu
volume.

Uma pessoa saudável apresenta um volume total de sangue de,


aproximadamente, 7% do seu peso corporal."
Plasma
"O plasma sanguíneo é a parte líquida do sangue e apresenta-se com uma
coloração amarelo-claro. Esse representa mais da metade do volume total de
sangue do nosso corpo e é 90% constituído de água.

No plasma são encontrados ainda sais minerais, proteínas, hormônios, entre


outras substâncias, como nutrientes e resíduos do metabolismo. É no plasma que
estão suspensos os elementos figurados."
Hemácias
"As hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos e
eritrócitos, são as células responsáveis pelo transporte de oxigênio no
organismo. Elas são células anucleadas, ou seja, não possuem núcleo e
têm o formato de um disco bicôncavo."
"As hemácias possuem um período de vida curto, o qual dura cerca de
120 dias, sendo posteriormente destruídas, principalmente no baço. Em
condições normais, essas células não saem do interior dos vasos
sanguíneos."
"A coloração vermelha dessas células é decorrente da presença de uma
proteína denominada hemoglobina, que, além de garantir a cor, é a
responsável pelo transporte de oxigênio no corpo.

A ausência de núcleo nas hemácias favorece o aumento do espaço para


a hemoglobina nessas células. Vale salientar que, além da ausência de
núcleo, as hemácias também não possuem mitocôndrias.
Quando observamos uma redução no número de hemácias no sangue,
temos uma situação conhecida como anemia.
O sangue é vermelho devido à grande quantidade de hemácias
encontrada nele. Essa célula é a encontrada em maior quantidade, sendo
observados, em cada microlitro de sangue, cerca de cinco a seis milhões
de eritrócitos."
Leucócitos
"Os leucócitos, também chamados glóbulos brancos, são as células responsáveis
pela defesa do nosso organismo. São incolores, apresentam formato esférico e
são capazes de realizar diapedese, que é sua saída ativa dos vasos sanguíneos,
para atuarem na função de defesa em tecidos lesionados ou atacados por
agentes patogênicos. Em média, a cada microlitro de sangue, encontra-se de
cinco a dez mil leucócitos."
"Existem diferentes tipos de leucócitos, cada um realizando uma determinada
função relacionada com a proteção do corpo. Alguns deles, por exemplo, realizam
o processo de fagocitose, outros são responsáveis pela produção de anticorpos,
que são proteínas de defesa. Neutrófilos, basófilos, monócitos, eosinófilos e
linfócitos são tipos de leucócitos."

"Em um hemograma, o aumento dos valores de leucócitos pode representar uma


infecção.
Plaquetas
"As plaquetas são fragmentos de megacariócitos da medula óssea, ou seja, não
são células propriamente ditas. Essas estruturas possuem cerca de dois a três
micrômetros de diâmetro e também não possuem núcleo.

Elas atuam no processo de coagulação e também ajudam na reparação de


vasos sanguíneos que sofreram algum tipo de lesão. Em cada microlitro de
sangue, existem cerca de 150 mil a 450 mil plaquetas.

Em pacientes com dengue, percebe-se uma queda no número de plaquetas. Na


dengue clássica, observa-se que essa contagem fica abaixo de 100 mil em cada
microlitro de sangue."
Atividade 1 pag 354
Mecanismos de proteção do corpo (pag 355)
Nosso organismo apresenta diferentes mecanismos de proteção contra agentes
infecciosos.
Algumas células do sangue (leucócitos) e os órgãos envolvidos em sua produção,
maturação e multiplicação fazem parte do sistema imunológico ou sistema
imune.
.
As alergias se caracterizam por reações excessivas que o organismo
desencadeia a certas substâncias, chamadas alérgenos (ou alergênicos) e estão
relacionadas ao sistema imune. Estima-se que ⅓ da pop. brasileira (cerca de 70
milhões de pessoas) tenha algum tipo de alergia
Resposta Imune (pag 356)
Qualquer substância que os leucócitos não reconheçam como parte do organismo
é tratada como invasora.
Essas substâncias, que podem pertencer a um microorganismo, ou ser uma
substância ingerida ou inalada, recebe o nome de antígenos.
A presença de antígenos gera a resposta imune.
A resposta imune pode ser de 2 tipos: quando ela existe desde o nascimento -
INATA; ou quando é aprendida pelo organismo ao longo da vida - ADAPTATIVA.
Resposta Imune Inata
A imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo, com a qual ele já
nasce. É uma resposta rápida, não específica e limitada aos estímulos estranhos
ao corpo. É representada por barreiras físicas, químicas e biológicas, células e
moléculas, presentes em todos os indivíduos.

A imunidade inata refere-se às barreiras protetoras como as lágrimas, os tecidos do sistema


respiratório, as plaquetas, o suor, as salivas, os cílios, o suco gástrico, o muco e as membranas.
Elas também correspondem às células que desfazem micróbios, como por exemplo: os glóbulos
brancos.
Veja no quadro a seguir quais são e como elas atuam na defesa do nosso organismo.
A resposta imune natural, portanto, é capaz de evitar a ação de agentes
patogênicos que podem produzir doenças infecciosas. Além disso, é um recurso
que pode potencializar a resposta imune adaptativa.
Imunidade adquirida, adaptativa ou específica

A imunidade adaptativa é a defesa adquirida ao longo da vida, tais como anticorpos e vacinas.

Constitui mecanismos desenvolvidos para expor as pessoas com o objetivo de fazer evoluir as defesas do corpo. A
imunidade adaptativa age diante de algum problema específico.

Por isso, depende da ativação de células especializadas, os linfócitos.

Existem dois tipos de imunidade adquirida:

● Imunidade humoral: depende do reconhecimento dos antígenos, através dos linfócitos B.


● Imunidade celular: mecanismo de defesa mediado por células, através dos linfócitos T.
"Memória imunológica"

"A memória imunológica é responsável pela defesa do nosso organismo em longo prazo.
Quando somos expostos a um agente causador de uma doença, desencadeamos uma
resposta do nosso sistema imune. Durante essa ação, temos a formação de células de
memória, as quais podem sobreviver por vários anos. Quando somos expostos novamente à
mesma ameaça, a resposta do nosso sistema imune é ainda mais rápida e mais forte, devido à
ação dessas células de memória.

A memória imunológica é o motivo pelo qual as vacinas são tão eficientes. Nas vacinas, um
organismo causador da doença (morto, atenuado ou mesmo partes desse agente) é inoculado
em uma pessoa, estimulando, desse modo, seu sistema imune. Se essa pessoa tiver um novo
contato com esse mesmo agente, seu sistema imune responderá de forma rápida, evitando a
infecção."
Atividade 2 pag 359
Vacinas e soros (pag 361)
Soros e vacinas são preparados que têm o objetivo de proteger o corpo contra o ataque de
agentes invasores causadores de doenças (microrganismos ou substâncias tóxicas),
denominados, de forma geral, de antígenos. O processo de combate a estes agentes é
chamado de imunização, que ocorre através de substâncias chamadas anticorpos.
Vacinas
As vacinas contêm antígenos inativados ou atenuados, que atuam estimulando o corpo a
produzir uma resposta imune específica, de acordo com o agente invasor. Elas estimulam a
produção de anticorpos e esses, atuam no combate e na eliminação dos microrganismos
invasores. Então, a vacina atua como uma medida preventiva para evitar certas doenças, o
que é considerado imunização ativa.

Atualmente existem vacinas contra várias doenças, que devem ser tomadas
periodicamente. Algumas doenças que são combatidas com vacinas são: rubéola,
poliomielite, raiva, sarampo etc. Para evitar estas e outras doenças, não deixe de tomar
todas as vacinas nos períodos corretos.
Soros
O soro são substâncias que contém anticorpos prontos para combater uma doença, toxinas
ou venenos (de cobra, por exemplo). Ele é utilizado em casos em que o organismo não
conseguiria produzir anticorpos específicos a tempo de combater o agente invasor. Eles
atuam como medidas curativas, o que é considerado imunização passiva.

Normalmente, os soros são específicos para cada doença e tipo de veneno ou toxina. Para
a sua produção é preciso extrair o veneno do animal ou as toxinas para as quais queiram
produzir anticorpos de combate. Depois que a substância é extraída ela é injetada em
cavalos para que eles produzam os anticorpos específicos para esse veneno. Quando é
produzida a quantidade desejada de anticorpos, retira-se sangue do animal e então os
anticorpos são extraídos.

Os soros podem ser utilizados no tratamento de picada de animais venenosos ou então


para neutralizar substâncias tóxicas que causam doenças como raiva, tétano e difteria.

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