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Instrumentos de avaliação em

Transtornos alimentares
Instrumentos

 Os instrumentos para avaliação dos TA surgem com a necessidade de sistematizar


os estudos dessas alterações.

 São medidas específicas que podem auxiliar no diagnóstico na fase inicial de TA e é


de fundamental importância para se realizar uma abordagem mais efetiva no
tratamento dos indivíduos acometidos.

(FREITAS, GORENSTEIN, APPOLINARIO, 2002; MOYA, NETO, 2004)


Instrumentos

 Os instrumentos para avaliação da AN, BN e TCA podem ser agrupados em três categorias:

1 – questionários auto-aplicáveis
2 – entrevistas clinicas
3 – automonitoração

 A avaliação destes instrumentos deve abranger não apenas os processos psicopatológicos


específicos, mas também outros aspectos como sintomas psicopatológicos gerais e distúrbios da
imagem corporal.

(MORAES et al., 2020)


Instrumentos- para que usar?

 Rastrear possíveis casos de TA


 Conhecer melhor a psicopatologia geral e alimentar
 Elaborar estratégias de tratamento mais adequadas
 Monitorar a resposta ao tratamento
 Acompanhar a evolução dos sintomas

(FREITAS, GORENSTEIN, APPOLINARIO, 2002; MOYA, NETO, 2004)


Instrumentos- vantagens e desvantagens

Desvantagens
Vantagens
 Demandam certo nível educacional
 Fáceis de administrar  Tendem a superestimar a frequência e
 Não necessita de entrevistadores
a gravidade da compulsão alimentar
 Facilitam a abordagem de temas  Interpretação dos escores- limita a
sensíveis abrangência da complexidade do
 Avaliação ao longo do tratamento
constructo
Instrumentos gerais de avaliação dos TA

(Adaptado de FREITAS; GORNSTEIN; APPOLINARIO, 2002)


Instrumentos mais utilizados nos TA

(Adaptado de FREITAS; GORNSTEIN; APPOLINARIO, 2002)


EAT
Eating Attitudes Test - EAT (Teste de Atitudes Alimentares)

 Criado em 1979 por Garner e Garfinkel.

 Um dos instrumentos mais utilizados para rastreamento de AN.

 Usado como um instrumento de triagem para detectar casos previamente não


diagnosticados em populações de alto risco para desenvolvimento do transtorno.

(GARNER, GARFINKEL, 1979)


Eating Attitudes Test - EAT (Teste de Atitudes Alimentares)

 Versão original: EAT-40 – 40 itens múltipla escolha. O resultado do teste é a somatória das questões
respondidas, sendo 30 pontos o valor de corte.

 Em 1982: EAT-26 – versão simplificada com 26 itens, sendo 21 o número de corte. Mais curto e
rápido.

 Pontuação ≥ 21 é sugestiva de padrão alimentar anormal e pacientes devem ser incluídos em grupo
de risco e necessitam de avaliação para averiguar se os critérios diagnósticos são preenchidos.

(BIGHETTI, 2003)
Eating Attitudes Test - EAT (Teste de Atitudes Alimentares)

 EAT-26: Traduzido e validado para diversas populações, inclusive PT-BR.

 Estruturado em três fatores:

1 – Dieta – reflete uma recusa patológica a comidas de alto valor calórico e preocupação intensa
com a forma física.

2 – Bulimia e preocupação com alimentos – refere-se a episódios de ingestão compulsiva de


alimentos, seguido de vômitos e outros comportamentos para evitar o ganho de peso.

3 – Autocontrole oral – demonstra o autocontrole em relação aos alimentos e reconhece forças


sociais no ambiente que estimulam a ingestão alimentar.

(BIGHETTI, 2003)
Eating Attitudes Test - EAT (Teste de Atitudes Alimentares)

1 – Escala da Dieta (D), referente aos itens 1, 6, 7, 10, 11, 12, 14, 16, 17, 22, 23, 24,
25.

2 – Escala de Bulimia e Preocupação com os Alimentos (B), referente aos itens 3, 4,


9, 18, 21, 26.

3 – Escala do Controle Oral (CO), relacionadas aos itens 2, 5, 8, 13, 15, 19, 20.

(BIGHETTI, 2003)
Eating Attitudes Test - EAT (Teste de Atitudes Alimentares)

 Pontuado em escala Likert, apresenta 6 opções de resposta que variam de 0 a 3


(sendo sempre = 3 pontos, muitas vezes = 2 pontos, às vezes = 1 ponto, poucas
vezes = 0 pontos, quase nunca = 0 pontos, nunca = 0 pontos).

 O item 25 possui uma especificidade pois é o único que a única que apresenta
pontos em ordem invertida, ou seja, nas respostas consideradas sintomáticas
(sempre, muitas vezes e às vezes) não são dados pontos e para as demais
alternativas (poucas vezes, quase nunca e nunca), são pontuados como 1, 2 e 3
pontos, respectivamente.

(BIGHETTI, 2003)
Eating Attitudes Test - EAT (Teste de Atitudes Alimentares)

 Um estudo de teste-reteste de 4 anos da versão brasileira do questionário, os


autores concluíram que o EAT-26 apresentou baixos coeficientes de validade para
sensibilidade e valor preditivo positivo, além de apresentarem baixa estabilidade
temporal, colocando em dúvida a real capacidade do teste em identificar
comportamentos alimentares anormais na população.

(NUNES et al., 2005)


(BIGHETTI, 2003)
(BIGHETTI, 2003)
EDI
Eating Disorder Inventory - EDI (Inventário de Desordem
Alimentar)

 EDI – 1983 (David Garner e colaboradores)

 EDI-2 – 1991 (David Garner)

 EDI-3 – 2004 (David Garner)

 Segundo Garner, o instrumento inclui o “acesso a domínios psicológicos que possuem relevância
conceitual na compreensão e tratamento de transtornos alimentares”.
Eating Disorder Inventory - EDI (Inventário de Desordem
Alimentar)

 Multiescala de autorrelato de 64 itens projetados para avaliação de traços psicológicos e


comportamentais na AN e BN.
 Possui 3 subescalas que medem sintomas de transtornos alimentares:
1 – Desejo de magreza (DT)
2 – Bulimia (B)
3 – Insatisfação corporal (BD)
 Cinco outras escalas psicológicas gerais características relacionadas a TA.
4 – Ineficácia (IN)
5 – Perfeccionismo (PE)
6 – Desconfiança Interpessoal (ID)
7 – Consciência Interoceptiva (IA)
8 – Medos de Maturidade (MF)

(GARNER; OLMSTEAD; POLIVY, 1983)


Eating Disorder Inventory - EDI (Inventário de Desordem
Alimentar)

 Em 1991, foi ampliado de 64 para 91 itens.

 Possui uma segunda versão revisada (EDI-2), que adicionou mais três subescalas
em relação ao questionário original, que são:

1 – Ascetismo (AS)

2 – Regulação do impulso (IR)

3 – Insegurança social (SI)


(GARNER; 1991)
Eating Disorder Inventory - EDI (Inventário de Desordem Alimentar)

 EDI-3: apresenta as mesmas 91 questões do EDI-2, porém, as divide em


componentes e subescalas.

 Possui as mesmas 3 subescalas que mensuram sintomas de TA (DT, B e BD), que


formam o Componente de Risco de Transtorno Alimentar (Eating Disorder Risk
Composite - EDRC).

(CLAUSEN et al., 2011)


Eating Disorder Inventory - EDI (Inventário de Desordem Alimentar)

 Possui mais nove subescalas psicológicas que formam o Componente de Desajustamento Psicológico Geral (General
Psychological Maladjustment Composite - GPMC), que são:

1 - Baixa Autoestima (Low Self-Esteem - LSE)

2 - Alienação Pessoal (Personal Alienation - PA)

3 - Insegurança Interpessoal (Interpersonal Insecurity - II)

4 - Alienação Interpessoal (Interpersonal Alienation - IA)

5 - Déficits Interoceptivos (Interoceptive Deficits - ID)

6 - Desregulação Emocional (Emotional Dysregulation - ED)

7 - Perfeccionismo (Perfectionism - P)

8 - Ascetismo (Asceticism - A)

9 - Medo de Maturidade (Maturity Fears - MF) (CLAUSEN et al., 2011; TENÓRIO et al., 2021)
Eating Disorder Inventory - EDI (Inventário de Desordem Alimentar)

(TENÓRIO et al., 2021)


Eating Disorder Inventory - EDI (Inventário de Desordem Alimentar)

 O EDI-3 usa o formato de seis escolhas do EDI-2, “mas as pontuações foram


recalibradas de um formato de 0–3 para 0–4 para expandir a gama de
pontuações somativas para melhorar as propriedades psicométricas com
populações não clínicas. Isso geralmente aumenta a variância das pontuações dos
itens e possivelmente altera a covariância entre os itens.”

(CLAUSEN et al., 2011)


Eating Disorder Inventory - EDI (Inventário de Desordem
Alimentar)

(PENHA; ANDRADE, 2019)


Eating Disorder Inventory - EDI (Inventário de Desordem Alimentar)

 A adaptação e validação do EDI-3 realizada para o contexto brasileiro se mostrou


apta para o uso em pesquisas e no contexto da avaliação clínica. Os autores
concluem que essa medida possa subsidiar futuras investigações para maiores
informações a respeito dos TA no país.

(TENÓRIO et al., 2021)


(PASCOAL, 2003)
(PASCOAL, 2003)
EDE-Q
Eating Disorder Examination versão questionário - EDE-Q (Exame
de Desordem Alimentar)

 Medida autorrelatada contendo 28 itens, adaptado do Eating Disorder Examination


(EDE).

 Se concentra nos últimos 28 dias do paciente e mede a patologia central dos


transtornos alimentares, ou seja, a importância excessiva do peso e na forma na
determinação da autoestima, além da frequência dos principais comportamentos de
desordens alimentares, incluindo compulsão alimentar e comportamentos
compensatórios.

(MOSER et al., 2020)


Eating Disorder Examination versão questionário - EDE-Q (Exame
de Desordem Alimentar)

 Avalia uma variedade de comportamentos e características cognitivas relevantes


para patologia alimentar, resumida por quatro subescalas:
1 – Restrição dietética

2 – Preocupação com a alimentação

3 – Preocupação com a forma corporal

4 – Preocupação com o peso

(JENKINS; RIENECKE, 2022)


Eating Disorder Examination versão questionário - EDE-Q (Exame
de Desordem Alimentar)

 Vinte e dois itens “atitudinais” são pontuados em uma escala de 0 a 6 e seis outros itens
“comportamentais” avaliam a frequência de comportamentos alimentares desordenados,
como compulsão alimentar e vômitos autoinduzidos.

 Apesar de ser amplamente utilizado como medida de autorrelato para a avaliação de patologia
alimentar, uma meta-análise recente com 60 estudos, mais de 60.000 participantes, incluindo
estudos de cinco continentes e 19 idiomas, demonstrou que a estrutura fatorial originalmente
proposta pelo EDE-Q não é suportada na literatura revisada por pares.

(JENKINS; RIENECKE, 2022)


(MOSER et al., 2020)
(MOSER et al., 2020)
(MOSER et al., 2020)
(MOSER et al., 2020)
SCOFF
Sick Control One Stone Fat Food – SCOFF

 Desenvolvido em 1999 por Morgan e colaboradores.

 Criado com o objetivo de ser simples, com perguntas destinadas a levantar


suspeitas de transtornos alimentares antes de uma avaliação clínica rigorosa.

 Medida de triagem mais utilizada para auxiliar o diagnóstico de TA.

(MORGAN; REID; LACEY, 1999; KUTZ et al., 2020)


Sick Control One Stone Fat Food – SCOFF

 Adaptado para pelo menos 15 culturas diferentes em todo o mundo, mantendo


as propriedades metrológicas adequadas.

 Contém 5 perguntas do tipo sim/não. Cada resposta equivale a 1 ponto e a


pontuação de 2 ou mais indica um diagnóstico provável de anorexia nervosa ou
bulimia nervosa.

(MOSER et al., 2020; TEIXEIRA et al., 2021)


Sick Control One Stone Fat Food – SCOFF
 Altamente eficaz como ferramenta de triagem rápida para detecção de transtornos alimentares,
mesmo por uma pessoa que não seja especialista da área, sendo seu uso altamente
recomendado para tal finalidade.

 Medida de triagem altamente robusta, principalmente em mulheres jovens.

 Já em casos para triagem em larga escala na atenção primária e diversos outros ambientes
comunitários e em locais onde as taxas de obesidade tendem a ser mais altas, estudos com taxa
de sensibilidade mais baixa foram encontrados.

(BOTELLA et al., 2013; KUTZ et al., 2020)


(MOSER et al., 2020)
BITE
Bulimic Investigatory Test, Edinburgh - BITE
(Teste de Avaliação Bulímica de Edinburgh)

 Criado em 1987 por Handerson e Freeman.

 Medida auto relatada de 33 itens, projetada para detectar indivíduos com


sintomas de BN e compulsão alimentar

 Usado como um instrumento de triagem para detectar casos previamente não


diagnosticados em populações de alto risco para desenvolvimento do transtorno.

(HANDERSON; FREEMAN, 1987)


Bulimic Investigatory Test, Edinburgh - BITE
(Teste de Avaliação Bulímica de Edinburgh)

 Consiste em duas subescalas:


1 - Escala de sintomas.
2 - Escala de gravidade.

 O indivíduo deve responder considerando seus comportamentos nos últimos 3


meses.

 O instrumento possui tradução para o português e está validado na população


brasileira, além de possuir uma tradução e adaptação para adolescentes, com
boa equivalência linguística, conceitual e da escala, sendo consideradas
apropriadas para este público.
(HANDERSON; FREEMAN, 1987; NUNES, 2003; XIMENES et al., 2011)
Bulimic Investigatory Test, Edinburgh - BITE
(Teste de Avaliação Bulímica de Edinburgh)

 Escores abaixo de 10 são considerados baixos.

 Pontuação ≥ 10 a 19: sugere um padrão alimentar incomum, mas não


necessariamente condizente com o diagnóstico de BN e sugere necessidade de
avaliação por entrevista clínica.

 Pontuação ≥ 20: escore elevado, consistindo em um estado altamente


desordenado de padrão alimentar e presença de compulsão alimentar, com
grande possibilidade de BN.

(HANDERSON; FREEMAN, 1987)


(XIMENES et al., 2011)
(XIMENES et al., 2011)
(XIMENES et al., 2011)
ECA
Binge-Eating Scale (BES) - Escala de Compulsão Alimentar (ECA)

 A ECA é um questionário autoaplicável, desenvolvido por Gormally em 1982.

 Trata-se de uma medida de compulsão alimentar, obtida na versão português do Brasil por
meio de um cuidadoso processo de tradução e adaptação compatível com as
recomendações vigentes em 2001 para este tipo de trabalho.

 O instrumento foi considerado adequado para uso clínico e utilização em pacientes obesos
que procuram tratamento para emagrecer (FREITAS et al., 2001).

(GORMALLY et al., 1982; FREITAS et al., 2001)


Binge-Eating Scale (BES) - Escala de Compulsão Alimentar (ECA)

 Escala Likert, constituída por uma lista de 16 itens e 62 afirmativas.

 Em cada item deve ser selecionada aquela que melhor representa a resposta do
indivíduo. A cada afirmativa corresponde um número de pontos de 0 a 3,
abrangendo desde a ausência (“0”) até a gravidade máxima (“3”) da CA. O escore
final é o resultado da soma dos pontos de cada item.
(FREITAS et al., 2001)
(FREITAS et al., 2001)
QEWP-R
Questionnaire on Eating and Weight Patterns - Revised - QEWP-R
(Questionário sobre Padrões de Alimentação e Peso - Revisado)

 Versão para adultos traduzida e adaptada em 1998.

 Possui uma versão traduzida e validada para adolescentes brasileiros de rápida


aplicação e fácil entendimento (QEWP-A).

 O QEWP-R trata-se de um questionário autoaplicável de 28 itens que avalia


comportamentos de compulsão alimentar e controle de peso.

(JOHNSON et al., 1999; SIQUEIRA; COLARES; XIMENES, 2013; BORGES et al., 2005)
Questionnaire on Eating and Weight Patterns - Revised - QEWP-R
(Questionário sobre Padrões de Alimentação e Peso - Revisado)

 Instrumento útil na detecção de prováveis casos de compulsão alimentar,


podendo ser utilizado como escala de rastreamento ou como o primeiro passo na
avaliação clínica de pacientes que procuram tratamento para compulsão
alimentar e/ou obesidade.

(BORGES et al., 2005)


(COSTA et al., 2014)
(COSTA et al., 2014)
(COSTA et al., 2014)
(COSTA et al., 2014)
(COSTA et al., 2014)
QEWP-5
Questionnaire on Eating and Weight Patterns-5 (QEWP-5) –
Questionário sobre Padrões de Alimentação e Peso-5-Versão

 Versão atualizada do Questionnaire on Eating and Weight Patterns-Revised


(QEWP-R).

 Criado para o diagnóstico do TCA, já validado para a versão em português do


Brasil.

(BORGES et al., 2005)


Questionnaire on Eating and Weight Patterns-5 (QEWP-5) –
Questionário sobre Padrões de Alimentação e Peso-5-Versão

 As principais mudanças do QEWP-R para o QEWP-5 são em relação aos critérios


diagnósticos adotados para TCA. O QEWP-R se baseia na quarta edição do Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, já o QEWP-5, se baseia na quinta
edição.

 O QEWP-5 incorpora o limiar de frequência do DSM-5 de “pelo menos um episódio de


compulsão alimentar por semana nos últimos 3 meses” em vez de “pelo menos dois
dias de compulsão por semana durante 6 meses.”

(MORAES et al., 2020)


Questionnaire on Eating and Weight Patterns-5 (QEWP-5) –
Questionário sobre Padrões de Alimentação e Peso-5-Versão

 Outra mudança feita no QEWP-5 foi alterar o limite para comportamentos


compensatórios inapropriados . No QEWP-R, o limite para uso indevido em
termos de comportamentos compensatórios era “tomar mais que o dobro da
dose recomendada de medicamentos para evitar ganho de peso”.

 Já o QEWP-5, tomar mais do que a dose recomendada de diuréticos,


medicamentos para obesidade ou laxantes é considerado uso indevido.

(MORAES et al., 2020)


(MORAES et al., 2020)
(MORAES et al., 2020)
(MORAES et al., 2020)
(MORAES et al., 2020)
(MORAES et al., 2020)
(MORAES et al., 2020)
(MORAES et al., 2020)
(MORAES et al., 2020)
(MORAES et al., 2020)
(MORAES et al., 2020)
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