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03/09/2022

A G O S TO | 2 0 2 2

SEMANA DA PSICOLOGIA QUEM SOU EU?


BARIÁTRICA
Aprimorada em Transtornos Alimentares (AMBULIM)
Instrutora Qualificada de Mindful Eating (Protocolo MB-EAT)
Formação em Intuitive Eating (CEBRATA)
Esp. Transtornos Alimentares e Obesidade (FMABC)
Membro COESAS (SBCBM)
AULA 1: Psicot. Cognitivo-comportamental
Idealizadora do Programa Comer Mais Consciente
O que é a Psicologia Bariátrica? Idealizadora do curso Psicologia e Cirurgia Bariátrica: do preparo
ao pós-cirúrgico
Prof. de pós-graduações
Supervisora clínica

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CRONOGRAMA A OBESIDADE

AULA 01 - 29/08 – O que é a Psicologia Bariátrica?


AULA 02 – 30/08 – Contribuições das terapias cognitivo-comportamentais de • Do latim obesus: “ob”= muito, “edere”= comer.
terceira onda para o tratamento da obesidade e compulsão alimentar.
AULA 03 – 31/08 – Entrevista Motivacional como facilitador da adesão ao • "A obesidade é uma doença crônica, definida pelo acúmulo excessivo de gordura
tratamento da obesidade. corporal, e cuja prevalência é crescente em adultos e crianças." (MANCINI; MELO;
AULA 04 – 01/09 - Atuação do psicólogo bariátrico: da avaliação psicológica ROSA, 2021, P.02.)
às redes sociais, o que é preciso para viver da Psicologia Bariátrica?
• Reduz a expectativa e a qualidade de vida do paciente.

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A OBESIDADE ETIOLOGIA DA OBESIDADE

MULTI-FATORIAL:
"Vai muito além de O QUE e QUANTO
COMEMOS. CAUSAS PRIMÁRIAS: CAUSAS SECUNDÁRIAS:
• Estilo de vida moderno. • Genética.
Precisamos olhar para POR QUE, COMO, • Ambientais. • Doenças.
ONDE, COM QUEM COMEMOS". • Pessoais. • Medicamentos.
M A N C IN I; M E L O ; R O S A , 2 0 2 1.
D E R A M , 2 0 2 1.

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CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE PELO IMC OBESIDADE NO MUNDO

INTERNATIONAL FEDERATION FOR THE


IMC CLASSIFICAÇÃO SURGERY OF OBESITY AND METABOLIC
DISORDERS (IFSO):

• É a doença mais prevalente no mundo.


18,5 - 24,9 Normal
• Mais de 2 bilhões de pessoas (30% da população
25 - 29,9 Sobrepeso
mundial) está com sobrepeso ou obesidade.
30 - 34,9 Obesidade grau I (leve) • Proporções EPIDÊMICAS.
35 - 39,9 Obesidade grau II (moderada) • Atinge países desenvolvidos e em desenvolvimento.
40 - 49 Obesidade grau III (mórbida) • Afeta todas as idades.
> 50 Superobesidade

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OBESIDADE NO BRASIL CIRURGIA BARIÁTRICA NO BRASIL

DADOS PREOCUPANTES: SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA


BARIÁTRICA E M ETABÓLICA (SBCBM ):
• No Brasil - 55,6% da população com sobrepeso e
DE 2011 A 2018: aumento de 84,73% no número de CB
19,8% com obesidade (Vigitel, 2018).
realizadas no Brasil.
• 12,9% crianças com obesidade (5 a 9 anos) - 75%
APESAR DISSO...
m ais chances de m anterem a obesidade na
Em 2018 tínhamos: 13.600.000 pessoas com obesidade
adolescência.
elegíveis para a CB.
• 7% de adolescentes (12 a 17 anos) com obesidade -
MAS...
85% m ais chances de serem adultos obesos
Apenas 63.696 pessoas se submeteram a CB (0,47%).
(M inistério da Saúde, 2019).

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OBESIDADE M ETABOLICAM ENTE SAUDÁVEL TRATAMENTO DA OBESIDADE

N O E N T A N T O ...
ESTIGM A DO PESO E GORDOFOBIA:
• 1/3 das pessoas com obesidade estão COME MUITO X POR QUE ELE COME MUITO?
saudáveis, do ponto de vista clínico-
laboratorial. • Perpetuação da visão retrógrada • Existem condições físicas,
do paciente com o CULPADO pela em ocionais, am bientais que o levam
• Dessas, 50 a 70% se m antém saudáveis.
• 30 a 50% desenvolvem com orbidades. sua situação. a com er em excesso.
• Condição vai além da função da
com ida.

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FRACASSO DOS TRATAMENTOS ATUAIS QUAL É O CAMINHO PARA O


TRATAMENTO DE SUCESSO?

FOCO NO PESO FOCO EM ATITUDES


• Conexão com o corpo. • M udança de com portam ento
• DIETAS seriam a solução.
• Liberdade nas escolhes alim entares. alim entar.
• Dietas não são sustentáveis a
• Exercícios físicos prazerosos X • Estilo de vida ativo.
longo prazo.
punitivos. • Saúde física.
• Dietas program am o corpo para
• Não fum ar e uso m oderado de álcool. • M edicam entos.
o aum ento de peso.
• Consum o de alim ento in natura • Cirurgia bariátrica – tratam ento
• M udança de atitude = sofrim ento
• Rom per com m entalidade de dieta. padrão ouro para obesidade m órbida.
e punição.
• O besidade não é sentença de m orte.

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SUCESSO DA CIRURGIA BARIÁTRICA SUCESSO DA CIRURGIA BARIÁTRICA

RECUPERAÇÃO DO PESO:
RECUPERAÇÃO DO PESO:
• Não há consenso sobre % de reganho que comprometa o sucesso da CB.
Após a cirurgia bariátrica: • Aceitável reganho de 20% do peso.
• <50% estão plenam ente satisfeitos.
SBCBM:
• 50% recuperam m ais de 20% do excesso de peso.
• 5% recuperam todo o peso inicial. Recidiva da Obesidade:
• 20 a 30% dos pacientes enfrentam um a estabilização precoce do peso ou • Recuperação de 50% do peso perdido.

reganho do peso. • Recuperação de 20% do peso perdido +


reaparecimento ou piora de comorbidades.
C ercato, 2 0 2 0 ; D avidson et al., 2 0 1 2 , C ourcoulas et al., 2 0 1 3 . S E G A L ; F R E IR E , 2 0 2 1.

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SUCESSO DA CIRURGIA BARIÁTRICA SUCESSO DA CIRURGIA BARIÁTRICA

RECUPERAÇÃO DO PESO:
Preditores do reganho de peso após a CB:
Quais são as causas do reganho?
M ultifatorial, sendo fatores m ais com uns:
• Expectativas irreais sobre os resultados do procedim ento cirúrgico.
⚬ Falta de AF.
• Falta de com prom etim ento com as m udanças de estilo de vida necessárias:
⚬ Dificuldade de adesão à dieta.
planejam ento das refeições, seleção de alim entos, EF e rede de apoio.
⚬ Alterações horm onais ou m etabólicas.
• Resistência às recom endações nutricionais: consum o de proteínas, líquidos e
⚬ Fatores anatôm icos após a CB.
suplem entação de m icronutrientes.
⚬ Saúde m ental com prom etida.
• Estilo de vida sedentário.
⚬ CULPA DO PACIENTE?
S E GA L; FR E IR E , 2 0 2 1 .. B LAC K E , 2 0 1 9 .

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SUCESSO DA CIRURGIA BARIÁTRICA EQUIPE INTERDISCIPLINAR

Preditores do reganho de peso após a CB:


PRINCIPAIS PROFISSIONAIS:
• Não fazer follow-up com o cirurgião e equipe. • Cirurgião bariátrico.
• Com portam entos inadequados não tratados ou fora de controle, com o abuso de álcool e • Anestesista.
drogas. • Endocrinologista.
• Falta de suporte ou grande desaprovação de pessoas im portantes sobre a escolha pela
• Cardiologista.
cirurgia. • Nutrólogo
• Com er m aladaptativo: com er sem consciência, pular refeições, beliscar, Síndrom e dos • Nutricionista.
Alim entos Macios. • Psiquiatra.
B LAC K E, 2 0 1 9 . • Psicólogo.

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O PAPEL DO PSICÓLOGO NA CB O PAPEL DO PSICÓLOGO NA CB

COM A EQUIPE: COM O PACIENTE:

• Avaliar aspectos emocionais.


• Informar sobre a estrutura psicológica do paciente
• Ajudar o paciente na compreensão da
- o que mantém a obesidade?
gênese da sua condição.
• Rastrear transtornos psiquiátricos que podem
• Traçar junto ao paciente um plano de
impedir temporária ou indeterminadamente a CB.
mudança de estilo de vida e
• Validar se paciente e família tem conhecimento
ressignificação da sua relação com a
suficiente sobre as fases da CB e as mudanças
comida.
necessárias para o sucesso da CB.
• Preparo e acompanhamento psicológico.

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O PAPEL DO PSICÓLOGO NA CB BENEFÍCIOS DA CIRURGIA BARIÁTRICA

COM A FAMÍLIA: O QUE UM TRABALHO COESO EM EQUIPE PODE PROPORCIONAR?

• Com preender o ponto de vista da fam ília sobre a


• Segurança no procedimento. Taxa de mortalidade semelhante a cesárea.
obesidade do paciente.
• Maiores chances de emagrecimento sustentável - tratamento de melhor
• O rientar com o podem ser rede de apoio.
prognóstico para a obesidade mórbida.
• Esclarecer dúvidas sobre a CB e com o lidar com o
• Remissão de doenças comórbidas à obesidade, tais como: esteatose hepática,
paciente após a CB.
diabetes tipo II, hipertensão arterial, apnéia do sono.
• Avaliar conhecim ento sobre as etapas da CB e o
• Redução do risco de mortalidade por diversas doenças, como cardiopatias.
seu papel.
• Aumenta a longevidade e qualidade de vida.
SBCBM, 2020.

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A IN T E R V E N Ç Ã O P S IC O L Ó G IC A G E R A L A C O M P A N H A M E N T O O U P S IC O T E R A P IA ?

OBJETIVOS:
ACOMPANHAMENTO PSICOTERAPIA
• Ajudá-lo a normalizar sua relação com a comida:
P S IC O L Ó G IC O
⚬ Comida sair do centro da sua vida.
“Encontros mensais para tratar “Encontros mais frequentes, geralmente
⚬ Estilo de vida mais ativo. de assuntos relativos à evolução semanais, e pode ser indicada pelo profissional
⚬ Habilidades sociais. do paciente, solucionar possíveis de saúde ou a partir do desejo do próprio
⚬ Prevenção de recaídas. dúvidas e rever as orientações paciente para se aprofundar e tratar de suas
• Dar suporte à qualquer demanda psicológica que o paciente necessite - lembre-se para as próximas etapas questões psicológicas, nãonecessariamente
que ela pode ter uma íntima relação com a comida. bariátricas” relacionadas à CB”
• Maior ou menor intervenção: acompanhamento psicológico ou psicoterapia. LEVY, COESAS.

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ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO A PSICOTERAPIA

INTERVENÇÃO:
INTERVENÇÃO:
• Foco no comportamento alimentar.
• Vai muito além de simplesmente normalizar o
• Menor frequência das sessões. comportamento alimentar.
• Intervenções mais diretivas. • Muitas vezes é necessários desenvolver diversas outras
• Paciente mais independente e autônomo. habilidades que poderão desagradar muitas pessoas.
• Orientações relacionadas ao comportamento • Colocar suas necessidades acima das dos outros.
alimentar e pontuais em áreas de intersecção com • Aprender a se respeitar e a se amar.
alimentação.

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A PSICOTERAPIA A PSICOTERAPIA

OBJETIVOS:
ESTRATÉGIAS:
• Identificação do sistem a de crenças disfuncionais.
• M odelo Cognitivo / Reestruturação cognitiva, ressignificação de traum as que • Reintegração social (impacto das suas mudanças no meio – família, amigos).
possam estar envolvidas na m anutenção da obesidade. • Quem sou eu magro? Adequação da autoestima e autoconceito.
• Estabilização de transtornos psiquiátricos. • Prevenção de recaídas (lidar com sabotadores da perda e manutenção do
• Se era com pulsivo, acom panhar deslocam ento da com pulsão (com pras, sexo, peso – aprender a dizer não, desenvolver habilidades socias e assertividade).
álcool, exercícios físicos). • Preparo para cirurgia plástica, se necessário.
• Adequação/aceitação da nova im agem corporal.

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A PSICOTERAPIA - FOCO NO
COMPORTAMENTO ALIMENTAR SEMANA DA PSICOLOGIA
BARIÁTRICA
E S T R AT É G I A S :

• MINDFUL EATING:
• Ajudar o paciente a normalizar sua relação com a comida: AULA 2:
⚬ Fome fisiológica X emocional X específica. Contribuições das terapias cognitivo-
⚬ Conexão com sinais de fome, saciedade, satisfação do
comportamentais de terceira onda para o
paladar.
⚬ Comer por prazer, sem culpa ou punições. tratamento da obesidade e compulsão
⚬ Identificar o efeito da comida no seu corpo. alimentar
⚬ Ter liberdade e autonomia sobre suas escolhas alimentares.

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TERAPIAS COGNITIVAS E COMPORTAMENTAIS TCC CLÁSSICA X TCC DE TERCEIRA ONDA

PRIMEIRA ONDA:
TCC CLÁSSICA: TCC TERCEIRA ONDA:
Terapia comportamental clássica, AEC - estímulo - resposta - consequência. Técnicas:
dessensibilização sistemática, exposição.
Foco na pessoa. Foco no contexto.
Ex: como pensamentos sobre peso e corpo Ex: como a restrição alimentar e a perda de peso são
SEGUNDA ONDA:
influenciam a compulsão. reforçadas socialmente.
Terapias cognitivas e comportamentais: maiores evidências científicas, foco nos
transtornos mentais, na redução de sintomas, intervenções de mudança. Técnicas: Foco no comportamento em si. Foco na função do comportamento.
resolução de problemas, reestruturação cognitiva. Ex: redução de peso, compulsão, Ex: qual é a função do comer o doce durante o
supervalorização do peso e corpo. trabalho – reduzir sentimentos negativos -
TERCEIRA ONDA:
REGULAÇÃO EMOCIONAL.
A aceitação é imprescindível para a mudança. Mindfulness é outro braço dessas TCC's. Haynos, et al.
2016.
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TCC DE TERCEIRA ONDA TCC DE TERCEIRA ONDA

Terapia dos Esquemas (TE): Jeffrey Young:


Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) - Steven Heys: Objetivo: aprofundar estados cognitivos - "esquema inicial desadaptativo". Boas
Objetivo: melhorar a flexibilidade psicológica do paciente, através da atenção plena. evidências para transtornos de personalidade.
Faltam evidência de eficácia para TA.
Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness - Jon Kabat-Zinn:
Terapia Comportamental Dialética (DBT) - Marsha Linehan: Mindfulness “é prestar atenção intencionalmente no aqui-agora sem julgamento ao
Objetivo: desenvolver habilidades de autorregulação. Possivelmente eficaz para TCA. Boa que acontece momento a momento”
evidência para borderline.

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DBT PARA PACIENTES COM COMER


PONTOS EM COMUM
EMOCIONAL E COMPULSIVO

• Relação terapeutica.
Foco: pacientes cuja base da relação disfuncional com a com ida é a
• Valores de vida.
• Diário alimentar. "desregulação em ocional", não necessariam ente em prim eiro lugar os
• Exposição aos alimentos. problem as voltados com o corpo, peso e rotina alim entar (dietas).
• Ter vida mais ampla.
• Imagem corporal. A TCC clássica vai focar na m udança de com portam ento alim entar.
• Reduzir auto-julgamento. Não abarca tudo que o paciente precisa de suporte para m udar.
• Rotulação errônea das emoções.
• Resolução de problemas.
• Aceitação da sua DIC e comportamentos desadaptados.

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TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO -


PSICOTERAPIAS BASEADAS EM MINDFULNESS
ACT

Foco: aceitação é a base do tratamento. Aceitação e


rotulação com distúrbio de imagem corporal, além da
rigidez cognitiva, criticismo, perfeccionismo.

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PSICOTERAPIAS BASEADAS EM MINDFULNESS PSICOTERAPIAS BASEADAS EM MINDFULNESS

O objetivo, a partir da ótica do mindfulness, não é LIVRAR o paciente do seu


sofrimento. Mas sim, desenvolver uma relação plena, receptiva, compassiva com as Apesar da TCC ser o padrão-ouro no tratamento do TCA, uma parcela dos pacientes
dificuldades da vida. não tem remissão dos sintomas – 40 a 60% (Grilo, 2011).

Busca-se: Além de muitas vezes não promover a perda de peso (Wilson et al., 2007).
• Abertura para o que incomoda.
• Encarar o desconforto (curiosidade). O Mindfulness e Mindful Eating podem ser ferramentas alternativas às pessoas que
• Suportar o incômodo com segurança (tolerância). não se beneficiam da TCC e podem potencializar os resultados dos que aderem a
• Deixar o desconforto ir e vir (permissão). programas de TCC.
• Encontrar um valor oculto na sua dificuldade (amizade).

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MINDFULNESS E MINDFUL EATING MINDFUL EATING

Revisão de literatura de Warren; Smith; Ashwell (2017).


O que é o mindful eating?

Pesquisas com população com obesidade e com TCA:


• É a habilidade psicológica de estar
•Sucesso maior na redução de episódios de compulsão alimentar do que na redução do peso. plenamente atento, consciente da experiência
•Redução do comer emocional e do comer como resposta a pistas externas para comer. de comer.
•Apesar da perda de peso não ser tão significativa em alguns estudos, o ME pode ser uma • De forma intencional, sem julgamentos ou
boa medida preventiva de ganho de peso. críticas.
•Mostram uma mudança significativa nos hábitos alimentares e na quantidade de comida • Com atitude curiosa.
ingerida.

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PREMISSAS DO MINDFUL EATING PILARES DO MINDFUL EATING

1. Não julgamento ou críticas sobre o ato de comer. Trocar CULPA e VERGONHA por •Conexão com sinais internos de FOME e SACIEDADE.
ACEITAÇÃO e RESPEITO. •Administrar fome FISIOLÓGICA, EMOCIONAL e ESPECÍFICA.
2. Paciência para aprender a meditar e modificar a relação com a comida. •Viver plenamente a experiência do COMER usando todos os seus sentidos – visão, olfato,
3. Mente de principiante – curiosidade quanto as suas experiências. audição, tato, paladar.
4. Confiança – acreditar em si e confiar na sua intuição, tendo a certeza de que você é o maior •Atitude CURIOSA e livre de JULGAMENTOS mediante o ato de comer.
mestre sobre seu corpo e seus sentimentos. •Se permitir o PRAZER em comer. NENHUM alimento é proibido.
5. Não resistência – não resistir à sua fome, necessidade de comer, bem como ao desejo de •Nutrir CORPO, MENTE e CORAÇÃO.
comer alimentos “proibidos”. •Equilibrar sabedoria INTERNA X sabedoria EXTERNA.
6. Aceitação – aceitar as coisas como são, focar no presente, no processo. •Desconectar de REGRAS externas de dietas restritivas, alimento BOM X RUIM, ENGORDA
7. Desapego de sentimentos, pensamentos que tentam resgatar a atenção (deixar ir). X EMAGRECE, horários RÍGIDOS.

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O QUE É A ENTREVISTA MOTIVACIONAL?


SEMANA DA PSICOLOGIA
BARIÁTRICA
"A Entrevista M otivacional é um a técnica de aconselham ento em saúde cujo
principal objetivo é trazer à tona as m otivações intrínsecas de um a pessoa,
por m eio de um estilo de com unicação colaborativa, de aceitação e
AULA 3:
com paixão do entrevistador, que sensibiliza e guia o indivíduo nas escolhas
A Entrevista Motivacional como um de com portam entos que deseja m odificar ou incluir".
facilitador da adesão ao tratamento
da obesidade Miller; Rollnick, 2013.

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O B J E T IV O D A E N T R E V IS T A M O T IV A C IO N A L MOTIVAÇÃO

MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA

Sensação de prazer e satisfação por 3 vias: 4 tipo de motivação vindas do seu entorno:
• Aprender algo novo - cozinhar. • Regulação externa - prêmio ou coação.
• Se superar ou tentar realizar algo - EF. • Regulação introjetada para evitar a
• Estímulo de sensações prazerosas culpa - evitar o doce.
relacionadas à mudança - alegria por • Regulação identificada - busca por ser
Fortalecimento da motivação e aumento do respeitar o corpo. valorizado e aceito.
comprometimento com a mudança mediante a ambivalência • Regulação integrada - sensibilização
para a motivação intrínseca.
que existe frente ao processo de mudança.
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O ESPÍRITO DA E.M. PROCESSOS DA E.M.

QUANDO e COMO
mudar. *Estágios de
4 ELEMENTOS: Prontidão para a
Extrair da pessoa Mudança.
seus sentimentos Auto-eficácia = autonomia
• PARCERIA: a EM é feita COM e não PARA a pessoa. Estimula a interação e interesse relacionados ao + tomada de decisões.
do profissional pelo paciente. É preciso equilíbrio entre "seguir" o paciente e guiá-lo. propósito da PLANEJAMENTO
mudança.
• ACEITAÇÃO: o profissional se interessar e valorizar o potencial de cada paciente. Manter o foco
possibilita a EVOCAÇÃO
• EVOCAÇÃO: é lembrar o paciente sobre suas motivações ao invés de persuadi-lo. construção de uma
Aliança terapêutica >
Conter o impulso de concertar o paciente "reflexo de endireitamento". engajamento > direção de mudança.
• COMPAIXÃO: "dor que nos causa o mal alheio (Dicionário Michaelis). é a busca adesão ao FOCO
tratamento.
constante do psicólogo de promover bem-estar ao seu paciente, considerando suas
necessidades. ENGAJAMENTO

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METODOLOGIAS, ESTRATÉGIAS DA EM ESTÁGIOS DE PRONTIDÃO PARA A MUDANÇA

• PERGUNTAS ABERTAS: e encorajar o paciente a falar bastante para conhecê-lo


melhor, desabafar (se for o caso) e é um convite à reflexão.
• REFLEXÃO: levar o paciente a pensar sobre sua condição, suas ações, através
de escuta reflexiva do psicólogo - feedback dado ao paciente sobre suas falas. MANUTENÇÃO
Dessa forma, o psicólogo também se coloca nesta relação.
• AFIRMAR / REFORÇO POSITIVO: elogio intencional, reconhecimento dos AÇÃO
esforços e progresso do paciente, ajudar o paciente ver o "copo meio cheio".
• RESUMO: útil para conectar assuntos da sessão, fazer link com sessões PREPARAÇÃO
anteriores e organizar o brainstorming do paciente.
• INFORMAR E ACONSELHAR: na psicoterapia, psicoeducação e intervenções.
CONTEMPLAÇÃO
PREVENÇÃODERECAÍDAS
PRÉ-CONTEM-
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SEMANA DA PSICOLOGIA
BARIÁTRICA

Quais são suas maiores


AULA 4:
dificuldade em entrar e crescer
Atuação do psicólogo bariátrico: da
avaliação psicológica às redes sociais,
na Psicologia Clínica?
o que é preciso para viver da
Psicologia Bariátrica?

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POR QUE TEMOS ESSES PROBLEMAS? MAS, ONDE EU APRENDO...

• Temos a sensação de que nunca sabemos o suficiente. • Como precificar meus serviços?
• Nossa competência é sempre posta à prova conforme • Apresentar meus serviços de forma ética e segura?
os resultados do nosso paciente. • Fazer um contrato que previna inadimplência?
• Só aprendemos teoria e manejo clínico. • Fazer parcerias?
• Quando precisamos orientações mais práticas, fazemos • Ter segurança nos meus atendimentos?
supervisão.

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O S E U T R A B A L H O P O D E A J U D A R M U IT O
MAS, COMO FAZER TUDO ISSO???
M A IS P E S S O A S D O Q U E V O C Ê IM A G IN A !

REDES SOCIAIS E SEUS PRÓPRIOS PACIENTES


OUTRAS AÇÕES E REDE DE CONTATOS

PACIENTE E ENDOCRINOLOGISTA,
OUTRAS
REDE DE APOIO
ESPECIALIDADES ASSOCIADAS

CIRURGIÃO BARIÁTRICO NUTRICIONISTA

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MAS, COMO FAZER TUDO ISSO??? 4 PASSOS FUNDAMENTAIS

CONTATOS E REDES
NÃO SENDO... PARCERIAS
PACIENTES SOCIAIS

PLANO DE
AÇÃO

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4 Passos Fundamentais 4 Passos Fundamentais


Que só darão certo com planejamento...

1-PROSPECÇÃO DE 2 - PARCERIAS: 3 - REDES SOCIAIS: 4 - MÃOS NA MASSA: 1-PROSPECÇÃO DE 2 - PARCERIAS: 3 - REDES SOCIAIS: 4 - MÃOS NA MASSA:
PACIENTES: Como propor? Como montar sua Plano de ação. PACIENTES: Como propor? Como montar sua Plano de ação.
Como fazer? vitrine de serviços? Como fazer? vitrine de serviços?

a. Oferecer seu novo a. Que profissionais a. Produção de a.Organizar sua agenda


serviço aos seus podem ser seus conteúdo. para colocar tudo isso
pacientes. parceiros? em prática.
b. Constância e
b. Apresentar seus b. Quem, da sua rede de frequência. b. Você não está
serviços à sua rede de contatos, pode se tornar recebendo por isso mas,
contato. parceiro? É TRABALHO!

c. É preciso volume sim!

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PROVÁVEIS BARREIRAS:
ONDE VOCÊ ENCONTRA TUDO ISSO???

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ORGANIZAÇÃO P R IO R ID A D ES

Tirar tempo para organizar Trabalho não é só quando


seu mês, semana e dia. Sem você está em atendimento.
entender isso como "perda Estudos, planejamento,
de tempo". prospecção são trabalho
também.

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FR U STR A Ç Ã O CONCORRÊNCIA F A L T A D E R E V ISÃ O D O
PLAN EJAM EN TO
Expectativas desalinhadas da Acompanhar ou não
realidade geram frustração e aocmpanhar: eis a Semanalmente faça um balanço
desistência. questão! das suas prospecções, avaliando
O que é possível esperar deste o que funcionou e o que precisa
cenário? ser modificado.
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trimestralmente e anualmente.

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03/09/2022

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orientar seu paciente no desenvolvimento estilo de vida.
de um estilo de vida saudável • Sente falta de um protocolo estruturado.
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• TEMPO DE ACESSO: 12 meses. • CAIXA DE FERRAMENTAS com materiais de apoio disponível para baixar e imprimir
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