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Hobbes, Locke e o liberalismo

político clássico
Prof. Raphael
CMBH
Precursores do Iluminismo
• Thomas Hobbes
Na ausência do Estado e da autoridade, predominaria a
desordem, o egoísmo e o medo, pois todo homem
torne-se potencialmente perigoso ao próprio homem.
O Estado seria resultado de um pacto de sujeição, no
qual os homens teriam entregue seus poderes a uma
entidade superior (o Rei), autoridade capaz de refrear
os instintos e ambições destrutivas dos homens.
No limite, o poder e a autoridade existem para os
homens e contra os homens. Em suma, em Hobbes a
abordagem política é secular.
Precursores do Iluminismo
• John Locke
Os seres humanos nascem com direitos naturais: vida,
liberdade e propriedade. O princípio da tolerância é o que
impede (ou impediu) a autodestruição no Estado de
Natureza.
O Estado existe para preservar esses direitos mais
elementares.
O poder dos governantes deve ser limitado, pelo consenso,
pelo consentimento dos governados, enfim, pela lei. Se o
governante age contra os direitos naturais e contra o
consentimento, os governados podem dissolver o Estado e
instituir outro.
Importância de Hobbes e Locke
• Visão secular da política, isto é, a rejeição ao direito divino dos reis e a consequente
concepção que os governo tinham origem nos homens, na sociedade.
• Locke, especificamente, fazia uma definição de direitos naturais de suma importância:
os homens, segundo ele, nascem com direito a vida, liberdade e propriedade. O
Estado é estabelecido do consentimento entre os homens para que estes direitos
sejam preservados.
• O poder, portanto, é fruto do consenso, do consentimento dos homens. E a
autoridade é limitada pela lei, lei esta que teoricamente era fruto do pacto ou
contrato social.
• A sociedade poderia desfazer e refazer o pacto social quando o direito à vida, à
liberdade e à propriedade fossem ameaçados (Locke)
• Em suma, na concepção de Locke, o governo ou o Estado deveria salvaguardar os
direitos dos cidadãos. Na prática, tanto Hobbes quanto Locke estavam abrindo
caminho para a defesa de um governo constitucional, isto é, um governo baseado na
Lei. O pano de fundo deste debate, que se estende para além desses autores, eram os
efeitos das Revoluções Inglesas, cujo resultado foi a limitação dos poder do rei.

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